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Estresse ocupacional em professores do ensino médio: fatores que contribuem para o adoecimento

RC: 21626
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

PINHEIRO, Ângela Fernanda Santiago [1], PENA, Kamyla Aquino [2], LIMA, Naiara Tais Souza Ribeiro [3]

PINHEIRO, Ângela Fernanda Santiago. PENA, Kamyla Aquino. LIMA, Naiara Tais Souza Ribeiro. Estresse ocupacional em professores do ensino médio: fatores que contribuem para o adoecimento. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 10, Vol. 04, pp. 106-121 Outubro de 2018. ISSN:2448-0959

RESUMO

É possível notar através do atual momento que se julga necessário investigar a situação de estresse que é ocasionado no professor, relacionando com a violência escolar e o relacionamento professor-aluno. O estresse ocupacional atualmente vem sendo bastante estudado, pois houve um considerável aumento de profissionais com incidências de estresse relacionado ao trabalho. O impacto da situação de estresse pode colaborar para o mal-estar psíquico do professor. Neste cenário, à pesquisa teve o objetivo de identificar fatores associados à violência escolar que contribuem para o estresse ocupacional de professores do ensino médio. A amostra foi de 12 professores de uma Escola Pública Estadual, localizada na cidade de Montes Claros – MG. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram questionário – para avaliação dos níveis de estresse e entrevista – para informações sobre a violência escolar como causa de estresse de professores.

Palavras-chave: Estresse Ocupacional, Docentes, Saúde.

INTRODUÇÃO

O Estresse nas relações de trabalho tem sido temática para investigação de estudos que buscam compreender as reais situações da jornada do trabalhador. Sendo que a situação de estresse e sua conceituação foram importantes para compreender quais os aspectos do comportamento do profissional são prejudicados.

Ballone (2005) define o estresse como um conjunto de reações que ocorrem no organismo, em resposta a fatores que de alguma forma ameaçam a integridade funcional do organismo, assim, a capacidade adaptativa dos sistemas biológicos possuem papel fundamental na preservação da integridade dos organismos vivos. “É preponderante a ideia de que, para algo na organização ser um estressor, ele precisa ser percebido como tal pelo funcionário” (Paschoal e Tamayo, 2004).

Para Gasparini; Barreto e Assunção (2005) o papel do professor extrapolou a mediação do processo de conhecimento do aluno, ampliou-se a missão do profissional para além da sala de aula onde além de ensinar, deve participar da gestão e do planejamento escolares, o que significa uma dedicação mais ampla, a qual se estende também às famílias e à comunidade.

Neste cenário, à pesquisa teve o objetivo de identificar fatores associados à violência escolar que contribuem para o estresse ocupacional de professores do ensino médio. Mais especificamente, desenvolveu-se a presente pesquisa para apontar o perfil do professor do ensino médio suscetível a fatores estressores e verificar como a violência escolar contribui para ocorrência do estresse ocupacional dos docentes, avaliando fatores ambientais que influenciam o quadro de estresse ocupacional.

1. ESTRESSE OCUPACIONAL DE PROFESSORES

A compreensão do conceito de estresse ocupacional se relaciona com as situações investigadas nesta pesquisa que exemplificaram a definição deste conceito. Bittar etall (2004) apresenta a definição de estresse ocupacional como um complexo estado físico-psíquico derivado das exigências e inadequações dos fatores ambientais, organizacionais e humanos do ambiente de trabalho.

Muchinsky (2004) afirma que a saúde ocupacional é tudo aquilo que envolve o que se chama de conjunto de questões que afetam o bem-estar mental, emocional e físico dos funcionários em seu ambiente de trabalho. Sendo assim, os fatores que contribuem para o desenvolvimento do estresse podem ser observados também na jornada de trabalho, onde tais fatores podem ser colocados como estressores, possuindo uma relação direta com o Estresse.

A relação apresentada do desempenho profissional e a saúde do professor exteriorizam comportamentos disfuncionais que são observáveis na jornada de trabalho. Portanto, de acordo com Paschoal e Tamayo (2004) o estresse ocupacional se define, como um processo em que o indivíduo percebe demandas do trabalho como estressores, os quais, ao exceder sua habilidade de enfrentamento, provocam no sujeito reações negativas.

As reações físicas que podem ser apresentadas pelo quadro de estresse são perceptíveis e exteriorizados através de comportamentos visíveis. De acordo com Marchiori (2005) o professor, assim como demais trabalhadores, também estão expostos a uma série de fatores de risco que podem levá-lo ao adoecimento, absenteísmo e até afastamento definitivo do trabalho.

Dejours (1984) destaca fontes de estresse ligado aos fatores organizacionais como: o envolvimento e participações no trabalho; suportes organizacionais (estilo de supervisão, apoio gerencial, esquemas organizacionais, planos de carreira); organização do trabalho, com base nos aspectos mentais do mesmo, como monotonia ou sobrecarga de trabalho; ritmo de produção e de trabalho; das pressões temporais; do significado do trabalho, da natureza das tarefas.

2. O PERFIL DOS PROFESSORES E FATORES AMBIENTAIS QUE CONTRIBUEM PARA O ESTRESSE

As condições de trabalho são geradoras de fatores estressantes, quando há deterioração das relações entre funcionários, com ambiente hostil entre as pessoas, perda de tempo com discussões inúteis, trabalho isolado entre membros, com pouca cooperação, presença de uma inadequada abordagem política, com competição não saudável entre as pessoas (FRANÇA; RODRIGUES, 1999).

A princípio, o estresse do professor, no Brasil, parece estar associado aos baixos salários, à precariedade das condições de trabalho, às atribuições burocráticas desgastantes, ao elevado número de alunos por sala de aula, ao despreparo do professor diante das novas situações e emergências da época, às pressões exercidas pelos pais dos alunos e pela sociedade em geral, à violência instaurada nas escolas, entre outros elementos (ESTEVE, 1999; CODO, 2004).

Considerando as atividades desempenhadas pelo professor dentro da sala de aula, o domínio dos conteúdos a serem repassados aos seus discentes e preparo do conteúdo programático, avaliou-se que são fatores estressores relacionados à baixa remuneração, salas de aula com número excessivo de alunos, falta de reconhecimento e desvalorização da profissão.

3. A VIOLÊNCIA ESCOLAR COMO CAUSA DE ESTRESSE DE PROFESSORES

Para MORAIS (1995), a violência torna-se algo muito complexo, pois a mesma apresenta-se de diversas maneiras, podendo ser de formas mais sutis até as mais brutais, como agressão ao patrimônio ou agressão física; já a sutil por não apresentar o mesmo impacto que a violência brutal tende a passar despercebida.

A pesquisa divulgada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) pesquisa global feita com mais de 100 mil professores e diretores de escola do ensino fundamental e do ensino médio (alunos entre 11 a 16 anos) o Brasil está no topo entre 34 países no ranking de violência em escolas. Na enquete realizada para levantamentos de dados da OCDE12,5% dos professores ouvidos no Brasil disseram serem vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana (FERNANDES, 2014).

4. MÉTODO

Trata-se de um estudo de dados quantitativos e qualitativos referente aos fatores que contribuem para o estresse ocupacional, tendo como foco da pesquisa o estresse ocupacional ocasionado pela violência escolar de professores do Ensino Médio de uma escola pública, o caráter da pesquisa é exploratório, tendo o corte transversal. Os dados foram levantados a partir de estudo bibliográfico e estudo de campo. A amostra foi de 12 professores de uma Escola Pública Estadual, localizada na cidade de Montes Claros – MG. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram: a) Questionário – Para avaliação dos níveis de estresse; b) entrevista – Para informações sobre a violência escolar como causa de estresse de professores.

Com intuito de realizar a coleta de dados, foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos o projeto para submissão, onde o mesmo foi aprovado com número CAAE 46384315.5.0000.5141. Somente após aprovação, deu-se início à coleta de dados, onde a comunicação, esclarecimento e aceitação em participar da pesquisa foram salvos através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, assinado pelos participantes.

Para aplicação do questionário e da entrevista buscou-se um ambiente que possibilitasse o sigilo das repostas apresentadas pelos participantes. O tempo médio para preenchimento do questionário e realização da entrevista foi de 25 minutos para cada professor.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A população geral que foi realizada a pesquisa, inclui, um total de 15 professores do Ensino Médio da Escola Estadual localizada na cidade de Montes Claros – MG, sendo que, desse total, 12 professores foram selecionados a partir dos critérios de inclusão da pesquisa no qual os participantes deveriam ser professores que lecionem em escolas públicas, de ambos os sexos, para turmas do Ensino Médio, que estão na instituição há mais de dois anos.

A partir dos dados coletados, percebeu-se que a maioria dos participantes foi do sexo feminino (66,7%) em relação ao sexo masculino (33,3%), com idade média de 39 anos. Este resultado interferiu significativamente nos dados investigados, verificando-se que as mulheres estão mais predispostas ao quadro de estresse ocupacional, sendo essa predisposição relacionar-se à jornada de trabalho extensa dos cargos que assumem e a organização do lar que fica sob sua responsabilidade, tendo por consequência, excederem as suas habilidades de enfrentamento, provocando reações negativas, como descrito por Paschoal e Tamayo (2004).

Quadro 1 -Análise entre quantidade de turma; Aulas; Escolas que trabalha; E tempo de trabalho.

Número de Professores Porcentagem (%)
QUANTAS TURMAS DA AULA POR DIA
1 a 5 2 17%
6 a 10 4 33%
11 ou mais 6 50%
QUANTAS AULAS MINISTRA POR DIA
1 A 5 2 17%
6 A 10 3 25%
11 OU MAIS 7 58%
EM QUANTAS ESCOLAS VOCÊ TRABALHA
Uma Escola 7 58%
Duas Escolas 5 42%
Acima de Três 0 0%
HÁ QUANTO TEMPO VOCÊ TRABALHA COMO PROFESSOR
1 A 10 ANOS 3 25%
11 A 19 ANOS 4 33%
20 ou mais 5 42%

Fonte: Elaborado pelas autoras com dados de2015 coletados em uma Escola estadual em Montes Claros – MG

Nos dados do Quadro 1, verificou-se que 50%dos professores entrevistados lecionam aulas para 11 ou mais turmas por dia, e 58% ministram aulas por mais de 11 horários por dia, sendo que 42% afirmaram trabalhar em duas escolas diariamente. Assim, esse dado, observa-se um fator apontador que propicia desgaste físico e emocional durante a jornada de trabalho, revelando que, tal desgaste relaciona-se com a probabilidade de desenvolvimento de estresse ocupacional, como descrito por Bitter (2004) onde há uma inadequação organizacional do trabalho por gerar uma sobrecarga de atividades profissionais.

Nos dados do Quadro 1, referente ao tempo de trabalho, percebeu-se que 42% dos entrevistados responderam estar 20 anos ou mais exercendo a profissão, assim, foi perceptível que estes professores apresentaram fatores que possibilitam o quadro de estresse ocupacional, sendo eles os relacionados ao ambiente de trabalho, relacionamento com a comunidade escolar e baixa remuneração ou valorização do trabalho.

Conforme os dados coletados, constatou-se que 67% dos professores apresentaram que em algumas vezes tem sido incomodados emocionalmente, sendo que 25% responderam que em poucas vezes, estiveram incomodados emocionalmente. Este incômodo faz referência a situações que vivenciaram na jornada de trabalho, bem como na situação organizacional que estão inseridos.

O Gráfico 1 detalha os comportamentos apresentados pelos professores de acordo com o levantamento de dados realizado pela aplicação do questionário. A realidade apontada diz que 25% dos professores apresentaram estar ansiosos e preocupados em relação a situações do trabalho, tal ansiedade gerada a partir da insatisfação organizacional, não somente no âmbito escolar propriamente dito, mas de todas as esferas que se interligam a designação do trabalho.

Gráfico 1: Avaliação do Estresse – Você tem estado ansioso, preocupado ou abatido?

Elaborado pelas autoras com dados de 2015 coletados em uma Escola Estadual em Montes Claros – MG

A partir da coleta de dados, fora observado que 50% dos professores entrevistados apresentaram estar sobre pressão ou tensão no ambiente de trabalho em algum momento, sendo que estes afirmam tentarem de alguma formar driblar tais situações, onde este dado retrata a realidade apresentada pelos docentes que estão submetidos a situações como confronto e violência.

Como no Gráfico 2 a seguir, 67% dos professores responderam que às vezes precisa falar um pouco mais alto em sala de aula, sendo que as possibilidades de adoecimento vocal podem estar ligadas as contingências que contribuem para o estado de adoecer no trabalho.

Gráfico 2: Avaliação do Estresse – Você precisa falar muito alto em sala de aula?

Fonte: Elaborado pelas autoras com dados de 2015 coletados em uma Escola estadual em Montes Claros – MG

Percebe-se uma tendência elevada de professores que necessitam elevar a voz, além do usual, para serem ouvidos e compreendidos pelos alunos. Em curto prazo, este pode não representar um risco de agravo à saúde ou estresse. No entanto, em longo prazo, o esforço excessivo da voz pode acarretar problemas sérios e irreversíveis.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (2006), no que diz respeito aos distúrbios da voz relacionados ao trabalho, cabe considerar aspectos do ambiente como altos níveis de ruído, desconforto e choque térmico, ventilação inadequada, exposição a produtos químicos irritativos de vias aéreas superiores, como solventes e presença de poeira e/ou fumaça, entre outros.

Gráfico 3: Avaliação do Estresse – Você tem problemas com alunos em sala de aula?

Fonte: Elaborado pelas autoras com dados de 2015 coletados em uma Escola estadual em Montes Claros – MG

No gráfico 3, verificou-se que 33% dos entrevistados raramente tiveram problemas com alunos em sala de aula, não excluindo que esses problemas de fato existiram e geraram um mal-estar em situações do ambiente escolar. Visto que 17% dos professores afirmaram que quase sempre ou sempre tem tido problemas com alunos em sala de aula.

Em entrevista, 75% dos professores afirmaram terem sofrido algum tipo de ameaça no ambiente escolar, onde tais ameaças contribuíram em algum momento a situações de desentendimentos e insegurança no trabalho. Afirmaram perceber que os familiares dos alunos em muitas ocasiões, desresponsabilizam-se das suas atribuições, enquanto os professores tendem a assumir situações que não estão citados na descrição de cargos que ocupam.

Sendo assim, Witter (2003) vem afirmar que no cenário educacional muitos são os que assumem papéis ou funções em níveis diversos. O que este professor vem assumir além daquilo que lhe é de fato atribuído na escola e os impactos que essa função a mais pode causar em sua saúde dizem de uma associação da situação de estresse que possa apresentar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir dos dados coletados nesta pesquisa, é perceptível o quanto os fatores descritos como influenciadores nas situações de estresse possuem relação direta com as condições de trabalho, situações de violência escolar e o perfil do professor.

Foram levadas em consideração as reações emocionais e comportamentais observáveis em professores com níveis de estresse consideráveis para este estudo, com atenção e relevância as características e formas de compreensão dos professores a situações que exijam maior esforço profissional.

Neste sentido, conclui-se mediante análise dos dados que os professores a princípio podem estar expostos a jornadas de trabalhos que tem como consequência o desencadear do estresse ocupacional, relacionando as atividades desempenhadas em um ambiente propenso a estimulação do mal-estar docente.

A investigação desses fatores que contribuem para o desencadear do estresse profissional abriu um leque de situações que merecem um foco de investigação mais profunda, podendo ser temática para novas pesquisas dentro do contexto do adoecimento deste profissional, como por exemplo a questão relacionada do tempo de trabalho (em anos) do professor e as situações de estresse que esteve exposto.

A realidade que os professores vivenciam também estão ligadas as situações de reconhecimento profissional pela comunidade onde a profissão está inserida e ao fator remuneração, sendo este o fator que os profissionais mais atribuíram como desmotivador e ligado a um principal agente de desencadeamento do estresse ocupacional.

Dessa forma, o reconhecimento da profissão, valorização e remuneração adequadas ao papel que é desempenhado pelo professor possibilita uma relação de bem-estar ocupacional proporcionando assim um melhor ambiente de trabalho.

REFERÊNCIAS

BALLONE, G. J. Sintomas do Estresse. Revista de Psiquiatria, 2005.

Bittar, A.D.S.; Costa, C.C.C.; Montini, D.;Souza, D.V.; Lopes, J.& Bessa, M. L. (2004). Influência da intervenção ergonômica e o exercício físico no tratamento do estresse ocupacional. Reabilitar. 6(24): 35-44.

CODO, W.; SORATTO, L.; VASQUES-MENEZES, I. Saúde mental e trabalho. In: ZANELLI, J. C.; BORGES-ANDRADE, J. E.; BASTOS, A. V. B. (Ed.). Psicologia, organizações e trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2004.

DEJOURS, C. A loucura do trabalho – Estudo de Psicologia do Trabalho. São Paulo,Cortez,1984.

ESTEVE, J. M. O mal-estar docente: a sala de aula e a saúde dos professores. Bauru: Edusc, 1999.

FERNANDES, Daniela. Pesquisa põe Brasil em topo de ranking de violência contra professores. 2014. Disponível em: <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/08/140822_salasocial_eleicoes_ocde_valorizacao_professores_brasil_daniela_rw>Acesso em 13. abril. 2015

FRANÇA, A.C.L & RODRIGUES, A.L. Stress e Trabalho. Uma abordagem Psicossomática 2: ed. São Paulo: Atlas,1999.

GASPARINI, S. M.; BARRETO, S. M.; e ASSUNCAO, A. Á. O Professor, as condições de trabalho e os efeitos sobre sua saúde. Educação e Pesquisa, vol.31, 2005.

MARCHIORI. Flavia , M. E. Barros, S. P. Oliveira. Atividades de trabalho e saúde dos professores: o programa de formação como estratégia de intervenção nas escolas. Trabalho, Educação e Saúde. 2005;3(1):143-70.

MORAIS, Régis de. Violência e educação. Coleção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico). São Paulo: Papirus, 1995.

MUCHINSKY, P. M. Psicologia organizacional. São Paulo: ed.Thomson, 2004.

OLIVEIRA, J. R. G. A prática da ginástica laboral. 2ed. Rio de Janeiro: ed. Sprint,2003.

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. A condição dos professores: recomendação Internacional de 1966, um instrumento para a melhoria da condição dos professores. Genebra: OIT/ UNESCO, 1984.

PASCHOAL, T.; TAMAYO, A. Validação da escala de estresse no trabalho. Estudos de Psicologia, v. 9, n. 1, jan./abr. 2004.

WITTER, G. P.Professor-estresse: Análise de Produção Científica. Psicologia Escolar e Educacional, Volume 7, 2003.

APÊNDICES

Apêndice A: Questionário para avaliar os níveis de estresse.

AVALIAÇÃO NÍVEL DE ESTRESSE

Nome: _____________________________________________________ Idade: _____

Sexo: ( )Feminino ( ) Masculino

Instruções: As questões seguintes se referem a como você se sente e como as coisas tem andando no ultimo mês. Para cada questão, marque um X a resposta mais aplicada a você. Uma vez que não há respostas corretas ou incorretas, é bom responder rapidamente as questões, sem largas pausas.

  1. Em geral como você se sente
( ) Com excelente disposição ( ) Às vezes de bom e outras de mau humor
( ) Com boa disposição ( ) Desanimado, muitas vezes
( ) Bem, na maioria das vezes ( ) Sempre desanimado
  1. Você tem sido incomodado emocionalmente?
( ) Nem um pouco ( ) Mais ou menos
( ) Um pouco ( ) Muito
( ) Algumas vezes ( )Constantemente, ao ponto de ficar desligado das coisas e até de não poder trabalhar
  1. Você tem tido controle sobre seu comportamento, pensamentos, emoções ou sentimentos?
( ) Sim, absolutamente ( ) Não muito
( ) Sim, na maioria das vezes ( ) Não, e ainda fico às vezes perturbado
( ) Geralmente, sim ( ) Não, e sempre fico muito perturbado
  1. Você tem se sentido triste, desencorajado, desesperançado, ou tem tido muitos problemas?
( ) Nada, nada ( ) Realmente, um pouco
( ) Um pouco ( ) Bastante
( ) Às vezes, o suficiente para aborrecer-me ( ) Bastante, ao ponto de muitas

vezes ter vontade de desistir de tudo

  1. Você tem sentido estar sob estresse, pressão ou tensão?
( ) Absolutamente não ( ) Sim, um pouco mais do que o comum
( ) Sim, um pouquinho ( ) Sim, sob um pouco de pressão
( ) Sim, um pouco, mas dá para encarar ( ) Sim, quase mais do que posso suportar
  1. Quão feliz, satisfeito ou alegre, você tem se sentido com relação a sua vida?
( ) Muito feliz, acha que não poderia sê-la mais do que sou () Satisfeito
( ) Muito feliz ( ) Um pouco satisfeito
( ) Moderadamente feliz () Muito insatisfeito
  1. Você tem tido razão para temer a perda do controle de sua mente, de seus atos, palavras, pensamentos, sentimentos ou memória?
() Nem pensar! ( ) Pouco, mas tenho me preocupado
( ) Só um pouquinho ( ) Pouco, mas tenho me preocupado

Bastante

( ) Pouco, mas não o suficiente para preocupação () Muito, ao ponto de colocar-me em constante estado de preocupações.
  1. Você tem estado ansioso, preocupado ou abatido?
( ) De jeito nenhum ( ) Regularmente
( ) Pouquinho ( ) Bastante
( ) Um pouco, o suficiente para importunar-se ( ) Em excesso até, ao ponto de

sentir-me doente

  1. Você se levanta, pela manha, revigorado e descansado?
( ) Todos os dias ( ) Menos que a metade dos dias
( ) Quase todos os dias ( ) Raramente
( ) Com frequência ( ) Nunca
  1. Você tem sido incomodado por alguma doença, desordem orgânica, dores ou temores sobre sua saúde?
( ) Nunca ( ) Durante algum tempo
( ) Um pouquinho ( ) Na maioria das vezes
( ) Às vezes ( ) Sempre
  1. Sua vida tem sido plena de coisas interessantes?
( ) Sempre ( ) Algum tempo
( ) Na maioria das vezes ( ) Um pouco
( ) Durante um bom tempo ( ) Nunca
  1. Você se sente desanimado e tristonho?
( ) Nunca ( ) Durante um bom tempo
( ) Um pouco ( ) Na maioria das vezes
( ) Algum tempo ( ) Sempre
  1. Você se sente emocionalmente estável e seguro de si?
( ) Sempre ( ) Algum tempo
( ) Na maioria das vezes ( ) Um pouco
( ) Durante um bom tempo ( ) Nunca
  1. Você se sente cansado, exausto, quebrado, esgotado?
( ) Nunca ( ) Durante um bom tempo
( ) Um pouco ( ) Na maioria das vezes
( ) Algum tempo ( ) Sempre
  1. Você tem problemas com os alunos em sala de aula?
( ) Não ( ) Quase Sempre
( ) Raramente ( ) Sempre
( )As Vezes
  1. Você precisa falar muito alto?
( ) Normal ( )As Vezes Preciso Gritar
( )As Vezes Preciso Falar Um Pouco Mais Alto ( ) Sempre Falo Gritando
Fonte: Oliveira, 2003.

 

[1] Psicóloga e Psicopedagoga. Mestra em Desenvolvimento Social (Unimontes) Especialista em Violência contra crianças e adolescentes.

[2] Psicóloga (Funorte). Especialista em Gestão de Pessoas e Recursos Humanos.

[3] Psicóloga (Funorte).

Enviado: Janeiro, 2018.

Aprovado: Outubro, 2018.

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Kamyla Aquino Pena

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