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Importância da tecnologia: No ensino da Língua Estrangeira e Inglesa

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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

SILVA, Sérgio Manoel da [1], FRANÇA, Lucineide Pires da Silva [2], SILVA, Maria Bizerra da [3]

SILVA, Sérgio Manoel da. FRANÇA, Lucineide Pires da Silva. SILVA, Maria Bizerra da. Importância da tecnologia: No ensino da Língua Estrangeira e Inglesa. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 04, Vol. 01, pp. 174-184. Abril de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/importancia-da-tecnologia

RESUMO

O presente artigo ressaltará sobre a relevância da aplicabilidade da tecnologia como aliada ao ensino da língua estrangeira, especificamente à língua inglesa. Evidenciando a inserção destes recursos inovadores propomos mudanças metodológicas acerca do trabalho dos educadores e, também, da aprendizagem dos envolvidos. Esses, por sua vez, ao ter contato com um recurso já dominado e que não é explorado como recurso didático passa a ver essa nova proposta como desafio, de modo interacionista, e, assim, passa a usá-la, agora, como material didático, conduzindo os aprendizes para um maior aproveitamento e rendimento. E, com isso, o discente passa a desenvolver suas competências e habilidades comunicativas. Há a ênfase nas mudanças comportamentais de alunos e professores, resultantes dessa nova forma de conceber o ensino-aprendizagem da língua inglesa, dentro de um ambiente de aprendizagem informatizado e mundialmente interligado por recursos tecnológicos. É perceptível e inegável que o uso da tecnologia como prática pedagógica é um recurso potencializador do processo de ensino e aprendizagem da língua inglesa, pois faz com que o aprendiz desenvolva as quatros competências: leitura (reading), escrita (writing), fala (speaking) e compreensão (listening).  Promove-se, então, o desenvolvimento da autonomia dos aprendizes a partir das oportunidades para enfatizar a interação, cooperação e colaboração.

Palavras-chave: Ensino da língua inglesa, tecnologia, transformações.

1. INTRODUÇÃO

Diante do momento atual, em que o mundo se encontra mais conectado aos mecanismos tecnológicos existentes, ele é mais globalizado do que em outros momentos. A partir da inserção da tecnologia obtivemos mais complexabilidade na troca de mensagens, e, contemporaneamente, estamos vivenciando uma avançada tecnologia informativa, comunicativa e que distribui, além de conhecimento, entretenimento para seus usuários. A educação e o processo de ensino necessitam se integrar a essas transformações em seu contexto escolar. Com isso, precisamos trabalhar de forma integrada ao processo pedagógico, pois essa é uma forma de aproximar a geração que está nos bancos escolares. É necessário propiciar, aos aprendizes, o contato com o conhecimento científico considerando sua realidade e conhecimento de mundo. A tecnologia é uma ferramenta importantíssima em que não se pode falar deixar de lado no processo de ensino e aprendizagem.

O uso da tecnologia deve estar integrado com os métodos e atividades em sala de aula. Um dos maiores desafios no processo de ensino da língua estrangeira é abandonar certos paradigmas, conceitos didáticos e maneiras de educar. As aulas de língua inglesa são ministradas, em muitas das vezes, por meio de modelos estruturados, sólidos e previsíveis. E, muitos educadores e instituições públicas, não se encontram preparados para incorporar o potencial, a flexibilização, o interacionismo e o nivelamento que o uso dessas ferramentas promove no ensino de línguas. Nos últimos anos, com o avanço tecnológico, o ensino de língua inglesa recebeu diversos auxílios advindos das novas tecnologias. Estamos em um novo tempo no qual estamos expostos à novos meios e maneiras de compreender, perceber, (re)aprender e sentir a afetividade, (re)significando conceitos e imaginação, processos esses resultantes do advento da tecnologia e de suas nuances.

Apesar de o processo de ensino e aprendizagem privilegiar a cognição, os jovens estudantes não se interessam tanto pelos conteúdos e temas de estudos como relações que se estabelecem (ou podem ser estabelecidas), mas com o que ocorre nessa metodologia. Foi a partir dos anos 90 que a tecnologia surgiu de modo sistemático e intenso no Brasil e passou a ser usada em diversas esferas da sociedade. Essa tecnologia que, se trabalhada de modo coerente e bem aplicado pelo educador, torna eficaz sua prática de ensino. Dessa forma, propõe-se uma didática metodológica diferenciada e prática que pode ser inserida no plano de aula com atividades motivadoras, prazerosas, multidisciplinares e integrando as inovações tecnológicas da informação (TDICs) e ligadas à uma abordagem comunicativa, facilitando o processo educativo do ensino – aprendizagem da língua em estudo.

O surgimento da Tecnologia da Informação e da Comunicação (TICs) e sua inserção no processo de ensino da língua inglesa desencadeou novas reflexões, inspirações e interações profundas sobre a formação da história educacional e de sua dinamicidade. Percebe-se que a sociedade caminha para ser toda informatizada, e, assim, não podemos ficar sem trabalhar com esse suporte pedagógico enquanto toda a sociedade lhe faz uso. As tecnologias e os gêneros digitais invadem os espaços de relações e que podem ser mediatizadas com o currículo. Podemos nos apropriar e usufruir da tecnologia da informação e comunicação e dos gêneros digitais para propiciar, aos envolvidos, o contato com o saber científico, com base em seus conhecimentos empíricos. Utilizar gêneros digitais não se trata de usar a tecnologia de maneira supérflua e/ou de modo eventual, mas sim de modo integrado com as atividades propostas em sala de aula.

Propondo aulas de língua inglesa mais dinâmicas, interessantes e interativas ao público envolvido, temos como objetivo promover, neste estudo, um ensino-aprendizagem mais efetivo e significativo. Nas últimas décadas, vários autores foram os precursores a desenvolverem pesquisas relacionadas ao uso da tecnologia e os recursos que a informática  desenvolve  na aprendizagem humana, tais como: Taylor (1980); Mendonça e Ramos (1991); Pierre Lévy (1993); Gravina e Santa Rosa (1998); Ferreira (1998); Campos, Cunha e Santos (1999); Paula e Reis (1999); Costa, Oliveira e Moreira (2001); Coelho, Fleming e Luz (2002); Melo, Santos e Segre (2002), dentre outros. A mediação realizada pelo docente transformará esses discentes envolvidos em grandes potencializadores do processo de ensino-aprendizagem. Introduzir as tecnologias na escola e nas atividades potencializa esse aprendizado.

Cotidianamente, esses educandos estão em contato contínuo e quando essas ferramentas passam a fazer parte das atividades o aluno que já tem um conhecimento sobre o uso das ferramentas tecnológicas não sentirá dificuldade em lhe manusear. É nesta busca que se percebe que, nos dias atuais, o modo de aprender de nossos educandos mudou radicalmente e que as abordagens devem incluir os recursos tecnológicos e os gêneros digitais. Não se pode ignorar a grande relevância que a tecnologia tem no processo de ensino e aprendizagem. Isso não significa que a tecnologia detém o poder e primazia de promover todos os procedimentos e progressos na educação. Antes de tudo, a tecnologia precisa ser entendida como mais um mecanismo que auxilia a construção do conhecimento.

2. RECEIO ÀS NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA

Muitos educadores ainda não estão preparados e receiam o uso das TICs, sentindo-se incapazes e até despreparados para o manuseio dessas tecnologias. Porém, estamos no XXI e precisamos ter consciência de que é um recurso importante e poderoso no viés do ensino-aprendizagem. Precisam estar capacitados para interagir com uma geração informatizada, mesmo aqueles discentes que se envolvem pouco com a máquina e/ou com os aparatos tecnológicos. Discentes têm certas habilidades e são envolvidos rapidamente pelos recursos que a tecnologia proporciona. Os estudantes mostram-se mais acolhedores às novidades tecnológicas, porque os aparatos tecnológicos e o acesso à internet provoca curiosidade, entretenimento e facilidade pela exploração do conhecimento científico que se via tecnologia colocada à disposição. Trabalhar com a informática, internet e recursos tecnológicos é imprescindível no processo de ensino. Assim, Almeida (2005, p. 96) reitera que:

[…] utilizá-la para a representação, a articulação entre pensamentos, a realização de ações, o desenvolvimento de reflexões que questionam constantemente as ações e as submetem a uma avaliação contínua. As tecnologias da informática levam o indivíduo a desenvolver a imaginação, observação, criatividade, formar julgamento, pesquisa, classificação, leitura, análise de imagens, pensamento experimental e hipotético.

É perceptível que a prática pedagógica não está mais sintetizada na relação docente- discente. Na atualidade, surge um grande desafio no processo de ensinar e aprender: romper práticas dos educadores que, por muitas vezes, são engessadas, mecanicistas e tradicionais em seus métodos. O fenômeno da tecnologia tem revolucionado fronteiras e se materializa em diversos espaços, contribuindo, assim, para com uma aprendizagem efetiva vinculada à conhecimentos apreendidos no ambiente escolar. Com a aplicabilidade passará a tê-la como instrumento significativos na vida prática e cotidiana desses educandos. Compreendendo a tecnologia como ferramenta no elucidar de novos pensamentos, valores, concepções, práticas e ideias quebrando diversos paradigmas a prática docente se torna mais atrativa. A divulgação de informações nunca teve tanta rapidez quanto nos dias atuais, pois a informatização propõe a democratização do conhecimento. Por outra vertente, surge um enorme desafio aos educadores.

As novas tecnologias têm influenciado o mundo e, também, a área educacional, realçando a importância para o desenvolvimento dos aprendizes. No computador, tablet e smartphone pode-se criar e acessar diversas estruturas que conduzem o educando a realizar experiências imagináveis em seu mundo real que possibilitam averiguar seus resultados de maneira instantânea. Com a criação das ferramentas tecnológicas o ser humano não mais interage como em décadas anteriores. Elas têm transformado a vida de todo o planeta. A tecnologia no meio educacional é uma realidade e que, anos atrás, era algo imaginável.

As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) oferecem ganhos significativos, visto que fazem com que o discente amplie seus saberes para uma nova realidade. Propõem, ainda, alternativas de aprendizagem de modo integrador, interativo e cooperativo.  Escola e professor precisam estar preparados para essa nova realidade para que, assim, possam desenvolver, nesses educandos, capacidades e competências de reflexão, análise e transformação de seu conhecimento prévio na busca por novas informações e, consequentemente, produz novos saberes. De acordo com Lévy (1999, p. 96):

A Internet, são os principais instrumentos de acesso ao conhecimento em nossos dias. Com isso, é preciso que os professores mostrem-se cada vez mais conscientes da responsabilidade de oferecer ao aluno as habilidades que necessitarão para que sejam bem sucedidos em suas carreiras. Dentre essas habilidades, destaca-se o domínio da tecnologia de informação, com a capacidade técnica de leitura e interpretação de dados. Isso porque, nos dias de hoje, a informação está acessível a todos, não apenas nas já conhecidas formas de publicação, como livros, revistas, jornais e periódicos, mas, principalmente, no meio virtual, na Internet.

Nessa vertente educacional, Oliveira (2005, p. 116) elucida algumas finalidades para o uso da internet, são elas:

      • troca de mensagens eletrônicas (e-mails) entre todas as partes do mundo;
      • compartilhamento de informações e busca de apoio à solução de problemas;
      • participação em discussões entre membros de comunidade Internet;
      • acesso a arquivos de dados, incluindo som, imagem e textos;
      • consulta a uma vasta biblioteca virtual de alcance mundial, permitindo o acesso a uma quantidade de informações sem precedente.

É perceptível que esses recursos e outros estão à disponibilidade da tecnologia. Portanto, não podem ser negados como ferramentas necessárias para um ensino-aprendizagem. Assim: “[…] o homem está irremediavelmente preso às ferramentas tecnológicas em uma relação dialética entre a adesão e a crítica ao novo” (PAIVA, 2008, p. 1). A modernidade, com seu perfil tecnológico, traz novas formas de relações sociais, novos métodos de ensino e de se relacionar, métodos esses caracterizados pela capacidade de transformar a natureza e tudo que a circunda, criando, dessa forma, novas concepções de mundo e sociedade. Diante dessas constatações, muitos dos educadores precisam se atualizar, ou seja, capacitar-se para lidar com essa nova realidade, renovando, então, a sua prática pedagógica e, também, a sua visão de mundo.

Nesse contexto, percebemos que, a cada dia, a tecnologia tem invadido vários espaços, ficando impossível não depender dela para realizar as atividades de modo geral. É necessário seu uso permanente, inclusive na educação, âmbito no qual devem ser exploradas todas as possibilidades potencializadas por ela. O educador precisa, cada vez mais, proporcionar, aos discentes, o acesso à tecnologia de modo crítico e reflexivo, os preparando para descobertas e para que desenvolvam habilidades e competências como parte de sua educação e, ao docente, é atribuída essa grande missão. Assim: “tecnologia é um conjunto de discursos, práticas, valores e efeitos sociais ligados a uma técnica particular num campo particular” (BELLONI, 1997, p. 23). O nível de desenvolvimento dos sentidos se elevará a partir do uso das tecnologias, o que aumentará, significativamente, o potencial cognitivo do ser humano.

3. METODOLOGIA

O referente estudo foi desenvolvido por meio de uma pesquisa de cunho qualitativo com a aplicação de uma pesquisa bibliográfica desfrutando de recursos para a argumentação das pesquisas realizadas, obtendo, como instrumento de pesquisa, alguns teóricos para evidenciar a relevância do uso da tecnologia como uma aliada ao ensino de língua inglesa. Para Gil (2002, p. 127), pesquisa bibliográfica “é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Assim, pode-se concordar que a pesquisa bibliográfica é baseada em estudos de dissertações, livros e artigos. Apreciando algumas referências no processo do estudo escolhemos, dentre as encontradas, aquelas que enfatizavam os temas referentes ao objetos dessa reflexão e aquelas que apresentaram elementos a serem refletidos sob esse novo olhar conceptivo.

A importância da inserção das tecnologias no processo de ensino-aprendizagem da língua estrangeira (LI) e o incentivo dessas para que haja o desenvolvimento das potencialidades dos aprendizes e de novas concepções sobre as metodologias e estratégias em uma maneira analítica e significativa no processo do ensino foram algumas das reflexões encontradas. Para um diagnóstico maior sobre a resolução da problemática encontrada em sala de aula foram selecionados estudos de Benade (2019), Kenski (2003) e Ribas (2018) que conectam a tecnologia como uma aliada ao processo de ensino, pois é uma das ferramentas fundamentais para aprendizagem, pois favorecem uma nova abordagem significativa sobre o ato de apropriar do conhecimento, ressaltando a busca da descoberta, criatividade e desafio.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Conforme entendemos, a língua inglesa se torna, cada vez mais, mais importante e com o surgimento da tecnologia sua compreensão é necessária para acompanhar as transformações mundiais. De acordo com Malvessi (2013, p. 95):

Em nossa sociedade pós-moderna o ensino de língua estrangeira (Língua Inglesa) tem ganhado um novo espaço, uma nova perspectiva. Na medida em que cresce o processo de globalização, a aquisição da língua estrangeira (LI) torna-se uma exigência para o ser humano.

Com o uso das tecnologias como aliada ao processo de ensino-aprendizagem tornar-se-á mais uma ação proativa. Pois, ainda segundo Ribas (2018), o uso desses recursos diminui a lacuna entre o educador e educando, permitindo, dessa forma, novas descobertas e maneiras de se comunicar e interagir a partir desse processo inovador. Os discentes estão em constante contatos com as inovações tecnológicas da informação e comunicação (TDICs) e ligados à abordagem comunicativa (AC) como computadores, tablets, smartphones, gadgets, streaming, gêneros digitais e diversos aplicativos. Percebemos que a tecnologia perpassa pela vida dos educandos e educadores. Essa inserção da tecnologia como prática pedagógica é um recurso potencializador do processo de ensino e aprendizado, desencadeando, então, competências e habilidades. Conforme Vale (2001, p. 112):

O enfoque principal é criar através das tecnologias novas formas de ensinar e aprender bem como integrar o uso dos recursos disponíveis na escola ao seu compromisso maior que seria um melhor convívio e uma atuação e participação efetiva na sociedade. Assim, a educação é vista como um dos meios capazes de proporcionar à classe trabalhadora um saber que seja instrumento de luta, a fim de que possa, de forma consciente renascer enquanto homens e com ele uma nova escola.

O auxílio das tecnologias digitais não só contribui para com a formação cotidiana, mas também atua como uma âncora indispensável para tornar o aluno um ser crítico e transformador do conhecimento assim como um letrado digital. Torna-se, assim, um diferencial para a realização das práticas de leitura e escrita, pois faz com que essas sejam realizadas de maneira inovadora e dentro dos padrões atuais. O ser letrado digitalmente assume mudanças na forma de ler e escrever por meio de códigos verbais e não verbais. Segundo Marcuschi (2004, p. 67): “o gênero digital é todo o aparato textual em que é possível, eletronicamente, utilizar-se da escrita de forma interativa ou dinamizada”.

Diz, ainda, que “o gênero digital possibilita o trabalho da oralidade e da escrita, assim como os gêneros textuais tradicionais utilizados na escola, pois se apresentam como uma evolução desses” (MARCUSCHI, 2004, p. 67).  Percebe – se que quando o educador usa essas ferramentas ele, provavelmente, alcançará as metas estabelecidas para uma educação efetiva. O uso da tecnologia como ferramenta possibilita diversas formas e maneiras de fazer com que o aprendiz passe a exercer uma função ativa e não passiva. A partir daí, realizar atividades que contribuem para com a sua formação e seu crescimento cognitivo é essencial. De acordo com Boelter (2006, p. 19):

Sabemos dos vários benefícios que a tecnologia pode gerar num trabalho pedagógico com o aluno, em atividade de programação de rotinas e processos; de reorganização, registro, acesso, manipulação e apresentação de informações com aplicativos; de simulação de experimentos relacionados com as ciências naturais e sociais; de comunicação e acesso a base de dados via e-mail e internet. Sabemos também que esse trabalho só se concretiza quando o professor domina os conceitos e as práticas relacionadas com a tecnologia, transportando para o seu trabalho pedagógico e aplicando-os no cotidiano da sala de aula.

Cabe, ao educador, preparar-se para essa evolução tecnológica e, consequentemente, deve quebrar velhos paradigmas metodológicos. Os educandos que estão inseridos no ambiente escolar são titulados de “nativos digitais” e/ou geração z ou, ainda, como alpha e o professor, em muitas das vezes, ao longo de sua formação, não é preparado para tal desafio. É necessário que o professor busque se aperfeiçoar, por novas didáticas e pela inovação de sua metodologia e prática docente. Conforme Bernardo (2006, p.101):

Através da aplicação ou não de terminadas metodologias, uma responsabilidade unilateral quanto ao sucesso ou insucesso de seus alunos. É realmente preocupante a situação do ensino/aprendizagem de inglês na escola pública, visto que a maioria dos alunos, ao final de sete anos de estudo, parece estar estudando inglês pela primeira vez.

É notório que quando o professor não se qualifica, isto é, não busca formação nem se especializa, deixa de usar recursos disponíveis, passando, dessa forma, a contribuir para com uma educação sujeita ao fracasso, pois não será capaz de desenvolver, nesses aprendizes, habilidades e competências necessárias.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Certificou-se que com a inserção dessas novas práticas e recursos o discente passou a desconstruir certos paradigmas em relação ao ensino de língua inglesa. É um idioma difícil de aprender, e, quando mal introduzido, causa grande desinteresse por grande parte dos discentes. A implementação dos recursos tecnológicos fez com que o aprendiz se interessasse e interagisse, de forma mais dinâmica, uns com os outros e, consequentemente, com o mundo, desenvolvendo múltiplas competências e capacidades relativas à aprendizagem da língua inglesa. Essa prática deve ser inserida, então, para tornar a aprendizagem mais significativa, proveitosa e interativa, pois parte desses recursos é atrativa e dinamizada, ajudando, assim, o docente e o aprendiz a usar as quatros habilidades. Estamos vivendo na era tecnológica e não podemos pensar em uma aula sem o auxílio dos recursos tecnológicos e dos gêneros digitais, uma vez que enfatizam uma aula de língua inglesa prazerosa.

REFERÊNCIAS

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ALMEIDA, M. As Novas Tecnologias em Sala de Aula. 2005. Disponível em : https://docplayer.com.br/8890330-Maria-elizabeth-de-almeida-fala-sobre-tecnologia-na-sala-de-aula.html. Acesso em: 06 jun. 2019.

BELLONI, M. L. Educação a Distância. 2ª. ed. São Paulo: Editora Autores Associados, 1999.

BENADE, L. Teachers’ Critical Reflective Practice in the Context of Twenty First Century Learning. Open Review of Educational Research, v. 2, n. 1, p. 42-54, 2015.

BERNARDO, A. C. Língua Inglesa na Escola Pública e a Relação com o Saber. 1ª. ed. Sergipe: Atlas, 2006.

BOELTER, E. L. Tecnologia no Cotidiano. Gestão em Rede, n. 74, p.19-20, nov. 2006.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

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LÉVY, P. Cibercultura. Trad. Carlos Irineu da Costa. Rio de Janeiro: Editora 34, 1999.

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MALVEZZI, K. F. O Ensino de Língua Estrangeira na Educação Básica Brasileira: São Paulo: Editora Novos Caminhos. 2013.

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MORAN, J. M. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias. Informática Na Educação: Teoria & Prática, v. 3, n. 1, p.137-144, set. 2000.

OLIVEIRA NETTO, A. A. de. Novas Tecnologias e Universidade: da didática tradicionalista à inteligência artificial: desafios e armadilhas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.

PAIVA, V. L. M. O. A tecnologia na docência em línguas estrangeiras: convergências e tensões. 2011. Disponível em: www.veramenezes.br. Acesso: 10 mai. 2019.

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RIBAS, F. Base Nacional Comum Curricular e o Ensino de Língua Inglesa: Refletindo sobre a Cidadania, Diversidade e Criticidade à Luz do Letramento Crítico. Domínios de Lingu@gem, v. 12, n. 3, p. 1784-1824, 2018.

VALE, A. M. Educação popular na escola pública. 3ª. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

[1] Mestrando em Ciência da Educação pela Atenas College University. Especialização em Ensino da Língua Portuguesa pela Faculdades Integradas da Vitória de Santo Antão –  FAINTVISA. Ensino da Língua Inglesa pela Faculdade Venda Nova do Imigrante – FAVENI.

[2] Mestranda em Ciência da Educação pela Atenas College University. Especialização em Linguística Aplicada ao Ensino da Língua Portuguesa pela Faculdade Escritor Osman da Costa Lins – FACOL.

[3] Mestranda em Ciência da Educação pela Atenas College University.  Especialização em Psicopedagogia pela Faculdade Escritor Osman  da Costa Lins – FACOL.

Enviado: Novembro, 2019.

Aprovado: Abril, 2020.

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Sérgio Manoel Da Silva

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