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Desafios do ensino à distância: Práticas docentes para o ensino da matemática à distância

RC: 44365
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CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

MORAES, Maurício Barreto Quitete de [1]

MORAES, Maurício Barreto Quitete de. Desafios do ensino à distância: Práticas docentes para o ensino da matemática à distância. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 01, Vol. 10, pp. 13-23. Janeiro de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/desafios-do-ensino-a-distancia

RESUMO

Se no passado a Educação a Distância (EaD) já acontecia por meio de correspondência, na contemporaneidade, com todos os recursos existentes, a propagação dessa metodologia de ensino é implacável. Essa modalidade de ensino tem se espalhado de uma maneira muito rápida como fruto da informatização e da globalização e diante disso o ensino à distância tem sido cada vez mais a opção de muitas pessoas na escolha de cursos de Ensino Superior, em função das restrições de tempo que competem no dia a dia com as obrigações trabalhistas e deslocamentos urbanos. Na escolha por EaD, as pessoas encontram como vantagens a gestão de seu tempo para acesso às aulas online, a possibilidade de revisão de aulas quantas vezes for necessária, a comodidade do lar e o uso da internet como apoio para o entendimento e desenvolvimento dos trabalhos, porém também se deparam com as dificuldades da distância para o entendimento, o professor acaba agindo como tutor, dificuldade de esclarecimento de tópicos não claros e a possibilidade de má gestão do tempo. Diante dessas características é que o docente, junto à instituição de ensino, desenvolve estratégias para entregar o conteúdo mínimo para o discente, de modo que esse alcance o melhor entendimento, conforme planejamento esperado. Com isso, esse artigo científico teve a finalidade de apresentar as práticas docentes relacionadas ao ensino à distância, com foco no ensino da matemática. Visando atender o objetivo proposto procedeu-se com pesquisa bibliográfica fundamentado em autores já publicados. Os referenciais analisados demonstraram que o docente passou a ter uma função determinante para o alcance do propósito do ensino a distância. Deste modo, a expectativa é que esse artigo traga à luz o tema considerado e possa ser consultado para a reflexão e definição de estratégias educacionais para a prática de ensino.

Palavras-Chave: Ensino à distância, práticas de ensino, matemática à distância.

1. INTRODUÇÃO

O ensino à distância trouxe uma nova realidade para o sistema educacional que há muito resistia em aceitar as mudanças de um novo tempo e de uma nova realidade já exigida desde que a população como um todo teve acesso aos meios digitais. Os recursos mudam com o tempo e a metodologia de ensino precisa adaptar-se, acompanhando as novas práticas.

Segundo Mendes (2018), houve uma mudança no conceito pedagógico de ensino e o discente passa a ser visto como protagonista da educação, onde o docente passa a ser uma referência e um tutor das formas mais viáveis de se atingir o objetivo proposto pelo sistema educacional.

Com isso, Mendes quer dizer que a metodologia de ensino com o professor no quadro escrevendo para os alunos copiarem e aprenderem com base na repetição e exaustão são considerados métodos passados e os alunos precisam trabalhar de modo a buscarem mais as respostas nos meios digitais disponíveis, sabendo diferenciar o que é confiável, daquilo que não é, e demonstrando como focar nos objetivos a serem buscados, em meio a um bombardeio de informações trazidas todos os dias pelos meios digitais.

Na especificidade do ensino da matemática, não há mais a tradição cansativa de decorar fórmulas e desenvolver inúmeros exercícios e aprendizados de matérias matemáticas que não trazem grandes benefícios para os alunos ao final. Garcia e Garcia (2016) dizem que o novo método de ensino da matemática necessariamente relaciona o contexto social, econômico e do cotidiano, de modo que o aluno seja incentivado a resolver problemas sociais comuns ao dia a dia, através das resoluções matemáticas ensinadas em sala de aula.

Com isso, muda a forma como a matemática é ensinada, pois antes, uma matéria seguia a outra pelo simples fato de um programa de ensino da matemática precisar ser concluído e agora, com a introdução do novo conceito, a matemática está diretamente relacionada a língua portuguesa (quanto a interpretação da situação problema), às ciências humanas (quanto a análise do envolvimento humano na resolução do problema) e às ciências exatas, onde entra a matemática para fazer os relacionamentos e propostas de solução dos problemas apresentados.

Esse artigo tem como objetivo trabalhar as reflexões das práticas docentes para o ensino da matemática, dentro do contexto da Educação à Distância (EaD), seguindo a nova visão pedagógica para o sistema de ensino.

Bortolotto (2017) aponta que 99,4% dos brasileiros desconhecem como trabalhar com juros, incluindo até mesmo os conceitos básicos da matéria. Com isso, o autor demonstra que a matemática básica é um ponto fraco da grande maioria dos brasileiros avaliados, tornando-os incapazes de avaliar investimentos, aplicações, tomadas de empréstimo e outras situações que requeiram o cálculo de juros simples e compostos.

A estruturação de dados do dia deve ser capaz de viabilizar a uma pessoa realizar análises de dados para fins estatísticos, de modo a permitir avaliação quanto a repetitividade de informações, possibilidades de novas ocorrências, porém o brasileiro de um modo geral tem dificuldades com análises estatísticas, dificultando esse tipo de avaliação.

Garcia e Garcia (2016) desenvolveram uma pesquisa de campo abordando 450 pessoas diferentes, na região da grande São Paulo, abordando-as em diferentes situações quanto a capacidade de análise da transação que acabaram de fazer nos comércios de onde saíram. Todas as pessoas eram adultas e, pela pesquisa, trabalhadores com fonte de renda própria. No estudo desenvolvido, Garcia e Garcia identificaram que 68% da população analisada não consegue desenvolver análise simples, 63% não souberam analisar as condições de pagamento que são mais vantajosas, em relação às transações efetuadas, 70% não conseguiram analisar o valor que será cobrado em relação ao valor da compra e 75% não reconhecem que a análise de dados é importante para as transações comerciais e aplicações financeiras feitas.

Esses dados são alarmantes e, muito embora considerem apenas uma pequena população da cidade de São Paulo, vem de encontro com as afirmações de Bortolotto (2017), corroborando para os seus dados divulgados, fazendo com que esse artigo seja relevante. A hipótese está relacionada com a falha na prática do ensino da matemática que ainda está distante da proposta com os novos conceitos, despertando interesse na população ao aprendizado da matemática.

Espera-se ao fim desse artigo que gestores educacionais, professores de matemática e outros atores envolvidos nos processos educacionais possam rever as suas práticas de ensino e efetuar as adequações necessárias, para que os discentes despertem interesse, absorvam conhecimento e saibam aplicar os conceitos básicos de matemática nas condições do cotidiano.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Em função das mudanças que ocorreram com o passar dos anos, houve também uma revisão no conceito pedagógico sobre como ensinar matemática com os desafios e recursos dos tempos atuais. A necessidade do conhecimento da matemática se faz fundamental para o desempenho de inúmeras tarefas, incluindo para as transações comerciais. As instituições de ensino ainda abordam ou consideram muito pouco as novas ideias e concepções relacionadas as práticas modernas de pedagogia e os novos ensinamentos.

Dante (1999) relata que a resolução comum de problemas requer a aplicação e estratégias necessárias para a solução da maioria dos problemas. A matemática como se conhece é composta de exemplificações do cotidiano, mas essa situação não traz o conhecimento prático aos alunos. Por isso, o papel do professor é trabalhar o novo conceito pedagógico com os alunos, apresentando e articulando a visão de mundo que os mesmos possuem, apoiando cada um a construir as próprias estratégias para a resolução de problemas e conceitos comuns matemáticos, trazendo relacionamentos com as situações reais, exigindo assim dedicação e envolvimento do docente e qualificação para o desenvolvimento dos alunos. Com isso, o papel do professor hoje requer mais conhecimento, preparo e embasamento.

Com as atualizações e recursos tecnológicos do século XXI, as instituições de ensino precisam de docentes que busquem constantemente a aprendizagem individual e o conhecimento, pois, isso beneficiará tanto as escolas quanto os alunos. Essas mudanças fazem parte de um processo que procura tornar as instituições de ensino melhores e adaptáveis às condições do momento. Isso só será possível se houver participação de todos. O maior desafio das escolas nos próximos anos é contribuir para a construção de um ambiente baseado na aprendizagem como um processo contínuo de renovação e de transformação. Estamos agora na era da informação, e essa nova era está marcada por severas transformações, e nesse cenário será necessário que todos estejam dedicados com o conhecimento. Esse assunto há muito tempo deixou de ser apenas de interesse educacional e tornou-se uma questão de discussão global, como ponto crucial para o desenvolvimento social e econômico (MINARELLI, 2010).

A necessidade da educação escolar atende aos preceitos básicos e constitucionais que asseguram o direito à educação e à formação como cidadãos para todos os brasileiros. Miranda e Philippsen (2014) aponta que a educação surgiu no Brasil desde o período colonial quando os missionários iniciaram a introduzir a cultura e educação portuguesa no Brasil. O autor diz também que a escola exerce um papel único na vida dos alunos, pois apresentam aos mesmos os direitos que os mesmos possuem e entregam os saberes esperados, preparando-os para o confronto com o mundo. Conhecer os princípios e métodos matemáticos torna-se fundamental porque trabalha a lógica dos alunos, o confronto com as informações que são passadas e, principalmente, a olhar os problemas da vida como condições que precisam ser resolvidas, sempre com foco nas soluções possíveis.

Theodoro (2011) diz que todas as pessoas, mesmo as não alfabetizadas, possuem, ao menos, algum conhecimento à cerca das coisas, incluindo matemática, pois a interação com o mundo torna isso possível, no desenvolvimento da profissão, na conversa com a família e amigos, na compra e venda de produtos e no recebimento de remuneração pelo trabalho desenvolvimento. Mas a limitação acaba existindo por causa da falta de conhecimento que somente as escolas proporcionam e a forma de lidar com os diversos problemas, paradigmas e paradoxos da vida pode variar de pessoa para pessoa, mas as escolas, principalmente no trabalho bem desenvolvido com a aplicação da matemática, podem apoiar no preparo dos alunos para essa finalidade (AMORIM, 2016).  Os professores têm papel fundamental na aplicação do ensino da matemática, pois são eles que apresentam o tema aos alunos e a forma como apresentam pode trazer aproximação ou afastamento dos alunos diante da disciplina (FILHO, 2016).

A fase adolescente, na qual os alunos estão no Ensino Médio escolar, é caracterizada pela fase da dúvida quanto ao futuro, incerteza sobre o que é importante para a vida, fase de confrontos entre o conhecimento já adquirido e o que o mundo parece aos olhos dos alunos e como a fase de afirmação da pessoa no mundo. Por isso, o professor precisa ser experiente e preparado o suficiente para apresentar aos alunos a matemática de maneira que os mesmos a receba como um trunfo, uma ferramenta favorável aos mesmos nos relacionamentos e negociações do dia a dia (THEODORO, 2011).

Para isso, a escola precisa repensar a metodologia de abordagem da matemática financeira junto aos alunos, trabalhando os conteúdos mínimos esperados com os professores, sempre fazendo uso de aplicações práticas do cotidiano (como em um processo de compra e venda em loja comercial, como exemplo) e incentivando no plano de aula a interação dos alunos com a matéria, não somente pela prática de resolução de exercícios, mas também fazendo uso de jogos.

Skemp (1976) e Rezende (2002) apontam que o entendimento dos alunos pode exercer influência no processo de ensino, aplicando-se inclusive a matemática financeira e estatística. Segundo a classificação adotada por Rezende (2002), quanto a matemática financeira e estatística, é preciso primeiro trabalhar as questões relacionadas ao cotidiano, para posteriormente trabalhá-la no conhecimento. Muitas atividades são trabalhadas em grupo para discussão em conjunto, possibilitando discussões e socialização dos tópicos adotados em sala, tais como trabalhos relacionados a problemas de juros, estatísticas e outros.

A Matemática Financeira e estatística é aplicada a situações diversas do cotidiano tais como em um consórcio, investimento financeiro, pagamento de salários. Havia uma ideia antiga relacionando a matemática financeira e estatística aos administradores e contadores, mas com o novo conceito, todos estão recebendo as atribuições de aplicação dos conhecimentos às suas situações diárias. Cabe ao docente fazer a aplicação correta dos conhecimentos para o ensino dos alunos sobre como buscar o conhecimento e construir metodologias estratégicas para solução de problemas.

Rezende (2002) diz que entre as estratégias comuns adotadas para o ensino da matemática no ensino à distância está a utilização dos processos informatizados para o desempenho dos propósitos educacionais, fazendo com que os alunos sejam os atores responsáveis por buscarem as informações necessárias e adicionais aos seus aprendizados.

Através da informatização do ensino e da qualificação dos docentes em sistemas informatizados, é possível conciliar o ensino com o meio digital, fazendo com que os alunos saibam onde buscar as informações e como usá-las para os fins que precisam. Através de laboratórios virtuais criados para simular cenários, os professores de matemática financeira e estatística podem criar condições existentes em bolsas de valores, centros comerciais e meios industriais que forcem os alunos a se verem diante de determinadas situações e a resolverem problemas do dia a dia.

Sendo assim, uma estratégia de ensino à distância está associada a colocação do aluno como gerente de um supermercado ou de uma grande loja comercial, onde o mesmo precisará avaliar qual é a melhor condição de preço a ser apresentada para os produtos de venda, de modo que a taxa de retorno seja alcançada em um menor tempo possível. Diante de tal expectativa, o aluno deverá desenvolver cálculos e análises que demonstrem o preço a ser aplicado, o tempo de retorno do investimento feito com base no preço e uma análise de crescimento e maturidade da empresa e do produto no mercado.

Segundo Moura (2011), trabalhar a matemática financeira de modo que os alunos gostem e sintam-se participantes do processo educacional é ainda um grande desafio para os pedagogos e docentes que estão sempre buscando novas alternativas e soluções diferenciadas para o alcance do objetivo. O autor ainda destaca que a matemática considera uma vasta dimensão de coerências, regulações que exigem a despertam capacidades específicas, tais como projeções, previsões, curiosidades, capacidade de análise, entre tantos outros. A matemática tem essa função de provocar o despertamento dessas qualidades e atributos individuais, para o processo de formação o indivíduo.

Os jogos são uma forma de preparar os estudantes para pensar estrategicamente e com planejamento das ações, sempre tendo as possíveis consequências como eventos a serem analisados. O pensamento em possibilidades e oportunidades diferentes também é despertado e passa a fazer do estudante. Grando (2001) diz que ao longo da história sempre houve algum tipo de jogo sendo aplicado, sendo em alguns momentos aplicados até mesmo para a conquista de uma mulher, para passar de uma etapa para outra da vida, entre outros momentos. O autor diz também que entre as modalidades diferentes de jogos estão as de caráter educacionais e as de caráter tradicional.

Quando os jogos são aplicados em grupos acabam estimulando uma série de outros elementos, tais como o trabalho em equipe, consideração de outros pontos de vista, respeito ao momento da pessoa que está ao redor, respeito às opiniões diversas, senso de justiça, estímulo a cooperação, sendo de iniciativa e de liderança, entre uma série de outros objetivos relacionados. Há uma união entre a necessidade do que se precisa fazer com o prazer do desenvolvimento, tornando o ambiente agradável e atraente, propiciando o aprendizado (GRANDO, 2001).

Corbalan (1996) classifica os jogos destinados ao ensino e aprendizagem na disciplina matemática quanto a necessidade de uso e critério de aceite pelos docentes dentro da escola. O autor diz que os jogos podem ser classificados de diferentes formas, usando elementos externos ou elementos internos. No que tange ao objetivo, os jogos precisam abordar temas do cotidiano para soluções matemáticas. Se esses jogos trabalham estratégias que devem conduzir a uma vitória então esses são chamados de jogos estratégicos (CORBALAN, 1996).

Olhando para o momento da aplicação dos jogos, estes podem ser classificados como pré-instrucionais (com a finalidade de introduzir a formação de uma ideia), co-instrucionais (referentes aos jogos usados na demonstração de uma ideia), e pós-instrucionais (usados para fazer uma revisão sobre conceitos já trabalhados) (CORBALAN, 1996). O autor diz ainda que os jogos para a prática do conhecimento podem ser divididos em outros três diferentes grupos: numéricos, geométricos e probabilidade, podendo a mesma prática envolver os três elementos. Quanto a estratégia, o seu uso no ensino da matemática torna possível a prática do pensar, de criar alternativas, de modo a encontrar soluções lúdicas.

Corbalan (1996) destaca que os docentes resistem à aplicação dessa modalidade de jogo em sala de aula porque os seus efeitos precisam de tempo para ser percebidos e mensurados, dificultando o processo avaliativo. Para que um bom jogo seja realizado há algumas características que colaboram, tais como não colocar muitas regras, para que o estudante não seja facilmente excluído pelo excesso de regras, conhecimento do professor sobre as regras e explicação com clareza e precisão. Além disso, o jogo deve ter tempo limitado de duração, pois se for muito logo torna-se desinteressante para o aluno. Corbalan (1996) ressalta que os docentes precisam aprender a fazer uma seleção daquilo que vão usar, considerando as características dos jogos.

Corbalan (1996) diz que um momento importante de ser avaliado vem após a conclusão dos jogos, pois é o momento onde se manifestam os processos, aprendizados e experiências para os demais jogos. O autor defende que essa etapa é importante para a geração de hipóteses para a resolução nos jogos. As técnicas usadas para a resolução do problema precisam ser de fácil condução. A motivação pela busca de uma solução acaba valendo muito mais do que o próprio jogo

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O ensino da matemática financeira e estatística deve ser aplicado na era da informação em associação com os recursos tecnológicos disponíveis, através de mudança na estratégia de ensino. A pedagogia mudou a sua forma de atuação no ensino à distância, fazendo do docente um agente orientador do aluno para que o mesmo saiba como buscar as informações que precisa nos meios digitais.

No ensino da matemática financeira e estatística, o docente deve se posicionar na condução do aluno para a construção de estratégia de abordagens para a solução de problemas. A matemática em termos gerais traz a mensagem de que o mundo está cheio de problemas, mas cabe a cada um enxergar os problemas como soluções que precisam ser resolvidas.

As instituições de ensino precisam adequar-se às novas metodologias de ensino à distância e em especial do ensino da matemática, onde é necessário obter o envolvimento, comprometimento e capacidade de resolução de problemas do cotidiano

REFERÊNCIAS

AMORIM, Vitor. O Ensino de Matemática Financeira: do livro didático ao mundo real. 1. ed. Rio de Janeiro: SBM, 2016. 45 p. ISBN 978-85-8337-126-7.

BORTOLOTTO, Anderson Pizzutti. 99,4% dos brasileiros não conhecem o conceito de juros compostos e isso é preocupante. Terraco-Econômico. Economia e Política. Infomoney, 2017. Disponível em: https://www.infomoney.com.br/blogs/economia-e-politica/terraco-economico/post/6279794/dos-brasileiros-nao-conhecem-conceito-juros-compostos-isso-preocupante. Acesso em: 11 Nov. 2019.

CORBALAN, F. Juegos Matemáticos para secundaria y bachillerato. Madrid: Editorial Síntesis, 1996.

FAJARDO, Vanessa; FOREQUE, Flavia. 7 de cada 10 alunos do ensino médio têm nível insuficiente em português e matemática, diz MEC. Educação, Rio de Janeiro, p. N/I, 30 ago. 2018. Disponível em: https://g1.globo.com/educacao/noticia/2018/08/30/7-de-cada-10-alunos-do-ensino-medio-tem-nivel-insuficiente-em-portugues-e-matematica-diz-mec.ghtml. Acesso em: 11 Nov. 2019.

FILHO, Osmando Barbosa Caldas. Matemática Financeira no Cotidiano: Um Estudo de Caso. Orientador: Prof. Dr. Marco Antônio Fernandes. 2016. 65 p. Dissertação (Mestrado em Matemática) – Universidade Federal da Bahia – UFBA, Salvador, 2016.  E-book.

GARCIA, Fernanda Hart; GARCIA, Denis da Silva. Abordando Diferentes Metodologias Do Ensino De Matemática Através De Estratégias Pedagógicas Voltadas Ao Ensino Fundamental. II Fórum Internacional de Educação. Santa Cruz do Sul: USCS, 2016.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

GRANDO, R. C. O jogo na educação: aspectos didático-metodológicos do jogo na educação matemática. Unicamp, 2001.

MENDES, Marcelo. A Educação do Século XXI e o novo papel do professor. Gazeta do povo. Ler e Pensar. 2018. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/gpbc/ler-e-pensar/a-educacao-do-seculo-xxi-e-o-novo-papel-do-professor-bjeqvh85366s8xsetq1ionzmd/. Acesso em: 11 Nov. 2019.

MINARELLI, J. A. Carreira Sustentável. [s.l.] Gente, 2010. 206p.

MIRANDA, Lourdes Aparecida Nocette; PHILIPPSEN, Adriana Strieder. A Importância Da Matemática Financeira No Cotidiano E Na Construção Da Cidadania. Matemática Financeira, Paranavaí, p. N/I, 31 mar. 2014. E-book.

MOURA, M. O. A séria busca no jogo: do lúdico na Matemática. 14.ed. São Paulo: Cortez, 2011.

NAZARIO, Patricia et al. Educação Financeira: Um Estudo Aplicado Ao Ensino Médio Da Rede Pública Do Município De Luiziana/PR. VI EPCT: Encontro de Produção Científica e Tecnológica, Luiziana, 28 out. 2011. Ciências e Tecnologia, p. N/I. E-book.

PONTE, J.P.; BROCARDO, J.; OLIVEIRA, H. Investigações matemáticas na sala de aula. São Paulo: 2001.

SOUZA, Samara Arlete Aragão de et al. A Matemática Financeira no Cotidiano dos Alunos: V CONEDU. Congresso Nacional de Educação, Pernambuco, 30 set. 2018. Educação, p. N/I. E-book.

[1] Pós-graduando em Gestão Escolar, Licenciado em Matemática.

Enviado: Novembro, 2019.

Aprovado: Janeiro, 2020.

5/5 - (8 votes)
Maurício Barreto Quitete de Moraes

2 respostas

  1. Parabéns, caro colega seu trabalho está excelente. De fato, a educação atual necessita de um olhar inovador no tocante a Educação a Distância e novo cenário tecnológico.

  2. Pouco vi o tema proposto no trabalho em si. Agregou conhecimento, mas deixou o tema central de lado e/ou muito pouco desenvolvido.

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