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O fazer pedagógico intermediado pelas diversas tecnologias

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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

SOUZA, Alécio de Andrade [1]

SOUZA, Alécio de Andrade. O fazer pedagógico intermediado pelas diversas tecnologias. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 03, Vol. 06, pp. 98-105. Março de 2019. ISSN: 2448-0959.

RESUMO

No mundo globalizado, o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação – TICs têm se incorporado a diversas áreas do desenvolvimento humano. Com o setor da educação não é diferente, tendo esta área à incorporação de diversos recursos e ferramentas tecnológicas que servem como apoio pedagógico e dinamiza o processo de mediação entre alunos e conhecimento. Este artigo tem como objetivo discutir as mudanças na educação a partir da utilização das tecnologias, permitindo visualizar sua importância e a necessidade de inclusão de novas tecnologias, como recursos facilitadores no processo de ensino aprendizagem, permitindo que os educadores adequem suas metodologias de ensino às mudanças, para o uso das tecnologias digitais, havendo a necessidade de reconfigurar, de ampliar e de criar novas práticas no ambiente escolar e social. Neste contexto, percebe-se que o grande desafio do ensino intermediado pelas tecnologias é de integrar os espaços educacionais, tanto para inserir novos conhecimentos quanto para encurtar distâncias espaciais, bem como promover uma reflexão de como esse “novo fazer pedagógico” tem influenciado aluno/educador no processo de desenvolvimento de cidadãos críticos e ativos.

Palavras-chave: Educação, TICs, Mediação, Ensino-aprendizagem.

1. INTRODUÇÃO

Com o crescimento da utilização de novas tecnologias, grandes alterações no meio ambiente, e também nas relações interpessoais e nos costumes de vida da sociedade, colocam os indivíduos sob novos desafios, modernizações e a busca por usá-los do modo mais positivo.

Acoplado a este aumento, surge a problemática sobre o complexo modo de organizar os processos de educação e os sistemas de aprendizagem dentro da escola e de desenvolver e aperfeiçoar a função do professor. Neste cenário, e de procedimentos que ocorrem de maneira constante no cotidiano, advém a revolução científico-tecnológica, que está intrinsecamente relacionado ao ambiente de sala de aula.

A utilização da tecnologia pode representar numerosos avanços dentro dos processos de ensino nos primeiros anos do Ensino Fundamental, assim como de minimizar as fronteiras entre as práticas escolares e sociais de docentes e discentes.

Nesta conjectura a tecnologia vem adquirindo cada vez mais espaço no âmbito escolar. Sendo um instrumento de aprendizagem, é utilizada também como um instrumento de intercâmbio entre professor e estudante, transformando a sala de aula, podendo tornar este um ambiente descontraído e atraente para os estudantes. Dessa maneira, a educação vem sendo transformada pela tecnologia.

Com o advento das mais recentes tecnologias dentro da educação, os processos e os panoramas de ensino e aprendizagem vem sofrendo inúmeras alterações, e juntamente com isso surge novos desafios. Os resultados da utilização de tais tecnologias trazem consigo a importância de se averiguar a necessidade de preparação de todos os profissionais da educação no que diz respeito ao uso das tecnologias. Atualmente, existe a percepção de várias tendências referentes a novos moldes de aprendizagem escolar, mediados através de recursos tecnológicos dos mais variados tipos.

Desta maneira, fica evidenciado que tais alterações são relevantes para um novo método de desenvolver as práticas de ensino, sendo que as tecnologias, como um recurso pedagógico, têm a capacidade de proporcionar uma melhora significativa nos processos de aprendizagem se utilizados de maneira adequada ao contexto escolar. Entretanto, embora existam todas estas vantagens supracitadas, é preciso também analisar de que maneira a tecnologia será inserida em âmbito escolar, para que não perca o seu sentido e acabe sendo um recurso falho no que diz respeito aos processos pedagógicos.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 A DICOTOMIA ENTRE A EDUCAÇÃO TRADICIONAL E O USO DE TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO

As instituições educativas no Brasil, ainda apresentam características de vertentes pedagógicas tradicionais, onde o ensino encontra-se pautado na figura do professor, e este é o único possuidor do conhecimento, sendo os alunos meros receptores. Justamente nesse cenário, existe a resistência às modernizações advindas da tecnologia empregadas em âmbito escolar, por inúmeros motivos, como a falta de capacidade técnica dos professores em utilizar tais recursos, assim como sua própria resistência pessoal ao emprego de tais recursos pedagógicos, apoquentando a perspectiva de novos procedimentos aos alunos, sendo estes com grande possibilidade de serem muito mais significativos aos discentes (MORAN, 2013).

Aliado a isso, com as novas formas de organização social, onde os sujeitos cada vez mais cedo tem acesso a diferentes veículos de disseminação de informações, assim como distintos objetos (dentre estes recursos tecnológicos, como celulares, por exemplo) fazem, em muitos casos, os alunos perderem o interesse pelo o que é apresentado pelos professores em sala de aula, sendo a tecnologia um importante aliado do docente no sentido de romper com essa conjectura, em qualquer âmbito de eixo temático (MORAN, 2013).

Os professores sentem cada vez mais o descompasso no domínio das tecnologias e, em geral, tentam segurar o máximo que podem, fazendo pequenas concessões, sem mudar o essencial.

Ou seja, os docentes estão cada vez mais sendo desafiados a romper esse domínio de informações externas, que despertam mais interesse dos alunos do que as pautas pedagógicas das escolas, para isso, é necessário que os professores façam concessões, porém sem mudar o essencial e os objetivos principais da educação, no sentido das dificuldades apresentadas por docentes no uso de novas tecnologias (MORAIS, 2009).

A inserção de modernas tecnologias em âmbito escolar pode ajudar com o progresso e o aumento das condições no que diz respeito ao acesso a informações. Minimizando limitações atreladas ao tempo e também a espaço, contribuindo com uma maior comunicação entre professores e discentes. Aliado a isso, podem vir a modernizar as práticas pedagógicas do professor, porém, esta conjectura se mostra muito mais complexa (MORAIS, 2009).

O professor precisa dominar o conhecimento no âmbito das práticas diárias de suas aulas, para que isso ocorra, necessita estar buscando novos conhecimentos através de uma formação continuada, ou por outros meios que julgar pertinente no decorrer de toda sua carreira profissional (MORAIS, 2009).

Em um cenário didático, a utilização de novas tecnologias dentro de sala de aula, trazem complexidades de diferentes ordens, delegando a necessidade de revisão de conceitos, métodos e de potencialização e otimização da utilização desses recursos que venham a contribuir de forma efetiva aos processos educacionais, e não somente como algo complementar e de pouca relevância pedagógica. O professor necessita dominar o âmbito teórico do que leciona, sempre buscando atualizar-se e aperfeiçoar seus métodos, em um cenário social cada dia mais tecnológico, investir em conhecimento nesse aspecto, significa investir também em práticas pedagógicas e aulas melhores e mais significativas para todos os envolvidos dentro deste processo, professores e alunos (MORAIS, 2009).

2.2 O USO DA TECNOLOGIA DENTRO DA EDUCAÇÃO

No cenário social atual, grande parte das crianças e jovens em idade escolar, estão inseridos em uma cultura marcada pelo uso da tecnologia, sendo o computador e celulares, juntamente com a utilização da internet o uso mais rotineiro. Sendo assim, podem ser classificados como o que Jordão (2009, p.10) chama de “Nativos Digitais”. (JORDÃO, 2009).

Sendo assim, de um lado encontram-se alunos completamente familiarizados com as novas tecnologias, habituados a utilizar diferentes aparelhos, a acessar redes sociais, interpretar textos não lineares entre outros aspectos comuns a internet no século XXI, do outro lado, está, na maior parte das vezes um professor completamente desabituado com a utilização destes recursos (LIMA, 2015).

Para que isto se reverta, é necessário haver um desprendimento as concepções pedagógicas de cunho tradicional. O professor precisa readaptar suas práticas pedagógicas, e ensinar conforme o cotidiano e as circunstancias deste público exigem, melhorando e buscando novos conhecimentos a respeito das tecnologias atuais, assim, consequentemente, estreitando laços com os discentes, e reconhecendo que atualmente as maneiras como os jovens aprendem está se modificando e se diversificando (LIMA, 2015).

Mas isso não depende exclusivamente da figura do professor, existe a necessidade também de suporte a esse profissional, seja através de políticas públicas de formação continuada, seja também pela disponibilização de recursos para serem utilizados dentro de sala de aula (LIMA, 2015).

Sendo assim, o professor precisa ser o articulador e intermediador a respeito das atividades que serão desenvolvidas. Para usar a tecnologia de maneira adequada pedagogicamente falando, é preciso articular situações onde o que seja exposto e proposto se relacione com o cotidiano do aluno, despertando seu interesse.

Como supracitado, as tecnologias atuais podem ser coligadas a aprendizagem, desde que usadas de maneira adequada. É necessário atrelar as tecnologias atuais à rotina da escola e aliar a teoria junto a prática com um recurso pedagógico único, essa alternativa pode aumentar as possibilidades de aprendizado e consequentemente ofertar a exploração de atividades nos mais diversos aspectos

Atualmente, o ensino revela diversos caminhos e diferentes concepções e contextos sociais e educacionais, em contrapartida a complexa gama de mudanças da sociedade contemporânea. O computador, a internet, Datashow, ampliaram significativamente as metodologias de ensino, mas deve ser observado não somente como algo que transmite informações, mas sim como algo que auxilia o conhecimento significativo e crítico (LIMA, 2015).

O computador e demais recursos tecnológicos, podem oferecer diversas maneiras de facilitar o aprendizado dos estudantes, podendo envolver nessa conjectura inúmeros eixos temáticos, como a edição de imagens, interação com obras de arte, confecção de materiais, visitas virtuais a museus, exposições, entre outros. Mas vale frisar, que de nada adianta a tecnologia oferecer tantas possibilidades, se não houve um professor preparado para intermediar estas situações de aprendizado.

Hoje, existe a possibilidade de acessar de forma virtual museus, exposições de arte e páginas de artistas em ótica de 360º e interatuar com o que está exposto nesses locais. Muitos destes são feitos designadamente com esse objetivo da interação com a sociedade de forma virtual. Mas para isso, cabe frisar que além da preparação adequada dos professores, já citada nesse texto, existe também a necessidade de recursos físicos para a oferta de aulas desse tipo.

Entretanto, essas novas tecnologias, não resolvem todos os problemas da educação, nem servem como substituto para outros recursos pedagógicos e muito menos a outros tipos de atividades como os desenhos, as pinturas e as demais experiências físicas, isso inclui as visitas das crianças a locais como museus, por exemplo.

A estrutura de caráter tradicional das instituições não deve alterar-se de forma radical, o autor ainda coloca que as escolas precisam incorporar outros mecanismo, como o acesso regular a internet, como alternativa e recurso pedagógico, ele acredita que a internet dá ao usuário a chance de exercer um papel mais ativo, sendo esta uma ferramenta que busca a informação, interagindo de modo amplo com uma elevada parcela de indivíduos (SILVA, 2005).

No uso da internet, deve-se ter o cuidado para que esta não sirva apenas como fonte de informações a serem copiadas sem nenhum tipo de conhecimento agregado e análise crítica, um ponto de início interessante, é o incentivo a propostas educacionais voltadas a correlação entre arte e tecnologia sob uma ótica de pesquisa, análise, debate e ferramenta de linguagem (SILVA, 2005).

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A modernidade alcançou à educação, à escola, o docente e seus discentes, mas não basta se ter somente recursos e tecnologias de ponta se não houver uma capacitação dos professores para sobrepujar o provoco de subutilização dos recursos tecnológicos ofertados.

É necessário reunir diligências entre docentes, pedagogos e conhecedores de tecnologias, com o objetivo de potencializar a sua utilização dentro de sala de aula de maneira a colaborar para efetivação do exercício de aprendizado, através de algoritmos de formação ininterrupta, investindo na formação de docentes aptos a utilizar e direcionar alunos no uso de tecnologias dos mais variados tipos.

As tecnologias estão normalmente mais atreladas a vida dos alunos do que a dos professores, porém, isso não deve ser motivo para que o docente considera sua utilização como algo incômodo ou de difícil utilização prática, e sim, como um importante recurso.

O professor necessita desmistificar-se e procurar utilizá-las como recursos facilitadores do contexto de ensino e de aprendizagem, porém, para que isto ocorra, faz-se importante uma capacitação contínua do corpo docente, sendo que através disso, é possível que o processo de aprendizagem do aluno se torne algo comum a sua rotina, e não somente no momento em que se encontra dentro de uma sala de aula.

Não a espaço atualmente para negação da importância da tecnologia para a sociedade contemporânea, isso não é diferente dentro do cenário educacional, sendo assim, cabe ao professor buscar maneiras de se adequar as novas tendências e usar isto a seu favor no sentido de melhorar a qualidade de suas aulas, e consequentemente, o aprendizado de seu alunado.

É necessário que haja planejamento, caso contrário, a utilização da tecnologia na educação será apenas um modelo teórico, e não uma verdadeira prática. Assim como se deve investir na aquisição e oferta de recursos tecnológicos para os alunos dentro das escolas, é necessário investir na mesma proporção no treinamento a aperfeiçoamento das capacidades técnicas dos professores em manusear e orientar os alunos no que diz respeito a utilização destes materiais. Assim como, investir no sentido de que os futuros professores, em seu processo de formação acadêmica, já entendam a importância e as formas adequadas de utilizar a tecnologia de maneira pedagógica, contribuindo para a aprendizagem e formação dos seus alunos no mais diversos sentidos.

Este processo precisa de uma complexa gama de fatores respeitados além da quebra de paradigmas, como o de um processo de formação de professores mais adequado, com melhor preparação destes para atender as demandas educacionais do século XXI.

REFERÊNCIAS

JORDÃO, M. C. O paradigma educacional emergente. Campinas: Papirus, 2009.

LIMA, J. Tecnologia no ambiente escolar. o João do Sul, 2015. 18 f. Trabalho de Conclusão de Curso Escola de Educação Básica Professora Maria Solange Lopes de Borba. 2015

MARCONI, M. de A. LAKATOS, E. M. Metodologia Científica. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2011.

MORAIS, M. C. Subsídios para Fundamentação do Programa Nacional de Informática na Educação. Secretaria de Educação à Distância, Ministério de Educação e Cultura, Jan/2009

MORAN, José Manuel. Os novos espaços de atuação do professor com as tecnologias. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 4, n. 12, p.13-21, Mai/Ago 2013. Quadrimestral.

SILVA, Susan Mary. Aspectos pedagógicos e metodológicos do ensino de Artes. Maceió: EDUFAL, 2005.

[1] Doutorando em Ciências da Educação: Universidade Interamericana – PY (2019). Mestre em Ciências da Educação: Universidade Interamericana – PY (2018). Psicanalista – Associação Brasileira de Psicanálise-DF – (2013). Especialista em Educação Ambiental: UNIBAHIA – (2008). Especialista em Gestão Ambiental: FTC -(2007). Especialista em Planejamento e Interpretação de Atividades em Áreas Naturais: UFLA – (2006). Licenciado em Geografia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (2004), Professor do Programa EMITec Bahia e Professor Articulador de Projetos Culturais e Ambientais do Município de Itambé.

Enviado: Fevereiro, 2019.

Aprovado: Março, 2019.

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Alécio de Andrade Souza

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