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Profissionais de enfermagem e a percepção da caracterização sobre o assédio moral: uma revisão de literatura

RC: 147050
782
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/caracterizacao-sobre-o-assedio

CONTEÚDO

 ARTIGO DE REVISÃO

SILVA, Vera Lucia Morais da [1], COSTA, Jéssika Wanessa Soares [2], MELO, Bianca Calheiros Cardoso de [3], COSTA, Elanna Nayele de Freitas [4], ESPÍNOLA, Maria Ruth Cândido [5], SANTOS, Tatiane Araújo dos [6], OLIVEIRA, Jonas Sâmi Albuquerque de [7], MEDEIROS, Soraya Maria de [8]

SILVA, Vera Lucia Morais da. et al. Profissionais de enfermagem e a percepção da caracterização sobre o assédio moral: uma revisão de literatura. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 08, Ed. 07, Vol. 05, pp. 154-175. Julho de 2023. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/caracterizacao-sobre-o-assedio, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/caracterizacao-sobre-o-assedio

RESUMO

Introdução: As mulheres compõem 85% da profissão (COFEN, 2021). Esse dado demonstra a soberania feminina na categoria, tendo como características da categoria manter a reprodução de ações e valores igualmente inerentes ao feminino e, consequentemente, também vivencia as opressões impostas à classe. Objetivo: identificar a percepção da mulher profissional de enfermagem sobre o que é assédio moral em seu âmbito de trabalho. Metodologia: revisão integrativa, de abordagem descritiva, onde se analisou os resultados mais relevantes. Foram utilizados para o levantamento desta revisão os bancos de dados das revistas científicas, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Diversitas Journal (Revista Científica da Universidade Estadual de Alagoas) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). usados nos cruzamentos: Enfermagem AND Assédio moral AND Gênero; Enfermagem AND Assédio moral AND hospital; Enfermagem AND Assédio moral AND Saúde; Enfermagem AND Assédio moral; Enfermagem AND  Hospital; Assédio moral AND Saúde. Ao total a amostra inicial encontrada foi de 1.104 artigos publicados, preferencialmente nos últimos 5 anos, porém foi necessário algumas mais antigas para embasar a pesquisa, sendo: 328 na base de dados da LILACS, 549 na fonte SciELO e 220 na BIREME e 07 em sites diversos e manual do ministério da saúde, os quais foram utilizados 19 artigos. Resultados e discussão: É confirmado, pelos estudos na literatura, que no decorrer do trabalho os profissionais de enfermagem sofrem com vários tipos de violências, em ambiente de trabalho. Dentre essas situações ostis, vivencia-se o assédio moral. As vítimas mais frequentes são as mulheres, com características jovens, solteiras, e com pouco tempo de atuação. E ainda, apesar dessa violência no cotidiano do trabalho, existe dificuldade de perceber quando estão sofrendo assédio moral, e quando percebem, não sabem o fluxo para deter o assediador. Também percebe-se que em algumas literaturas, trazem que os ambientes de trabalho não possuem um cenário de apoio e prevenção de tais situações de violência. Conclusão: observa-se muitas fragilidades e dificuldades, dos profissionais de enfermagem, em compreender e identificar as características do que é ou não, o assédio moral, apesar de manifestadas em diversas situações do cotidiano, porém são  negligenciadas,  pouco debatidas   ou   explicitadas.

Palavras-chave: Assédio moral, Enfermagem, Gênero, Saúde.

INTRODUÇÃO

A enfermagem está vinculada à existência do Sistema Único de Saúde (SUS) e ao processo de cuidado em saúde. O quantitativo de profissionais que atuam nessa área é bastante expressivo, com mais de 2 bilhões de trabalhadores, os quais representam bem mais do que a metade na somatória de todos os profissionais de saúde no Brasil (COFEN, 2022). Sendo impossível manter um serviço de qualidade que consiga atender todas as necessidades do serviço de saúde sem a força de trabalho dos enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem.

Ainda no contexto do Brasil, e de acordo com pesquisas realizadas pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) que afirma, que as mulheres compõem 85% da profissão (COFEN, 2021). Esse dado demonstra a soberania feminina na categoria, e isto se dá, devido o perfil da área que está ligado ao gênero desde os seus primórdios da atuação do trabalho no país, tendo como características da categoria manter a reprodução de ações e valores igualmente inerentes ao feminino e, consequentemente, também vivencia as opressões impostas à classe.

Para corroborar com a afirmativa, em que o trabalhador de enfermagem carrega uma herança cultural que sofre perseguição, discriminação e machismo – com relevância tanto profissional como no social, sendo portanto, subestimada e desvalorizada, na maioria dos ambiente de trabalho, m estudo da Fiocruz (2022), que trás as mulheres trabalhadoras de enfermagem como “invisíveis”, tanto para os colegas de trabalho, como para pacientes e acompanhantes.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a violência pode ocorrer desde o uso da força física, o poder hierárquico ou ainda ocorrer contra uma pessoa, ou grupo de trabalhadores (OMS, 1996). No que refere, a violência no ambiente de trabalho, é uma constante preocupação para órgãos governamentais e não governamentais, vivenciada de forma recorrente como assédio moral em instituições da saúde, e na sua maioria, a enfermagem é a categoria profissional que mais suporta esse tipo de violência. Essa forma de agressão acontece através da comunicação hostil, antiética e ofensiva (ALMEIDA, 2020a).

De acordo com estudos, a constância do assédio moral em ambiente de trabalho foi de 28,4% e 30% entre profissionais de enfermagem (BORGES et al ., 2018; CARDOSO et al., 2016apud TRINDADE et al ., 2022). Geralmente, o assedio moral ocorre sendo utilizado poder baseado na exposição, na desqualificação e na humilhação do indivíduo, e como consequência resulta em sofrimento, em danos físico, psicológico e/ou social, e em caso extremo, a morte (ou tentativa de suicídio) (ALMEIDA, 2020a).

Diante da realidade do assédio moral, em ambientes de trabalho, diversos marcos legais e processos regulatórios sobre essa temática foram criados como o manual com ênfase no artigo 136-A do Código Penal Brasileiro (BRASIL, 2015) e o próprio código de ética de enfermagem que configura assédio moral como proibição (artigo 78) (COFEN, 2017). E ainda, pelo Ministério do Trabalho que institui a Política Nacional de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e Sexual e da Discriminação, em ambiente de trabalho (BRASIL, 2017).

Com isso, embasados na literatura, apesar da realidade do assédio moral está no cotidiano do trabalho em saúde, e em especial violentando as equipes de enfermagem, existindo discussões em várias áreas do conhecimento sobre o tema, de forma multiprofissional, no intuito de prevenir e responsabilizar os assediadores, não se tem essas ações na prática.

Assim, quando busca-se pesquisas e discussões na área da saúde, há fragilidades em pesquisas dentro da temática, dificultando o desenvolvimento da percepção do assédio moral, e portanto, minimizando a relevância desse tema, o que justifica este estudo. Nessa perspectiva, o objetivo desta pesquisa é identificar a percepção do trabalhador de enfermagem sobre  o assédio moral no âmbito de trabalho e a caracterização do gênero. E como questão norteadora: como o trabalhador de enfermagem percebe o assédio moral e qual a caracterização de gênero nessa violência?

METODOLOGIA

A pesquisa trata-se de um estudo, do tipo revisão de literatura de abordagem descritiva.

Nesse tipo de revisão, segundo Noronha e Ferreira (2000, p. 191), buscam analisar estudos bibliográficos em um determinado tema, em um período de tempo, afim de deter uma visão geral, com intuito de novas ideias e métodos que dentro da ciência estejam recebendo menor ou maior evidência.

Figura – 1: A pesquisa foi desenvolvida em 6 fases, conforme figura que segue:

Fonte: Autoria própria (2023).

Desta forma, os artigos pesquisados ocorreram nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Diversitas Journal (Revista Científica da Universidade Estadual de Alagoas) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Com relação aos descritores, foram definidos através dos Descritores de Ciências da Saúde (DeCS). Para a pesquisa dos artigos utilizou-se as seguintes estratégias de busca: Assédio moral, Enfermagem, Gênero, Saúde. Sendo, a coleta de dados realizada entre os meses de setembro a novembro de 2022.

Aos critérios de inclusão para a separação dos artigos científicos a serem utilizados: a obtenção dos materiais na íntegra, com o resumo e texto completo na base de dados, artigos publicados, preferencialmente, nos últimos 5 anos, porém foi necessário algumas mais antigas para embasar a pesquisa,  e que estivessem nos idiomas, inglês e português, utilizado um material de 1996 (mais antigo) e o restante, entre o período de 2000-2022 . Já como critérios de exclusão, eliminaram-se as publicações que não tratem do tema, que não estivesse disponível na íntegra, e com idiomas que não fossem inglês e português.

E aos descritores a serem usados nos cruzamentos, tem-se: Enfermagem AND Assédio moral AND Gênero; Enfermagem AND Assédio moral AND hospital; Enfermagem AND  Assédio moral AND Saúde; Enfermagem AND Assédio moral; Enfermagem AND Hospital; Assédio moral AND Saúde. Ao total a amostra inicial encontrada foi de 1.104 artigos publicados, preferencialmente nos últimos 5 anos, porém foi necessário algumas mais antigas para embasar a pesquisa, sendo: 328 na base de dados da LILACS, 549 na fonte SciELO e 220 na BIREME e 07 em sites diversos e manual do ministério da saúde.

É importante ressaltar que os descritores usados diversificam-se conforme a base de dados pesquisada, e que vários estudos estavam duplicados nas fontes de informação utilizadas. As bases de dados, palavras-chave e o número de artigos obtidos são mencionados no fluxograma abaixo.

Fluxograma: descrição dos dados encontrados

Fonte: Autoria própria (2023).

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Na busca nas bases de dados, foram encontrados estudos que abordam experiências e estudos sobre assédio moral, abusos e suas consequências ao trabalhador e a assistência em saúde. Neste estudo, foram escolhidas 19 pesquisas, entre artigos científicos, manuais e publicações em sites para o levantamento desta revisão. Os artigos foram organizados e apresentados nos quadros abaixos:

Quadro 1: Descrição dos artigos selecionados organizados de acordo com o autor, ano, título, tipo de estudo, objetivo e resultados

Autor Ano Título Estudo Objetivo Resultado
1 ALMEIDA, Brenda; POLAKIEWICZ, Rafael Rodriguês. 2020a. Trabalho e assédio moral: você sabe identificar? Filosófico Discorrer sobre o assédio moral na enfermagem e como lidar com essa violência. Muitas vezes o trabalhador fica impossibilitado de reagir as violências, por esse motivo, ajuda se torna fundamental. Ajuda psicológica e buscar as vias administrativas da própria instituição. Muitas vezes é apenas no processo judicial que se faz a correção de conduta.
2 ALMEIDA, K. A. A. et al. 2020b Assédio Moral Vivenciado por Enfermeiros no Ambiente de Trabalho Revisão bibliográfica Descrever como ocorre o assédio moral na equipe de enfermagem. – Impacto na qualidade dos serviços e na segurança do paciente.
3 CAHÚ, G. R. P. et al. 2014 Situações de assédio moral vivenciadas por enfermeiros no ambiente de trabalho.

 

Pesquisa transversal Investigar situações de assédio moral vivenciadas por enfermeiros em seu ambiente de trabalho. – Foi observado que a situação de assédio moral mais frequente diz respeito ao agressor manipular pessoas para assumir posicionamentos contrários aos interesses da vítima.
4  COLENBRANDER, L; Haire, L. C. B. 2020 Se você não consegue, não é forte o suficiente para fazer medicina: um estudo qualitativo das experiências de estudantes de medicina de Sydney com bullying e assédio em ambientes clínicos. Pesquisa qualitativa Identificar como o bullying e assédio em estudantes de medicina interferem no desempenho profissional. – A hierarquia é uma cultura que identifica como problemático elemento da profissão médica.

– Segundo participantes, sendo essa a barreira para a denúncia do assédio e por não perceberem que as vias de recurso de denúncias não eram claras e não garantiam a confidencialidade ou resultados desejados.

5 JÚNIOR FIGUEIREDO, A. M. et al. 2020 Produção científica acerca do assédio moral nas relações de trabalho de enfermagem no Brasil. Revisão Integrativa da Literatura Identificar  as produções científicas acerca do assédio

moral nas relações

de  trabalho  de  enfermagem  no  Brasil.

– A violência no ambiente laboral é tão antiga quanto à origem do trabalho, mas foi apenas nas últimas décadas que o termo assédio moral começou a ser mais evidente e valorizado no contexto que envolve os trabalhadores nos diversos setores produtivos.
6 HAGOPIAN, E. M. et al. 2018 Percepções dos Enfermeiros sobre o Conceito de Assédio Moral Estudo qualitativo, descritivo e exploratório Identificar as percepções dos enfermeiros de um hospital privado do município de São Paulo  com

relação  ao  conceito  do  assédio  moral

 

– A partir  dos  depoimentos  dos  enfermeiros,  foi  possível  verificar  as  diversidades, divergências e dificuldades dos mesmos em definir corretamente o conceito de assédio moral.
7 LUCENA, P. L. C. et al. 2018 Produção científica sobre assédio moral e enfermagem: estudo bibliométrico Estudo bibliomé-trico Verificar indicadores bibliométricos da produção científica disponível em periódicos online que abordam assédio moral e enfermagem. – Estados Unidos da América, Brasil e Austrália foram os países que mais publicaram.

– Profissionais e estudantes de enfermagem compuseram as populações das pesquisas, e o ambiente hospitalar foi o cenário mais investigado.

8 LUCENA, P. L. C. et al. 2019 Testemunhas de assédio moral, na enfermagem: identificando características desse fenômeno, sentimentos e estratégias de enfrentamento. Pesquisa

Exploratória com abordagem qualiquantitativa.

Identificar elementos que caracterizam a ocorrência do assédio moral em relatos de profissionais de Enfermagem que já testemunharam essa prática; investigar sentimentos expressos por esses profissionais, ao presenciarem situações de assédio; e verificar estratégias de enfrentamento a esse fenômeno. – Foram encontrados elementos relevantes que caracterizam o fenômeno estudado, como descrição do agressor da prática do assédio moral, situações, duração e frequência dos atos, relatos de exemplos e repercussões do assédio na saúde das vítimas.
9 MACHADO, M. H. et al. 2016 Condições de trabalho da enfermagem. Estudo transversal Analisa a situação das condições de trabalho em que a equipe de enfermagem atua, incluindo variáveis em relação às condições laborais e de relacionamento. – Mais de ¼ da equipe de saúde vê seus chefes distantes, inacessíveis, quando necessitam de ajuda;

– Elevado grau de insegurança e violência no ambiente de trabalho;

– Poucos são assistidos, quando adoecem, pela própria instituição em que trabalham, dentro outros.

10 NORONHA, Daisy Pires; FERREIRA, Sueli Mara S. Fontes de informação para pesquisadores e profissionais Livro Demonstrar os métodos de pesquisa. Buscam analisar estudos bibliográficos em um determinado tema, em um período de tempo, afim de deter uma visão geral, com intuito de novas ideias e métodos que dentro da ciência estejam recebendo menor ou maior evidência.

 

11 SOUZA, R. N. et al. 2021 Assédio sexual sofrido por profissionais de enfermagem nas instituições de saúde.

 

Revisão integrativa Identificar nas publicações científicas as características e desfechos do assédio sexual sofrido por profissionais de enfermagem nas instituições de saúde – As vítimas mais frequentes, foram as mulheres jovens, solteiras, e com pouco tempo de atuação.

– Entre os apontados como perpetradores de assédio sexual, a maioria era homem, paciente e/ou familiar, médico, outro enfermeiro, e os profissionais que exerciam cargos de chefia.

12 TRINDADE, L. L.  et al . 2022 Assédio moral entre trabalhadores brasileiros da atenção primária e hospitalar em saúde.

 

Estudo transversal Analisar a ocorrência e os fatores relacionados ao assédio moral no trabalho entre trabalhadores da saúde brasileiros. – Dos profissionais, 22,41% relataram terem sido vítimas de assédio moral nos últimos 12 meses.

– Os fatores relacionados ao assédio moral foram: ser enfermeiro(a) ou auxiliar de enfermagem, possuir doença, percepções negativas em relação ao reconhecimento no trabalho, dentre outros.

Fonte: Autoria própria (2023).

Quadro 2: Descrição de site e manuais selecionados organizados de acordo com as organizações, ano, título

Organização Ano Título
1 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Subsecretaria de Assuntos Administrativos. 2015 Assédio moral: conhecer, prevenir, cuidar
2 BRASIL. Ministério do Trabalho. Procuradoria Geral. 2017 Da Política Nacional de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e Sexual e da Discriminação
3 Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). 2022

 

Enfermagem em Números.
4 Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). 2021 É necessário olhar para quem mais precisa.

 

5 Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). 2022 Pandemia reafirma invisibilidade de 2 milhões de trabalhadores da área da Saúde.
6 World Health Organization. 1996 Global consultation on violence and  health.Violence: a public health priority.
7 Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). 2017 Aprova o código de ética dos profissionais de enfermagem

Quadro 2: Autoria própria (2023).

Diante das discussões, sobre o assédio moral no trabalho, os autores Cahú et al., (2014), retratam a existência dessa violência sofrida pela equipe de enfermagem,  e ainda,  Lucena et al., (2018), realiza um estudo bibliométrico sobre assédio moral e a enfermagem, ambos realizados no município de João Pessoa/PB, referindo os assediadores como indivíduos com capacidade de desenvolver modelos requintados de abusos repetitivos, e ao passar dos dias podem tornar-se intensos. Segundo essas pesquisas, esse tipo de violência em sua maioria, são acometidos por um colega de trabalho com um nível hierárquico superior.

Com isso o estudo de Júnior Figueiredo et al., 2020, que discorre sobre as relações de  assédio moral na enfermagem, discutindo-a como uma ação existente no ambiente de trabalho nos mais diversos setores, contudo apenas nos últimos anos tornou-se mais evidente e de relevância no contexto das discussões sobre a qualidade do ambiente de trabalho. Estudo esse, que fala sobre as fragilidades proporcionadas ao desenvolvimento do trabalho da enfermagem, pois provoca tanto problemas de saúde física como psíquica ao trabalhador.

Somando a esse pensamento, encontra-se na pesquisa de Lucena et al., (2019), que busca identificar as características do assédio moral, e assim, afirma que são utilizados como métodos: a humilhação, o constrangimento e até, castigos, dentre outros, podendo estilar no colaborador situações de sobrecarga psíquica e física, sendo identificadas como características do assédio moral. E ainda,  mostra que na busca da coleta de dados, o maior quantitativo de participantes da pesquisa são trabalhadoras de enfermagem como maiores assediadas.

Voltando a pesquisa de Cahú et al. (2014), em sua pesquisa foram elencados dentro da enfermagem, assédios que vão desde a dignidade (a), a violência verbal (b), a  física e a sexual (c), as agressões no trabalho na forma de isolamento e a não verbalização (d). Sendo esses tipos de assédios, os mais comuns no ambiente de trabalho de enfermagem, e segundo a pesquisa de Cahú et al., (2014), explicitados abaixo, conforme principais respostas dos envolvidos no estudo:

a) no que refere a dignidade:

  • crítica ao trabalho de maneira injusta e/ou exagerada (47,41%);
  • dissemina maldades e/ou calúnias (40,52%);
  • difamação em público (31,03%);
  • relata boatos sobre a saúde (6,03%).

b) conjuntura de agressões sofridas em ambiente de trabalho na categoria violência verbal:

  • fala com você aos gritos (32, 76%);
  • agressão ao outro apenas quando se encontra sós (12,57%);
  • invasão da vida privada através de ligações, correio eletrônico e cartas (5,17%);

c) situações de agressões sofridas no trabalho na categoria física e na sexual:

  • agressão física, mesmo de forma discreta com empurrões, fechando a porta na cara (4,32%);
  • ameaça agredir você fisicamente (2,59%);
  • assédio ou agressão com intenção sexual (insinuações ou sugestões) (1,72%).

d) agressões no trabalho na forma de isolamento e a não verbalização:

  • ignorar na frente dos outros (55,17%);
  • interrompe a fala (37,07%);
  • ameaça transferência de setor (13,79%)

Apesar do estudo discorrer de forma rebuscada sobre o assédio moral em instituição de saúde, com enfoque nos trabalhadores, não faz menção a esse tipo de violência relacionada ao gênero. Já em outro estudo, publicado 4 anos depois, na mesma região, Lucena et al., (2018), permeia as mesmas situações de assédio na enfermagem, desta vez caracterizando o estudo em gênero, a faixa etária e função atribuída ao assediado. Desta forma, temos entre as 25 testemunhas que participaram da pesquisa, 92% eram mulheres, e ainda, 68% encontravam-se na faixa etária entre 26 e 45 anos. No que refere ao cargo, 36% eram enfermeiras (os), 56% técnicas (os) e 8% auxiliares de Enfermagem.

Nessa perspectiva do contexto temporal, observa-se que os estudos acima abordados, apesar de realizados de forma regionalizada, complementam-se, caracterizando bem a realidade da classe de enfermagem no contexto do assédio moral no Brasil e a mulher trabalhadora da classe, como principal vítima dessa violência. E assim, algumas literaturas, como a de Souza et al., (2021), que buscam caracterizar e mostrar desfechos do assédio sexual sofrido por profissionais de enfermagem, permeando o processo de trabalho dos profissionais de enfermagem que estão expostos ao assédio moral, e dentre as vítimas, as mais frequentes são as mulheres, com características jovens, solteiras, e com pouco tempo de atuação na área.

Portanto, quando compara-se este estudo com o de Lucena et al., (2018), já citado anteriormente, percebe-se que os dois estudos realizados em anos diferentes, confirmam o assédio moral existente na área de enfermagem, tendo a mulher trabalhadora dessa classe, como o centro da maior carga de experiências nessas situações que abrangem de forma negativa a violências físicas, a violência psíquica, e assim, fragiliza o processo do trabalho. Claro que percebe-se, que todo contexto explicitado até o momento, é permeado pelo quantitativo de trabalhadoras que compõem a classe de enfermagem, já que a mulher é maioria (COFEN, 2021).

Em um estudo mais atual, que analisou a ocorrência e os fatores relacionados ao assédio moral no trabalho entre trabalhadores da saúde brasileiros, confirmou-se através da porcentagem do total da sua amostra, em que 90,10%, é composta por trabalhadores de saúde do sexo feminino, que afirmaram terem sido vitímas do assédio moral, apontando que a vitimização de gênero é realidade a esse tipo de violência no cotidiano de trabalho na área da enfermagem, não havendo minimização do assédio moral ao passar dos anos (TRINDADE  et al., 2022).

Contudo, ainda segundo Trindade et al., (2022), as trabalhadoras afirmam que em sua maioria decidem não denunciar os momentos de violência laboral, por receio das punições, das retaliações e por não vivenciarem demandas efetivas contra os assediadores. Noutros estudos, que tenta identificar como o bullying e assédio em estudantes de medicina interferem no desempenho profissional, é foi possível visualizar que as unidades de saúde possuem uma força de trabalho que é formada, especialmente, por mulheres, que em muitas situações, são alvo ou testemunhas de violência no ambiente de trabalho, incluindo assédio moral (COLENBRANDER et al., 2020).

Portanto, percebe-se nesses dois estudos a falta de ações efetivas contra assediadores, fazendo com que exista uma subnotificação, e ainda, que a trabalhadora de enfermagem é a profissional que mais está vulnerável, ao assédio moral durante o desenvolvimento de suas atribuições, trazendo à tona, o preconceito e machismo, nas questões de gênero. No entanto, não são encontradas na literatura, achados que possam fortalecer a relação entre assédio moral e sua maior incidência na trabalhadora de enfermagem.

Corroborando com essas pesquisas, ainda é possível encontrar resultados que trazem em suas discussões, segundo Colenbrander et. al., (2020), onde os participantes relatam as situações de assédio moral acontecendo na sua maioria, advinda por meio hierárquico. Sendo essa uma das barreiras para a denúncia do assédio, e ainda, por perceberem que as vias de recurso de denúncias não são claras e não garantem a confidencialidade ou resultados desejados, principalmente quando essa situação acomete a mulher.

Contudo, na busca de maior aprofundamento sobre o tema, deslumbra-se o assédio moral podendo ser entendido e percebido de forma diferente para cada trabalhador, o que pode fortalecer a fragilidade no processo de denúncias como para a caracterização do gênero que mais sofre essa violência, nas instituições de saúde. Pois diante dos  discursos  dos  entrevistados, através da pesquisa de Hagopian et al., (2018), que procura identificar as percepções dos enfermeiros de um hospital privado do município de São Paulo/SP  com relação  ao  conceito  do  assédio  moral,  notando-se nesse estudo, a flexibilidade nas opiniões sobre o conceito do que seria o assédio moral.

Permeando a pesquisa de Almeida et al., (2020b), que também busca descrever como ocorre o assédio moral na equipe de enfermagem, o autor levanta a questão em que essa violência está atrelado a possibilidade da faixa etária dessa trabalhadora, pois, suas pesquisas mostram que as mulheres jovens e profissionais da área, apresentam uma porcentagem de 80% das ocorrência de violência em relação às mais velhas. Desta forma, entende-se que a inexperiência e a imaturidade etária e profissional, também pleiteia as características da trabalhadora de enfermagem  assediada nas instituições de saúde.

Ainda é retratado por Júnior Figueiredo et al., (2020), que através das produções científicas acerca do tema, buscam identificar, o assédio moral nas relações de  trabalho  de  enfermagem  no  Brasil, explicitando que, às vezes os profissionais de enfermagem, não percebem o assédio e terminam por ficar à mercê de novos ataques, podendo chegar a manifestar-se outras  formas  de  violência. E desta forma, associando a essa não percepção do assédio moral,  a postura da vulnerabilidade das jovens trabalhadoras de enfermagem, que segundo os textos são as mais assediadas, tornando-as portanto um alvo fácil.

Contudo, mesmo diante dos achados científicos supracitados nesta pesquisa, percebe-se que não há como confirmar que a realidade do assédio moral é mais constante em trabalhadoras de enfermagem por serem mulheres, já que em todos os estudos é referenciado a mulher como o gênero determinante no contexto da profissão de enfermagem, sendo assim, talvez, o motivo de serem as mais assediadas, pois são as profissionais mais presentes na classe.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Assim, considera-se através da literatura, observações de fragilidades dos profissionais de enfermagem, em compreender e identificar as características do que é ou não assédio moral. Apesar dessa violência ser manifestada em muitos momentos da vida diária do trabalhador, passando muitas vezes despercebido. Existem poucos espaços para debates sobre o assunto ou poucas situações para reverter e/ou responsabilizar os provocadores dessa violência no ambiente  de trabalho.

No que condiz a mulher na equipe de enfermagem, entende-se que é a profissional que mais vivencia a experiência do assédio moral, principalmente, as mais jovens e com pouco tempo de trabalho. Nesse tocante, também é visto que devido às características dessas assediadas (jovens e inexperientes), não percebem o assédio e/ou não tem coragem de realizar a denúncia, perpetuando dessa maneira, a continuidade do assédio e suas consequências.

Quando se refere o assédio moral corelacionando as questões de gênero, visualiza-se que não existe dados significativos na literatura que possam embasar a trabalhadora de enfermagem como maior assediada pelo fato de serem mulheres, pois como compõem o maior número de trabalhadores na classe, segundo as literaturas pesquisadas, e assim, podendo ser o motivo de estarem mais expostas a essa realidade. Por isso, faz-se necessário mais investigações sobre o assédio moral, relacionando-o ao gênero nos ambientes de trabalho da enfermagem.

No entanto, essa violência é um ato cotidiano e agressivo a saúde do trabalhador, e particularmente, a equipe de enfermagem que já possui um ambiente de trabalho bastante hostil e estressante. Esse ato, traz grandes reflexos à saúde do profissional, e em muitas vezes, aumentando os casos de patologias,  dificultando sua permanência no trabalho e causando uma assistência ao paciente fragilizado. Porém, mesmo diante de tantas evidências, é um assunto ainda pouco discutido, tanto no ambiente de trabalho como na literatura. E quando se refere a caracterização de gênero no contexto do assédio moral, a fragilidade das pesquisas ainda são bem maiores.

Quando se fala em violência no ambiente de trabalho, pensando nos trabalhadores de enfermagem, principalmente nas mulheres que compõem essa equipe, se faz necessário que os mesmos percebam e combatam o assédio moral. A ausência dessa percepção e caracterização do tema, talvez seja o motivo da fragilidade dessa discussão na literatura. Além de que, com base na conscientização e compreensão de como acontece e os autores envolvidos dessa violência, é o que possibilita impor o respeito que qualquer profissional, independente de gênero ou profissão,  merece receber.

E, apesar do assédio moral ser uma realidade que está, aos poucos, sendo reconhecida e discutida no Brasil, e das legislações que penalizam esse comportamento, em várias instâncias, como visto nesta pesquisa, envolvendo desde o conselho de classe da enfermagem até a justiça do trabalho e o ministério do trabalho, ainda se faz necessário tanto políticas públicas como cenários abertos de discussões sobre a temática.

Portanto, entende-se que esse estudo é de relevância para a qualidade salutar dos ambientes de trabalho e da saúde do trabalhador, refletindo na melhoria do desempenho da assistência em saúde prestada, e deste modo, impactando a sociedade e a saúde pública. Assim, compreende-se que se faz necessário maiores discussões sobre o tema, no intuito de melhorar a percepção do assédio moral pelos trabalhadores, como também, incentivos à denúncia e maiores correções ao assediador.

E apesar da pouca literatura voltada para a caracterização do gênero que sofre assédio moral em ambientes de trabalho na saúde, percebe-se com os estudos que esse tipo de violência é recorrente, havendo a necessidade de maiores aprofundamentos na pesquisa, a fim de identificar se o assédio moral aos trabalhadores de enfermagem estão propensos a uma questão de gênero.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Brenda; POLAKIEWICZ, Rafael Rodriguês.Trabalho e assédio moral: você sabe identificar? PebMed, 2020a. Disponível em: https://pebmed.com.br/trabalho-e-assedio-moral-voce-sabe-identificar/. Acesso em: 20 nov 2022.

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[1] Mestranda em Enfermagem (UFRN), especialização em Urgência/Emergência e UTI (FIP), especialização em Educação Permanente em Saúde (UFRGS), graduação em Licenciatura e Bacharelado em Enfermagem (UERN) (doutorado, mestrado, pós-graduação, graduação, tecnólogo). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7675-1199. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/5324680399785287.

[2] Doutoranda e Mestre pelo Programa de Pós-graduação de Enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Norte; Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1218-4973. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1239174300920140.

[3] Doutoranda e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte; Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7027-7764. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0275507643120680.

[4] Graduanda em enfermagem – UFRN. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7375-7202. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2731947318145900.

[5] Graduanda em Enfermagem pela Universidade do Rio Grande do Norte, Bolsista de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq, Brasil. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6393-6223. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1948074116351156.

[6] Doutorado (2018) e mestre (2012) /UFPE), especialista em Medicina Social com área de concentração em saúde da família pelo Instituto de Saúde Coletiva/UFBA (2009), graduada pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia(2007). ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0747-0649. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6352216498562773.

[7] Doutorado em enfermagem pelo Programa de Pós – Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (2015), Mestrado em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2009), Graduado e licenciado em enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2007). ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0303-409X. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4740097927047538.

[8] Orientadora. Doutorado em Enfermagem pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, Professor Associado IV da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Mestrado em Educação pela Universidade Federal da Paraíba, Especialização em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz, Especialização em Ativação de processos de mudanças na formação superior de profissionais de saúde pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz. Graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2833-9762. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2068281775213576.

Enviado: 27 de março, 2023.

Aprovado: 22 de junho, 2023.

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Vera Lucia Morais da Silva

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