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O Trabalho do Psicólogo Junto aos Toxicodependentes

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CONTEÚDO

SANTOS, Alan Ferreira dos [1]

SANTOS, Alan Ferreira dos. O Trabalho do Psicólogo Junto aos Toxicodependentes. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 01, Vol. 09, pp. 790-798, Outubro / Novembro de 2016. ISSN:2448-0959

RESUMO

A área da toxicodependência no Brasil, passou por diversas transformações ao decorrer dos últimos anos. Com o passar do tempo o modelo de tratamento de dependência química foi mudando, por conta do incremento de políticas públicas e as pesquisas desenvolvidas na área, que alteraram o método de pesquisa, utilizando-se dos conhecimentos de Kurt Lewin (1890-1947). A inserção do psicólogo nesse meio possibilitou a abertura de uma ampla discussão sobre os modos de cuidado, principalmente uma crítica ao antigo modelo manicomial, tendo como consequência alteração na legislação brasileira. Método: Fez-se uma pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo. Objetivos: Compreender a inserção do psicólogo no tratamento de dependentes químicos e suas contribuições área.  Conclusão: Nessa trajetória da psicologia o que fica evidente é que muito ainda precisa ser feito para a atuação do psicólogo ser ainda mais abrangente, pois quando egresso da graduação, está totalmente desprovido do conhecimento necessário ao tratamento de um dependente químico, ainda não é capaz de fazer este acolhimento e dar suporte a esse indivíduo que está em situação de vulnerabilidade social.

Palavras Chaves: Psicologia Social, Toxicodependência a Internação.

INTRODUÇÃO

Para melhor entender o campo de cuidados relacionados a dependência química no Brasil, é necessário antes analisarmos as perspectivas históricas que antecederam a realidade dos métodos de tratamento usado pelas clínicas de reabilitação. Por muito tempo, a única opção de atenção para usuários de álcool e outras drogas era oferecida por hospitais psiquiátricos ou instituições asilares que usavam o paradigma de abstinência e internação compulsória, toda consequência do abuso de álcool e drogas eram delegados ao próprio usuário, sendo este, uma mancha na sociedade da década de 50. O dependente ao ingressar nas instituições sofria maus tratos, passando por um período de abstinência total e de medicalização constante. Ao término do tratamento era devolvido à sociedade, onde passava por uma série de dificuldades, pois era vítima de preconceitos e discriminação, fatores estes que contribuíam de maneira significativa para sua recaída.

No século XX as drogas tornaram-se uma preocupação social, apresentada como um fator prejudicial para toda a sociedade, gerando a criação do atual “consenso mundial proibicionista”. A partir disso, foi prescrito a ilegalidade de algumas substâncias psicoativas que consideradas danosas para a saúde pública, criminalizavam e desqualificavam socialmente os usuários dessas drogas, fator gerador de preconceitos e de condenações valorativas.

Com o passar do tempo o modelo de tratamento de dependência química foi mudando, por conta do incremento de políticas públicas e as pesquisas desenvolvidas na área. Aos poucos, foram sendo utilizados métodos humanizados no tratamento dos adictos, com base nos estudos do psicólogo social Kurt Lewin (1890-1947) onde o mesmo, considerava todo o contexto inter-relacional do indivíduo. O dependente químico deixou de ser considerado um criminoso, passando a ser legitimado como um “doente”, as clínicas de tratamento começaram a utilizar paradigmas humanistas, onde o enfoque estava sempre voltado ao sujeito, onde a família do dependente receberia o devido apoio, sendo possível reconhecer desse modo, determinantes que levariam ou induziriam ao abuso de drogas (CONSELHO, F, P, 2013).

INOVAÇÕES DESENVOLVIDAS POR PSICÓLOGOS EM RELAÇÃO À DEPENDÊNCIA QUÍMICA

A dificuldade e o desafio de tratar dependentes químicos é uma realidade de qualquer psicólogo, principalmente quando se trata de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Portanto há a necessidade de se buscar propostas que permitam melhor adequação ao tratamento, através de atividades que contribuam para o resgate da cidadania do sujeito como por exemplo jogos de futebol, oficinas de desenho, sessões de filmes, reflexões sobre ética e justiça e grupos de psicoterapia. No (CAPS), a abstinência é incentivada, porém o propósito maior está na recuperação do sujeito, que começa a ser perdida ao adentrar na dependência, para isso a criação de confiança deve ser estabelecida pelo psicólogo e assim o vínculo possibilitará que o usuário entenda o processo pelo qual está passando e que na instituição encontrará o acolhimento necessário para sua reabilitação (CONSELHO, F, P, 2013).

Por causa da grande demanda de pacientes e poucos psicólogos para o atendimento, algumas instituições usam como foco a terapia e o trabalho em grupo, método que ajuda na socialização dos dependentes. O grupo possibilita a compreensão que o dependente tem de si próprio, tirando o foco do atendimento psicológico (sessão de terapia) como, mais eficaz no tratamento de dependência química “Os usuários conseguem parar e pensar em si: eu existo, tenho emoções e sentimentos” (CONSELHO, F, P, 2011, p. 10).

Mas é importante ressaltar, que buscar ajuda de profissionais da saúde não é uma realidade para algumas pessoas em situação de risco e vulnerabilidade social, por isso foi criado no fim da década de 90 em Salvador (BA) o projeto chamado Consultórios de Rua, que consiste em ambulatórios móveis de acordo com a necessidade de cada demanda, o grupo constitui-se formado por profissionais da saúde, incluindo psicólogos. Esse projeto foi criado para moradores de rua que, por causa do preconceito sofrido muitas vezes deixam de receber o atendimento necessário, a intenção é não julgar seu modo de vida, assim eles percebem que esses veículos de atendimento estão ali para que eles sejam acolhidos.

A atuação em equipe interdisciplinar também é uma solução para a recepção e encaminhamento de novos casos em Centros de Atenção, realizando a interconsulta com a rede básica de saúde, onde muitas vezes é a primeira a ser procurada. Consiste em uma forma coletiva de discutir casos com os profissionais da rede básica e dos CAPS, e avaliar conjuntamente qual a melhor opção de tratamento para aquele usuário. O papel do psicólogo em relação a interconsulta é orientar outros profissionais quanto a importância da diferenciação dos níveis de gravidade de toxicodependência e de escutar os usuários e familiares, na compreensão da psicodinâmica das situações, ajudar os profissionais a desenvolver estratégias para incentivar o usuário, a perceber que ele é quem pode melhorar sua vida e quem tem o poder de mudar sua situação, o que se tenta promover nesse sentido é o resgate da responsabilidade sobre si mesmo.

A estratégia de Redução de Danos (RD) foi criada com o objetivo de diminuir os danos a saúde em consequência de práticas de risco (como o uso de drogas) incentivando a autonomia do usuário a readquirir sua condição de cidadão de acordo com os direitos humanos, incentiva a criação de intervenções junto a usuários que, devido ao contexto de vulnerabilidade, não desejam parar com o uso de droga. A RD não recorre a práticas punidoras como a abstinência, mas possibilita o contato entre os usuários e os agentes da redução de danos, o que permite, as pessoas que fazem uso de drogas (lícitas ou ilícitas) buscar seus direitos e acesso a políticas públicas (saúde, educação, trabalho). A RD deve ser interligada a rede básica de saúde e os CAPS, onde as pessoas podem ser atendidas próximas dos locais onde vivem por agentes redutores de danos, agentes comunitários de saúde e equipes multidisciplinares.

O papel do psicólogo dentro dessa estratégia é construído por meio do estabelecimento de vínculo base, onde será possível a realização do trabalho, desse modo, não cabe aos profissionais da psicologia, nenhuma forma de censura moral aos comportamentos dos usuários, seja com relação ao uso de substâncias psicoativas ilícitas ou a comportamentos considerados contraditórios a moral e costumes tidos como aceitáveis. O papel dos profissionais é o de ligar-se a uma parte da população que muitas vezes está a margem da rede de saúde e social por temer a rejeição (CONSELHO, F, P, 2011).

Essa estratégia coloca em debate as formas de internação que usam a abstinência como única forma de encontrar qualidade de vida, excluindo a possibilidade do usuário de liberdade de escolha, responsabilidade individual, familiar e social, direito a integralidade de suas ações e redes sociais de apoio.

A dependência química caracteriza-se pela presença de um agrupamento de sintomas psicológicos, comportamentais e fisiológicos, indicando que o indivíduo continua utilizando uma substância, apesar de problemas significativos relacionados a ela. É considerado um problema de saúde pública que vem crescendo e ultrapassando todas as fronteiras sociais, emocionais, políticas e nacionais. Observa-se que os usuários de drogas, incluindo de álcool e cocaína, possuem alto índice de recaída, sendo a motivação um dos fatores importantes para o sucesso do tratamento.

São muitos os fatores que podem motivar o uso de drogas, como por exemplo, a busca de prazer ou a necessidade de ser aceito pelo grupo. Como tal a dependência é biopsicossocial, a abordagem para o tratamento do problema deve considerar elementos biológicos, psicológicos e sociais e a motivação deve ser vista como um estado de prontidão ou avidez para a mudança, que pode flutuar de um momento para outro e pode ser entendido como uma condição interna influenciada por fatores externos. Dentro da motivação, se encontra um processo através do qual o indivíduo transita entre quatro estágios:

Na fase de pré-contemplação o indivíduo não tem consciência de que há algum problema e, se houver, irá considerar que a responsabilidade é de outras pessoas. Neste estágio não é aconselhável guiá-lo diretamente para a abstinência e confrontá-lo com acusações, pois ele ainda não reconhece que precisa parar. O ideal é auxiliá-lo a reconhecer e desenvolver consciência de seus problemas.

Quando está na fase de contemplação ele começa a perceber que tem problemas, reconhece algumas desvantagens em estar usando drogas, mas não toma nenhuma atitude para mudar, ou seja, continua usando.

A determinação é a fase em que o sujeito tem a intenção objetiva de mudar o comportamento, parar de usar drogas, fazer um tratamento. É necessário, então, um planejamento de ação para garantir os resultados.

A partir daí ele estará no estágio de ação, colocando em prática suas tentativas de mudança. Neste momento todas as possibilidades precisam estar de fácil acesso, por exemplo, a vaga em uma comunidade terapêutica precisa estar garantida, caso contrário, a demora será um obstáculo, poderá reconduzi-lo ao estágio de contemplação ou pré-contemplação e ele desistir.

No estágio de manutenção o indivíduo modifica o seu estilo de vida, se afasta do antigo grupo de amizades, fica em abstinência e evita a recaída. É imprescindível que ele identifique quais são as situações de risco que podem favorecer recaídas, para que ocorra a prevenção (FREITAS, D, B. 2006, p. 2).

Após um estudo sobre as quatro etapas anteriores, evidencia-se a importância da utilização de técnicas terapêuticas que auxiliem esses pacientes na diminuição da ambivalência, isto é, do conflito entre mudar e permanecer no comportamento atual. As técnicas terapêuticas podem ajudar os pacientes a progredir em direção aos estágios de ação e de manutenção, uma vez que eles estão em evolução e já discriminam uma possibilidade de mudança.

O poder público criou o plano integrado de Enfrentamento a Cocaína e outras drogas. Apesar das várias promessas de melhorias nos serviços de internação e acolhimento prolongado, o verdadeiro propósito do Executivo e do Congresso Nacional é a internação involuntária. Isto porque o usuário de drogas representa um perigo social, devido a perca da capacidade de autodeterminação.

Na cracolândia no centro de São Paulo estima-se que há cerca de dez mil usuários de cocaína que vivem em condições sub-humanas, o crack é visto como “sendo a causa da miséria e da exclusão”, tal crença social colabora para a internação involuntária, amparando também a internação compulsória, determinada pela autoridade judiciária. A segregação do usuário não é uma solução. O tratamento compulsório é violência, significa negação da liberdade:

A abstinência não pode ser, então, o único objetivo a ser alcançado. Aliás, quando se trata de cuidar de vidas humanas, temos que, necessariamente, lidar com as singularidades, com as diferentes possibilidades e escolhas que são feitas (BRASIL, 2003, p.10).

É preciso levar em conta que o tratamento involuntário não é eficaz, porque não convence o sujeito da interrupção do hábito. Se o consumo de drogas tende a se manter alto, a política de tratamento de internação involuntária provavelmente incentivará indiretamente o consumo de drogas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A comissão de direitos humanos do conselho de psicologia executou uma inspeção nacional acerca das unidades de tratamento para dependentes químicos com o objetivo de tornar público a violação dos direitos dos internos.

No estado de São Paulo, onde foram observadas duas clínicas, das quais em ambas ocorrem à violação dos direitos humanos, como por exemplo: castigo/punição, falta de médicos, estrutura precária, falta de higiene, alimentação ruim, privação de contato social, mão de obra não remunerada (escravização), situações de constrangimento e vexatória, desrespeito a escolha ou ausência de credo, contenção por meio de medicalização, desrespeito a orientação sexual e entre outras (CONSELHO, F, P, 2012).

Concluindo a inspeção, foi observado o desrespeito a cidadania dos usuários, o que contraria as políticas públicas. Isto é, substituir a dependência química pela submissão à um ideal, mantendo submissos e inferiorizados os sujeitos tratados. Para combater tais violações dos usuários institucionalizados, é necessário a criação de políticas públicas, como a continuidade da reforma psiquiátrica.

A construção social da realidade tem uma importância fundamental no como a vida do sujeito irá se desenvolver, pois de diferentes maneiras pode se chegar a tornar-se um adicto, no entanto a história de criação de uma pessoa pode preveni-la das dinâmicas sociais que impulsionam o indivíduo a tornar-se um dependente.

Um indivíduo pode desenvolver-se em uma família, tendo afetos positivos, educação e uma renda socioeconômica que sacia todas necessidades deste, no entanto em sua vida social, digo no âmbito das interações sociais, dependendo da dinâmica experienciada pode haver uma indução do sujeito a usufruir determinada droga ou por conta da pressão social ou da necessidade de inclusão de grupo, levando-o talvez assim a um vício. Da mesma forma que este mesmo personagem, pode ter uma boa relação social, mas ter conflitos em família, caminhando assim para uso de drogas como um refúgio em seu próprio ser. Com isso vemos que de diferentes maneiras pode ocorrer a formação de adictos, as variáveis são de imensa complexidade começando desde dos aspectos subjetivos (emocionais) até as relações sociais mais amplas, essas dinâmicas sociais são percebidas de determinada forma por cada indivíduo (CONSELHO, F, P, 2012).

O psicólogo tem diversos obstáculos a serem superados, desde de questões que começam na prática profissional, até a questões políticas. Os obstáculos na prática terapêutica acabam tornando-se comum, requer-se muito, quando na verdade se tem pouco, isso incentiva o profissional a tomar medidas por conta própria como os consultórios de rua sendo esta uma medida emergencial. No entanto não são todos profissionais que estão culminados a ideia de inovarem sempre e também não serão todos que desenvolveram técnicas para o atendimento de massa, as quais na maioria das vezes não são tão eficientes, por conta de necessitar de outros tipos de tratamento para estes casos, os quais exigem uma totalidade da prática profissional. Tais questões desembocam em uma discussão altamente complexa e ampla com a necessidade de uma interdisciplinaridade das áreas cientificas, como a sociologia, a política, a psiquiatria e as outras que se ocupam da área problematizada.

Nessa trajetória da psicologia o que fica evidente é que muito ainda precisa ser feito para a atuação do psicólogo ser ainda mais abrangente, pois quando egresso da graduação, está totalmente desprovido do conhecimento necessário ao tratamento de um dependente químico, ainda não é capaz de fazer este acolhimento e dar suporte a esse indivíduo que está em situação de vulnerabilidade social.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação Nacional de DST e Aids. Manual de Redução de Danos. Brasília, 2003.

CONSELHO, F, P. Assistência em Saúde e as Contribuições da Psicologia. Revista Diálogos: Álcool e outras Drogas, Brasília: CFP, v. 6, p.23-25, nov. 2009.

CONSELHO, F, P. Drogas: cidadania e cuidado são chaves para a Psicologia. Jornal do Federal: DROGAS usuário precisa de cuidado, atenção e dignidade. Brasília: CFP, p. 4-7. out. 2011.

CONSELHO, F, P. Drogas e Cidadania: em debate. Brasília: CFP, 2012.

CONSELHO, F, P. Práticas Emergentes e Inovadoras de Psicólogos(as) no Campo das Políticas Públicas de Centros de Atenção Psicossocial: Álcool e Drogas. Brasília: CFP, 2011-2013.

CONSELHO, F, P. Relatório da 4ª Inspeção Nacional de Direitos Humanos: locais de internação para usuários de drogas. Brasília: CFP, 2011.

CONSELHO, F, P. Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) em Políticas Públicas sobre Álcool e outras Drogas. Brasília: CFP, 2013.

FREITAS, D. B. Estágios motivacionais para mudança do comportamento do adolescente. Porto Velho, Rondônia, 2006.

[1] Graduando curso de Psicologia – Universidade Paulista (Unip).

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Alan Ferreira dos Santos

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