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O Ensino Médio e seu papel na atualidade: A concepção dos alunos do CIEP Padre Salésio Schimid de Vassouras – RJ

RC: 59913
693
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

LIMA, Willian da Silva de [1], SOUZA, Mariana Cabral Maméde [2], PINHEIRO, Beatriz Braga [3]

LIMA, Willian da Silva de. SOUZA, Mariana Cabral Maméde. PINHEIRO, Beatriz Braga. O Ensino Médio e seu papel na atualidade: A concepção dos alunos do CIEP Padre Salésio Schimid de Vassouras – RJ. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 09, Vol. 04, pp. 108-130. Setembro de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/papel-na-atualidade

RESUMO

Este trabalho trata da percepção dos alunos da Escola Estadual CIEP 297 – Padre Salésio Schimid e tem como objetivo identificar a perspectiva dos alunos desta instituição sobre o Ensino Médio e suas experiências. Esta é uma pesquisa qualitativa de cunho descritivo que teve como alvo a população do Ensino Médio do Centro Integrado de Educação Pública – CIEP 297 Padre Salésio Schimid, localizado município de Vassouras. Foi aplicado um questionário a 35 alunos dessa população, este se dedicou a identificar as concepções dos participantes sobre o Ensino Médio e sua abordagem para verificar se corroboram ou não com os autores utilizados no referencial deste artigo sobre a formação social plena do indivíduo. De modo geral, os resultados indicaram uma perspectiva positiva dos pesquisados a respeito do conteúdo abordado no Ensino Médio, ainda assim, observou-se que existem alunos que estão cursando o 3º ano e não se sentem aptos para o pós-escola.

Palavras-chave: Ensino Médio, reforma do Ensino Médio, Educação Pública.

1. INTRODUÇÃO

É de conhecimento geral que todos os anos da educação básica são fundamentais para a formação de um indivíduo. No entanto, os três últimos anos, correspondentes ao Ensino Médio, se apresentam como determinantes na vida do aluno tendo em vista que ele precisa estar preparado como pessoa, cidadão e profissional para os desafios do pós-escola. Sob o ponto de vista do ensino público, essa etapa de ensino se mostra ainda mais determinante, principalmente na questão da desigualdade social, de modo que a educação pública deve proporcionar aos seus alunos, normalmente de classe baixa, uma conclusão digna e efetiva, de acordo com a realidade que se apresenta, para que estes se formem com capacidade de contribuir para a redução da desigualdade, não o oposto.

Nesse sentido, muito se debate a respeito da grade curricular do Ensino Médio, o que é reforçado pela discussão sobre o Novo Ensino Médio e suas mudanças implementadas através da introdução da Base Nacional Comum Curricular nas escolas, de acordo com a lei nº 13.415/2017. Um questionamento possível é se essa mais recente reforma produz resultados efetivos no sentido da preparação do aluno, compreendendo as novas demandas e realidades da sociedade ou se é apenas uma modificação da estrutura anterior, concebida ainda no século XX. A nova realidade que se apresenta e se renova constantemente exige que se criem projetos de educação que preparem os alunos das escolas públicas de maneira mais completa, em termos intelectuais, sociais e éticos, para que estes não sejam ainda mais prejudicados pelas desigualdades de condições na educação.

Para elucidar a relevância desse ponto da escola básica na preparação do indivíduo, é possível citar o fato de que os alunos de hoje são os trabalhadores e professores de amanhã, ou seja, o futuro, de modo que a sociedade é composta por gerações, que ensinam, influenciam e orientam a próxima, para que assim a coletividade se mantenha.

Toda sociedade vive porque consome; e para consumir depende da produção. Isto é, do trabalho. Toda a sociedade vive porque cada geração nela cuida da formação da geração seguinte e lhe transmite algo da sua experiência, educa-a. Não há sociedade sem trabalho e sem educação. (KONDER apud FRIGOTTO, 2008)

Diante desse cenário, o presente trabalho busca reunir concepções de alunos sobre o Ensino Médio para que seja possível responder a seguinte questão sobre a sua realidade: O conteúdo e abordagem do Ensino Médio proporciona uma formação plena acompanhando as novas demandas da sociedade?

A pesquisa tem como objetivo geral identificar a percepção de 35 alunos do Ensino Médio do Centro Integrado de Educação Pública – CIEP 297 Padre Salésio Schimid sobre o conteúdo abordado na grade curricular do Ensino Médio aplicado nesta instituição. A Escola está situada no município de Vassouras, Centro-sul do Rio de Janeiro, e atualmente possui 345 alunos ativos cursando os anos finais do Ensino Fundamental e 415 alunos ativos cursando o Ensino Médio, somando o total de 760 alunos. Além disso, o trabalho tem como objetivos específicos: a) Identificar a visão dos participantes sobre suas experiências com os conteúdos ensinados tradicionalmente no Ensino Médio e sobre quais fatores eles entendem como possibilidade de aprimorar o conhecimento para formação profissional e cidadã dos indivíduos; b) Analisar como possíveis insuficiências do conteúdo abordado podem interferir na vida após a escola dos indivíduos, em termos de empregabilidade, curso superior, entre outros papéis que os mesmos exercerão; c) Verificar a concepção dos participantes da pesquisa sobre os conteúdos atuais, a fim de detectar se o Ensino Médio teve a finalidade de prepará-los para o Exame Nacional do Ensino Médio.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 A IMPORTÂNCIA DO ENSINO MÉDIO

De acordo com o artigo 205 da Constituição Federal de 1988, todo cidadão terá direito a Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio (BRASIL, 1988). Essas três etapas da vida de um estudante terão somadas uma duração mínima de doze anos. Nessas etapas, a educação básica exerce uma função, que de acordo com Melo e Leonardo (2019, p.6) “se vincula à verdadeira função da escola, que é a transmissão, às novas gerações, do saber produzido pela humanidade ao longo de sua história.”

A última etapa é objeto deste estudo, e é nesta que são aprofundados os conhecimentos obtidos nas etapas anteriores por se tratar da fase final do ciclo escolar, é nesta fase que, geralmente, o indivíduo começa a conceber ideias sobre quais passos quer seguir ou qual carreira irá atuar. É uma fase que tem significados importantes para o estudante, seu desenvolvimento e percurso, de modo que enquanto cursa esses três anos cria perspectivas para sua vida pós-escola.

Elucidando a importância do Ensino Médio, Kuenzer (2000) afirma que o objetivo em que se é baseado o Ensino Médio trata-se do compromisso de formar jovens que atuem de forma produtiva nas relações sociais que existem no mundo. Um exemplo de relação social concreta dita por Kuenzer diz respeito ao mercado de trabalho, ou seja, as condições de empregabilidade que a escola proporciona ao indivíduo, para que ao concluir a educação básica, este esteja apto a ingressar no mercado de trabalho. Nesse sentido, Krawczyk (2009, p.761) diz que devem ser buscadas formas de utilizar a educação como fator potencializador dos conhecimentos, capacidades e habilidades dos jovens.

2.2 AS ADVERSIDADES DO ENSINO MÉDIO

Melo e Leonardo (2019, p.2), complementam com algumas dificuldades que ainda são encontradas no Ensino Médio, como: “a definição de seu currículo, recursos para sua manutenção e ampliação, formação de professores, qualidade do ensino, níveis de aprovação, distorção série/idade e evasão”. Esses problemas resultam em fatores que atrapalham o desenvolvimento dos alunos enquanto cursam o Ensino Médio.

Transmitir o conhecimento não é uma tarefa fácil, pois deve estar em conjunto com alguns objetivos, e estes foram destacados por Klein e Pataro (2008), deve-se aplicar os conteúdos selecionados de maneira que promova o pensamento crítico nos estudantes. As atividades devem ser planejadas de forma que ajudem na construção da cidadania e do pensamento crítico, mas que ainda transmita todos os conteúdos acumulados ao decorrer de toda história humana, e que são de grande valia para formação intelectual do aluno. Além dos conteúdos curriculares formais que são transmitidos pelos professores aos alunos, na maior parte do tempo escolar há uma interação entre os alunos e professores que deve ser aproveitada com práticas que promovem a participação social dos alunos.

Sobre essa tarefa, Klein e Pataro (2008, p.10) opinam que:

Acreditamos que a aprendizagem através da problematização das situações relevantes para os discentes possibilita não apenas a construção do significado dos conteúdos, mas também a formação crítica, orientada para sua atuação social. Temos, assim, a necessidade de um trabalho que contemple, ao mesmo tempo, a instrução de alunos e alunas quanto aos conteúdos acumulados historicamente, e a formação em valores, voltada para a construção da cidadania e do pensamento crítico. (KLEIN e PATARO, 2008, p.10)

A reforma do Ensino Médio foi feita através da Lei nº 13.415, de 2017, que trouxe mudanças no modelo do ensino. Após concluir que essas mudanças foram necessárias porque o modelo anterior à reforma possui limitações, do contrário, não haveria necessidade de alteração, faz-se relevante buscar compreender como a estrutura do Ensino Médio e suas mudanças influenciam, de fato, no futuro dos estudantes. Analisando com base no histórico do Ensino Médio, no contexto social e cultural se as novas mudanças proporcionarão resultados diferentes em relação à estrutura anterior e se terá potencial para “cumprir o seu papel de preparar esses jovens para inserções sociais, políticas, culturais e laborais […]” (FALEIRO; PUENTES; ARAGÃO, 2016, p.413). Nesse contexto, o presente trabalho encontra na pesquisa realizada por Faleiro, Puentes e Aragão (2016) com os estudantes do Ensino Médio de escolas estaduais de Uberlândia-MG, que teve o Ensino Médio e suas influências nas perspectivas de futuro dos alunos como objeto de estudo diretivos que nortearam seu desenvolvimento.

Alguns conceitos da pesquisa supracitada merecem destaque pelo fato de contribuírem de forma direta para o objetivo geral deste estudo: o fato de boa parte dos estudantes possuírem uma preocupação antecipada com o trabalho, bem como a visão do trabalho como a única finalidade da escola. Essas situações comprovam e reforçam a presença de concepções enraizadas no senso comum alinhadas com ideais capitalistas existentes na sociedade. As consequências disso variam de aluno para aluno, de modo que ao contrário de como a escola age na maioria dos casos, devem ser consideradas as diferenças entre cada indivíduo que nela está.

Se os alunos entendem que a única finalidade da escola é garantir melhores condições de empregabilidade, a escola e o aprendizado passam a ser considerados como meios para um único fim, ao passo que, quando este fim é alcançado, torna o meio dispensável e desnecessário. Essa questão se agrava ainda mais quando este fim citado é alcançado durante o Ensino Médio, aumentando consideravelmente os números de abandono da escola, pelo entendimento da desnecessidade ou até mesmo pelas condições impostas pela nova situação, como a falta de tempo para se dedicar ao aprendizado. Nesse sentido, segundo Faleiro, Puentes e Aragão (2016), os jovens anseiam por uma educação escolar que lhes apresente ao mercado de trabalho e satisfaça necessidades presentes, tendo o momento presente como sua maior preocupação.

Ademais, pode ser observado e reconhecido que um fator em especial pode ser o ponto de partida para todas as demais limitações impostas ao Ensino Médio: a indefinição sobre a identidade do Ensino Médio. Há um consenso entre os autores da área sobre esse ser um dos principais desafios a serem vencidos para alcançar um Ensino Médio efetivo, sendo assim, um primeiro passo importante seria a definição sobre qual o propósito de fato, ou seja, a identidade dessa fase de ensino: uma formação geral ou uma formação profissional. Além dos autores já citados, este trabalho encontra no trabalho de Krawczyk importante colaboração com o assunto aqui abordado.

A falta de consenso em torno da dualidade na identidade do Ensino Médio (formação geral e/ou profissional); ainda as demandas constantes para a inclusão e/ou exclusão de novos conteúdos no currículo de Ensino Médio são exemplos das tensões em torno dele. (KRAWCZYK, 2009, p.2)

A identidade do Ensino Médio é questionada por Krawczyk (2009), que considera a única finalidade clara do Ensino Médio, de ser meio de entrada a universidade ou a formação profissional. As consequências da falta de identidade do Ensino Médio apontada por Krawczyk podem ser vistas no trabalho de Faleiro, Puentes e Aragão, anteriormente citado, sobre as perspectivas dos alunos do Ensino Médio sobre o futuro. A indefinição reflete na concepção que estes possuem sobre o Ensino Médio, de modo que o entendem apenas como uma “ponte” para o mercado de trabalho e garantir melhores condições de empregabilidade.

Essa concepção é uma questão cultural que vêm sendo transmitida para os alunos antes mesmo de chegarem ao Ensino Médio, no entanto, estruturar o Ensino Médio com orientação apenas para o mercado se mostra um equívoco, de modo que afasta a concretização de uma ampla formação dos alunos visando outras demandas no mundo contemporâneo, estas ,por sua vez, exigem das pessoas que estão sendo formadas saberes e conhecimentos compatíveis com a sociedade que estarão se inserindo. “Existe uma pressão crescente pelo aumento de conhecimentos que a escola deve oferecer” (KRAWCZYK, 2009, p.757), e por isso fica evidenciada a importância do tema proposto neste estudo, de modo que o conteúdo que deve ser ensinado no Ensino Médio é algo constantemente debatido.

Outro ponto tido como desafio e que também se refere à concepção dos alunos sobre os conteúdos ensinados definidos por Melo e Leonardo (2019), é o entendimento da utilidade prática desses conteúdos. Em alguns casos, os alunos acabam não compreendendo a importância dos conteúdos que são estudados ou não visualizam a relação do conhecimento adquirido com aplicação direta na sua vida no presente. Além das propostas curriculares não se preocuparem com a exemplificação desses conteúdos no contexto de utilização na vida real dos alunos, o processo de aprendizagem também não coloca essa necessidade como primazia, resultando na desmotivação e na falta de interesse dos alunos em aprender, subestimando a importância do Ensino Médio em suas vidas. O resultado desse cenário de acordo com Melo e Leonardo (2019), é que os estudantes perdem o objetivo de cursar o Ensino Médio para obter os conhecimentos devido a complexificação dos seus pensamentos, e ressignificam esse objetivo por cursar apenas para cumprir as obrigações e adquirir um diploma para ingressar no mercado de trabalho ou no ensino superior.

Sobre definir a identidade do Ensino Médio, Mesquita e Lelis (2015, p.837) descrevem que “definir o Ensino Médio como formativo tendo o trabalho, a ciência e a cultura como eixos centrais integrando-o à formação profissional pode ser um caminho de consolidação de uma identidade para a educação secundária brasileira”. Esse caminho proposto, tendendo para a formação profissional contempla eixos importantes, mas ainda sim limitados, no entanto, romper com a dualidade é um passo fundamental para vencer os desafios. Sem uma identidade definida, existem diversos objetivos, fazendo com que não se concentre esforços em uma direção que leve a resultados efetivos. Para Mesquita e Lelis (2015) a pluralidade de objetivos, possui a perspectiva além de formar jovens com a capacidade de ser críticos e participativos até a preparação de jovens aptos ao mercado de trabalho e ingresso no ensino superior.

Por outro lado, é necessário não confundir a falta de identidade (nem um, nem outro) com o equilíbrio entre as duas formações, ou seja, com uma identidade que contemple as duas características e atenda a todas as demandas da contemporaneidade. Nesse sentido, destaca-se a necessidade de um ponto de equilíbrio entre os dois pontos, uma identidade que durante o Ensino Médio prepare os jovens para todos os papéis que exercerão na sociedade durante sua vida, tais como cidadão, profissional, entre outros.

Corroborando com os autores supracitados, Klein e Pataro (2008) também discorrem sobre lidar com as novas demandas da sociedade, de modo que as transformações sociais são constantes na sociedade atual, a globalização e as tecnologias da informação que estão sempre inovando são fatores agravantes da necessidade de conhecimento e inovação.

As escolas precisam formar alunos capazes de se adaptar às situações e as mudanças que ocorrem na sociedade contemporânea, reavaliando alguns conteúdos tradicionais que não condizem com a realidade dos estudantes e que trarão pouco valor à sua formação. É preciso abandonar o tradicionalismo existente em alguns conhecimentos compartilhados.

Klein e Pataro (2008, p.2) conceituam sobre essa necessidade alegando que:

O momento atual impõe à escola o desafio de lidar com uma realidade na qual a formação e a instrução estão distribuídas por todas as partes; onde a escola deixou de ser a única fonte do saber; onde nos vemos submetidos a transformações aceleradas em que as tecnologias da informação e da comunicação mediam nossas relações interpessoais a o acesso ao conhecimento. Em contrapartida, a escola continua se organizando e funcionando através de uma estrutura e de concepções que se pautam por um modelo de sociedade que não corresponde mais à nossa realidade. (KLEIN e PATARO, 2008, p.2)

Portanto, exige-se mais da formação dos indivíduos, e consequentemente é exigido mais da escola, visto que ela precisa preparar seus alunos de acordo com as novas demandas da sociedade, pois estes potenciais formandos serão os novos trabalhadores de amanhã. Na década de 90 foi criada uma reforma no ensino, como o objetivo de adequar a educação às novas demandas oriundas do trabalho, onde deveria existir uma educação básica de qualidade e até mesmo uma educação profissional, pois as novas demandas de trabalho buscavam por mais produtividade com qualidade.

Essas novas exigências do mundo do trabalho, têm colocado a escola em um papel complicado, pois é cobrado dela uma formação mais flexível, visando uma formação social e intelectual plena do aluno. A nova reforma, imposta através da lei 13.415/17 veio com o objetivo de uma formação mais profissionalizante, quase duplicando a carga horária, passando de quatro horas diárias para o total de sete horas diárias. Fato é que a esta reforma está em fase de experimentação, mas é perceptível que sua estrutura indica a preocupação com uma formação voltada para o mercado, visto que muitos formados não buscam ou possuem dificuldades de ingressar em um curso superior ou curso profissionalizante, a grande maioria busca o mercado de trabalho limitados ao que lhe foi ensinado durante os três anos de formação, e essa rotina árdua de trabalho faz com que essas pessoas se afastem cada vez mais do ensino e da busca pelo conhecimento.

Tornam-se importantes as questões referentes ao currículo do Ensino Médio, fator esse que influenciará a vida do estudante no pós-escola, visto que o mesmo seguirá para o mercado de trabalho e uma graduação. Esse currículo pode contribuir de forma positiva, como também de forma negativa, é necessário se atentar para tal, observando que nada adianta uma reforma no Ensino Médio se sua grade curricular não sofrer modificações, pois se o objetivo é uma inovação no ensino, a grade antiga precisa ser revista, sendo que a mesma possui um tradicionalismo, que como dito anteriormente, precisa ser abandonado em certo grau para que se obtenham resultados compatíveis com as novas demandas.

Nessa proposta devem ser buscadas ferramentas que corrijam essas limitações e meios para uma educação mais atual e dinâmica, vale ressaltar que os alunos passarão mais tempo na escola, então deve-se buscar meios/metodologias para um ensino mais eclético e de fácil entendimento, não se tornando algo produtor de aversões ao aprendizado e ao período escolar.

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A utilização da pesquisa qualitativa abre duas possibilidades: a compreensão e a interpretação do fenômeno. (MENEZES et al, 2019 apud GONSALVES, 2003, p. 68) Nesse sentido, esta é uma pesquisa qualitativa de cunho descritivo que teve como alvo a população do Ensino Médio do Centro Integrado de Educação Pública – CIEP 297 Padre Salésio Schimid, localizado munícipio de Vassouras, situado no Centro-Sul do Estado do Rio de Janeiro. Este CIEP conta com 12 turmas de Ensino Médio, contabilizando 415 alunos, sendo 185 matrículas do 1º ano do Ensino Médio, 142 matrículas do 2º ano e 88 matrículas do 3º ano. Foi aplicado um questionário a 35 alunos dessa população, entre os dias 01/04/2020 e 15/04/2020. Este se dedicou a identificar as concepções dos participantes sobre o Ensino Médio e sua abordagem para verificar se corroboram ou não com os autores utilizados no referencial deste artigo sobre a formação social plena do indivíduo. A decisão de tomar a população de um CIEP como alvo é relevante, de modo que sua proposta de criação e implementação na década de 80 corrobora, ainda que no contexto de sua época, com os assuntos tratados neste trabalho: uma formação plena do aluno, tanto socialmente como profissionalmente.

O questionário é composto por 13 perguntas e foi divido em duas partes. A primeira parte busca conhecer o perfil do participante, envolvendo perguntas sobre a sua faixa etária, o seu sexo, em qual ano do Ensino Médio se encontra atualmente, e ainda, torna-se relevante conhecer no participante em qual esfera cursou a maioria dos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), identificando assim, se o caminho percorrido até o Ensino Médio ocorreu no ensino público ou privado.

Quanto ao perfil: 80% dos 35 alunos participantes se enquadram na faixa etária de 15 a 17 anos, enquanto os outros 20% se enquadram na faixa etária de 18 a 20 anos; as participantes femininas representaram 71% da pesquisa, contabilizando 25 do total; Apenas 6 dos entrevistados cursaram a maior parte dos anos finais do Ensino Fundamental em escola privada; e os alunos do terceiro ano do Ensino Médio tiveram maior participação na pesquisa, contabilizando 15 do total de participantes, seguidos de 12 alunos do primeiro ano e 8 alunos do segundo ano.

Figura 1 – Faixa etária

FONTE: Formulários Google

Figura 2 – Ano em curso

FONTE: Formulários Google

Na segunda parte, foram elaborados questionamentos a partir da contextualização dos objetivos específicos e do referencial teórico visando alcançar o objetivo geral. Assim, esta parte do questionário busca identificar as considerações dos alunos sobre o Ensino Médio como preparação efetiva para a vida após a escola e sobre os conteúdos que estão presentes no Ensino Médio, bem como aqueles que não estão e poderiam agregar valor à formação do aluno.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir do questionário, evidenciado no APÊNDICE A, foram coletadas informações sobre as seguintes variáveis: concepções sobre o conteúdo abordado; sentimento pessoal de preparação para o vestibular e faculdade; ótica geral de preparação para vestibulares; ótica comparativa entre experiências com vestibulares e o conteúdo abordado no Ensino Médio; relevância de conteúdos que incentivem a cidadania; visão sobre a aplicação prática dos conteúdos tradicionais; relação entre o Ensino Médio e o desenvolvimento de habilidades; relação entre o Ensino Médio e objetivos pessoais; e visão sobre a relevância de conteúdos além dos tradicionais.

De acordo com a pesquisa, há uma concepção de que o conteúdo abordado no Ensino Médio é “Bom” entre a maioria dos entrevistados, representando 54% destes, seguidos de 26% que consideram “Excelente”, de 17% que entendem como “Razoável” e 2% optando por “Insuficiente”. Para melhor compreensão desta realidade e elucidar a existência de outras variáveis, além do objeto deste trabalho, cabe o cruzamento das informações passadas pelos participantes. Nesse sentido, identificou-se que de todos os alunos que consideram “Bom” ou “Excelente”, 28% estão cursando o 3º ano e não se sentem preparados para prestar vestibular e/ou iniciar uma Graduação.

Figura 3 – Concepção sobre o conteúdo abordado

FONTE: Formulários Google

Figura 4 – Sentimento de preparação para vestibular

FONTE: Formulários Google

O Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, atualmente representa a principal forma de acesso às universidades públicas e privadas no Brasil. Nesse sentido, 74% dos entrevistados, ou seja, 26 alunos consideram que há uma preocupação em abordar conteúdos visando a preparação dos alunos para o ENEM e outros vestibulares. Desses 26 alunos entrevistados, 42% estão cursando o último ano do Ensino Médio. Por outro lado, os outros 9 alunos da pesquisa não visualizam essa preocupação, sendo que 4 destes alunos já estão no último ano do Ensino Médio.

Quando questionados se já participaram de algum tipo de vestibular e qual nível de diferença observaram entre os conteúdos abordados no Ensino Médio e este exame, identificou-se que a maioria ainda não teve nenhuma experiência em vestibular que possibilitasse responder essa questão. No entanto, 17% do total de entrevistados já participou e alegou uma diferença considerável entre os conteúdos.

Figura 5 – Ótica da preparação para vestibulares

FONTE: Formulários Google

Figura 6 – Experiência em vestibulares X Conteúdos abordados

FONTE: Formulários Google

No que se refere ao descrito por Klein e Pataro (2008) sobre o papel do Ensino Médio na transmissão de conteúdo e conhecimento que formassem indivíduos com uma maior consciência cidadã e crítica para a sociedade, foi observado que a ausência de conteúdos que possibilitam essa construção, como Ciência Política e Ética, é considerada relevante por 54% dos entrevistados, ou seja, ainda que com algum equilíbrio comparando à resposta contrária, o resultado reflete o anseio da maioria por conhecimentos que lhes tornem mais críticos e que possam contribuir com sua vida em sociedade.

Figura 7 – Conteúdos que incentivem a cidadania

FONTE: Formulários Google

Quanto às considerações dos entrevistados sobre a utilidade prática dos conteúdos tradicionais em sua vida, foi observado que os conteúdos tradicionais são considerados relevantes apenas prestar vestibular e conseguir inserção no mercado de trabalho por 31% dos entrevistados, enquanto 69% consideram que estes conteúdos contribuem em mais de uma área de sua vida, como a laboral, a financeira e a social.

Figura 8 – Aplicação prática dos conteúdos tradicionais

FONTE: Formulários Google

Além disso, a grande maioria dos entrevistados apresentam um entendimento positivo sobre o Ensino Médio no que se refere a ser uma fase que, no geral, explora o melhor das habilidades dos alunos, contabilizando 32 alunos do total de entrevistados. Quando questionados sobre planos definidos para após o Ensino Médio, dos 32 alunos anteriores, 78% possuem um plano e entendem o Ensino Médio como o principal meio para alcançá-lo. Enquanto 22% desses alunos ainda não possuem um plano definido.

Figura 9 – Ensino Médio X Desenvolvimento das habilidades

FONTE: Formulários Google

Figura 10 – Ensino Médio X Objetivos pessoais

FONTE: Formulários Google

Corroborando com o exposto por Klein e Pataro (2008), ao dizerem que “a escola continua se organizando e funcionando através de uma estrutura e de concepções que se pautam por um modelo de sociedade que não corresponde mais à nossa realidade”, ao serem questionados sobre qual seria a relevância de terem ainda na escola experiências com conteúdos além dos tradicionais, como Educação Financeira e Habilidades Empreendedoras, 74% dos entrevistados compartilham a concepção de que esses conteúdos agregariam muito valor à sua formação como aluno e pessoa.

Figura 11 – Visão sobre conteúdos além dos tradicionais

FONTE: Formulários Google

De acordo com a pesquisa, é possível identificar que apesar de haver pontos negativos, para a maioria, o ensino proporcionado pela sua unidade de educação da rede pública é satisfatório. Em síntese, os dados obtidos revelam que há uma preocupação dos jovens com o seu futuro após o Ensino Médio, e também com a qualidade e com o conteúdo que é abordado no Ensino Médio. No entanto, apesar dessa avaliação parcialmente positiva, o sentimento de segurança e preparo para o pós-escola não é observado nos alunos pesquisados, elucidando as disparidades com o ensino privado.

5. CONCLUSÃO

Durante seu desenvolvimento, este trabalho abordou a preocupação com o papel do Ensino Médio na vida dos estudantes, bem como sua capacidade de influenciar estes de forma positiva e negativa. Dentre todas as variáveis existentes sobre essa temática, devido à preocupação com o desempenho dos jovens, foi escolhido o tema que aborda como essa influência do Ensino Médio afeta o desenvolvimento desses jovens, visando o futuro em sua performance profissional e também como cidadão.

Através da pesquisa realizada verificou-se que o objetivo geral de identificar a percepção de 35 alunos entrevistados sobre o conteúdo abordado na grade curricular do Ensino Médio aplicado nesta instituição foi atendido de forma satisfatória, de modo que foram coletadas todas as respostas para as perguntas propostas a estes alunos.

A pesquisa realizada corrobora para conclusão dos objetivos específicos, de modo que as respostas obtidas demostram a visão que os estudantes possuem sobre o Ensino Médio. Constatou-se a opinião dos participantes sobre o conteúdo abordado influencia o pós-escola, e ainda foi possível compreender a relevância da preocupação do Ensino Médio na preparação dos indivíduos para o Exame Nacional do Ensino Médio.

De modo geral, os resultados indicaram uma perspectiva positiva dos pesquisados a respeito do conteúdo abordado no Ensino Médio, ainda assim, observou-se que alguns alunos que estão cursando o 3º ano não se sentem aptos para o pós-escola. Além disso, destacou-se a opinião da maioria no que se refere a introdução de outros conteúdos com possibilidade de agregar valor nas suas formações, ou seja, uma reformulação para além dos conteúdos tradicionais, alcançando uma estrutura que acompanhe mais as demandas que se apresentam na sociedade e mercado, corroborando com os estudos dos autores de referência deste trabalho.

Assim, concluiu-se que a pesquisa atendeu os objetivos estabelecidos. Foi possível compreender a necessidade do tema e sua relevância para a sociedade. Sendo possível resumir que, segundo a visão dos alunos, o Ensino Médio público ainda possui disfunções que precisam ser ajustadas, mas também possui aspectos positivos que tem contribuído para a formação.

Vale ressaltar que devido ao período da pesquisa coincidir com o período pandêmico enfrentado no ano de 2020, foi possível apenas disponibilizar o questionário da pesquisa na modalidade online, consequentemente atingiu um número menor do que a quantidade de alunos matriculados a escola porque muitos não possuíam acesso à internet. As concepções destes que não foram alcançados pela pesquisa contribuiriam ainda mais para o estudo.

Cabe, nesse caso, um estudo posterior buscando entender mais profundamente quais as outras variáveis que contribuem para a concepção positiva da realidade do Ensino Médio pelos alunos, levando em consideração, entre outros fatores, a qualidade do ensino e aprendizagem institucional, bem como a própria natureza de criação, implementação e metodologia dos CIEPs.

REFERÊNCIAS

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APÊNDICE

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO UTILIZADO NA PESQUISA

  1. Você se encontra em que faixa etária?

(    ) 15 a 17 anos

(    ) 18 a 20 anos

(    ) Acima de 21 anos

  1. Qual é o seu sexo?

(    ) Feminino

(    ) Masculino

(    ) Prefiro não dizer

  1. Onde você cursou a maior parte dos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano)?

(    ) Escola pública

(    ) Escola particular

  1. Qual ano do Ensino Médio você está cursando?

(    ) 1º ano

(    ) 2º ano

(    ) 3º ano

  1. Como você considera o conteúdo abordado durante o Ensino Médio?

(    ) Excelente

(    ) Bom

(    ) Razoável

(    ) Insuficiente

  1. Sente-se preparado(a) para prestar vestibular e iniciar a faculdade??

(    ) Sim

(    ) Não

  1. Caso você já tenha participado do ENEM ou de vestibulares similares, qual nível de diferença você considera entre os conteúdos abordados no Ensino Médio para os cobrados nesses exames?

(    ) Nenhuma diferença

(    ) Pouca diferença

(    ) Muita diferença

(    ) Nunca participei

  1. Até o ano que está cursando, você considera que houve uma preocupação de abordar conteúdos para a preparação dos alunos para o ENEM e vestibulares similares?

(    ) Sim

(    ) Não

  1. Você possui algum objetivo traçado para após o Ensino Médio?

(    ) Sim. E o Ensino Médio é o principal meio para alcançá-lo.

(    ) Sim. E o Ensino Médio não é o principal meio para alcançá-lo.

(    ) Ainda não possuo.

  1. De modo geral, você considera o Ensino Médio como uma fase que explora o melhor das habilidades dos alunos?

(    ) Sim

(    ) Não

  1. Você considera relevante a falta de conteúdos que incentivem a prática da cidadania e de um pensar mais crítico? Exemplos: Ciência Política; Direitos e Deveres; Ética, entre outros.

(    ) Sim

(    ) Não

  1. Qual sua visão em relação a aplicação prática dos conteúdos tradicionais ensinados no Ensino Médio?

(    ) Relevantes para todas as áreas da vida (Acadêmica, Laboral, Financeira, Social, etc.).

(    ) Relevantes apenas para prestar vestibular e inserção no mercado de trabalho.

  1. Em relação a conteúdos como: Educação Financeira, Habilidades empreendedoras, Habilidades de negociação, Técnicas de oratória, entre outros. Qual a sua visão sobre a introdução de conteúdos como estes durante o Ensino Médio?

(    ) Agregaria muito valor à minha formação.

(    ) Não faria diferença na minha formação.

[1] Graduando em Administração Pública.

[2] Graduando em Administração Pública.

[3] Graduando em Administração Pública.

Enviado: Julho, 2020.

Aprovado: Setembro, 2020.

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