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Arqueologia da Religião: Fundamentos, História e Objeto

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CONTEÚDO

Guimarães, Filipe [1]

Guimarães, Filipe. Arqueologia da Religião: Fundamentos, História e Objeto. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 01, Ed. 01, Vol. 9, pp. 22-30 Outubro / Novembro de 2016. ISSN:2448-0959

RESUMO

A Arqueologia estuda o antigo, o passado, o remoto. É a ciência que busca, principalmente, ressuscitar as produções humanas que se perderam na história, extraindo delas teorias as quais tragam sentido aos anseios históricos daqueles que estão engajados em existir nos tempos modernos, ou pós-modernos. Neste sentido, poderíamos dizer que ela é fruto da necessidade humana de satisfazer curiosidades em obter conhecimentos acerca de si mesmo, bem como de civilizações antigas ou extintas. Diferente do historiador, que trabalha principalmente com a documentação textual, o arqueólogo desenvolve suas teorias hermenêuticas tomando como fonte principal a cultura material, que retrata, entre outros, aspectos econômicos, políticos, militares, trabalhistas, familiares e religiosos, da estrutura social, daqueles que se foram. Nas últimas décadas do século XX e, principalmente, na primeira década do século XXI, uma nova ramificação da “árvore arqueológica”, chamada Arqueologia da Religião (A.R), começou a surgir na América do Norte e Europa, com o principal interesse de investigar a religiosidade retratada na cultura material. No Brasil a A.R surge como área consciente de si na segunda década XXI, construindo uma identidade própria, dialógica, que associa, principalmente, a pesquisa arqueológica à reflexão oriunda nas Ciências da Religião.

Palavras-chaves: Arqueologia da Religião, Fundamentos, História, Objeto.

INTRODUÇÃO

A Arqueologia estuda o antigo, o passado, o remoto. É a ciência que busca, principalmente, ressuscitar as produções humanas que se perderam na história, extraindo delas teorias que tragam sentido aos anseios históricos daqueles que estão engajados em existir nos tempos modernos, ou pós-modernos. Neste sentido, poderíamos dizer que ela é fruto da necessidade humana de satisfazer suas curiosidades obtendo conhecimentos acerca de si mesmo, bem como de civilizações antigas ou extintas.

Partindo dos vestígios, ou achados arqueológicos, que indicam rastros das realizações culturais na história (quando este é foco do estudo), a arqueologia constrói suas teorias. Estes são fontes de grande importância, ainda que sejam pequenas amostras de uma realidade sepultada, para a compreensão das relações que envolviam as pessoas nos diversos aspectos da existência no passado.

Diferente do historiador, que trabalha principalmente com a documentação textual, o arqueólogo desenvolve suas posições hermenêuticas tomando como fonte principal a cultura material. Ela retrata, entre outros, aspectos econômicos, políticos, militares, trabalhistas, familiares e religiosos da estrutura social daqueles que se foram.

As teorias são construídas valendo-se da pluridisciplinaridade, essenciais para o progresso da Arqueologia. Ou seja, não dá para pensar este Campo investigativo longe de um diálogo, por exemplo, com a física, química, matemática e história. Uma vez que os achados são mensuráveis, possuem dimensões, são formados por elementos químicos e ocuparam um lugar na história.

Em se tratando da evolução desta ciência,[2] ela está ampliando o seu horizonte de compreensão no que tange à forma em que se deu o processo existencial-organizacional da humanidade. Segundo o Prof. Funari, a Arqueologia tem dado passos na direção de adentrar em investigações de natureza mais psicológica:

A Arqueologia, a partir do século XX, ampliou seus horizontes e, cada vez mais, voltou-se para as representações e para os símbolos. O sobrenatural, a mágica e tudo que diz respeito aos sentimentos mais recônditos, passou a fazer parte do universo de preocupações do arqueólogo.[3]

Funari percebe que este Campo tem experimentado mudanças positivas, avanço, ascensão. A Arqueologia tem progredido e junto com este progresso veio, também, o desejo de socializar o conhecimento. É evidente o interesse dos ciclos de erudição acadêmica em tornar as informações mais acessíveis às camadas mais populares da sociedade.

Definida, na origem, como estudo das coisas antigas, a partir da etimologia, dedicada aos edifícios e objetos provenientes das antigas civilizações, como a grega e a romana, tornou-se, aos poucos, parte dos estudos das relações de poder a partir das coisas. Em comum, manteve a centralidade do estudo do mundo material, das coisas, daquilo que pode ser tocado, transformado e feito pelo ser humano, definido, por convenção, como cultura material. Introduziram-se, ademais, os aspectos sociais e de poder, das desigualdades e conflitos, para propor uma disciplina menos distante das pessoas e mais útil tanto aos indivíduos, como às coletividades.[4]

Antes de adquirir autonomia, a disciplina era vista como uma ciência de apoio à história. Ou seja, ela era entendida como um ramo da Ciência História.[5] Em seus primórdios, século XVIII, os achados arqueológicos não eram vistos como “fontes autônomas de conhecimento, mas antes como ilustrações que deveriam completar sob certos aspectos os textos, sobretudo com a finalidade de identificar os sítios ou monumentos descritos pelos antigos.”[6]

O interesse pela arqueologia, naquela época, também acontecia por causa de razões artísticas: “as artes da Renascença procuravam na Antiguidade os seus modelos de inspiração. Nesta perspectiva, a informação, a qualidade dos conhecimentos não era primordial.”[7]

Alguns estudiosos entendem o nascedouro da Arqueologia, enquanto disciplina autônoma, após meados do séc. XVIII, com a elaboração da teoria da época das últimas glaciações de Boucher de Perthes:

De fato foi a partir do século XVIII, principalmente na França e Inglaterra, que se iniciou a discussão a propósito de vestígios de animais que representavam espécies claramente extintas… O debate endureceu rapidamente e a resistência a estas idéias foi muito forte até Boucher de Perthes. Foi efetivamente ele que elaborou, em 1859, a primeira teoria correta sobre a época das últimas glaciações, o período da pedra antiga ou Paleolítico.[8]

Desde aquela época, a Arqueologia experimenta avanço e ganhou o papel de instituição social ao redor do mundo.[9] Dezenas de imponentes museus foram inaugurados (resultantes do acúmulo da cultura material), diversas cátedras abraçaram este ramo da ciência ao longo dos anos, centenas, para não dizer milhares, de sítios arqueológicos foram descobertos, diversos foram escavados, e re-escavados, tudo isso são indicadores positivos que apontam para o sucesso e necessidade desta Ciência.

Naturalmente, o que se segue ao crescimento de um Campo científico são as fases de especialização. Ou seja, o panorâmico cede lugar ao mais afunilado e, conseqüentemente, respostas mais precisas sobre determinados temas começam a aparecer. Foi neste contexto que surgiu a Arqueologia da Religião ou Arqueologia das Religiões.

ARQUEOLOGIA DA RELIGIÃO: UMA ÁREA EM ASCENSÃO

Nas últimas décadas do século XX e, principalmente, na primeira década do XXI, uma nova ramificação da “árvore arqueológica,” chamada Arqueologia da Religião, começou a surgir.  Ela, também, é fruto de uma das maiores descobertas arqueológicas do século XX: os Manuscritos do Mar Morto.

Depois desta “revelação arqueológica”, entre 1947-1956, uma corrida na construção de teorias, voltadas a compreensão do Judaísmo e do Cristianismo em sua fase inicial, ou o chamado “Período do Segundo Templo”, foi inaugurada. Segundo o Prof. Roitman, especialista na investigação de Qumran, mais de 20.000 artigos foram escritos só sobre esta descoberta.[10]

Este acúmulo de informações foi um dos fatores que levaram os arqueólogos a envolverem-se, em maior intensidade, com a investigação da religiosidade praticada pelo homem na antiguidade. Como resultado, algumas décadas depois, principalmente nos EUA, ainda que de uma maneira tímida, surge uma subárea da Arqueologia chamada Arqueologia da Religião.[11] Ela é uma disciplina especializada na análise de toda e qualquer descoberta, no campo arqueológico, que possua conexões com a religiosidade que, diga-se de passagem, são milhares.

O primeiro trabalho escrito, prenunciando esta futura subárea da Arqueologia, foi o livro de Finegan intitulado “Archeology of World Religions” no ano de 1952, publicado pela Universidade de Princeton. O escrito contém um estudo histórico-arqueológico de 10 religiões.

Na década de noventa (1994), Colin Renfrew escreveu o interessante artigo “The Archaeology of Religion”, publicado pela Universidade de Cambridge, abordando questões de natureza psicológica, o que foi um grande salto relacionado ao estudo da compreensão da Cultura Material vinculada a religiosidade, que denominamos de Produto Artístico da Religião (PAR)[12].

Em 2005, Whitley e Gilpin publicaram um livro intitulado “Belief in the Past: theoretical approaches to the Archaeology of Religion” no qual, além de buscarem aproximar teorias biológicas e fenomenológicas à análise arqueológica da religiosidade de tempos “primitivos,” os autores discutem a importância e crescimento da área que, segundo os mesmos, está avançando, além de discorrem sobre a negligência para com a A.R, valendo-se da constatação de que os arqueólogos geralmente preocupam-se mais em obter informações socio-políticas dos achados, relegando os aspectos da religiosidade, presente em grande parte deles, a um segundo plano. Porém, neste século, a A.R estrou em um “processo de ascensão e ainda estar por revelar todo o seu potencial.”[13]

Na sequência, em 2009, Steadman lançou o livro “Archaeology of religion: cultures and their beliefs in worldwide context.” Segundo ela, a Arqueologia da Religião está viva e desenvolve-se bem como um processo de investigação, desde o início do século XXI.[14] E, no ano 2012, Wesler publicou “An Archaeology of Religion”, trabalhando idéias mais contemporâneas em diálogo com Whitley, Gilpin e Steadman.

É notório que, nos últimos quinze anos e especialmente nos últimos dez, vários livros que exploram a religiosidade nas culturas passadas foram produzidos em língua inglesa, principalmente na Europa e nos Estados Unidos, resultantes do trabalho de consolidação da A.R. Esta constatação indica que existe um grande interesse pela disciplina no cenário acadêmico internacional, o que a elevou a outro patamar. Segundo David Edwards, “recentemente a Arqueologia da Religião passou a ser um subcampo da Arqueologia.”[15]

No Brasil, em 2013, enquanto desenvolvia pesquisas no âmbito arqueológico no que tange à relação de I Enoque e as grutas de Qumran,[16] matéria da tese doutoral, deparei-me com uma lacuna no cenário literário brasileiro: a total ausência de literatura que abordasse a disciplina A.R, seja no que tange a pressupostos metodológicos ou mesmo resultados oriundos dela.

Diante da constatação publiquei um livro sobre o assunto, intitulado “Arqueologia da Religião: um convite.”[17] O material, cujo lançamento deu-se em agosto de 2013, foi bem recebido pelo Prof. Pedro Funari (UNICAMP), o qual veio a prefaciá-lo. O livro, de conteúdo introdutório, tem despertado o interesse da comunidade acadêmica, tanto docente como discente, de algumas universidades no Brasil, alcançando resultados positivos em um curto espaço de tempo.

Até 2013, interessados em conhecer sobre a religiosidade, através de uma ótica arqueológica nas Ciências da Religião, tinham como principal ferramenta de trabalho, na literatura portuguesa, a Arqueologia Bíblia. Porém, Com a publicação de “Arqueologia da Religião: um convite”, um novo momento, no que tange ao estudo arqueológico da religiosidade, inaugurou-se na C.R, ainda que embrionário, porém promissor, que está deslocando a Arqueologia Bíblia para uma posição secundária, de diálogo junto as Ciências da Religião.

Após a publicação do escrito, continuamos investido na divulgação da área através de publicações, Grupos Temáticos e apresentação de minicursos principalmente em universidades do sudoeste e sul brasileiro. Gostaria de destacar o minicurso realizado na UFPB em novembro de 2013 junto ao GEPAI. O evento, que contou com a presença do Prof. Johnni Langer como ouvinte, motivou a implantação da disciplina Arqueologia da Religião Nórdica Antiga no PPGCR da referida Universidade.

Direta e objetivamente, a A.R tem como finalidade última fornecer análises que contribuam com a busca por compreensões da vivência do sagrado de uma determinada coletividade, cuja existência deu-se em tempos passados, partindo da cultura material relacionada à sua religiosidade.

Porém, esta analise não se dá através de propostas frágeis, mas advêm de densos estudos, em diálogo com outras teorias.[18] Estas (teorias), por sua vez, estão em constante processo de revisão, o que gera bastante “energia hermenêutica” produtoras de “luz epistemológica” quando se busca entender os achados ligados ao campo religioso.[19]

A Antropologia Cultural, em especial, tem potencial para produzir um bom diálogo com a A.R, principalmente quando, através de pesquisas sobre os seres humanos na atualidade, produz respostas abrangentes que servem para o entendimento dos indivíduos no passado, lançando alguma luz na busca por um entendimento racional do comportamento humano na história. Como disse o antropólogo Hoebel “a antropologia tem poucas respostas finais, mas projeta a luz do fato e da razão em muitas questões prementes”[20].

É principalmente na busca por um centro comportamental comum, no que tange a religiosidade, que vincule o ser humano atual aos indivíduos da antiguidade, que percebemos a capacidade de diálogo entre a Antropologia Cultural e Arqueologia da Religião. As palavras de Hoebel são bastante elucidativas para entendermos esta dinâmica:

Basicamente, sua finalidade (da antropologia)[21] é explorar a natureza do homem, como criatura que está em evolução, criatura presa a uma cultura, vivendo em sociedades organizadas – cada indivíduo difere do outro, mas é semelhante sob muitos aspectos. A Antropologia nos diz quais são os limites conhecidos da experiencia humana até o momento e qual é o denominador comum do ser humano – o que é compartilhado por toda a humanidade.[22]

Contudo, é importantante enfatizarmos que a A.R, a semelhança do que ocorre nos EUA e Europa, deve caminhar buscando sua independência analítica necessária à produção de novas abordagens, porém sempre abaixo do “teto” epistemológico da Arqueologia e Ciências da Religião.

A A.R tem como objetivo estudar a religiosidade que  expressa-se na cultura material. Sua atuação deve concentrar principalmente em analisar os produtos artísticos da religião[23], que expressam-se de diversas formas na cultura, produzindo teorias coerentes com os mesmos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Concluímos desejando que a Arqueologia da Religião ofereça à academia e sociedade, conhecimentos sérios, no que tange a pesquisa do fenômeno religioso, de modo que avancemos na compreensão da postura do homo religiosus pregresso e, conseqüentemente, entendamos melhor o homo religiosus contemporâneo, posto que, boa medida de sua base comportamental encontram-se no silêncio das ruínas e camufladas no PAR.

REFERÊNCIAS

BINFORD, L. R. Pursuit of the Past: Decoding the Archaeological Record. London: Thames and Hudson, 1983;

EDWARDS, D. N. The Archaeology of Religion. Em  The Archaeology of Identity. Approaches to Gender, Age, Status, Ethnicity and Religion, Editado por Margarity Dìaz-Andreu, Sam Lucy, Stasa Babi’c, e David N. Edwards. London: Routledge. 2003;

ELIADE, Mircea and HARRY B. Partin, History of Religions. Vol. 5, No. 1. Summer, 1965;

FUNARI, P.P.A. Arqueologia, História e Arqueologia Histórica no Contexto Sul-Americano. In: FUNARI, P.P.A. org. 1998;

FUNARI, P.P.A. org. Cultura Material e Arqueologia Histórica. Campinas: Coleção Idéias. 1988;

FUNARI, P.P.A., ZARANKIN, A. e STOVEL, E. eds. (2005) Global Archaeological Theory: Contextual Voices and Contemporary Thoughts. Nova Iorque: Kluwer/Plenum. 2005;

GUIMARÃES, F. O. Arqueologia da Religião: um convite. São Paulo, Digital Publish, 2013;

GUIMARÃES, F. O. Arqueologia da Religião: sobre a arte mural nas catacumbas cristãs e a pedra de Kfar Shura, São Paulo, Digital Publish, 2014;

HOEBEL, E. A. e FROST, E. L. Antropologia Cultural e Social. São Paulo, Editora Cultrix, 1976.

MARTÍNEZ, F. G. Textos de Qumran. São Paulo: Vozes, 1995;

MOBERG, Carl-Axel, Introdução à Arqueologia, Edições 70, Lisboa, 1968;

POUPARD, P. Diccionario de las Religiones, Presses Universitaires de France, París, 1985;

STEADMAN, S. R. Archaeology of religion: cultures and their beliefs in worldwide context. Left Coast Press, 2009;

WHITLEY, D. and GILPIN, K. Belief in the Past: theoretical approaches to the Archaeology of Religion. Walnut Creek, CA: Left Coast. 2008.

2. É notório que a Arqueologia tem demonstrado seu crescimento e relevância, posto que, além de ajudar-nos a ter noções do passado, o conhecimento dela advindo torna-se referencial comparativo para o aprofundamento da análise das práticas civilizatórias no presente e ajuda-nos na formulação de projeções acerca do futuro.

3. Prefácio do livro Arqueologia da Religião: um convite. p. 5.

4. Artigo chama-se “Arqueologia no Brasil e no mundo: origens problemáticas e tendências” e e está presente em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252013000200010&script=sci_artte

5. Alguns teóricos ainda a percebem desta maneira.

6. Carl-Axel Moberg, extraídas do livro “Introdução à Arqueologia”, p.31.

7. Ibid. p.31.

8. Ibid, p.32.

9. Funari, P.P.A. Arqueologia, História e Arqueologia Histórica no Contexto Sul-Americano. p. 7-34.

10. Esta informação nos foi dada pelo mesmo em uma palestra junto as grutas de Qumran em Novembro de 2013.

11. Também podemos chamá-la de Arqueologia das Religiões ou Arqueologia da Religiosidade.

12. Com o surgimento desta nova área, se faz necessário a produção de uma linguagem mais especializada. Esta expressão pode ser utilizada em relação a stelas, artes rupestres, arte em catacumbas, sepulturas, esculturas, utensílios de rituais, etc, que expressem a religiosidade ou tenham sido utilizados dentro da esfera do sagrado. Em algumas sítios arqueológicos a identificação do PAR é mais visível, em outros pode exigir um olhar mais atento do pesquisador. É na descoberta da cultura material ligada a religiosidade que ocorrer a demarcação da área de atuação do arqueólogo da religião ou cientista da religião, que trabalhará, sobre tudo, com o material que tenha ligações com as manifestações religiosas da cultura.

13. Whitley, D. e Gilpin, S. Belief in the Past: theoretical approaches to the Archaeology of Religion. p. 12

14. Steadman, S. R. Archaeology of religion: cultures and their beliefs in worldwide context. p. 47

15. Edwards, D. N. The Archaeology of Religion. Em  The Archaeology of Identity. Approaches to Gender, Age, Status, Ethnicity and Religion, p. 110-128.

16. Na caverna 4 foram encontrados fragmentos de 7 manuscritos de I Enoque.

17. Este escrito contém, além de informações breves sobre a Arqueologia da Religião, um método básico  que desenvolvemos para o estudo da referida área, e um glossário introdutório.

18. Diferente de outras ciências, como, por exemplo, matemática, física e química, a arqueologia não possui um caráter de exatidão. Ela busca descobrir explicações prudentes, prováveis, que possuam plausibilidade, direcionadas pelas evidências descobertas. Isto significa que todas as conclusões estão abertas a revisões, seja na direção de aprofundamento ou refutação.

19. O que conferi um maior grau de legitimidade a um argumento é a capacidade que ele possui de explicar, com coerência, o maior número de evidências.

20. Hoebel, E. A. e Frost, E. L. Antropologia Cultural e Social, p.1.

21. Parênteses do autor;

22. Ibid, p. 3;

23. Também pode ser chamado de “produto artístico da religiosidade”.

[1] Pesquisador Dr. Colaborador na UFABC em Relações Internacionais.

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Filipe Guimarães

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