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Contextos e significações dos aspectos lúdicos da clínica infantil psicanalítica

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CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

CARVALHO, Francisca Aparecida Nayara [1], DALTRO, Déborah Ribeiro

CARVALHO, Francisca Aparecida Nayara. DALTRO, Déborah Ribeiro. Contextos e significações dos aspectos lúdicos da clínica infantil psicanalítica. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 09, Vol. 12, pp. 69-76 Setembro de 2018. ISSN:2448-0959

RESUMO

Winnicott (1975) nos revela que o brincar é uma forma de comunicação onde é através deste que a criança revela seus sentimentos, elabora seus conflitos e manifesta a sua realidade interior. O presente artigo pretende discutir alguns aspectos lúdicos da clínica infantil, assim como as significações que permeiam este campo, além de analisarmos de que formas as atividades lúdicas podem auxiliar para o desenvolvimento emocional na infância, tendo como base estudos oriundos de teorias e autores da Psicanálise sobre a importância do brincar para a simbolização e resolução dos conflitos infantis.

Palavras-chave: Lúdico, Brincar, Infância, Psicologia, Clínica.

INTRODUÇÃO

O papel do brincar é estudado por várias vertentes, como a sociologia, filosofia, educação, antropologia, psicologia, entre outras. Podendo manifestar-se não apenas no brinquedo, mas também por meio do brincar, enquanto ação, pelo jogo. Segundo Vieira e Lima (2002), o brincar é uma forma de expressão da criança, pois através dele, ela comunica seus pensamentos. Alguns autores consideram que o jogo é oriundo de condutas instintivas, biológicas, pois não obedecem a qualquer relação com a presença de aspectos culturais. Indo oposto a esse pensamento, Huizinga (1980 apud ROZA, 1993), discorda e comenta que o brincar ultrapassa o plano material e o limite da realidade com a imaginação.

Os aspectos lúdicos são inerentes de nós seres humanos. Esse tipo de atividade pode proporcionar inúmeros benefícios tanto físicos, como psíquicos para crianças. A importância do brincar vai para além da expectativa suposta por profissionais de saúde, onde essas atividades definem-se com um caráter fundamental para o desenvolvimento dessas crianças, e é através do brincar que são organizadas as situações cognitivas que a criança vivencia.

Segundo Winnicott (1975), o brincar é como uma experiência, que será sempre criativa. As crianças brincam com mais facilidade quando a outra pessoa pode e está livre para ser brincalhona,pra entrar em seu jogo de fantasia. As pessoas devem estar disponíveis quando as crianças brincam, mas não é preciso esse ingressar no brincar da criança, não há a necessidade do adulto se posicionar como administrador, anulando assim o espírito criativo presente nas crianças.

Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo abordar a temática voltada ao aspecto lúdico da clínica infantil, sob perspectivas de autores psicanalíticos, onde discutiremos a luz destes no decorrer de todo o texto, levando em conta aspectos históricos da construção do significado do brincar.

2.REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 O BRINCAR E A PSICOLOGIA

No final do século XIX o brincar passou a ser objeto de estudo da psicologia, por meio de Groos, que segundo Brougère (1998) inicia a psicologia infantil. Inicialmente essa psicologia buscou explicar a função do jogo, passando a ser investigada no âmbito da experiência.

Groos (1902 apud JARDIM, 2003) define as brincadeiras como uma forma de exercitar os instintos, antes que eles estejam desenvolvidos, usando uma analogia com as formas lúdicas dos cães e a posterior sociedade dos cachorros adultos. Inspirado em Darwin, Groos acreditava que se os organismos brincam é porque assim eles têm uma vantagem pela luta da sobrevivência. Como exemplo, ele cita o que ao observar um gatinho brincando com um novelo de lã, ele classifica a brincadeira entre os jogos de caça, considerando-o como um pré- exercício, comparando os movimentos do gatinho aos do animal adulto quando caça um rato. Diante disso, o mesmo autor nos revela que ao observar o brincar, este dá importância central ao biológico, deixando de observar o caráter subjetivo dado pela criança.

Chateau (1987) concorda com Groos ao afirmar que a criança está em treinamento, pelo jogo, das funções tanto psicológicas quanto psíquicas. Mas diferencia o brincar da criança do dos animais, ao afirmar que os jogos funcionais encontrados nos bebês e nos animais são exercícios das funções sem trazer em si uma significação.

2.2 O BRINCAR E A PSICANÁLISE

O papel do brincar na infância foi estudado por várias teorias, mas é a psicanálise que irá atribuir sua função simbólica. Apesar de Freud não ter atendido crianças, a não ser indiretamente, através das conversas com o pai de Hans (1905), ele analisou sonhos e brincadeiras relatados. O brincar por si só não foi estudado por Freud, mas esteve presente ao ilustrar alguns fenômenos, como a fantasia e a pulsão de morte, através da compulsão a repetição.

Freud (1976) afirma que as crianças em suas brincadeiras repetem tudo que lhes causou uma grande impressão na vida real, e assim procedendo, abrangem a intensidade da impressão, tornando-se, por assim dizer, senhoras da situação. Por outro lado, porém, é óbvio que todas as suas brincadeiras são influenciadas por um desejo que as domina o tempo todo: o desejo de crescer e poder fazer o que as pessoas crescidas fazem.

Pode-se também observar que a natureza desagradável de uma experiência nem sempre a torna inapropriada para a brincadeira. Se o médico examina a garganta de uma criança ou faz nela alguma pequena intervenção, podemos estar inteiramente certos de que essas assustadoras experiências serão tema da próxima brincadeira; contudo, não devemos, quanto a isso, desprezar o fato de existir uma produção de prazer provinda de outra fonte. Quando a criança passa da passividade da experiência para a atividade do jogo, transfere a experiência desagradável para um de seus companheiros de brincadeira e,dessa maneira, vinga-se num substituto.

Cada criança irá dar um significado diferenciado aos brinquedos expostos no consultório, ele é apenas um mediador entre a realidade e a imaginação. Segundo Henriot (1976 apud ROZA, 1993), a atitude lúdica passa por três momentos, o primeiro é o de magia, irrealismo, no qual a criança transforma magicamente o objeto do mundo, nesse momento a realidade é perdida temporariamente entrando num mundo de fantasia. No segundo momento temos o do ludismo, realismo, já que a criança sabe que sua ação é fictícia, brinca de faz de conta, e o terceiro momento, o de ilusão surrealista, permite o engajamento da magia e o realismo levando à brincadeira.

Freud dá importância e significados as brincadeiras infantis, ele considera o brincar como a primeira manifestação da fantasia, já que “ao brincar toda criança se comporta como um escritor criativo, pois cria um mundo próprio” (FREUD, 2006, p.135).

A criança sabe distinguir o mundo criado por ela da realidade e, gosta de inserir as situações imaginadas as situações vividas no mundo real. Essa conexão é que irá diferenciar o brincar infantil do fantasiar. Quando a criança para de brincar ela apenas renuncia a sua ligação com os objetos reais, ao invés de brincar, ela fantasia, “cria castelos no ar” (FREUD, 2006, p.136).

Para Freud (2006), o brincar da criança é determinado pelo desejo de ser adulto, ela imita em seus jogos o que conhece da vida dos mais velhos, colocando muita emoção nesse mundo de brinquedos.

A primeira psicanalista de crianças foi Hugh-Hllmunth (1921 apud AVELLAR, 2001), reconhece a importância da comunicação da criança na primeira sessão, vê nessa comunicação o complexo nuclear da neurose infantil. Valoriza o brincar e o seu sentido simbólico como forma de desvelar os sintomas e a problemática da criança. Segundo Roza (1993), outras pioneiras na psicanálise de crianças foram Sophi Mongenstein, na França, que escreveu um livro sobre o desenho e Rambert, na Suíça, que introduziu, nos atendimentos infantis, marionetes de famílias. Mesmo com as contribuições desses autores, foram Anna Freud e Melanie Klein que justificaram o trabalho da psicanálise infantil, que o próprio Freud tinha dúvidas, devido às limitações do discurso verbal da criança.

Melanie Klein dá importância a constituição interna da criança e na sua clínica observa o brincar infantil. Anna Freud, segundo Roza (1993) fez críticas ao método utilizado por Klein, discordando disso e dizendo que na clínica psicanalítica, o brincar não pode ser usado como método de associação livre, pois o psiquismo das crianças é diferente dos adultos. Questionou ainda o papel do analista, dizendo que se este observasse as crianças brincando, fugiria às regras técnicas da psicanálise deixadas por Freud. Para Anna Freud, o papel do analista seria confundido com o de pedagogo ou professor, confundindo o papel da escuta com o da disciplina.

2.3 MELANIE KLEIN E O BRINCAR

Partindo dessa ideia que a brincadeira pode expressar a angustia, como outros desejos inconscientes, a psicanálise passou a atender crianças utilizando-se do brincar. Entre esses analistas, Melanie Klein se sobressai ao dar uma elevada importância a esse mundo interno psíquico. Klein começa a analisar crianças na década de 1920, utilizando a técnica do brincar. Inspirou-se, segundo Segal (1975) nas observações feitas por Freud quanto ao brincar da criança com o carretel:

o menino tinha um carretel de madeira com pedaço de cordão amarrado em volta dele. Nunca lhe ocorrera puxá-lo pelo chão atrás de si, por exemplo, e brincar com o carretel como se fosse um carro. O que ele fazia era segurar o carretel pelo cordão e com muita perícia arremessa-lo por sobre a borda de sua caminha encortinada, de maneira que aquele desaparecia por entre as cortinas, ao mesmo tempo que o menino proferia seu expressivo ‘o-o-ó’. Puxava então o carretel para fora da cama novamente, por meio do cordão, e saudava o seu reaparecimento com um alegre ‘da’ (‘ali’). Essa, então, era a brincadeira completa: desaparecimento e retorno. Via de regra, assistia-se apenas a seu primeiro ato, que era incansavelmente repetido como um jogo em si mesmo, embora não haja dúvida de que o prazer maior se ligava ao segundo ato. (FREUD, 1976, p.24,25)

Melanie Klein percebeu que “o brincar da criança poderia representar simbolicamente suas ansiedades e fantasias” (SEGAL, 1975, p.13). Levando-se em conta que não se pode exigir que crianças pequenas associem livremente, ela resolveu brincar e observar na brincadeira sua expressão simbólica e seus conflitos inconscientes. Foi assim capaz de descobrir o rico mundo da fantasia inconsciente. O brincar da criança é proporcional à associação livre do adulto, pois o brincar é uma forma básica da comunicação infantil, com a qual as crianças inventam o mundo e elaboram seus aspectos internos e os impactos externos pelo outro.

Com as observações realizadas na sala de recreio confirmou-se as teorias de Freud sobre a sexualidade infantil, mas foram observados fenômenos que não haviam sido relatados anteriormente. Afirmava-se que o Complexo de Édipo tinha início em torno de três ou quatro anos de idade, mas ela observou crianças de dois anos e meio que já manifestavam fantasias e ansiedades edipianas, que já possuíam uma história, com tendências pré-genitais e genitais presentes. O superego também em suas observações apareceu antes do esperado. Na fase oral-sádica, a criança ataca o seio da mãe e o incorpora como destruído e destrutivo, isso constitui a raiz primitiva do aspecto persecutório e sádico do superego. Paralelamente a essa introjeção, em situações de amor e gratificação, a criança introjeta um seio amado e amoroso ideal, que se torna a raiz do aspecto ego-ideal do superego.

O profissional deve observar todo o comportamento da criança na hora da sessão, o que ele brinca como faz de conta, tudo terá um significado. A tarefa do profissional é descobrir, através dos símbolos, brinquedos, o material inconsciente e interpretá-lo, tentar traduzir em palavras as ansiedades e fantasias da criança, tornando-as acessíveis ao pensamento e a fala.

2.4 WINNICOTT E O BRINCAR

Winnicott é outro nome importante ao se falar da clínica infantil psicanalítica, ele estudou não só a técnica do brincar, mas o conceito do brincar como uma atividade humana que se situa no espaço intermediário entre a mãe e o bebê, o espaço potencial preenchido pela fantasia. Vê o brincar como um fator decisivo para o desenvolvimento humano e relata o uso de objetos transicionais.

Winnicott (1975) observou que os bebês assim que nascem, tendem a usar os dedos para satisfazer os instintos da zona erógena oral. Após alguns meses os bebês começam a gostar de brincar com ursinhos e bonecas. As mães normalmente dispõem para o bebê, algum objeto especial, que a criança irá possuir um maior apego.

O bebê começa a perceber esse objeto como um “não-eu”, ele possui a capacidade de criar, imaginar, inventar, produzir um objeto. Para esse objeto deu-se o nome de objeto transicional, que são os objetos que não fazem parte do corpo do bebê, mas ainda não é plenamente reconhecido por ele como pertencente a realidade externa.

Para o bebê ele não deve ser apenas um objeto, deve parecer que lhe dá calor, ou que faz algo para mostrar que tem realidade própria, como Winnicott (1975, p .10) relata que “ dois rostos podem ser semelhante em repouso, mas, tão logo se animam, tornam –se diferente”. Ao nosso ponto de vista ele vem do exterior, mas não do ponto de vista do bebê, mas também não provém de dentro, não é uma alucinação, está nesse intermediário. O destino natural é que ele vá perdendo seu significado para a criança.

A partir da relação com o objeto transicional a criança inicia-se num processo maravilhoso para o seu desenvolvimento, que é o brincar, o conteúdo da brincadeira não importa. Essa área do brincar não é a realidade psíquica interna. Mesmo estando fora do indivíduo não é o mundo externo em sua concepção. Há essa revolução direta dos fenômenos transicionais para brincar, depois há o surgimento de um brincar compartilhado, e deste para as demais experiências culturais (WINNICOTT, 1975).

Para Winnicott a psicoterapia:

se efetua na sobreposição de duas áreas do brincar, a do paciente e a do terapeuta. A psicoterapia trata de duas pessoas que brincam juntas. Em consequência, onde o brincar não é possível, o trabalho efetuado pelo terapeuta é dirigido então no sentido de trazer o paciente de um estado em que não é capaz de brincar para um estado que o é (WINNICOTT, 1975).

O terapeuta deve se envolver com brincar do paciente, podendo ser uma forma de comunicação, assim como buscar a comunicação da criança, sabendo que o domínio dela pela normalmente não é muito expressivo, ela não é capaz de transmitir o que ela transmitiria através da brincadeira. O brincar torna-se assim essencial para que o paciente manifeste sua criatividade.

Winnicott (1975) define o brincar como uma experiência que sempre será criativa. Embora o brincar faça parte da relação de objeto, tudo o que acontece nele é pessoal ao bebê, à criança. As crianças brincam com mais facilidade quando a outra pessoa pode e está livre para ser brincalhona. As pessoas devem estar disponíveis quando as crianças brincam, mas não é preciso esse ingressar no brincar da criança, não há a necessidade do adulto se posicionar como administrador, anulando o espírito criativo presente nas crianças.

Para Winnicott o brincar é uma terapia. Esse brincar espontâneo e não o brincar submisso. O autor nos revela que a criança traz para dentro da brincadeira fenômenos vivenciados na sua realidade externa, usando-os a serviço de alguma amostra derivada da realidade interna. “Sem alucinar, a criança põe para fora uma amostra do potencial onírico e vive com essa amostra num ambiente escolhido de fragmentos oriundos da realidade externa” (WINNICOTT, 1975,p.76).

Ao observar bem, é possível perceber que tudo o que acontece na brincadeira já foi feito antes, sentido antes. Até mesmo o objeto transicional que foi adotado, e não criado, foi um objeto descoberto. Através desses objetos o bebê começa a viver criativamente e a utilizar objetos reais para ser criativo com eles, criando com isso um vínculo com a herança cultural.

Deve-se esperar pela evolução natural da transferência que irá surgindo pela confiança do paciente no próprio cenário psicanalítico. Não deve ser seguido pela necessidade pessoal do analista de interpretar, mas esperar que o paciente chegue à compreensão criativamente, já que é o paciente e apenas ele, que tem as respostas, o analista não pode interpretar de acordo com as suas próprias imaginações criativas. Não é necessária a utilização de brinquedos elaborados, mas de objetos que possuem realidade própria para a criança, já que para a criança “todo objeto é um objeto descoberto”. (WINNICOTT,1975, p.141).

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A perspectiva do brincar explicitada no presente trabalho baseou-se nos estudos de diferentes autores como Segaz (1975), Jardim(2003), Freud (1976), Brougère (1995) dentre outros, a fim de que pudéssemos compreender a utilização dos jogos e brincadeiras como instrumentos de contato com o universo da criança, trazendo uma articulação dos trabalhos dos psicanalistas como Melanie Klein e Winnicott.

Com isso, não podemos considerar o brinquedo como um objeto com um significado igual para todas as crianças, elas irão utilizar-se de sua imaginação, assim uma boneca não é apenas uma boneca. O brinquedo que iremos abordar é esse objeto que ganha significado. O brinquedo para Brougère (1995) é um objeto cultural produzido por adultos, mas seu valor está na imagem simbólica representada pela criança, que ganhará significado no processo da brincadeira.

A psicologia estuda o processo do desenvolvimento da criança, onde as atividades lúdicas promovem avanços na capacidade superior da criança como uma forma de resolver determinadas situações no ato do brincar, pensar, imaginar, memorizar, no campo das interações sociais e da concentração. Dessa forma, a criança produz conhecimento dinâmico nas brincadeiras, bem como a manifestação de atitudes de divertimento, fascinação, alegria e profundo envolvimento durante a brincadeira.

Desta forma, concluímos que o brincar possui influências para a construção da criança como sujeito, onde de acordo com a literatura pesquisada, esta nos mostra que a psicanálise também tem muito a contribuir para a construção dessas crianças, onde a partir do brincar e das atividades lúdicas há uma interpretação das facilidades nas brincadeiras.

REFERÊNCIAS

BROUGÈRE, Gilles. Jogo e educação. Porto Alegre: Artes Médicas,1998.

FREUD, Sigmund. Além do princípio do prazer. ESB,vol. XVIII. Rio de Janeiro: Imago,____.Escritores Criativos e Devaneios, ES. Vol. IX Rio de Janeiro. Imago,2006.

JARDIM, Cláudia Santos. Brincar: um campo de subjetivação na infância. São Paulo, Annablume,2003.

ROZA,S.E. Quando Brincar é Dizer:a experiência psicanalítica na infância. Rio de Janeiro, Relume Dumará, 1993.

SEGAL, Hanna. Introdução à obra de Melanie Klein. Rio de Janeiro: Imago Editora Ltda, 1975.

VIEIRA, M. A;LIMA, R. A.G. Crianças e adolescentes com doença crônica: convivendo com mudanças. Ver. Latino-Am. Enfermagem, vol. 10, n.4, pp. 552-560. Ribeirão Preto, 2002.

WINNICOTT, D. W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago Ltda, tradução de José Olávio de Aguiar Abreu, 1975.

[1] Bacharel em psicologia na faculdade Luciano feijão

Recebido: Janeiro, 2018

Aprovado: Setembro, 2018

 

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