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Potencial fisiológico de sementes de cultivares crioulas de feijão

RC: 47388
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

MARIN, Larissa [1], RODRIGUES, Lessandra [2]

MARIN, Larissa. RODRIGUES, Lessandra. Potencial fisiológico de sementes de cultivares crioulas de feijão. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 03, Vol. 08, pp. 68-83. Março de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/agronomia/potencial-fisiologico

RESUMO

No Rio Grande do Sul há um número expressivo de propriedades de base familiar com diversidade de ambientes e cultivos. A produção de feijão nessas propriedades é caracterizada pela subsistência das famílias, com grande número de cultivares crioulas, com ampla variabilidade genética e adaptação às condições ambientais e com produção de sementes próprias. O potencial fisiológico de sementes é determinante para o processo de produção definindo a qualidade e quantidade de grãos que serão produzidos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial fisiológico de sementes de cultivares crioulas de feijão com base no percentual de germinação e no vigor. Foram utilizadas sementes de cinco cultivares crioulas, Vagem Longa 13, Predominante 140, Preto 388, Rosa 242 e Pintadinho 144, e de duas cultivares recomendadas pela pesquisa para cultivo no Estado, BRS Pérola e BRS Expedito, cedidas pela Embrapa Clima Temperado e multiplicadas na área experimental da UCS, em Fazenda Souza – RS, durante a safra de 2016/2017. Foi realizado teste padrão de germinação, teste de frio, índice de velocidade inteiramente casualizado, com quatro repetições, totalizando 200 sementes por teste, sendo o comprimento de plântula determinado em 20 plântulas normais de cada repetição. Os resultados mostraram que sementes de cultivares crioulas de feijão produzidas nas mesmas condições que cultivares indicadas pela pesquisa possuem alta qualidade fisiológica e que essas cultivares são capazes de tolerar baixas temperaturas logo após a semeadura, manifestando alto vigor e mostrando adaptação às condições da Serra Gaúcha.

Palavras-chave: Germinação, vigor, teste de frio, IVG, comprimento de plântula.

INTRODUÇÃO

O feijão é umas das leguminosas mais consumidas no mundo (BROUGHTON, 2003), apresentando componentes e características que tornam seu consumo vantajoso, como fonte de proteínas, carboidratos complexos, fibras e nutrientes essenciais à dieta, além de possuir baixo teor de gordura e sódio e não conter colesterol (GEIL & ANDERSON, 1994). Para os brasileiros é o prato diário na dieta alimentar, devido ao seu valor nutricional e à fácil comercialização e aquisição, conforme a Food Agriculture Organization, (FAO, 1993).

Além da sua importância na alimentação, é um componente essencial para economia do país. O Brasil está entre os seis principais produtores no mundo, que juntos somam 61% da produção. O país classifica-se como o 3º maior produtor mundial de feijão, respondendo por 12% da produção. Em 2013 a produção mundial de feijão foi em torno de 23,1 milhões de toneladas (CONAB, 2013).

Nos últimos quatro anos, a produção média de feijão em países que compõem o Mercosul ficou em 3,6 milhões de toneladas. O Brasil é o principal produtor, com cerca de 3,1 milhões de toneladas anuais; seguido da Argentina, com 350 mil toneladas; do Paraguai, com 56,0 mil toneladas; e do Uruguai, com 3,5 mil toneladas (CONAB, 2018).

A Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo, em pesquisa realizada em 2016, mostra que o Rio Grande do Sul é caracterizado por um número expressivo de propriedades de base familiar e pela diversidade de ambientes que as distingue e nele é encontrada uma importante variabilidade genética de diversas espécies de alimentos, além de uma agricultura forte e diversificada.

A produção de feijão é realizada com diferentes tipos de níveis tecnológicos e por diversos produtores, sendo no Estado cultivado tradicionalmente em propriedades familiares, que respondem por 84,2% da produção, conforme o Censo Agropecuário (IBGE, 2006). O relatório do Censo, diz ainda, que a produção de feijão em propriedades familiares está caracterizada pela sustentabilidade e subsistência das famílias gaúchas e por ser uma produção rentável, apresentando peso significativo na renda anual dessas famílias.

A cultura do feijão sofre estresses relacionados ao ambiente e assim sua produção e rendimento podem ser variáveis, havendo oscilações devido ao déficit hídrico, oscilações térmicas, de luminosidade e de umidade (COELHO, 2010). Segundo Zeven (1998), as cultivares crioulas são mais tolerantes a esses estresses, o que possibilita a elas um diferencial de produtividade e estabilidade sob condições de baixa tecnologia, que muitas vezes é o caso da produção em propriedades familiares.

A simplificação dos sistemas produtivos e a substituição das cultivares locais por espécies e variedades “melhoradas” tem dado espaço para a ocorrência da erosão genética, um problema considerado preocupante a toda sociedade (MEDEIROS, 2014).  A erosão genética é a perda da diversidade genética das culturas através dos processos de transformação das práticas e dos sistemas agropecuários tradicionais, provocando a perda de conhecimento sobre espécies nativas e variedades locais, bem como seus usos tradicionais (AMÂNCIO, 2010). As sementes crioulas são isentas da modificação genética exercida pelas tecnologias do melhoramento vegetal. As únicas formas de alterações alélicas e genotípicas dessas sementes foram obtidas pelas pressões seletivas desempenhadas pelo homem na interação com o ambiente (THOMAS Et Al., 2011).

Segundo Bevilaqua et al. (2009), a diversidade de tipos de grãos de feijão na agricultura familiar é muito significativa e resulta das atividades desenvolvidas pelos agricultores ao longo da história da humanidade, com grande variedade de tipos de plantas e de sementes. As sementes de cultivares crioulas é o germoplasma que é multiplicado por agricultores através do tempo e sofrem influência de fatores ambientais.  Elas guardam em si a riqueza natural das nossas terras e por isso devem ser preservadas, multiplicadas e disseminadas (COELHO, 2010). O resgate de cultivares crioulas apresenta grande importância uma vez que possuem alta variabilidade genética além de ótima adaptação às condições ambientais de onde procedem, sendo a diversidade genética resultado de fatores de natureza histórica, ecológica, genética e cultural. Configura-se um processo coevolutivo no qual a cultura humana moldou e adaptou os sistemas biológicos (NORGAARD, 1989).

A produção de sementes é fundamental para as pequenas propriedades, além de ter uma diversidade de sementes, gera uma economia e uma independência às famílias. Com o manejo adequado é possível realizar a produção e o melhoramento de sementes nas propriedades rurais pelos próprios agricultores que já possuem conhecimento desse material (ABREU, 2008). A atual Legislação Brasileira sobre Sementes e Mudas, Lei 10.711/03, reconhece a existência das sementes crioulas e veda o estabelecimento de restrições à inclusão de sementes e mudas de cultivar local, tradicional ou crioula em programas de financiamento ou em programas públicos de distribuição ou troca de sementes, desenvolvidos junto a agricultores familiares (BRASIL, 2003).

A caracterização fisiológica de uma semente pode ser verificada através de vários testes que seguem normas rígidas para sua avaliação (MENTEN Et Al., 2006). Conforme as Regras para Análise de Sementes – RAS a avaliação dos atributos fisiológicos é realizado através do teste de germinação e de testes de vigor. O teste de germinação é condu­zido sob condições ótimas de ambiente, fornecendo o potencial máximo de germinação e estabelecendo o limite para o desempenho do lote após a sua se­meadura. Em razão de suas limitações, pode mostrar discrepância dos resultados com a emer­gência das plântulas em campo, sendo necessários também os resultados obtidos nos testes de vigor, que apresentam maior sensibilidade para a diferenciação da qualidade (BRASIL, 2009).

Os testes de vigor utilizados em sementes são divididos em fisiológicos, bioquímicos e testes de resistência ao estresse. Os testes fisiológicos estão relacionados à atividade fisiológica específica, sendo os testes mais comuns os de primeira contagem de germinação e índice de velocidade de germinação. Entre os testes de resistência ao estresse, que estão relacionados ao desempenho de sementes em condições desfavoráveis, podem-se citar os testes de envelhecimento acelerado e o teste de frio (MARCOS FILHO, 2005).  O teste de envelhecimento acelerado (EA) consiste em avaliar a qualidade fisiológica de sementes submetidas a condições de temperatura e umidade relativa do ar elevadas, isso porque sob estas condições as sementes apresentam elevado nível de deterioração, comprometendo o vigor. Este teste é considerado como um dos mais sensíveis para avaliação de vigor em sementes (LARRE, ZEPKA e MORAES, 2007). O teste de frio visa avaliar a resistência de sementes na presença de baixa temperatura e elevada umidade, a fim de verificar o percentual de sementes germinadas resistentes à estas condições (LOPES & NASCIMENTO, 2009).

De acordo com Coelho et al. (2010), é de fundamental importância o conhecimento das características que as sementes crioulas têm, quanto à produtividade, vigor, germinação, teores e disponibilidades de nutrientes, visando promover a efetiva utilização e conservação das sementes crioulas de feijão pelos agricultores familiares.

Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial fisiológico de sementes de cultivares crioulas de feijão com base no percentual de germinação e no vigor.

MATERIAL E MÉTODOS

As análises de germinação e vigor foram conduzidas no Laboratório de Sementes do Curso de Agronomia da Universidade de Caxias do Sul. As sementes de feijão, para replicação, foram cedidas pela Embrapa Clima Temperado, localizada em Pelotas/RS, e a multiplicação foi realizada na área experimental da Universidade de Caxias do Sul, localizado no Distrito de Fazenda Souza, em Caxias do Sul/RS.

Foram multiplicadas sementes de cinco cultivares crioulas de feijão, Vagem Longa 13, Predominante 140, Preto 388, Rosa 242 e Pintadinho 144, e de duas cultivares recomendadas pela pesquisa para cultivo no Estado, BRS Pérola e BRS Expedito. A multiplicação das sementes deu-se para a obtenção de quantidades suficientes para as análises de germinação e vigor e para que todas as sementes tivessem as mesmas condições de produção, evitando com isso interferência nos resultados.

A multiplicação das sementes, uma parcela de cada cultivar, foi realizada entre os meses de dezembro/2016 e março/2017, seguindo as recomendações técnicas para cultivo da cultura do feijão, como adubação, controle de plantas daninhas e controle fitossanitário.

As sementes colhidas foram acondicionadas em sacos de papel e armazenadas em câmara fria, a 8°C, até o momento das análises. Após, deram origem à amostra de trabalho, tendo sido retirados 500g de sementes para obtenção de quatro repetições de 50 sementes, totalizando 200 sementes para cada análise realizada.

Foram realizadas as seguintes análises: teste de germinação, teste de frio, índice de velocidade de germinação (IVG) e comprimento de plântula.

O teste de germinação foi conduzido em papel tipo “germitest, na forma de rolo, umedecido em água destilada na proporção de 2,5 vezes a massa do papel seco. As sementes permaneceram em germinador, na posição vertical, por nove dias, à temperatura de 25°C, conforme critérios das Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 2009). A contagem das sementes que germinaram foi realizada no 5º e no 9º dia após a instalação do teste, para perceber a diferença de germinação. Foram consideradas como sementes germinadas aquelas que emitiram a raiz primária e a parte aérea e se encontravam aparentemente sadias (BRASIL, 2009), com os resultados expressos em porcentagem.

Para a avaliação do vigor pelo teste de frio as sementes foram distribuídas em duas folhas de papel tipo “germitest, umedecido, coberto por uma terceira folha, enrolado, e mantidas em sacos de plástico a 10°C, por cinco dias (BARROS et al., 1999). Após este período, as sementes foram distribuídas novamente sobre papel “germitest” e realizada a análise de germinação.

O IVG foi realizado simultaneamente ao teste de germinação e ao teste de frio, sendo utilizadas as leituras de germinação do 5º e 9º dia, computando-se o número de sementes que germinaram. O índice foi calculado com a fórmula de (MAGUIRE, 1962), sendo IVG = G1/N1 + G2/N2 + G3/N3 + + Gn/Nn, onde: G é igual ao número de plântulas normais computadas na primeira, segunda, terceira, …, e última contagem, respectivamente, e N é igual ao número de dias decorridos da semeadura à primeira, segunda, terceira, …, e última contagem, respectivamente.

A avaliação do comprimento de plântulas foi conduzida depois de decorrido o tempo para realização do teste de germinação e do teste de frio, aos 9 dias, com auxílio de uma régua, medidos os comprimentos de 20 plântulas normais de cada repetição, efetuando-se a média e os resultados expressos em centímetros.

O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os resultados das análises das sementes foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância, utilizando-se o programa AgroEstat.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados obtidos demonstraram a existência de variabilidade entre as cultivares de feijão analisadas, especialmente relacionada ao vigor de sementes, considerando que todos foram produzidos na mesma safra, ambiente e condições de manejo.

Michels et al. (2014) caracterizando genótipos crioulos de feijão quanto ao potencial fisiológico das sementes produzidas em diferentes regiões de Santa Catarina, por duas safras consecutivas, verificaram que a qualidade fisiológica de sementes de feijão foi influenciada pelo genótipo e pelo ambiente e a expressão do potencial de cada genótipo foi dependente das condições no ambiente de cultivo.

Os valores médios da porcentagem de germinação das sementes de feijão no teste de germinação e no teste de frio mostraram diferenças significativas entre as cultivares avaliadas. Contudo, as maiores diferenças foram observadas no teste de frio (Tabela 1).

Tabela 1. Resultado das médias de germinação de cultivares de feijão submetidas a teste germinação e teste de frio. Caxias do Sul/RS. 2017.

Cultivar Germinação (%)
Teste de germinação    Teste de frio
Pérola1 96,0 a 85,0  bcd
Expedito1 97,0 a 91,5  abc
Preto 388 97,0 a 97,5  a
Vagem Longa 13 77,5 b 82,0  cd
Predominante 140 99,5 a 94,5  ab
Rosa 242 99,0 a 96,0  a
Pintadinho 144         100,0 a 78,0  d
CV (%) 6,763 5,798
DMS 12,654 9,634
As médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade; DMS = Diferença mínima significativa.

1: Cultivares de feijão recomendadas pela pesquisa para cultivo no Rio Grande do Sul.

O teste de germinação indicou diferença significativa para a porcentagem de germinação para a cultivar crioula Vagem Longa, com 77,5%, o menor percentual de sementes germinadas, enquanto que não mostrou diferença entre as cultivares indicadas Pérola e Expedito, com 96% e 97% de germinação, respectivamente, e as cultivares crioulas Preto 388, Predominante 140, Rosa 242 e Pintadinho 144, variando de 97% a 100% de germinação.

Segundo Neto et al. (2014), sementes das variedades locais de feijão comum apresentaram percentual de germinação acima dos padrões mínimos exigidos para comercialização, 80%, sendo que em alguns casos mostraram qualidade fisiológica superior em relação às variedades de sementes certificadas. Resultados semelhantes foram obtidos por Santos et al. (2017), ao analisarem a germinação de 16 genótipos de feijão, sendo 12 genótipos crioulas e 4 genótipos comercias, verificaram uma variação de 80% a 97% de germinação. Para Coelho et al. (2010), os maiores percentuais de germinação foram verificados nos genótipos crioulos de feijão em relação às cultivares comercias.

Para Amaro et al. (2015) o teste de germinação não foi eficiente em estratificar lotes de sementes de uma cultivar de feijão quanto à qualidade fisiológica de sementes, justificando as­sim a necessidade de utilização de testes de vigor para obtenção de informações mais consistentes.

No teste de frio se observam diferenças significativas entre as cultivares, sendo que as cultivares crioulas Rosa 242 e Preto 388 foram as que apresentaram maiores percentuais de germinação, 96,0%, e 97,5% respectivamente. A cultivar crioula Predominante 140 e cultivar indicada pela pesquisa, Expedito, também se destacaram no grupo das cultivares que apresentaram melhores percentuais de germinação, indicando maior resistência às condições adversas provocadas pelo teste de frio. A cultivar Pintadinho 144 apresentou o menor percentual de germinação, 78%. A cultivar crioula Vagem Longa 13 mostrou um aumento da porcentagem de germinação quando submetida ao teste frio em relação ao teste de germinação, passando de 77,5% para 82%. Isso pode ter ocorrido devido a seleção natural realizada ao longo dos anos, levando as semente com maior vigor a se adaptarem às temperaturas mais baixas.

Santos (2014) avaliando 26 cultivares de feijão, sendo 21 cultivares crioulas, constatou com os resultados obtidos que as cultivares crioulas possuem mecanismos genéticos mais amplos para superar o estresse por baixas temperaturas, apresentando potencial fisiológico elevado quanto ao vigor, em função do estresse por frio, permitindo indicá-las como mais promissores à semeadura antecipada na região do planalto catarinense.

Na avaliação de cultivares crioulas de arroz crioulo Coelho et al (2014) verificaram que, com relação às alterações fisiológicas ocorridas em consequência do frio, foi possível indicar os genótipos mais tolerantes ao frio. Para os autores, a utilização deste teste é importante para a avaliação da qualidade fisiológica nas cultivares que serão utilizadas em regiões de baixas temperaturas, como a região Sul, pois no estádio de germinação, os sintomas de danos pelo frio, mais comumente observados, são o atraso e a diminuição na porcentagem de germinação.

A redução na germinação no teste de frio mostrado pela cultivar crioula Pintadinho 144 pode ser explicada por Torres e Bringel (2005), onde citam que a baixa germinação, ou nesse caso, a diferença de germinação pode se dar pela presença de fungos verificada no teste de frio, como a incidência Fusarium. Woltz et al. (1998) obtiveram elevada redução de porcentagens de germinação em sementes de milho sem tratamento, devido ao período de exposição a baixas temperaturas e alta umidade. Segundo Stockwell & Hanchey (1984), os patógenos Rhizoctonia e Fusarium presentes na germinação e emergência das plântulas podem ser reduzidos à medida que a planta se desenvolve, devido à lignificação dos tecidos e o engrossamento da parede celular pela deposição de pectatos de cálcio.

Os valores referentes ao Índice de Velocidade de Germinação (IVG), (Tabela 2) obtidos durante o teste de germinação e durante o teste de frio, apresentaram diferenças significativas, mostrando que a cultivar crioula Vagem Longa 13 divergiu em relação as demais cultivares durante o teste de germinação e, que na avaliação do IVG durante o teste de frio, as cultivares apresentaram as maiores diferenças, sendo os maiores IVG obtidos para as cultivares crioulas Preto 388 e Rosa 242, com 15,16 e 15,03, respectivamente, e menor IVG apresentado pela cultivar crioula Pintadinho 144, com 11,99 (Tabela 2). Quanto maior o IVG, maior é a velocidade de germinação das sementes. Esse comportamento pode ser compreendido como a diferença de vigor, já que há um diferencial no tempo necessário para que cada genótipo expresse o seu máximo potencial germinativo.

Tabela 2. Resultado das médias do Índice de Velocidade de Germinação (IVG) de cultivares de feijão submetidas a teste germinação e teste de frio. Caxias do Sul/RS. 2017.

Cultivar IVG
Teste de germinação            Teste de frio
Pérola1 14,78 a        13,21 bcd
Expedito1 14,68 a        13,74 abc
Preto 388 15,03 a        15,16 a
Vagem Longa 13 11,75 b        12,75 cd
Predominante 140 15,47 a        14,59 ab
Rosa 242 15,29 a        15,03 a
Pintadinho 144 15,55 a        11,99 d
CV (%) 4,625  4,726
DMS 1,557  1,497
As médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade; DMS = Diferença mínima significativa.

1: Cultivares de feijão recomendadas pela pesquisa para cultivo no Rio Grande do Sul.

O índice de velocidade de germinação pode ser utilizado para identificar lotes com emergência mais rápida, pois sementes que possuem maior índice de velocidade de germinação tornam-se menos sensíveis às condições adversas que ocorrem durante o desenvolvimento em campo (NAKAGAWA, 1999). O índice de velocidade de germinação e a porcentagem de germinação indicaram diferenças entre os lotes de sementes, contudo, também indicaram que é necessária a realização do maior número possível de testes antes de classificar as variedades quanto ao potencial fisiológico (RAMOS Et Al., 2004).

Na avaliação de diferentes lotes de sementes de uma cultivar de feijão Amaro et al. (2015) verificaram que o índice de velocidade de emer­gência revelou diferença entre os lotes analisados, entretanto, com baixa diferenciação entre os lotes.

A temperatura afeta este processo, tanto em termos de porcentagem quanto de velocidade de germinação, pois controla a absorção de água e afeta as reações bioquímicas relacionadas ao processo (CARVALHO, NAKAGAWA, 2012). Quando as temperaturas de desenvolvimento são mantidas abaixo da ótima recomendada para germinação, a reorganização do sistema de membranas celulares pode se tornar mais lento, influenciando no vigor das sementes (ZUCARELI Et Al., 2011). O atraso na germinação em resposta à baixa temperatura se deve ao alongamento da Fase II do processo germinativo, fase em que ocorre a síntese de novos RNAm (ZIMMER, 2012). Tal fato pode explicar a diminuição do desempenho fisiológico observado em sementes de algumas cultivares de feijão, quando mantidos na menor temperatura de desenvolvimento.

Segundo Carvalho e Nakagawa (2012), a temperatura afeta a germinação, a velocidade de germinação e a uniformidade de germinação. As temperaturas acima da temperatura ótima reduzem o número de sementes que conseguem completar o processo germinativo (GUIMARÃES Et Al, 2006). Baixas temperaturas reduzem a velocidade de conversão das reservas em moléculas absorvíveis pelo embrião (YADAV, 2010). Esta ocorrência pode retardar a emergência em campo e ocasionar a redução da densidade de plantas (CRUZ Et Al., 2010). Por outro lado, o aumento da temperatura eleva a energia da água e aumenta a pressão de difusão, elevando a atividade metabólica e diminuindo o potencial interno da semente, propiciando maior absorção de água, acelerando o processo germinativo (CASTRO Et Al., 2004).

Na avaliação do comprimento de plântulas após o teste de germinação, as cultivares de feijão não apresentaram diferenças, mesmo entre as cultivares crioulas e as cultivares indicadas pela pesquisa. Contudo, na avaliação após o teste de frio foi verificado diferenças significativas entre as cultivares (Tabela 3).

Tabela 3. Resultado das médias do comprimento de plântulas (cm) de cultivares de feijão submetidas a teste germinação e teste de frio. Caxias do Sul/RS. 2017.

Cultivar Comprimento de Plântula (cm)
Teste de germinação    Teste de frio
Pérola1 18,53 a      16,86 bc
Expedito1 18,93 a      21,52 a
Preto 388 18,00 a      18,67 b
Vagem Longa 13 17,57 a      18,58 b
Predominante 140 18,12 a      17,72 b
Rosa 242 18,02 a      18,68 b
Pintadinho 144 18,87 a      14,66 c
CV (%) 4,049  5,478
DMS (%) 1,703  2,280
As médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade; DMS = Diferença mínima significativa.

1: Cultivares de feijão recomendadas pela pesquisa para cultivo no Rio Grande do Sul.

A cultivar Expedito apresentou o maior comprimento de plântula, 21,52 cm, enquanto que a cultivar crioula Pintadinho 144 apresentou o menor comprimento de plântula, 14, 66 cm.

Segundo Vieira & Carvalho (1994), sementes de alto vigor conseguem mobilizar com maior rapidez suas reservas energéticas, proporcionando maior crescimento inicial e desenvolvimento. Qualquer atraso ou diminuição na velocidade do processo de germinação aumenta a suscetibilidade das sementes a ataques de microrganismos presentes no solo, reduzindo assim a emergência de plântulas e, como consequência, comprometendo o estande final da lavoura (CARVALHO e NAKAGAWA, 2012).

Verificando o comportamento das cultivares diante do teste de germinação e do teste de frio foi possível detectar que as cultivares crioulas Vagem Longa 13 e Pintadinho 144 mantiveram um padrão diferenciado. Nota-se que a cultivar Vagem Longa 13 quando submetida ao teste de frio aumentou o percentual de sementes germinadas, aumentando também o IVG e o comprimento de plântula, demonstrando bom desempenho na tolerância ao frio. Contudo, a cultivar Pintadinho 144 comportou-se de maneira inversa, quando submetida ao teste de frio diminui percentual de sementes germinadas, o IVG e o comprimento de plântula.

Para esta cultivar, Pintadinho, também foi verificada a presença de patógenos na condução do teste de frio. Segundo Marcos Filho (2005), dois tipos de estresse predominam no teste de frio, a temperatura subótima que incentiva a perda de solutos celulares, devido à configuração do sistema de membranas, e a atividade de microrganismos que exerce efeito prejudicial no desempenho das sementes. O vigor é diretamente proporcional ao grau de sobrevivência das sementes expostas a essas condições, com isso, procura-se estimar o comportamento de lotes de sementes quando ocorre redução de temperatura, acompanhada pela elevação da disponibilidade de água, na época da instalação da cultura.

Os testes realizados neste trabalho permitiram verificar que as sementes das cultivares crioulas de feijão apresentaram elevado potencial fisiológico, assim como as cultivares indicadas pela pesquisa, isso se dá em função do porcentual inicial de germinação, do alto índice de velocidade de germinação e do comprimento de plântula.

CONCLUSÕES

Sementes de cultivares crioulas de feijão produzidas nas mesmas condições que cultivares indicadas pela pesquisa para cultivo no Estado possuem alta qualidade fisiológica;

Os testes de germinação, teste de frio, IVG e comprimento de plântula permitiram perceber que sementes de cultivares crioulas de feijão são capazes de tolerar variações ambientais, como baixas temperaturas logo após a semeadura, manifestando alto vigor e mostrando adaptação às condições da Serra Gaúcha.

REFERÊNCIAS

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BARROS, A. S. R.; DIAS, M. C. L. L.; CÍCERO, S. M.; KRZYZAZOWSKI, F. C. Teste de frio. 1999. In: KRZYZANOWSKI, F. C.; VIEIRA, R. D.; FRANÇA NETO, J. B. (Ed.). Vigor de sementes: conceitos e testes. Comitê de Vigor de Sementes. Londrina: Abrates, 1999. Cap. 5, p. 1-15.

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BROUGHTON, W. et al. Beans (Phaseolus spp.) model food legumes. Plant and Soil, Amsterdan, v. 252, n. 1, p. 55-128, 2003.

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[1] Acadêmica do Curso de Agronomia da Universidade de Caxias do Sul.

[2] Doutorado em Ciências Biológicas (Genética). Mestrado em Agronomia. Graduação em Engenharia Agronômica.

Enviado: Maio, 2018.

Aprovado: Março, 2020.

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Larissa Marin

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