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Uma análise da indisciplina no contexto da sala de aula

RC: 47824
347
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

MOREIRA, Eliany Silva De Argôlo [1], RIBEIRO, Elizete Verônica Silva De Argôlo [2]

MOREIRA, Eliany Silva De Argôlo. RIBEIRO, Elizete Verônica Silva De Argôlo. Uma análise da indisciplina no contexto da sala de aula. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 03, Vol. 12, pp. 49-63. Março de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/analise-da-indisciplina

RESUMO

Este artigo tem como objetivo apresentar reflexões sobre a indisciplina escolar e o diagnóstico inicial como forma importante para ajudar nessa problemática em sala de aula. A partir de um estudo documental, buscou-se revelar algumas nuances para construção do conhecimento sistematizado na escola. Nessa trajetória, o docente vale-se de uma diversidade de recursos tecnológicos para que o discente perceba a real necessidade de sua autoafirmação no ambiente escolar.  As questões implícitas a esse tipo de problemática são essenciais. Por que os estudantes agem diante do conhecimento apresentado pelo professor em sala de aula de forma indisciplinada e o que os levam a não quererem se envolver nas atividades propostas durante a aquisição de conhecimentos?  Como encarar o enfrentamento indesejável escolhido pelo estudante para se esquivar da participação no desenvolvimento do conhecimento em sala de aula e escolher apresentar-se indisciplinado é uma condição imprescindível para que o professor saiba reconhecer a presença de atitudes significativas relacionadas ao envolvimento efetivo desse estudante no processo de aprendizagem e a existência de uma atenção diferenciada com relação a esse quadro vivenciado nas salas de aula.  A pesquisa objetiva, também, valorizar o diagnóstico inicial como forma de reconhecer os caminhos e estratégias iniciais para mediar novos saberes, possibilitando um bom envolvimento dos estudantes na busca pela minimização das desigualdades linguísticas e cognitivas existentes em qualquer grupo social. Funcionam como um meio para se perceber a necessidade de buscar por mais conhecimento bem como é um norte para auxiliar o estudante no acolher de aprendizagens.

Palavras-chave: Indisciplina, educação, diagnóstico.

1. INTRODUÇÃO

O debate em torno de questões de indisciplina no ambiente escolar ou a análise de atitudes indisciplinadas dos alunos em sala de aula tem suscitado grande interesse no campo da Educação. Não são menores os interesses que essas questões despertam no professor por meio de ações possíveis de busca do melhor fazer pedagógico. Nessa direção, compartilhamos a ideia de que o aluno é um indivíduo social que interage em grupos e seu convívio social implica na aceitação ou não das formas apresentadas no ambiente escolar para sua socialização e desenvolvimento sócio-intelectual e linguístico. Procurando dar especificidade aos estudos sobre indisciplina e diagnóstico inicial no processo de aprendizagem no ambiente escolar, esclarecemos a necessidade de envolver três aspectos teóricos nesse trabalho:

  1. Os alunos indisciplinados que não aceitam regras por ter dificuldades de acompanhamento dos conteúdos apresentados em sala de aula;
  2. O sentido de interação social reconstruído ao longo do processo de ensino aprendizagem devendo levar em consideração a sala como ambiente de construção da formação cidadã;
  3. A importância do diagnóstico inicial para cada etapa de novo aprendizado na tentativa de reconhecer as realidades cognitivas individuais.

Foi realizada uma pesquisa bibliográfica buscando um melhor entendimento sobre a falta de disciplina estudantil em sala de aula. Percebe-se que esses aprendizes, em muitas das vezes, escondem sua falta de conhecimentos prévios diante dos novos conhecimentos através da indisciplina como linha de frente para fazer-se visível em seu processo de socialização no ambiente escolar.  As questões implícitas a esse tipo de problemática são interessantes. Refletir sobre o porquê de os estudantes agirem diante do conhecimento apresentado pelo professor em sala de aula de forma indisciplinada e sobre o que os levam a falta de envolvimento nas atividades propostas durante a aquisição de conhecimentos são questões que guiarão o estudo.

Como encarar o enfrentamento indesejável escolhido pelo estudante para se esquivar da participação no desenvolvimento do conhecimento em sala de aula, que, por sua vez, escolhe se apresentar de forma indisciplinada, é uma condição imprescindível para que o professor saiba reconhecer a presença de, pelo menos, uma teoria comportamental interacionista com presença de rotinas significativas relacionadas ao envolvimento efetivo desse estudante no processo de aprendizagem e à existência de uma atenção diferenciada com relação a esse quadro vivenciado nas salas de aula. Assim sendo, pensar em como a interação de todos em sala de aula, de forma plena, no decorrer de atividades interativas sem qualquer tipo de exclusão é de igual importância. Para que um aluno, qualquer aluno, adquira conhecimento, é necessário o envolvimento desse no processo e a existência de interesse por esse estudante é essencial para seu desenvolvimento.

2. METODOLOGIA

A fim de discutir sobre o problema da indisciplina em sala de aula a pesquisa adotou a abordagem qualitativa e para a realização da discussão o trabalho se propõe a analisar o conteúdo dos materiais coletados a partir da pesquisa bibliográfica. Uma vez que se trata de um estudo de caráter qualitativo, o escopo principal dessa investigação sobre a indisciplina em sala de aula é discutir sobre essa experiência em específico, sobretudo sobre as relações entre os conceitos e fenômenos que englobam a indisciplina para explicar a dinâmica dessas relações de forma intersubjetiva (CÂMARA, 2013; GIL, 2008). Adotou-se a pesquisa qualitativa pois ela oferece dados essenciais para que seja possível compreender as relações entre os agentes sociais e a situação comunicativa (GIL, 2008). É preciso, entretanto, ir para além dos limites do conteúdo materializado nos documentos consultados por este estudo.

Na perspectiva qualitativa é papel do pesquisador apresentar descrições detalhadas e completas sobre o problema social a ser analisado. Assim sendo, este estudo se propõe a verificar, na literatura, como a temática tem sido pensada pelos autores diversos, apoiando-se, para isso, em artigos científicos que recuperam o tema da indisciplina e sobre como os professores têm lidado com tal problemática. Destarte, a pesquisa qualitativa pode ser definida como um conjunto que se apoia em procedimentos diversos que podem combinar elementos quantitativos e qualitativos. O instrumento escolhido também é fundamental para que a pesquisa possa cumprir para com os objetivos da abordagem metodológica escolhida. Uma vez que o artigo propõe uma revisão de literatura, a análise de conteúdo é o instrumento escolhido para este estudo.

A análise de conteúdo, segundo a perspectiva de Bardin (2011), pode ser definida como um conjunto de técnicas que tem como objetivo analisar a mensagem materializada nos materiais escolhidos. Essa pesquisa propõe uma revisão de literatura, e, para isso, realizou-se uma pesquisa bibliográfica para analisar os conceitos sobre a indisciplina e sobre como os professores lidam com ela. Após o levantamento, analisou-se tais concepções, inferindo sentido a elas. Nessa perspectiva, a partir da análise de um determinado conteúdo, considera-se os elementos que permitem a inferência de conhecimentos sobre a temática lida. Esse processo toma forma a partir de três etapas fundamentais.

Em um primeiro momento será realizada a pré-análise. Segundo Bardin (2011), nessa etapa é construído uma espécie de roteiro para o trabalho. Ele deve ser preciso e contar com procedimentos bem delimitados. É, também, nessa fase, que o pesquisador tem o primeiro contato com o material a ser analisado. Na sequência há a segunda fase que se trata da exploração dos materiais que irão fundamentar a pesquisa, isto é, que serão analisados. É um processo que vai além da organização dos materiais, e, nesse sentido, começa a dar andamento à investigação, pois se manifestam as escolhas teóricas, metodológicas e analíticas para inferir sentido ao conteúdo analisado. A terceira fase, por fim, realiza o tratamento desses dados, isto é, infere-se sentido ao conteúdo lido, ou seja, interpreta-se, de forma mais profunda, o texto. Realiza-se uma análise crítica e infere-se sentido.

3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 ALGUNS ESCLARECIMENTOS SOBRE A INDISCIPLINA NA ESCOLA: CAUSAS MÚLTIPLAS

Considerado um tema de difícil abordagem no ambiente escolar, a indisciplina tem sido motivo de algumas discussões no que move as relações dentro do processo ensino aprendizagem (ANTUNES, 2017). De acordo com Perrat-Dayan (2008), a disciplina pode ser definida como um conjunto de regras e condutas que facilitam e possibilitam entrar em uma cultura de responsabilidade, compreendendo que as ações têm consequências. Em um percurso histórico, percebe-se que a falta de disciplina na sala de aula, até o século XX, não era algo tão improvável de solução, pelo contrário, os professores possuíam autoridade total no que tange a manter a disciplina em sala de aula, mesmo que, para isso, usassem do autoritarismo.

Os professores eram vistos como autoridade, muitas vezes inquestionáveis ao bem do conhecimento, ordem e aprendizagem, e, dessa forma, os estudantes não os contestavam, visto que as regras impostas eram seguidas piamente. Diante dos novos momentos da realidade educacional, observa-se que muitas mudanças ocorreram e, com elas, a dimensão voltada à questão da indisciplina (PICADO, 2009). Segundo Aquino (1996), a visão, hoje quase romanceada, da escola como lugar de florescimento das potencialidades humanas parece ter sido substituída, às vezes, pela imagem de um campo de pequenas batalhas civis.

Com isso, ressalta que o professor se sente fragilizado para tomar certas atitudes mediante o grau de autonomia assumida pelo estudante no ambiente escolar e às novas leis que inibem certas ações que venham a constranger o educando em suas limitações do seu fazer social no ambiente escolar. Ainda de acordo com Aquino (1996), os relatos dos professores testemunham que a questão disciplinar é, atualmente, uma das dificuldades fundamentais quanto ao trabalho escolar.  Segundo eles, o ensino teria como um de seus obstáculos centrais a conduta desordenada dos alunos, o que revela um possível fenômeno cabível de melhor investigação em sala de aula (LOPES, 2013; SILVA; MATOS, 2014).

Sabe-se que a indisciplina é desencadeada por diversos aspectos, e, dentre eles, estão os fatores psicossociais: a família, a mídia, a carência afetiva ou a diversidade entre os alunos. Há, ainda, os fatores pedagógicos: imposição ou falta de regras, formação docente quanto às questões relacionais, a proposta pedagógica do professor que difere do projeto de vida do estudante e o sistema educacional como um todo contrário ao sistema vivido pelo aprendiz e a escola, como lugar de realidades complexas (PINTO, 2014). Mas, o que é realmente a indisciplina? Existem muitos conceitos, entretanto nos detemos a visão de Aquino (1996), pois ele entende que se trata de um sintoma de gênese familiar do estudante que se apresenta como obstáculo à tarefa docente, sintoma esse que esconde uma faceta de incompletude cognitiva do estudante e o torna visível como foco de ação negativa dentro do processo.

Dessa forma, a tentativa de visibilidade por meio desse comportamento no ambiente escolar tem sido a marca registrada do estudante indisciplinado, essa percebida pelos professores ao longo do fazer pedagógico. É claro que pode haver causas múltiplas reservadas na indisciplina escolar e que dependem, portanto, da análise de todo um contexto situacional no qual o aprendiz está inserido no seu cotidiano. Basta-nos atentarmos para cada um desses posicionamentos situacionais que se manifestam no ambiente escolar de acordo com a subjetividade humana para termos ideias diversas sobre essa problemática (BENETTE; COSTA, 2008).

Nesse aspecto comportamental, vale notar que, enquanto isso, essa subjetividade humana é definida como “personalidade” e é construída a partir das relações sociais. No estudo sobre comportamento, a subjetividade não se dá por fatores influenciáveis e sim por fatores constitutivos, ou seja, o ser humano é sociável, constrói relações sociais e está sempre mudando e apesar de aparentarmos iguais, nós estamos sempre nos transformando com o passar dos anos a partir das nossas vivências no mundo. Assim sendo, tudo o que passamos e vivenciamos resulta no que somos hoje e em como mudamos (SOUZA, 2005).

Em muitas das vezes percebemos que ao assumir um comportamento de indisciplina, o estudante não o faz apenas por menosprezar a aula do professor ou por não estar “a fim” de aprender. É comum que não queiram ser reconhecidos como despreparados para aquele momento de aprendizagem, pois podem sofrer com apelidos indesejáveis. Temem, também, que o despreparo os revele como estudantes com deficiências em suas aprendizagens.  Temos notado muitas causas que desencadeiam o mesmo ponto, a falta de pré-requisito não observada ou não levada a sério pelo professor no decorrer dos pós diagnósticos, o que, para alguns aprendizes, o induzem a escolher esse perfil (GARCIA, 2009).

Deve-se reafirmar e incentivar um pensar mais direcionado ao profissional de educação, pois ele precisa se envolver no processo de aprendizagem, e mesmo com todos os entraves que envolvem a aprendizagem, devem considerar, ainda, a indisciplina como foco dessa reflexão. É preciso destacar, mais uma vez, o caráter subjetivo do processo de aprendizagem, pois ele é mediado a partir do olhar do professor formador de opiniões e mediador de competências, o que torna essa reflexão possível de ser investigada. É claro que o estudante é passível de erros ao longo do percurso de estudo. Vasconcelos (1989), em seu estudo, ressalta que o erro faz parte da aprendizagem na medida em que expressa uma hipótese de construção do conhecimento e deve ser analisado constantemente pelo educador.

Diante da realidade, percebe-se que há uma tendência que busca, na formação do docente, a partir de metodologias de ensino, suprimir certas lacunas oriundas da ausência de conhecimentos prévios por parte do discente. Eles podem ser convertidos em indisciplina, pois ser uma forma de autodefesa escolhida pelo aluno, caracterizando, então, um dado comportamento social. Todavia, a necessidade do fortalecimento do vínculo docente-aluno torna-se um norte mais preciso na busca em melhor dirimir essa problemática da indisciplina. Desse modo, espera-se que o docente perceba o porquê das atitudes “desviantes”, ou seja, conhecer as raízes dos problemas daqueles que são rotulados de indisciplinados.

Muitas vezes, a motivação dos alunos para se empenharem em atividades escolares e se conscientizarem de que a disciplina é um processo coletivo necessário para o desenvolvimento de um trabalho em grupo harmônico e produtivo, não depende somente do professor alterar a metodologia adotada ou definir regras de boa convivência. É preciso, também, tentar modificar o vínculo docente-aluno, a fim de promover a transformação do espaço educativo em espaço de confiança e aprendizagem (ECCHELI, 2008, p, 199).

O fazer educativo na escola deve estimular a participação de todos no processo de aprendizagem na medida em que, independente das desigualdades cognitivas, sociais e culturais, o ensino envolva matrizes diferentes no espaço escolar para a aprendizagem do discente como sujeito cidadão que precisa participar efetivamente do processo para adquirir conhecimentos sistematizados pela escola. Afinal, a escola precisa contribuir para que todos possam ter iguais condições de desenvolvimento intelectual. Sabe-se que as crises no trajeto da vida humana não negam o estado de transformação ao longo dessa trajetória pela sobrevivência. Por mais óbvio que seja a declaração, é necessária a sua apresentação, pois a demora ou agilidade em assimilar alguma ideia no grupo pode influenciar o comportamento deste diante de um de seus membros, pois as facilidades e dificuldades diante da aula podem ser também vistas como respostas ao processo de evolução e como uma capacidade de abstrair suas realidades.

Deve-se, portanto, reconhecer que cada pessoa possui suas limitações. Assim, percebemos que, em algumas situações de aprendizagem, enquanto a classe discute determinado resultado, alguns estudantes podem ainda estar digerindo a ideia para sugerir uma solução, ressaltando o tempo de cada indivíduo no mesmo espaço. Cabe ao mediador do processo perceber esses momentos de aprendizagens. São etapas do desenvolvimento cognitivo em que esses estudantes, algumas vezes, não compartilham com ninguém suas dúvidas, pois levam mais tempo para absorver as informações. A falta de percepção desse tempo dos alunos pode ocasionar em cenas de preconceito dentro do processo de aprendizagem, o que faz com que a indisciplina por parte do estudante mais reflexivo (que leva mais tempo para absorver o conteúdo) se manifeste.

É preciso ficar bem claro que, ao estudante, cabe o envolvimento nas ações educativas e cognitivas no ambiente escolar, de forma a interagir dentro do processo de socialização para que a aprendizagem constitua uma prática de relações interpessoais, contribuindo com o grupo e desafiando suas limitações, uma vez que todos têm com o que contribuir. Assim, Vygotsky (1984, p. 33) confirma, em seus estudos, a relação que “a estrutura humana complexa é o produto de um processo de desenvolvimento profundamente enraizado nas ligações entre história individual e história social”.

Surge, daí, a necessidade da presença das relações interpessoais, visto que ajudam no processo de aprendizagem. No Brasil do século XXI, o discente pode ser visto com múltiplas inteligências que devem ser conhecidas e identificadas pelo docente para envolver seu grupo nas aprendizagens articuladas no ambiente da sala de aula. Segundo Antunes (2001), em função desse direcionamento, torna-se importante, também, reconhecer que a inteligência moral da pessoa passa por níveis de desenvolvimento para se chegar até a etapa da autonomia.

Nessa fase fortifica-se a ideia da cooperação e ao se buscar “pensar como o outro pensa” solidifica-se o sentimento de empatia, raiz essencial da paixão. Não mais se cumprem regras apenas porque os outros cumprem e isto é bom para todos e sim pela coordenação do ponto de vista próprio com o ponto de vista do outro. Para Piaget, o sujeito autônomo não é alguém reprimido pelas imposições sociais, mas uma pessoa livre, pois livremente convencido de que o respeito mútuo é bom e é legitimo. Essa liberdade, assim, estrutura a razão e a afetividade incorpora espontaneamente esses limites (ANTUNES, 2001. p. 30).

Desse modo, a ausência de conhecimento de determinados conteúdos não pode ser entrave para a aprendizagem na escola. O estudante não pode se sentir menos capaz ou se excluir de novos momentos de aprendizagem porque avançou junto com o grupo, mas não alcançou as mesmas habilidades, pois isso pode a indisciplina pode se manifestar como uma forma de identidade no ambiente escolar.  O discente quer, em muitas das vezes, mascarar essa ausência de conhecimento a partir de uma atitude negativa ao processo de desenvolvimento, a indisciplina. Aqui, não diz respeito a posturas contraditórias a visão do professor de que a indisciplina surge apenas como pano de fundo para fugir a responsabilidades, mas, acrescenta-se a essa, a abstinência de participação do estudante em sala de aula de forma agressiva e intolerável ao grupo como recurso único de visibilidade em seu grupo social, como forma de autoafirmação no seu espaço social.

Assim também não se pode negar que o estudante mal resolvido em suas aprendizagens pode revelar atitudes agressivas e ríspidas em todo o processo, mas esse é passível de mudanças (SOUSA, 2013). De modo especial, esse artigo visa refletir sobre o comportamento estudantil considerado negativo e o papel do professor diante dessa realidade. Nesse momento, vale comparar o educador a um cientista que precisa investigar e criar hipóteses diante de realidades diversas ocorridas em suas práticas. Experimentar métodos faz parte do fazer pedagógico, mas não torna o professor um mediador passivo, ou seja, que impõe formas de controle e de poder no ambiente escolar. É preciso que professor é necessário torne efetivo o processo de ensino-aprendizagem. Espera-se que sejam acionadas metodologias inovadoras, mesmo sem recursos financeiros e que o ritmo de cada aluno seja respeitado nesse processo.

Aqueles que trabalham dentro da sala de aula sabem o quão natural é a realização de um diagnóstico em sala para avaliar de onde e para onde seguir o processo no grupo. Entretanto, ao compartilhar esses diagnósticos com a gestão e os coordenadores pedagógicos, notamos que a escola, em muitas das vezes, não consegue administrar a diversidade do resultado dos diagnósticos apresentados pelo professor para caminhar de forma a não excluir determinados estudantes no processo. Esse educador fica tateando na tentativa de agradar a “gregos e troianos” durante o processo de aprendizagem. Aqui, nesse ponto, retomamos a ideia de escola para que inclui, aleatoriamente, por série, os estudantes cegos, surdos, mudos, com deficiências físicas e mentais e os estudantes com transtornos psicológicos dentro de um mesmo espaço geográfico da sala de aula.

É um tipo de escola que foi proposta de acordo com a lei da educação atual, ou seja, tenta-se fortalecer a inclusão e o processo de socialização do indivíduo cidadão ao matricular todos num mesmo espaço. Nessa perspectiva, cabe, ao professor, que, em inúmeras vezes, encontra-se cansado de lutar por tantas demandas no ensino médio, dominar essa problemática para que possa ocorrer, dessa forma, a aprendizagem e desenvolvimento de todos esses estudantes e os demais, de forma a alcançar um ambiente acolhedor para todos, dentro de uma prática que envolva o conhecimento sistematizado  e científico pela instituição escolar, visando, principalmente, atender aos anseios das famílias e aos pré-requisitos necessários a cada etapa.

O desafio dessa geração de profissionais que trabalham em escolas públicas do ensino médio torna-se ainda mais complexo quando se pensa em uma formação cidadã feita pela escola, pois, na maioria das vezes, não há o amparo das famílias, o que compromete o aprendizado do aluno (GARCIA, 2009). De outro lado, sem o apoio financeiro, com a falta de efetividade políticas públicas e sem as parcerias cabíveis para o desenvolvimento desse cidadão que necessita de apoio, a escola pública não está equipada para tantas demandas. Isso foge da temática da indisciplina, mas convergem em ações de revolta desses alunos. Dessa forma, a problemática deve, também, envolver a ação pedagógica dentro da escola que busca conhecer e resolver problemas de caráter escolar.

Ao professor fica o desafio de envolver o estudante em sua trajetória de conhecimento e possibilitar ao mesmo, considerado indisciplinado, uma visão de que somos todos aprendizes e limitados em nossas múltiplas inteligências (SILVA; NEVES, 2006). Nesse percurso, espera-se poder facilitar o lidar com a indisciplina escolar, causa de muitos males dentro do processo de ensino aprendizagem. É claro que temos tentado identificar inicialmente aspectos cognitivos necessários ao trabalho naquela etapa em que o discente se encontra no grupo para o percurso de novas aprendizagens, mas essa deve ser uma ação contínua de investigação e que, com certeza, minimiza muitos casos de irreverência do discente no espaço sala de aula.

3.2 O AGIR NO PROCESSO EDUCATIVO

O sentido de interação social reconstruído ao longo do processo de ensino aprendizagem deve levar em consideração a sala como ambiente de construção da formação cidadã (REGO, 1996). Quem se dedica a um processo de comunicação com a missão de mediar conhecimentos científicos em um ambiente escolar sabe o quanto o desempenho profissional e a criatividade merecem destaque nessa tarefa. Os recentes estudos sobre avaliação apontam a necessidade da realização de um diagnóstico contínuo durante cada etapa de desenvolvimento do conhecimento (ITURRA, 2009). Segundo Hoffmann (2008), é necessário investigar seriamente o que os alunos “ainda” não compreenderam na etapa de aprendizagem anterior, ou seja, o que “ainda” não produziram, para que o processo ocorra de forma consciente na realidade da sala de aula.

Quando se pensa no cenário que envolve todo o processo de ensino aprendizagem, algumas vezes nos empolgamos e mencionamos a busca constante de estratégias de ensino capazes de facilitar o percurso entre o conhecimento a ser mediado e o acolhimento desse conhecimento pelo estudante. Quando se fala em aprendizagem, fala-se de uma trajetória que se inicia na escolha de mecanismos comunicativos selecionados pelo professor, sendo esses mecanismos utilizados ao longo da mediação professor-conhecimento-estudante. Professores, seja frequentemente ou em algumas das vezes, não refletem suas escolhas no trabalho pedagógico, o que pode desencadear sérios problemas no convívio com seu grupo (OLIVEIRA; CARVALHO, 2007).

Embora isso seja uma verdade, em alguns aspectos, vale ressaltar que é possível, também, analisar as dificuldades socioeconômicas por qual o professor e a educação pública enfrentam no que diz respeito aos investimentos não oferecidos pelas instituições escolares, principalmente relacionados às novas tecnologias educacionais na busca para atender aos estudantes, tornando-se um entrave ao processo, que não é o foco desse estudo.  Vale registrar, também, que não se pode controlar todos os indícios possíveis de interferência para o desenvolvimento cognitivo do aprendiz (PONTUAL, 2000). Durante suas aulas, a maioria dos professores espera que o aluno tenha um tipo de comportamento passível de ouvir, falar e compartilhar experiências, isto é, envolver-se na dinâmica determinada e na metodologia apresentada para mediar o conhecimento sistemático dentro de cada etapa de ensino.

Isso ocorre durante todo o processo de assimilação de novos conteúdos vistos em sala de aula trazidos pelo professor para alcançar os objetivos de ensino, mas isso, em muitas das vezes, não ocorre. Ressaltamos também, segundo Aquino (1996) que, é queixa bastante comum dos educadores que o aluno atual carece de tais parâmetros, em maior ou menor grau. E essa agressividade deve ser controlada e evitada dentro do ambiente escolar ao longo da relação de ensino-aprendizagem, buscando transformações com leveza no percurso. Não se refere a uma atitude mágica metodologicamente, mas de uma atitude possível de aceitação real, que a ausência de competência no estudante atrapalha. É necessário ao avanço da aprendizagem, no processo de ensino, perceber dificuldades que possam se apresentar através de um comportamento estudantil indisciplinado, com vista a visibilidade e autoafirmação entre colegas.

Um perfil negativo que pode mascarar outros fatores dentro da interação social. Tem sido uma prática de estudantes nesse início de século XXI, nas salas do ensino médio, principalmente, pois, esses alunos, sentem-se maduros o suficiente para ter um enfrentamento com o professor. As alterações de comportamento dos alunos em sala de aula, em muitas das vezes, tornam-se comuns e se manifestam por meio de violências verbais, ameaças verbais ou até mesmo com a não participação e/ou  na tentativa de atrapalhar o processo de ensino, levando o professor a reagir asperamente com o grupo e, nessas circunstâncias, pode ocorrer um encadeamento de ações possíveis de um desconforto geral dentro do grupo (NOÉ, 2000).

Quando o estudante escolhe distanciar-se do convívio em sala de aula e isolar-se ou então decidir pela indisciplina cabe, ao professor, adotar atitudes que retomem o bom andamento do processo e a qualidade do ensino aprendizagem a “todos”. Essa é uma tarefa bastante complexa, principalmente quando o aluno quer realmente esconder suas dificuldades ao alcançar os novos conhecimentos (PASSERINO, 2010). O diagnóstico inicial como etapa contínua no processo para novo aprendizado pode nortear o andamento das práticas pedagógicas na sala de aula. Todo o cuidado se faz relevante para o aprendizado de novos conhecimentos. O tempo de aprendizagem é único e pessoal, cabe, então, ao professor, atentar-se a esses momentos, mas esse é outro aspecto de estudo que também não será analisado nessa pesquisa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao analisar mais de perto o comportamento estudantil em sala de aula, levando em consideração os três aspectos teóricos citados em relação à indisciplina, pode-se encontrar diferentes causas para esse comportamento. Nessa perspectiva, vale uma intervenção imediata, positiva e capaz de intervir de forma direcionada para que o processo de ensino e aprendizagem seja contínuo e eficaz, evitando que a falta de pré-requisitos venha desencadear comportamentos inadequados que interferem na aprendizagem do grupo. De acordo com algumas pesquisas, sabemos que há certos obstáculos a serem enfrentados no processo de ensino e a falta de disciplina apresenta-se como um desafio para o professor. Faz-se necessário um planejamento inicial por parte da escola na elaboração de ações com o objetivo de acolher todos os alunos, independentemente de suas diferenças, nos diversos aspectos, tendo em vista a construção de um bom relacionamento entre professores e alunos.

Essa ação é de suma importância para que o estudante se torne confiante e adquira segurança para compartilhar suas ansiedades e limitações. Neste primeiro encontro, o estudante irá se perceber enquanto sujeito pertencente a um grupo social diversificado, colocando em prática suas habilidades e competências e mesmo de forma inconsciente, passa a fazer uma análise de sua atuação em relação aos demais colegas. No tocante as habilidades e competências, o educando, ao sentir que o seu nível de conhecimento está aquém dos demais colegas, opta por agir de forma agressiva, distanciando-se do convívio harmonioso e participativo, isolando-se da pratica efetiva, em busca de novos saberes, visto que  não consegue acompanhar o processo no qual está inserido. Dessa forma, o diagnóstico inicial, colocado como forma de intervenção para combate e prevenção da indisciplina, deve ser feito a partir de atividades e exercícios que contemplem as habilidades e competências essenciais em cada disciplina em relação a série inicial do Ensino Médio, de forma interdisciplinar.

As atividades devem ser elaboradas, em conjunto, pelos professores e coordenadores, no início do ano letivo, durante a semana pedagógica, com o objetivo de se trabalhar os pré-requisitos necessários em cada disciplina. Ao longo do primeiro ano do Ensino Médio, deve-se dar um suporte condizente com as necessidades apresentadas pelos discentes e, a partir do diagnóstico inicial,  é preciso conhecer o nível de conhecimento da classe, visando estratégias de ensino que venham criar caminhos na tentativa de desenvolver um trabalho pedagógico coerente, criando, para isso,  tempos e espaços diversos, tendo como objetivo contemplar os estudantes que apresentam baixo nível de conhecimento em relação aos saberes necessários para esta etapa de conclusão da Educação Básica,  de forma que ele venha a se sentir  inserido no processo de ensino-aprendizagem  de sua turma. Na realidade, o processo de desenvolvimento do conhecer passa por modos diferentes de recepção e envolve algumas funções psicológicas do e no estudante.

Dessa forma, ao considerar essas reflexões sobre o prisma da fuga do discente no que consiste ao enfrentamento de suas deficiências diante do novo, o que faz com que se distancie do convívio regular em sala de aula e/ou busque uma visibilidade negativa no ambiente escolar, escolhendo, para isso, a indisciplina como meio de se auto afirmar em seu grupo, cabe, à escola e ao professor, perceber a relevância da participação do estudante em sala de aula de forma positiva ao desenvolvimento pessoal e do grupo, impulsionando essa formação social e cidadã do discente que é o foco dessa  abordagem.

Seguindo o pensamento de que a indisciplina pode ser gerada , na maioria das vezes, pela falta de conhecimento prévio, habilidades e competências, essenciais  no processo de ensino aprendizagem e de que a escola precisa criar tempos e espaços para que o aluno possa ser despertado na busca do conhecimento e  capacitado em suas carência, o professor precisa utilizar recursos visuais, auditivos , audiovisuais e múltiplos, de forma a auxiliar esses alunos no processo de ensino aprendizagem. Alguns desses instrumentos são os tablets, celulares, aplicativos, internet, vídeos, links ilustrativos, filmes, seminários, artes cênicas, além dos recursos tradicionais utilizados. Assim, as construções cognitivas se manifestarão e os saberes serão aprendidos de forma mais atraente e inovadora, uma vez que o professor se tornará mais capaz de interferir e incentivar àqueles que tem maior dificuldades.

 REFERÊNCIAS

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[1] Mestranda em Ciências da Educação pela Universidad Grendal, graduada em Letras pela UNEB (2000), Especialista em Língua portuguesa pela FINON (2008) e Educação Inclusiva pelas Faculdades Integradas de Jacarepaguá (2012).

[2] Mestranda em Ciências da Educação pela pela Universidad Grendal, com área de atuação em: ME – Instituições Escolares, Saberes e Práticas Educativas. Graduada em Letras pela Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC (2003). Especialista em Estudos Linguísticos e Literários pela Universidade Candido Mendes (2015).

Enviado: Março, 2020.

Aprovado: Março, 2020.

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Elizete Verônica Silva de Argôlo Ribeiro

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