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Atuação do enfermeiro no atendimento às crianças e aos adolescentes vítimas de violência doméstica: na unidade básica de saúde

RC: 99824
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CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

ALECRIM, Jesiel do Bomfim [1], TINOCO, Sarah Clarice [2], LIMA, Ronaldo Nunes [3]

ALECRIM, Jesiel do Bomfim. TINOCO, Sarah Clarice. LIMA, Ronaldo Nunes. Atuação do enfermeiro no atendimento às crianças e aos adolescentes vítimas de violência doméstica: na unidade básica de saúde. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 06, Ed. 10, Vol. 07, pp. 126-147. Outubro 2021. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/vitimas-de-violencia

RESUMO

Introdução: A violência doméstica empregada contra crianças e adolescentes é um problema de saúde pública, que na maioria das vezes é identificada na atenção primária, em que o profissional enfermeiro é responsável por ter o primeiro contato com uma possível vítima dessa modalidade de violência. Questão norteadora: Como é a atuação e o preparo do enfermeiro de Unidade Básica de Saúde, quando lidam com situações e casos de violência doméstica contra crianças e adolescentes? Objetivo: Este estudo foi desenvolvido com o objetivo de retratar a atuação e as limitações desse profissional em atendimentos relacionados às crianças e aos adolescentes vítimas de violência doméstica, demonstrando a importância de estar bem-preparado e apto a identificá-los, garantindo, assim, que haja um bom atendimento, seguindo os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). Materiais e Métodos: Foi realizada revisão integrativa por meio de uma pesquisa qualitativa e quantitativa, selecionando periódicos no idioma nacional e internacional, publicados no período de 2012 a 2021, utilizando 18 publicações para a revisão. Resultado: Foram identificadas dificuldades e limitações por parte dos profissionais enfermeiros para atuar nesse tipo de caso, em grande parte, sendo resultado de um déficit durante a formação acadêmica, refletido com a falta de manejo e conhecimento, evidenciando um despreparo técnico e teórico, caracterizado pela insegurança quando estão lidando com casos como os descritos neste artigo. Conclusão: Por meio deste estudo, foi possível constatar que o profissional enfermeiro, atuante em UBS, demonstra a necessidade e a importância que haja um investimento em capacitações e treinamentos contínuos, no intuito de adquirir conhecimento técnico e científico sobre o atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica, reduzindo as dificuldades tão constantes entre esses profissionais ao serem submetidos a atuar em episódios que estão relacionados aos apresentados.

Palavras-Chave: violência doméstica, cuidados de enfermagem, criança e adolescente.

1. INTRODUÇÃO

A violência doméstica é definida como o uso da força física de forma intencional que resulte em agressões ou omissões de caráter físico, verbal, emocional, moral e sexual, ocasionando danos psicológicos ou em alterações no desenvolvimento do ser humano, podendo acarretar uma possível morte. Geralmente, ocorre em relações entre indivíduos de uma família ou pessoas que vivem em um mesmo espaço domiciliar, com ou sem vínculo familiar (SILVA et al., 2020).

As formas de violência doméstica empregadas contra crianças e adolescentes são fatos históricos que configuram um problema de saúde pública, em que são notados alguns fatores recorrentes que ajudam a identificar possíveis vítimas de violência infantil no âmbito doméstico, como sinais de maus tratos, ausência de afeto entre pais e filhos, disciplina rigorosa por parte dos pais ou responsáveis e algumas outras que possam estar mascaradas em sinais e sintomas, como transtornos de pele, psicológicos, geniturinário, entre outros, os quais exigem um preparo por parte dos profissionais de saúde para poderem ser identificados (NUNES; SALES, 2016).

Nesse contexto, denota-se a importância de ressaltar que a Unidade Básica de Saúde (UBS) é a principal porta de entrada para a Rede de Atenção à Saúde, sendo estabelecimentos de atenção primária, nos quais atuam as Equipes de Saúde da Família (ESF), composta por diversos profissionais, como: médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e agentes comunitários de saúde, podendo ser complementados por dentistas, psicólogos, fonoaudiólogo, entre outros, atuando conforme as demandas em saúde (BRASIL, 2020).

O estudo evidencia que o enfermeiro está entre os profissionais que prestam assistência a esses casos, nos quais requer um cuidado no modo de abordar as vítimas, compreendendo que a violência doméstica contra crianças e adolescentes é um problema abrangente, necessitando que esse profissional tenha um papel essencial no modo de prestar o atendimento, seguindo os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo identificação, intervenção, seguimento, avaliação e encaminhamento, compreendendo as ações onde possa haver a prevenção, promoção e reabilitação da saúde das vítimas (MELO et al., 2016).

Analisando este contexto foi estabelecida a seguinte questão norteadora: como é a atuação e o preparo do enfermeiro de Unidade Básica de Saúde, quando lindam com situações e casos de violência doméstica contra crianças e adolescentes? Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo: retratar a atuação e as limitações do profissional enfermeiro de Unidade Básica de Saúde em atendimentos relacionados às crianças e aos adolescentes vítimas de violência doméstica, de modo que possa ressaltar a importância desse profissional estar preparado para prestar esse tipo de atendimento, principalmente sabendo identificá-los, para oferecer uma boa assistência.

2. DESENVOLVIMENTO

A Estratégia de Saúde da Família, conhecida popularmente pela sigla ESF, está ligada diretamente ao território onde reside determinada população, contando com profissionais que atuam por meio de uma posição estratégica, de modo a prevenir, identificar e intervir em possíveis casos de violência empregada contra crianças e adolescentes, os profissionais precisam reconhecer os riscos e as vulnerabilidades e não apenas os sinais e sintomas da violência propriamente dita (GONÇALVES et al., 2020).

O profissional enfermeiro é um dos componentes da ESF e está presente em diversos níveis da assistência em saúde, tendo como característica uma visão holística, que é de suma importância para abordar possíveis vítimas de violência doméstica, principalmente na atenção básica. Normalmente, o primeiro contato da vítima é realizado com o profissional de saúde, pois ele é o responsável por identificar sinais e sintomas de uma possível violência doméstica (MELO et al., 2016).

A violência doméstica é um evento que pode se manifestar de várias formas e em diferentes contextos, podendo causar danos individuais e coletivos, afetando principalmente grupos mais vulneráveis. Nesses grupos, encontram-se as crianças e os adolescentes, considerando o fato de estarem em um desenvolvimento mais intenso e apresentarem características singulares suscetíveis a se tornarem vítimas de violência no âmbito domiciliar (SILVA et al., 2020).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece uma definição para considerar como maus tratos todas as ações que resultem em abusos ou violências, podendo ser de cunho físico, sexual, emocional, psicológico e até exploração comercial. Ações que podem vir a causar danos ao desenvolvimento e à saúde das vítimas que sofrem violência (NUNES; SALES, 2016).

As formas de violência no âmbito doméstico que mais acometem com crianças e adolescentes são: a violência sexual, que é geralmente caracterizada por uma ação em que é estabelecida uma obrigação de realizar atos sexuais, por meio de influências psicológicas, força física ou uso de drogas e armas para consolidar a relação de poder contra a vítima; a violência física, caracterizada por lesões e danos físicos, promovido com o uso da força; a violência psicológica pode ser entendida como ações ou omissões, cujo resultado influencia negativamente no desenvolvimento biopsicossocial de uma possível vítima; e a negligência, que também pode ser reconhecida por abandono, em que é caracterizada por falta de responsabilidade sobre aqueles que carecem de atenção e cuidados (HILDEBRAND et al., 2015).

A própria residência comumente é o local onde crianças e adolescentes se tornam vítimas de violência, pois nesta há um contato direto com pessoas que teriam a responsabilidade de cuidar ou prestar a atenção que seria necessária (GONÇALVES et al., 2020).

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Considerando o objetivo proposto pela questão norteadora, optou-se como método a revisão integrativa, em que se realiza uma pesquisa qualitativa e quantitativa, de modo a coletar dados sobre o tema escolhido: Atuação do enfermeiro no atendimento às crianças e aos adolescentes vítimas de violência doméstica: na unidade básica de saúde.

Foi realizada pesquisa eletrônica nas bases de dados da biblioteca virtual SCIELO Brasil (Scientific Electronic Library Online), LILACS (Centro Latino-Americano de Informação em Saúde), BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), bem como no MINISTÉRIO DA SAÚDE, UNA-SUS (Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde) e FIOCRUZ (Fundação Oswaldo Cruz). Foram selecionados periódicos publicados no período de 2012 a 2021, sendo que todas as publicações possuíam texto completo e encontrava-se no idioma nacional e internacional. Os principais descritores foram: enfermeiro, cuidados de enfermagem, violência doméstica, criança e adolescente.

A realização da pesquisa nos sites analisados resultou, inicialmente, em 35 periódicos para investigação. Nesse contexto, para a efetivação desse estudo foram estabelecidos alguns critérios de inclusão e exclusão. No que diz respeito à exclusão, foram descartadas publicações com mais de dez anos e, também, aquelas que não tinham relação com o objetivo do estudo em foco. Dessa primeira análise foram filtradas 18 publicações. Essas atenderam os critérios de inclusão, como os publicados nos últimos dez anos (2021-2021) e que apresentaram especificidade com o tema abordado, assim como a problemática em questão.

4. RESULTADOS

4.1 DIFICULDADES E DESAFIOS DA ENFERMAGEM DIANTE DE CASOS DE VIOLÊNCIA INFANTIL NO ÂMBITO DOMÉSTICO

Angelo et al. (2013), ao realizar um estudo acerca das vivências do profissional enfermeiro no cuidado de crianças vítimas de violência no âmbito familiar, apontou que o processo de notificação de violência infantil no âmbito doméstico, requer uma atenção, desde a primeira suspeita de violência, até a confirmação do ato. Geralmente, confirmar que se trata de um caso de violência é uma tarefa considerada complexa, pois requer um preparo do profissional, exigindo senso de percepção por parte do enfermeiro, junto à necessidade de uma rede de apoio multiprofissional, de modo que haja um auxílio na abordagem da criança e de sua família.

Dias et al. (2013) destaca um importante fato em seu estudo, afirmando que durante a formação acadêmica, os estudantes de enfermagem não recebem orientações necessárias para a sua capacitação, de forma que não adquirem conhecimentos necessários para poder diagnosticar e intervir nos casos de violência contra crianças e adolescentes. Os autores definiram a situação como uma carência no processo de formação, apontando tal fato como um dos possíveis pontos a serem trabalhados para evitar situações futuras, nas quais o profissional enfermeiro possa vir a ter dificuldades diante desses casos.

Em um estudo realizado por Thomazine; Toso e Vieira (2014), foi apontado que essa modalidade de violência deve ser entendida como parte do processo de trabalho em saúde, de modo a se tornar um fator que ajude na investigação e cuidados em saúde. Apontaram, ainda, a grande necessidade da prestação de ações para conter a violência, já na atenção primária, considerando o fato desta ter um contato precoce com a possível vítima, sendo fundamental para poder intervir na situação de forma integral, atuando por meio de uma investigação com os familiares para posteriormente encaminhar a vítima ao serviço social ou para o Conselho Tutelar, de forma que não seja negligenciado um acompanhamento posterior ao encaminhamento.

Dos 18 periódicos utilizados neste estudo, 28% mencionam que os profissionais enfermeiros que atuam em Unidade Básica de Saúde não se sentem capacitados para poder detectar e manejar casos desse tipo de violência; 22% destacam que na maioria dos atendimentos há insegurança, falta de habilidades e conhecimento por parte dos enfermeiros, para poder realizar o manejo e cuidado das possíveis vítimas de violência; e apenas 11% dos estudos apontam que o profissional enfermeiro se sente capacitado diante desses tipos de casos. Cabe ressaltar que em 39% dos estudos, não foram mencionados dados sobre o enfermeiro se sentir ou não capacitado para atuar nesses tipos de casos. A análise desses dados é apresentada na Figura 1.

Figura 1. Dados dos periódicos utilizados nesse estudo sobre a atuação do enfermeiro diante de casos de violência doméstica.

Fonte: Elaborado pelos autores (2021).

4.2 COMO SÃO PRESTADOS OS CUIDADOS E CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA ESSE TIPO DE CASO

Para Angelo et al. (2013), a notificação da violência é entendida pelo enfermeiro como uma forma de proteger a criança de futuras práticas de violência doméstica e, principalmente, evitar que se torne recorrente, de modo que não possa ser negligenciada ou omitida. Os autores chegaram a essa conclusão em seu estudo, entretanto, apontaram que o enfermeiro necessita de mais autonomia para poder notificar possíveis casos da violência sofrida pela criança, por meio de uma rede de apoio especializada e respaldo por parte da instituição, participando de modo ativo durante o processo da denúncia da violência.

Thomazine; Toso e Vieira (2014) apontam em seu estudo que a notificação da violência é de suma importância, pois configura um instrumento de política pública que auxilia no dimensionamento dos casos de violência no âmbito familiar e ajuda a definir se há necessidade de aumentar os investimentos em assistência e vigilância, possibilitando desenvolver ações de enfrentamento à violência infantil no âmbito doméstico.

4.3 INDICADORES QUE AUXILIAM NA IDENTIFICAÇÃO DE CASOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Mouro (2014), ao realizar seu estudo acerca da responsabilidade do enfermeiro diante da identificação e notificação dos casos de violência doméstica contra criança e adolescente, apontou que essa modalidade de violência ocasiona efeitos preocupantes, interferindo, diretamente, não só na saúde física, mas também na social, espiritual, psicológica, sexual e comportamental da vítima, fato este, que se confirmado, possibilita um aumento na probabilidade de ocorrerem episódios consecutivos. Afirmou, ainda, como indicadores que auxiliam na identificação de possíveis casos de violência cometida contra crianças e adolescentes: negligência e abandono, abuso físico, abuso sexual e abuso psicológico, conforme evidenciado no Quadro 1.

Quadro 1. Tipos de violências e seus indicadores.

Tipos de Violência Indicadores
Negligência/Abandono Falta de cuidados básicos.
Abuso Físico Contusões e abrasões; equimoses e hematomas; fraturas múltiplas; ruptura subcapsular de rim, baço, trauma hepático ou mesentérico, aspiração fatal de pimenta, queimaduras intencionais, sede e desidratação hipernatrêmica e ingestões tóxicas.
Abuso Sexual Atitudes sexuais precoces, lesões ou dor na região genital ou anal, masturbação excessiva, doenças sexualmente transmissíveis, presença de sêmen na cavidade oral, petéquias, enurese e encoprese, alterações psicossociais, ideias e/ou tentativas de suicídio.
Violência Psicológica Agitação, agressividade, medo, retração, baixo rendimento escolar, dificuldade para alimentar-se, dificuldade de relacionar, baixa autoestima, depressão, desconfiança, podem ver-se como merecedora dos maus-tratos, tentativas de fugas e uso de entorpecentes e suicídio.

Fonte: Mouro (2014).

Matoso et al. (2014) apresentou alguns dados em seu estudo, os quais afirmam que 64,5% das agressões na infância ocorrem na residência da própria criança ou adolescente, e que, em grande parte, os agressores são familiares, principalmente os próprios pais, definindo assim que os principais autores da violência são pessoas próximas às vítimas. Os autores afirmam ainda, que os números ascendentes de casos de violência doméstica contra crianças e adolescentes, principalmente no âmbito familiar, configuram-se como um grande problema de saúde pública em várias cidades do Brasil.

O Ministério da Saúde publicou um boletim que apresentou uma análise epidemiológica da violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil, no período entre 2011 a 2017, afirmando que houve 184.524 notificações de casos de violência de cunho sexual; destas, 58.037 (31,5%) acometendo crianças e 83.068 (45,0%) acometendo adolescentes, sintetizando um total de 76,5% de notificações de casos nesses dois grupos. Relacionando os resultados obtidos entre os anos de 2011 e 2017, verificou-se um aumento de 83,0% nas notificações de casos de violências de cunho sexual e de 64,6% e 83,2% nas notificações de casos de violência de cunho sexual contra crianças e adolescentes, respectivamente, conforme demonstrado na Figura 2 (BRASIL, 2018).

Figura 2. Número de notificações de violência sexual, total e contra crianças e adolescentes, segundo ano de notificação, Brasil, 2011 – 2017.

Fonte: Brasil (2018).

4.4 A IMPORTÂNCIA DO PAPEL DO ENFERMEIRO

Saraiva et al. (2012) ressalta em seu estudo algumas das funções do enfermeiro em casos os apresentados, como: garantir que haja uma atuação de modo a prevenir a violência doméstica infantil; realizar o diagnóstico sobre o risco; e identificar de forma precoce uma possível suspeita. Caso já tenha uma situação de agressão instalada, é de suma importância que seja realizado um diagnóstico, seguido de uma denúncia de forma ágil, ressaltando a importância do enfermeiro durante a assistência e destacando o dever de realizar um papel social, garantindo, assim, a integridade emocional e física da criança ou do adolescente.

Em um estudo realizado por Thomazine; Toso e Vieira (2014), foi afirmado que o papel das equipes de saúde não se limita a buscar culpados, diagnosticar, registrar e notificar casos de violência contra crianças e adolescentes. Os autores identificaram a necessidade de acolher, aconselhar e assistir as vítimas, planejando o cuidado na própria unidade, encaminhando, quando necessário, e principalmente acompanhando o desfecho da situação, pois, além do caso individual, é preciso pensar no cuidado coletivo, com micro e macropolíticas públicas efetivas e aplicáveis no combate à violência.

Silva et al. (2020) afirma em seu estudo que entre os profissionais atuantes na atenção básica, o enfermeiro demonstrou ser um dos profissionais mais aptos a identificar situações nas quais possa haver a suspeita de uma possível violência, utilizando a consulta de enfermagem como instrumento chave para poder verificar tal situação, fato que concretiza a consulta como ferramenta indispensável na identificação e intervenção dos casos. Os autores evidenciaram, ainda, que o enfermeiro deve estar atento aos diferentes sinais e sintomas apresentados pelas vítimas, de modo a prestar assistência adequada e que garanta a qualidade de vida destas. Dessa forma, torna-se evidente a importância de uma escuta ativa, destacando a observação e o cumprimento das atribuições de enfermagem, de modo que possíveis sinais de violências possam ser detectados, sejam de quais forem os tipos. Ressalta-se a importância do histórico de enfermagem, de um exame físico bem realizado e uma anamnese bem-sucedida, para que características físicas ou psicológicas provenientes de uma possível violência possam ser reconhecidas.

4.5 ESTUDOS QUE COMPÕEM OS RESULTADOS E DISCUSSÕES

Analisando-se as publicações utilizadas nesse estudo, foi elaborado o Quadro 2, em que são apresentados os periódicos utilizados para a elaboração dos resultados obtidos sobre a atuação do profissional enfermeiro de Unidade Básica de Saúde no atendimento às crianças e aos adolescentes vítimas de violência doméstica.

Quadro 2. Estudos que compõem os resultados e discussões.

Autor/Ano Título da obra Objetivo
Albuquerque et al., 2019.

 

Subconjunto terminológico da classificação internacional para a prática de enfermagem − para o enfrentamento da violência doméstica contra a criança. Este material tem como principal objetivo ser uma das ferramentas do processo de trabalho da(o)s enfermeira(o)s no enfrentamento da violência doméstica contra a criança, fenômeno social complexo e que exige esforços dos mais diversos trabalhadores da saúde e de outros setores para sua superação.
Angelo et al., 2013. Vivências de Enfermeiros no Cuidado de Crianças Vítimas de Violência no âmbito familiar: Uma Análise Fenomenológica. Compreender a vivência dos enfermeiros no cuidado à criança vítima de violência no âmbito familiar, em unidades pediátricas de emergência, cuidados intensivos e internação.
Brasil, 2018. Análise Epidemiológica da Violência sexual contra a criança e adolescente no Brasil, 2011 a 2017. O Boletim Epidemiológico, editado pela Secretaria de Vigilância em Saúde é uma publicação de caráter técnico-científico, acesso livre, formato eletrônico com periodicidade mensal e semanal para os casos de monitoramento e investigação de agravos e doenças específicas.
Brasil, 2020. Saúde Mental e Atenção Psicossocial: Violência doméstica e familiar na pandemia de Covid-19. Publicação disponibiliza estratégias para a estabilização emocional em momento de emergência na saúde, especificamente direcionada para o tema da violência doméstica e familiar.
Dias et al. 2013. Enfermeiro no atendimento de casos de violência doméstica infantil em Unidades Básicas de Saúde. Conhecer experiências de enfermeiros em Unidades Básicas de Saúde – UBS–no município de Uberlândia, quanto aos seus modos de ver o atendimento às crianças vítimas de violência doméstica, através da pesquisa qualitativa.
Ferreira; Périco; Dias, 2018.

 

A complexidade do trabalho do enfermeiro na Atenção Primária à Saúde. Promover a reflexão sobre o trabalho do enfermeiro na Atenção Primária à Saúde (APS) e sobre os aspectos necessários para a (re)construção dessa prática profissional, consolidando esse espaço de atuação no cuidado das pessoas, famílias e comunidades.
Gonçalves et al., 2020. Violência intrafamiliar no público infantojuvenil: Análise da atuação dos profissionais de saúde na Atenção Primária. O artigo objetivou categorizar quais as estratégias de cuidado adotadas pelos profissionais de saúde da atenção primária e suas limitações frente às situações de violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes.
Greinert et al., 2018.

 

Família, comportamento e qualidade de vida em crianças vítimas de violência doméstica. Analisar o ambiente familiar, o comportamento e a percepção de qualidade de vida em crianças vítimas de violência doméstica.
Hildebrand et al., 2015.

 

Violência Doméstica e Risco para Problemas de Saúde Mental em Crianças e Adolescentes. Este estudo utilizou o StrenghtsandDifficultiesQuestionnarie (SDQ) e encontrou prevalência de 65,5% de possibilidades de problemas de saúde mental em crianças e adolescentes (4-16 anos), vítimas de violência doméstica, acompanhados em Serviços de Referência, todos residentes em um município brasileiro.
Júnior; Borges; Santos, 2015.

 

Caracterização da violência doméstica contra crianças e adolescentes e as estratégias interventivas em um município do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Objetivou-se caracterizar os tipos de violência doméstica infantil e as estratégias de intervenção no município de Volta Redonda, no Estado do Rio de Janeiro, no período de 2008 a 2012, por meio da análise dos prontuários de atendimento do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).
Machado; Vilela, 2018. Conhecimento de Estudantes de Enfermagem na Identificação de Crianças em Situação de Violência Doméstica. Averiguar o conhecimento de estudantes de graduação em enfermagem na identificação de crianças em situação de violência doméstica.
Matoso et al., 2014.

 

Violência intrafamiliar contra criança e adolescente: o papel do profissional de enfermagem e serviço social. Conduzimos estudo que teve como objetivo discutir o papel do profissional de enfermagem e serviço social diante das crianças vítimas de violência intrafamiliar.
Melo et al., 2016. Assistência de Enfermagem a criança e adolescente em situação de violência doméstica. O Objetivo do presente estudo foi analisar a produção científica nacional e internacional, acerca dos aspectos que envolvem a assistência de enfermagem a crianças e adolescentes em situação de violência doméstica.
Mouro, 2014. A responsabilidade do enfermeiro diante da identificação e notificação dos casos de violência contra a criança e adolescente. Orientar os profissionais de saúde, com ênfase no Enfermeiro, para os sinais e sintomas indicativos de violência doméstica contra a criança e adolescente, além de ressaltar a importância da notificação dos casos suspeitos e confirmados ao Conselho Tutelar ou Órgãos Competentes.
Nunes; Sales, 2016. Violência contra crianças no cenário brasileiro. O objetivo deste artigo é caracterizar por meio das evidências científicas a violência infantil no cenário brasileiro.
Saraiva et al., 2012.

 

Qualificação do enfermeiro no cuidado a vítimas de violência doméstica infantil. Identificar na literatura existente, à importância da atuação do enfermeiro no atendimento as vítimas de violência infantil.
Silva et al., 2020. Assistência de enfermagem a criança/adolescente vítima de violência: revisão integrativa. Desvelar a produção acerca da assistência de enfermagem prestada às crianças/adolescentes vítimas de violência.
Thomazine; Toso; Vieira, 2014. Abordagem da atenção primária à saúde na violência intrafamiliar infantil. Identificar ações realizadas na atenção primária à saúde no cuidado com crianças e adolescentes vítimas de violência intrafamiliar.

Fonte: Elaborada pelos autores (2021).

5. DISCUSSÕES

A falta de preparo dos profissionais de enfermagem é um relato constante entre os graduandos, sendo refletida na dificuldade de identificar e confirmar a violência, principalmente quando há ausência de sinais clínicos. Os autores ainda relatam que durante a graduação, vários acadêmicos não conseguem reconhecer ou intervir em um caso de violência doméstica, pelo fato de não receberem teorias e práticas necessárias para desenvolverem essa capacitação. Dessa forma, para suprir esse déficit de formação, verificamos a importância de o profissional participar de capacitações e treinamentos contínuos, no intuito de adquirir conhecimento técnico e científico, de modo a reduzir essa dificuldade tão constante entre os profissionais (MELO et al., 2016).

Entretanto, quando há sinais clínicos visíveis, os profissionais relatam que podem reconhecer crianças em situação de violência doméstica, em que são mais aparentes os sinais de maus-tratos e que deixaram marcas no corpo da criança, evidenciando uma violência física. Cabe ressaltar que a violência não se manifesta somente por meio da agressão física, podendo ocorrer com a criança de outras formas, como a violência sexual e psicológica, que dificilmente apresentam sinais visíveis. Sabendo dessas informações, observamos a importância da consulta de enfermagem, pois se torna o momento ideal para uma possível identificação de crianças que estão em situação de violência doméstica, tendo em vista que com o exame físico é possível averiguar se há presença de sinais que evidenciam essa forma de agressão (MACHADO; VILELA, 2018).

Ferreira; Périco e Dias (2018) ressaltam em seu estudo que as práticas dos enfermeiros nas Unidades Básicas de Saúde vêm se desenvolvendo em função das exigências legais do exercício da profissão, especialmente a consulta de enfermagem. Dessa forma, o profissional enfermeiro vem conquistando espaço social e reconhecimento perante os integrantes da equipe de saúde e dos usuários que vivenciam com ele o atendimento clínico, identificando neste profissional a referência para o cuidado, o que traz muita satisfação e dá sentido ao trabalho. Entretanto, baseado no estudo de Albuquerque et al. (2019), destacamos a importância do trabalho interdisciplinar, pois o atendimento multidisciplinar com os profissionais de saúde torna-se possível desenvolver ações de modo a contrapor a violência doméstica, no intuito de transformar essa realidade, indo além do quesito saúde, de modo a não se limitar a uma única competência, mas contemplando outros ramos de conhecimento.

O profissional de saúde tem a obrigação de notificar o Conselho Tutelar quando ocorre a suspeita ou comprovação de um caso de violência doméstica em crianças e adolescentes, sendo uma medida essencial e importante para a proteção das mesmas. Em geral, observamos que se evidencia nesses casos a necessidade de intervenção para resgatar o papel dos pais ou responsáveis, garantindo a segurança da criança ou do adolescente (DIAS et al., 2013). Dessa forma, destacamos a relevância da notificação dos casos de violência, porém o estudo evidencia o despreparo dos profissionais quando lidam com esses tipos de situações, enfatizando a importância da capacitação profissional, de modo a garantir a efetivação das notificações (SILVA et al., 2020).

Identificamos através do estudo de Júnior; Borges e Santos (2015), que a violência sexual é uma das modalidades mais apontada dentre os casos de violência doméstica acometida contra crianças e adolescentes, fato que envolve aspectos sociais e familiares bastante complexos, podendo implicar em riscos de gravidez precoce e de infecções sexualmente transmissíveis, além de possíveis agravos a saúde das vítimas. Dessa forma há a necessidade de saber identificar e direcionar essas vítimas a instituições de proteção à infância, estimulando a denúncia e demandando intervenções de vários setores no seu enfrentamento.

A negligência é um fato a ser destacado, pois, baseado nos estudos de Melo et al. (2016), ressaltamos que, enquanto violência, ela ainda é pouco perceptível em alguns cenários, porque infelizmente observamos que muitas situações que ocorrem nos lares ainda são entendidas como naturais e que não necessitam de intervenção, enquanto outras são erroneamente julgadas como violência. Dessa forma, ressaltamos a importância de se analisar a complexidade das situações, pelo fato de interpretar como negligência, alguma situação que ocorreu entre pais ou responsáveis para com os filhos e o julgamento moral do profissional em relação a essas situações, assim, evitando um diagnóstico errôneo.

Ao analisar o estudo de Greinert et al. (2018), verificamos que os fatores adversos associados à prática de violência doméstica estão mais presentes na maioria das famílias que possuem baixa renda, que residem em bairros periféricos e com pais que se encontravam em situação de desemprego, indicando condições socioeconômicas precárias. Nota-se a importância do papel dos profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde, pois é por meio deles que se pode ter um primeiro contato com esses grupos mais vulneráveis, atuando de modo a identificar e prevenir situações de violência doméstica contra crianças e adolescentes, principalmente com as equipes multidisciplinares, desde o Agente Comunitário de Saúde que vai à residência, até o profissional enfermeiro que também pode identificar essas situações com as consultas de enfermagem na UBS.

6. CONCLUSÃO

Diante dos estudos realizados na busca de entendermos a problemática em foco e responder à questão que norteou este artigo, “como é a atuação e o preparo do enfermeiro de Unidade Básica de Saúde, frente a casos de violência doméstica contra crianças e adolescentes?”, percebemos que existe um despreparo na atuação do profissional enfermeiro. Ao deparar-se com situações que indicam casos de violência contra crianças e adolescentes, em muitas situações, o enfermeiro apresenta dificuldades de identificação e de acompanhamento nesses tipos de casos, pois em muitas ocorrências por não apresentarem sinais visíveis de diagnosticar como um tipo de violência, torna-se complicado e de difícil análise a situação em que as vítimas se encontram. Nesse contexto, é evidente a importância de ocorrer fortes investimentos em capacitações e treinamentos contínuos, no intuito de adquirir conhecimentos técnicos e científicos sobre essa modalidade de atendimento, o que reduzirá as dificuldades tão constantes encontradas entre esses profissionais ao serem submetidos a atuar em casos com esses tipos de características apresentadas.

Os estudos ainda apontam como é importante a atuação do profissional de enfermagem diante do atendimento na detecção de casos de violência doméstica, por meio da anamnese bem realizada e pelo contato maior que a enfermagem possui com os usuários de UBS, evidenciando como essa classe é fundamental para o diagnóstico, tratamento, recuperação e acompanhamento do paciente que busca atendimento nas unidades de saúde.

Por muitos anos, a violência doméstica foi reputada a um ato “normal” para quem a prática, fossem para uma correção educacional, momentos de descontrole, stress psicológicos ou negligência, evidenciando complexidade e limitações, tornando difícil a detecção de casos que não apresentam sinais nítidos de violência.

Com os resultados obtidos com esse estudo, a pesquisa contribuiu para responder à questão norteadora e compreender qual é o papel do enfermeiro na atuação dentro de uma UBS, apontando que novos estudos possam favorecer melhores condutas em casos dessa modalidade de violência. Mesmo com o crescente número de casos, ainda existe a falta de informação e conhecimento para a sua atuação no combate à violência praticada no âmbito familiar, como na melhoria na qualidade de vida da criança ou do adolescente. Dessa forma, o profissional enfermeiro é um importante agente de prevenção e promoção de saúde, sendo necessário que ele tenha a noção de violência doméstica e conheça o assunto, de modo que realize um bom atendimento, garantindo, assim, que o seu papel como profissional seja atuante e modificador da situação em que crianças e adolescentes possam estar.

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, L. M.; et al. Subconjunto terminológico da classificação internacional para a prática de enfermagem − para o enfrentamento da violência doméstica contra a criança.Atas CIAIQ.Investigação Qualitativa em Saúde v. 2, 2019.

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[1] Militar. ORCID: 0000-0002-4503-2132.

[2] Técnica em Enfermagem. ORCID: 0000-0001-7079-4481.

[3] Orientador. ORCID: 0000-0003-1321-6145.

Enviado: Setembro, 2021.

Aprovado: Outubro, 2021.

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