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Educação Inclusiva e as tecnologias assistivas na Ead: Uma breve discussão

RC: 59577
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao/breve-discussao

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

SILVA, Mary Jones Rocha da [1]

SILVA, Mary Jones Rocha da. Educação Inclusiva e as tecnologias assistivas na Ead: Uma breve discussão. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 09, Vol. 05, pp. 59-69. Setembro de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/breve-discussao, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao/breve-discussao

RESUMO

O presente trabalho insere-se na linha de pesquisa: “Inclusão Escolar”, envolvendo a temática dos alunos com algum tipo de deficiência no ambiente da EAD. Apresenta-se com objetivos de estudar e reconhecer a importância dos métodos  da Educação À Distância para o aluno com deficiência, bem como refletir sobre o papel do docente no processo de ensino-aprendizagem desse aluno. A finalidade maior deste estudo se articula em torno da seguinte questão: Qual é o respaldo da EAD no contexto escolar numa posposta educacional inclusiva? Qual é o direcionamento sobre os diferentes níveis de compreensão adotados assim numa visão educacional de cunho igualitário, sendo verdadeiramente participativa e descentralizada e como este atendimento atua e promove a facilitação da aprendizagem do aluno com deficiência? Assim esta pesquisa foi realizada por meio de uma pesquisa bibliográfica, dialogando com alguns autores teóricos, para mensurar os pressupostos dessa discussão. Contudo espera-se que estas reflexões e considerações dispostas neste input, possam contribuir de uma maneira gratificante para o esclarecimento/entendimento e a eficácia sobre a aprendizagem nas salas assistivas (TA) da EAD ao aluno com algum tipo de deficiência.

Palavras-Chave: Educação à distância, Educação Inclusiva, aprendizagem, contexto escolar.

INTRODUÇÃO

A inovação aliada ao uso e expansão da novas tecnologias e o emprego delas na EAD é reforçado pelas novas oportunidades oferecidas pelas tecnologias assistivas  que, constituem a finalidade do respectivo trabalho, que possui por intenção maior, oferecer algumas contribuições acerca de aspectos inerentes a Educação Inclusiva, correlacionados ao  campo da EAD (Educação á Distância), onde pensar a inclusão escolar vai além de permitir ao  aluno portador de necessidades especiais   ter  acesso ao conhecimento quando por um motivo ou outro não pode estar presente em um espaço físico onde oferece educação formal presencial.

Para pensar uma  educação inclusiva emancipatória se faz necessária, uma política educacional pautada  na diversidade, por meio de projetos pedagógicos que utilize ferramentas digitais que proporcione a superação de limites territoriais e pessoais um ensino onde cada um possa se adaptar as suas condições que repensem as ações e visualizem as peculiaridades de cada  alunos, de maneira que privilegie as condições de igualdade e respeito

Não basta apenas aceitar as diferenças, é preciso ir, além, ultrapassar a constatação das desigualdades para eliminar os mecanismos que reproduzem qualquer tipo de discriminações e desigualdades.

Contudo, se o papel da educação é elevar a condição humana no sentido da práxis, cabe às instituições educativas, principalmente à escola, tratar o ser humano naquilo que lhe é mais comum, ou seja, na diferença.

Nessa perspectiva de não somente garantir a participação do aluno com algum tipo de necessidades educacionais especiais que a educação inclusiva através da EAD oferece um currículo significativo com especial atenção à diversidade e competência profissional dos professores mediadores em EAD.

Com a finalidade de alcançar os objetivos estruturou-se de forma sucinta, objetiva, clara, e reflexiva, visando pontuar alguns eixos relacionados ao campo da Inclusão, onde o professor possa adaptar o  uso de metodologias frente ao ensino em EAD, contando também com a ajuda das Tecnologias Assistivas, que podem ser utilizados em sala de aula, bem como analisar a maneira como essas tecnologias  contribuem para o sucesso da  prática pedagógica inclusiva em um ambiente virtual de aprendizagem.

Já os objetivos específicos vão de encontro a: – Reconhecer a importância do processo de ensino-aprendizagem de qualidade e com reais condições de igualdade o aluno com algum tipo de deficiência: Fomentar a relevância que há frente ao papel do professor nessa gradativa aprendizagem; – Refletir sobre como acontece o processo de inclusão do aluno com deficiência  e  como o educador e a instituição de ensino lidam com o desafio da aprendizagem.

Para a realização estrutural desse estudo, elegeu-se a pesquisa bibliográfica, frente a utilização de uma considerável e importante revisão literária executada sobe algumas pesquisas em sítios especializados sobre o assunto na internet, artigos científicos, dissertações e teses, além de livros e revistas da área.

A metodologia deste trabalho constitui-se estar relacionada em uma pesquisa qualitativa voltada a uma análise bibliográfica, pois utilizou-se assim de pesquisas de diversos autores teóricos-científicos, tendo por enfoque temas relacionados ao enunciado do referido trabalho, investigados e dialogados com obras que fomentaram e deram base sólida para a estruturação conjectural deste intento, realizadas em livros, periódicos, websites, dicionários, bem como outras publicações, com dados relacionados ao assunto em questão, acreditando também ser fonte para futuros frutos.

REVISÃO DE LITERATURA

A diversidade é um termo que elenca uma gama de discussões e reflexões nos contextos educativos, sendo a escola, o melhor local para a propagação de práticas educativas voltadas para as diferenças e transformações. Não basta apenas aceitar as diferenças, é preciso ir, além disso, ultrapassar a constatação das desigualdades para poder eliminar os mecanismos que produzem desigualdades. Se o papel da educação é elevar a condição humana no sentido da práxis, cabe às instituições educativas, principalmente à escola, tratar o ser humano naquilo que lhe é mais comum, ou seja, na diferença (SASSAKI, 1996)

Contudo, em face de todos esses conceitos e questões inerentes à formação docente para o trabalho com alunos com algum tipo de necessidade especial em um processo prático de educação inclusiva, foram neste trabalho denotados sob a observação de diversos pesquisadores e estudiosos da área da inclusão escolar, sempre com o propósito da reedificação do saber (PELOSI, 2003).

Ainda Pelosi (2003) corrobora em afirmar que, o primeiro passo a ser identificado na área da educação é a formação docente para o desenvolvimento das habilidades e capacidades do professor no desempenho das ações que formam o ensino-aprendizado, pois o êxito ou insucesso escolar são absolutamente vinculados nestes componentes.

Segundo Sassaki (1996) a deficiência carrega um forte significado, pois se contrapões ao eficiente, enfatizando a suposição de se tratar de uma pessoa incapaz, limitada, que possui algum defeito; o que acaba causando o desprezo e a indiferença por parte da sociedade em geral.

É notória a problemática atual que envolve não apenas o despreparo dos professores de Educação básica, como também a falta de estrutura do ambiente escolar, pois as pessoas envolvidas no processo educacional precisam estar atentas a fim de observar e identificar  possíveis indícios de problemas que envolvam preconceitos e desigualdades que podem ter como consequência a falta de atenção, interesse e até mesmo a exclusão por parte do aluno portador de alguma deficiência (SASSAKI, 1996).

Dessa forma vale a pena ressaltar que há vários desafios e dificuldades enfrentadas pelos professores, na intenção de atender adequadamente aos alunos com deficiência, juntando-se assim a falta de conhecimentos em sua formação inicial de docente, pois é sabido que a licenciatura em si não oferece uma perfeita contemplação nas matrizes do curso (SASSAKI, 1996).

Assim surge o Ensino á Distância, que para Fragale Filho, (2003, apud DA MATTA; FERRAZ, 2015, p.3):

A escola passa, então, a ser um locus de reflexão e debate, além de espaço de equiparação de oportunidades, de respeito à diversidade e de compromisso de oferecer educação de qualidade para todos, independentemente de suas limitações. Paralelamente a isso, o cenário educacional contemporâneo também mostra uma forte tendência: a crescente inserção de métodos, técnicas e tecnologias de Educação a Distância (EaD) em um sistema integrado de ensino superior, permitindo o estabelecimento de cursos com combinação variável de recursos de ensino e aprendizagem que podem ser utilizados em cursos presenciais ou totalmente a distância, sem que se criem sistemas separados ou excludentes (FRAGALE FILHO, 2003, citado por DA MATTA; FERRAZ, 2015, p.3).

Contudo faz-se de suma importância que os professores tenham preparo para acolher o aluno com deficiência, norteando métodos que desenvolvam a prática da cultura corporal e suas práxis, devendo este profissional da educação planejar uma abordagem educacional mais ampla, onde o local que passa boa parte do seu dia, podendo se locomover, interagir e participar de atividades propostas a todos os alunos, respeitando suas possibilidades, e o professor sendo o mediador de todo esse processo de desenvolvimento e crescimento educacional e pessoal (MORAN; MASSETO; BEHRENS, 2000).

Pode-se afirmar que a escola é um ambiente capaz de acrescentar, além do ensino, a socialização e a oportunidade de crescimento pessoal dos estudantes (SASSAKI, 1996).

Mas, para que isso aconteça é necessário que todos os profissionais da escola obtenham conhecimentos, onde dessa forma possam proporcionar uma visão mais ampla sobre o assunto, destacando em seus aspectos técnicos e vivenciais de maneira a surgir proposta de atuação que favoreçam a interação de  pessoas com  algum  tipo  de   necessidade especial, bem  como no que  tange  o uso o campo didático da EAD, assegurando-lhes objetivos inclusivos e adaptações de posturas junto a eles (SASSAKI, 1996).

Contudo as políticas educacionais têm apresentado a educação como condição básica para o desenvolvimento humano. Esse processo de educação formal tem percorrido diversos contextos e diferentes momentos históricos, evidenciando, muitas vezes, dificuldades no que diz respeito à garantia de um ensino de qualidade para todos (MORAN; MASSETO; BEHRENS, 2000).

Verifica-se que nos principais documentos que subsidiam a formulação de políticas públicas de Educação Especial – a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), a Declaração de Salamanca (1994), a Declaração de Guatemala (1991) e a Lei n. 9394 de Diretrizes e Bases da Educação (1996) – há a preocupação de oferecer a todos o direito à igualdade e de uma educação de qualidade.  

A escola deve vislumbrar a diversidade como fator de enriquecimento do processo educacional e enxergar em cada caso que se apresenta no decorrer do ano letivo, uma nova chance de enriquecimento e ampliação do entendimento e aceitação do público-alvo, não só pelos profissionais envolvidos, mas também, da sociedade que interage com esse indivíduo (PELOSI, 2003).

A resolução CNE/CEB nº 02/2001 (MEC/SEESP, 2001) declara que os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos cabendo às escolas se organizarem para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando às condições necessárias para uma educação de qualidade para todos (PELOSI, 2003).

Segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (BRASIL, 2001) deve haver uma suplementação ou complementação curricular exigida de acordo com as características e necessidades dos educandos, tendo em vista completar, enriquecer, ampliar ou aprofundar a base curricular nacional (MANZINI, 2005).

Para Pelosi (2003) a escola necessita acomodar cada indivíduo assegurando-lhe uma educação de qualidade para todos, mediante o currículo apropriado, modificações organizacionais, estratégias de ensino diferenciadas, uso de recursos e parcerias com a comunidade.

Ainda para Da Matta; Ferraz (2015, p.5):

A preocupação com a acessibilidade e a inclusão de pessoas com deficiência é muito recente. A elas é assegurado o direito de participação econômica, política e social. Uma das possibilidades de inclusão dessas pessoas se dá por meio da utilização das TIC e, neste sentido, a educação a distância tem se revelado um importante instrumento (DA MATTA; FERRAZ, 2015, p.5).

Assim educar para a diversidade e cidadania requerem mudanças de conceitos e paradigmas de toda sociedade, pois o aluno precisa estar inserido em diferentes ambientes, não apenas o educacional, mas com práticas e uso das TIC’s, os professores da nova educação poderão ter uma forte base moderna, proporcionando-se assim a concretização da educação para a cidadania (DA MATTA; FERRAZ, 2015).

A perspectiva de se formar uma nova geração dentro de um projeto educacional inclusivo é fruto do exercício diário da cooperação e da fraternidade, do reconhecimento e do valor das diferenças, o que não exclui a interação com o universo do conhecimento em suas diferentes áreas (MANTOAN, 2003).

Destarte, repensar os conceitos e paradigmas dessa inclusão, nortear caminhos que favoreçam o desenvolvimento da pessoa com deficiência e que o educador compreenda o seu verdadeiro papel, na construção de uma educação comprometida com a diversidade, com práticas relevantes que promovam o respeito às diferenças (MANTOAN, 2003).

A escola deve estar sempre preparada para a recepção dos alunos com deficiência, pois é de extrema importância que todos percebam que possuímos diferenças, porém que o universo escolar é um local social, com igualdades de oportunidades para todos, sem quaisquer tipos de distinções e/ou discriminações, o que com o ensino em EAD não deve ser diferentes, onde as dificuldades para se alcançar tal proposta não devem ser motivo de desânimo para aqueles que acreditam na inclusão e estão dispostos a disseminar esse novo paradigma, que supõe várias mudanças no âmbito escolar, incluindo condições de acessibilidade, adaptações curriculares, entre outras, contando com o amparo da legislação (SASSAKI, 1996).

Contudo, a EAD abarca um conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos, coordenados institucionalmente e continuamente, dispostos de maneira acrescentada à formação de educandos com algum tipo de deficiência e transtornos globais do desenvolvimento; e adicionado à formação de estudantes com elevadas habilidades (MANTOAN, 2003).

Por isso, esse trabalho se mostra relevante, uma vez que tenta buscar informações para o entendimento da comunidade educacional quanto às aplicabilidade e significância do Ensino EAD na inclusão da pessoa com deficiência e o importante trabalho que deve ser realizado nas salas de recursos em Tecnologia de Informática e Comunicação as famosas TIC’s (PELOSI, 2003).

Destarte, a pesquisa será fundamental no intuito de repensar os conceitos e paradigmas dessa inclusão, nortear caminhos que favoreçam o desenvolvimento da pessoa com deficiência e que o educador compreenda o seu verdadeiro papel, na construção de uma educação comprometida com a diversidade, com práticas relevantes que promova o respeito às diferenças.

Para auxiliar um maior esclarecimento sobre a relevância do papel da EAD seus objetivos frente á aprendizagem  e apoio ao aluno com algum tipo de deficiência, tenta-se aqui expor uma estrutura de maneira clara e objetiva, para abordar alguns pontos relevantes ligados à este método educacional que deve estar condicionado a ser sempre inclusivo, bem como enfatizar sobre a relevância do professor diante do desafio de auxiliar o aluno nas salas com as Tecnologias Assistivas, uma vez que este sujeito também tem os mesmos direitos quanto os demais, referendados em vários documentos legais (MORAN; MASSETO; BEHRENS, 2000).

Assim surge o uso das Tecnologias Assistivas, onde para Rodrigues e Alves (2013):

A área de TA vem crescendo nos últimos anos como consequência de alguns fatores que têm impulsionado demandas de recursos e serviços destinados às pessoas com deficiência. O principal desses fatores refere-se ao destaque que se tem dado aos arranjos sociais como promotores ou não de acessibilidade para essas pessoas. Nessa concepção, são questionados todos os mecanismos que de alguma forma impedem a participação plena nos diferentes espaços e papéis sociais e, busca-se formas de garantir efetivamente tal participação como direito de todos (RODRIGUES e ALVES, 2013).

Nessa perspectiva o docente da EAD necessita dispor de atividades que somem para a aquisição de conceitos, também disponibilizem situações contínuas que auxiliem esses alunos fundamentando seus pensamentos. Contudo essas metodolgoias necessitam-se objetivar em ações pedagógicas que contribuam assim significativamente para sua aprendizagem tanto na escola, quanto fora dela (MORAN; MASSETO; BEHRENS, 2000).

Destarte Rodrigues e Alves (2013) corroboram em afirmar que:

A Tecnologia Assistiva (TA) representa atualmente uma área em ascensão, impulsionada, principalmente, pelo novo paradigma da inclusão social, que defende a participação de pessoas com deficiência nos diversos ambientes da sociedade. Para a maioria dessas pessoas, os recursos de TA são essenciais para a mobilidade, atividades relacionadas à aprendizagem, trabalho, comunicação e interação com o mundo (RODRIGUES e ALVES, 2013).

Sassaki (1999) preconiza que dentro deste novo conceito de escola, o papel do professor já não corresponde àquele que foi desempenhado no passado. Atualmente, vive-se em permanente em contato com o desafio, onde a informação corre entre os dedos, quer através de jornais, livros e revistas, quer pela televisão e outros meios audiovisuais, pela internet e as TA (Tecnologias Assistivas), exigindo a este profissional uma capacidade de adaptação permanente e de encontro com as vertentes da modernidade.

Portanto, faz-se necessário que a escola transforme sua realidade, para que possa trabalhar com a diferença e a diversidade, e que isso não seja uma desvantagem, mas um ganho, na tentativa de se criar uma sociedade mais solidária, mais igualitária e com oportunidades para todos.

E por conseguinte fazendo novamente uso das reflexões de Da Matta; Ferraz (2015, p.5):

Há também ferramentas e recursos que podem ser utilizados para proporcionar uma maior autonomia à pessoa com deficiência que são chamados de tecnologias assistivas (TA), tecnologias adaptativas ou tecnologias de apoio, como os leitores de tela (sintetizadores de voz) citados anteriormente. Bersch e Tonolli (2006, p. 1) identificam as TA como “todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover Vida Independente e Inclusão”. O propósito das TA reside em ampliar a comunicação, a mobilidade, o controle do ambiente, as possibilidades de aprendizado, trabalho e integração na vida familiar, com amigos e na sociedade em geral (DA MATTA; FERRAZ, 2015, p.5).

Espera-se que estas reflexões possam contribuir para o aperfeiçoamento de professores e pesquisadores sobre o assunto: A eficácia da aprendizagem no Ensino em EAD ao aluno com qualquer tipo de deficiência, que desta forma, o professor de EAD possa assim contribuir orientando os profissionais da escola na elaboração das estratégias no processo de ensino-aprendizagem, na elaboração de recursos e na organização da rotina, de acordo comas peculiaridades de cada aluno e de cada escola.

CONCLUSÕES

O presente trabalho pautou-se na necessidade de reconhecer a importância de métodos como o da EAD (Educação À Distância) para os alunos portadores de necessidades especiais, já que possuem os mesmos direitos que  os demais, tendo o intuito de exigir do professor formação, conhecimento e capacitação para favorecer a autonomia desse aluno dentro e fora do contexto escolar.

O estudo realizado evidenciou também apresentar articulações que poderão favorecer a reflexão do trabalho realizado nas salas de EAD, possibilitando caminhos facilitadores à prática pedagógica deste docente, diante dos desafios da inclusão da pessoa com deficiência, bem como, estimular ações que visem à especificidade de cada indivíduo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sobre as Tecnologias Assistivas, o docente necessita dispor de atividades que somem para a aquisição de conceitos, também disponibilizem situações diárias que auxiliem esses alunos fundamentando seus pensamentos, onde é nesta visão que as Tecnologias Assitivas entram, sendo uma importante ferramental na inserção dos conteúduos escolares, em  especial o aluno com deficiência.

Assim,  o aluno com deficiência, como sujeito social, se privilegia das diversas situações/interações que caracterizam os processos sociais e interpessoais contidos no âmbito escolar, os quais são traçados também por outros conflitos gerados pelo cotidiano social desse aluno, onde no decorrer das aulas propostas, o efeito dos estudos devem gerenciar os processos de aprendizagem, acompanhado por avaliações efetivas por meio do estudo de caso de cada um, buscando a construção do perfil deste, que crie um plano de intervenção escolar, com uma metodologia que trabalhe com esse educando na área escolar.

Incluir e socializar é hoje um direito adquirido e a sociedade precisa e conscientizar a respeito e a EAD é um caminho encontrado por muitos para superar as barreiras até então existentes.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996.

______________ Ministério da Educação – Secretaria de Educação Especial (SEESP). Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília: MEC, 2001.

_______________ Resolução cne/ceb nº 2, de 11 de setembro de 2001. Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB0201.pdf>. Acessado em: 23 de Abr. 2018.

BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Ministério da Educação, SEESP, Brasília: 2008. ______. Resolução Nº 4 de 2 de outubro de 2009. Institui Diretrizes Operacionais para o atendimento educacional especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 4 out. 2009. Disponível em: <http://peei.mec.gov.br/arquivos/Resol_4_2009_CNE_CEB.pdf>. Proposta Pedagógica do Colégio de Aplicação/UFSC. 2014. Acessado em: 03 de Mai. 2018.

FRAGALE FILHO, 2003 citado por  DA MATTA, C. E. M; FERRAZ, D. P. A. F. Limites e possibilidades da inclusão de pessoas com deficiência no ensino superior por meio da EAD na UNIFEI. ISSN 2359-6082. 2015, v. 2, n. 1. Disponível em: <https://nead.unifei.edu.br/images/conteudo/Artigos/LIMITES_E_POSSIBILIDADES_DA_INCLUSÃO_DE_PESSOAS_COM_DEFICIÊNCIA_NO_ENSINO_SUPERIOR_POR_MEIO_DA_EaD_NA_UNIFEI.pdf>.  Acessado em: 29 de Abr. 2018.

MANTOAN. M.T. E. Inclusão Escolar : o que é? por quê? como fazer? São Paulo. Moderna. 2003.

MORAN, José Manuel, MASSETTO, Marcos & BEHRENS, Marilda. Novas tecnologias e mediação pedagógica. São Paulo, Papirus, 2000.

PELOSI, Miryan Bonadiu. In.: Seminário internacional sociedade inclusiva. PUC Minas. Belo Horizonte: 2003. Anais. P. 183-187.

RODRIGUES, P.R.; ALVES, L.R.G. Tecnologia Assistiva – uma revisão do tema. HOLOS, n.29, v.6: 170-180, 2013. Disponível em: <http://www.redalyc.org/html/4815/481548608014/>. Acessado em: 24 Abr. de 2018.

SASSAKI, R.K. Por que o termo “Tecnologia Assitiva”? 1996.

___________. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA,1999.

[1] Especialista em Educação a Distância e Docência do Ensino Superior pela Universidade Cândido Mendes e Neuropsicopedagogia (cursando). Graduada em História pela Universidade Estadual de Goiás -UEG.

Enviado: Agosto, 2020.

Aprovado: Setembro, 2020.

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Mary Jones Rocha da Silva

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