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Automedicação e riscos de intoxicação

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CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

TABOSA, Yândara Souza [1], KAMKE, Yasmin [2], LAIGNIER, Emiliane [3], PEDROSA, Simone [4]

TABOSA, Yândara Souza. Et al. Automedicação e riscos de intoxicação. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 06, Vol. 09, pp. 100-109. Junho de 2021. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/riscos-de-intoxicacao

RESUMO

A automedicação é o ato de tomar medicamentos por conta própria, sem orientação médica, geralmente indicada por amigos e parentes tornando-se um hábito muito comum na vida das pessoas, esse ato normalmente é percebido como um alívio instantâneo de alguns sintomas das doenças. Entretanto, o uso incorreto de medicamentos podem trazer diversas consequências como: reações alérgicas, dependência, morte e intoxicações medicamentosas que corresponde a uma abundância de sinais e sintomas gerados no momento em que a medicação é administrada ao paciente por alguma das vias de administração em doses acima das recomendadas para o tratamento, podendo ser classificadas em agudas ou crônicas. Esse estudo utilizou a metodologia de revisão de literatura com objetivo de ressaltar os cuidados que devem ser tomados ao praticar a automedicação, discutir seus fatores de riscos, suas principais causas, como evitar com que a automedicação encaminha para a intoxicação e outras consequências graves e de que modo a realizar seu tratamento. Os descritores utilizados para a busca foram: Automedicação; Intoxicação. Essa pesquisa tem como problema: Quais são os riscos causados pela automedicação? Após a análise do trabalho pode-se dizer que a automedicação é uma prática comum no Brasil e no mundo, e está presente no dia a dia da maioria das pessoas, essa prática apresenta grandes danos à saúde como a intoxicação medicamentosa. É imprescindível a educação em saúde da sociedade com a ajuda de profissionais da saúde sendo necessária a existência de atividades que possam banir essa prática, como programas de conscientização com o intuito de diminuir, ou ao menos dificultar esse ato.

Palavras-chave: Automedicação, intoxicação, cuidados.

1. INTRODUÇÃO

Os medicamentos são produtos criados com a intenção de prevenir doenças, ajudar a preservar a saúde, aliviar curar ou diminuir os sintomas causados por alguma doença ou para o diagnóstico da mesma. Sua utilização é frequente na vida de todos desde a antiguidade até hoje, porém é necessário ficar atento ao uso irracional, pois usados de forma imprópria podem ocasionar consequências graves e muitas das vezes irreversíveis (BRASIL, 2010).

A automedicação é o ato de tomar medicamentos por conta própria, sem orientação médica, geralmente indicado por amigos, parentes ou por si mesmo, tornando-se um hábito muito comum na vida das pessoas, esse ato normalmente é percebido como um alívio instantâneo de alguns sintomas das doenças. Entretanto, o uso incorreto de medicamentos podem trazer diversos problemas para a saúde como: intoxicação, reações alérgicas, dependência e até morte. O acesso aos medicamentos é relativamente fácil, pois existem diversos deles que não necessitam de receituário, facilitando assim a obtenção do mesmo que por falta de conhecimento da sociedade compram ser saber dos riscos que podem enfrentar (CASTRO et al., 2006).

Uma das preocupações recorrente da automedicação é a intoxicação medicamentosa que corresponde a uma abundância de sinais e sintomas gerados no momento em que a medicação é administrada ao paciente por alguma das vias de administração em doses acima das recomendadas para o tratamento, podendo ser classificadas em agudas ou crônicas, além disto, a droga apresenta sinais e sintomas particulares conforme suas propriedades específicas e sua toxicocinética (MALAMAN et al., 2009).

Tendo em vista que a automedicação pode ser influenciada pela ausência da qualidade dos serviços de saúde inclusive do Sistema único de saúde, pelas práticas errôneas dos prescritores, desprovimento de saúde e costumes culturais da comunidade. Essa pesquisa utilizou a metodologia de revisão de literatura com objetivo de ressaltar os cuidados que devem ser tomados ao praticar a automedicação, discutir seus fatores de riscos, suas principais causas, como evitar com que a automedicação encaminha para a intoxicação e outras consequências graves e de que modo a realizar seu tratamento. Os descritores utilizados para a busca foram: Automedicação; Intoxicação; cuidados.

2. DESENVOLVIMENTO

A automedicação pode ser definida como a prática de consumir medicamentos por conta própria, sem o acompanhamento de um médico ou profissional habilitado, podendo atrasar diagnóstico, a cura e contribuir para a transmissão de doenças, geralmente são indicados por pessoas próximas ou pela confiança em si mesmo, esse ato normalmente é apercebido como um alívio instantâneo de alguns sintomas das doenças notados pelo desfrutador, sem nenhuma avaliação prévia de um profissional da saúde (NAVES et al., 2010).

Várias são as maneiras de a automedicação ser praticada: adquirir o medicamento sem receita, compartilhar remédios com outros membros da família ou do círculo social e utilizar sobras de prescrições, reutilizar antigas receitas e descumprir a prescrição     profissional prolongado ou interrompendo precocemente a dosagem e o período de tempo indicados na receita (FILHO et al., 2002, p. 56).

Existem diversos motivos pelo quais as pessoas se automediquem como: por acesso fácil aos medicamentos, propagandas induzindo ao usuário a utilizar tal medicamento, a precariedade do sistema de saúde, a dificuldade no atendimento médico e até mesmo o custo para realizar uma consulta, a preocupação de adquirir uma doença ou a inquietude de notar sintomas, informações ruins ou enganosas a respeito dos medicamentos, a venda livre de medicamentos, a falta de informar aos pacientes sobre os riscos causados pela automedicação, o acesso facilitado fornecido pela através da internet em noções referentes a doenças e tratamentos das mesmas, falta de fiscalização na dispensação de medicamentos que necessitam de prescrições e até mesmo os medicamentos isentos de prescrição (MIP), o consumo excessivo e frequente de medicamentos quando o paciente não respeita a dosagem prescrita ou recomendada, são algumas das razões a qual levam as pessoas a usarem os medicamentos que estejam mais próximos (BRASIL, 2001).

Com o objetivo de analisar a prevalência e os fatores associados à utilização de medicamentos por automedicação no Brasil foi utilizando um estudo tranversal de base populacional com dados coletados por meio de entrevistas em domicílio em que o Brasil apresentou uma dominância de 16,1%, sendo superior na região Nordeste com 23,8%; sendo maior no sexo feminino, os medicamentos mais consumidos na prática de automedicação foram: relaxantes musculares, anti-inflamatórios, antirreumáticos prevalecendo 58,9 % dos medicamentos utilizados. Dentre os medicamentos mais usados estão a dipirona, associação em dose fixa cafeína-orfenadrina-dipirona e paracetamol, os de venda sob prescrição médica, de controle especial. Entre os 12 fármacos usados no ato da automedicação, os medicamentos isentos de prescrição (MIP) apresentaram 48,5% de 65,5% classificados como MIP (ARRAIS et al., 2016).

São inúmeros os riscos que a automedicação consegue provocar ao organismo de uma pessoa. Todo medicamento possui copiosos efeitos colaterais , quando usados de maneira irracional são capazes de causar muitos danos e poucas vantagens ocasionando em intoxicação, interação medicamentosa, alívio dos sintomas mascarando o diagnóstico de uma doença, reação alérgica, dependência, resistência ao medicamento, armazenamento incorreto dos medicamentos fazendo com que a pessoa confunda os medicamentos, ingestão de substâncias após sua data de validade e ineficácia no tratamento devido ao mau armazenamento (MATOS et al., 2018).

De acordo com Brasil (2016) a intoxicação por medicamentos está se tornando um problema de saúde pública chocante, com o índice de intoxicação por medicamentos ocupando o primeiro lugar no Brasil. O SINITOX também registrou 1.220.987 casos de intoxicações no Brasil entre 1986 e 2006, com um total de 7.597 óbitos, correspondendo a 0,6%. Desde 1994, os medicamentos são os primeiros entre as substâncias tóxicas estudadas, respondendo por 24,5% dos casos de intoxicações registrados no país. Nos 20 anos de registro, os medicamentos causaram 1.327 óbitos, com índice de letalidade de 0,4%. (SINTOX), em 2003, os medicamentos foram responsáveis por 28% de todas as notificações de intoxicação.

Os principais motivos que têm levado a um aumento no número de casos e mortes por intoxicação medicamentosa são: a necessidade de melhorar a regulamentação de publicidade, a comodidade na compra de medicamentos sob prescrições médicas e os isentos de prescrição, a falta de legislação própria, as poucas iniciativas de empregar a atenção e assistência farmacêutica para um melhor cuidado com a saúde dos pacientes, a forma como os medicamentos são consumidos pelos cidadãos, esses fatores somados às polifarmácias (uso rotineiro e simultâneo de quatro ou mais medicamentos, podendo promover interações medicamentosas) e ao uso abusivo e irracional de antibióticos e psicotrópicos e de qualquer outro medicamento, constituem um alto índice de intoxicação por medicamentos. Entre 1996 a 2005, dos 9.588.501 óbitos registrados pelo Ministério da Saúde foram identificados 4.403 relacionados à intoxicação com medicamentos, um percentual de 0,04% (MOTA et al., 2012).

Medicamento provém do latim medicamentum, que significa cuidar de, tratar, proteger. São substâncias ou preparações que se utilizam como remédio, elaborados em farmácias ou indústria farmacêutica que atendem especificações técnicas e legais (ANVISA, 2007, pg. 20).

Cada medicamento possui uso racional, ou seja, utilização certa do medicamento para que o tratamento seja bem-sucedido e para isso, é muito importante que os medicamentos e seu uso sejam seguidos à risca conforme a forma farmacêutica prescrita, as doses adequadas e suficientes para o tratamento, em condições adequadas, a um custo acessível, que o medicamento seja dispensado com responsabilidade e que todas as informações sobre ele sejam fornecidas ao paciente, para que o tratamento terapêutico seja feito da melhor forma, priorizando a qualidade de vida e a saúde da sociedade (BRASIL, 2001).

Para que o uso racional dos medicamentos aconteça é necessária a participação do prescritor, do paciente e também dos farmacêuticos. O prescritor indica mediante ao receituário os dias que os medicamentos devem ser utilizados, o motivo da prescrição de tal medicamento, quantidades e doses dos medicamentos baseando-se através do diagnóstico. O profissional farmacêutico é essencial para que o uso racional seja feito adequadamente, por ser o melhor profissional habilitado sobre os medicamentos, o farmacêutico pode realizar a intervenção farmacêutica caso houver um equívoco no medicamento prescrito pelo médico, pode realizar assistência farmacêutica fornecendo ao paciente todas as informações necessárias para que seja executado corretamente o uso dos medicamentos, deixando bem claro todos os riscos e benefícios deles. Desta forma, proporcionando um maior benefício terapêutico colaborando para um completo cuidado à saúde (SILVA, et al., 2018).

Os profissionais farmacêuticos são de extrema importância na racionalização da terapia sendo o profissional fundamental para garantir o uso racional e seguro dos medicamentos, podendo realizar a intervenção caso houver erros de medicação e criar um método para prevenir esses erros. Através do fornecimento de assistência e atenção farmacêutica, informações à respeito das doenças, do tratamento e do medicamento, aconselhamento sobre o uso correto dos medicamentos e promover o monitoramento do tratamento, o profissional farmacêutico contribui em uma melhora na qualidade de vida do paciente, assegurando o uso racional dos medicamentos e obtendo um efeito terapêutico esperado (SILVA; OLIVEIRA, 2012).

A automedicação é considerada um problema grave de saúde pública e deve ser combatida , para que isso aconteça é preciso que os profissionais da saúde se unam em prol de diminuir essa prática e os riscos que ela traz, é de extrema importância à educação em saúde, orientando os pacientes e familiares a evitar o uso irracional e indiscriminado dos medicamentos, fornecer todas as informações sobre os medicamentos, ter um controle nas vendas com e sem prescrição médica, melhorar o sistema único de saúde e ter um elo de confiança com o paciente colaborando na diminuição dessa prática visando sempre na saúde e bem-estar do paciente e da comunidade (ASCARI et al., 2014).

2.1 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DAS INTOXICAÇÕES MEDICAMENTOSAS

As manifestações clínicas das doenças são descritas pelos sinais e sintomas de cada uma delas, sendo sinal todas as manifestações percebidas por outra pessoa ou até mesmo por um profissional da saúde e os sintomas tudo que o paciente queixa estar sentindo. A manifestação clínica da intoxicação medicamentosa é classificada de acordo com o grau da intoxicação que cada medicamento possui podendo causar uma intoxicação leve, moderada e grave. A manifestação clínica leve de uma intoxicação medicamentosa apresenta 60,9% de predomínio, determinada pela presença superficial de sinais e sintomas, a moderada mostra 19,3% com sintomas mais intensos e a grave manifestando 9,3% causando uma grande ameaça à saúde e a vida dos pacientes podendo levar ao óbito sucedendo em 1,2% dos casos. Dentre a classe dos medicamentos usados nas intoxicações medicamentosas, os principais fármacos como analgésicos, antidepressivos dentre outros, desenvolveram quadros agudos e crônicos com alto potencial de óbitos (BAIOCCO et al., 2020).

2.2 DIAGNÓSTICOS DA INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA

Para determinar o diagnóstico de uma intoxicação medicamentosa é necessário realizar uma avaliação geral do paciente, independentemente de o paciente apresentar sintomas e sinais que podem insinuar ser uma intoxicação deve-se considerar diversas situações como: investigar histórias de todas as fontes disponíveis, de overdose, abuso de drogas ou fármacos, distúrbios psiquiátricos, observar todos os sinais e sintomas leves, moderados e graves que o paciente apresenta, suspeitar de sintomas inexplicáveis podendo variar de sonolência a coma, resultados dos exames físicos, laboratoriais e radiológicos, ou seja, além dos conhecimentos sobre as manifestações clínicas e avaliações dos exames deve-se fazer uma anamnese adequada, interrogando o paciente ou até mesmo seus familiares desempenhando um diagnóstico exato (SALVADO, 2013).

A toxicologia é a área que estuda os efeitos tóxicos ou adversos de substâncias químicas sobre o organismo, a intoxicação pode acontecer devido à exposição ou uso de drogas, medicamentos, produtos químicos. A toxicologia clínica é responsável por tratar os pacientes intoxicados, através de uma observação dos pacientes que foram submetidos a alguma substância tóxica, conseguem auxiliar no diagnóstico das intoxicações, prevenir com que as intoxicações aconteçam e também contribuir nos tratamentos das doenças causadas por elas colaborando assim, para uma boa e rápida recuperação (CAMPOS, et al., 2018).

O médico é o profissional responsável por executar diagnósticos de diversas doenças, avaliando todos os sinais e sintomas dos pacientes e resultados de exames, no caso de uma intoxicação medicamentosa o diagnóstico inicial é clínico estabelecido através da história clínica e observação do paciente sem a realização de exames. O profissional farmacêutico é o último a ter contato com o paciente, tornando-se responsável pela qualidade de vida do mesmo, sendo de extrema importância a aplicação da atenção farmacêutica nas farmácias promovendo a saúde dos pacientes, o uso e armazenamento de forma segura, aumentando a adesão ao tratamento, prevenindo intoxicações, problemas e oferecendo educação continuada aos doentes , o cumprimento da atenção farmacêutica tem o intuito de sanar ou diminuir efeitos prejudiciais causados pelo uso irracional dos medicamentos favorecendo a saúde da população (VIEIRA, 2007).

2.3 TRATAMENTO DA INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA

A maioria das intoxicações medicamentosas é causada por uma superdosagem, ou seja, utilizar o medicamento em algumas das vias de administração com uma dose exagerada ultrapassando a dose recomendada ou a dose diária. O tratamento de uma intoxicação medicamentosa depende muito do medicamento causador da intoxicação depois de descobrir qual foi o medicamento que provocou a toxicidade se inicia o processo de tratar os sintomas e sinais apresentados pela intoxicação. Primeiramente é necessário realizar uma avaliação clínica da condição do paciente intoxicado e fazer a instabilização do mesmo, identificar o agente tóxico que causou a intoxicação, exercer a descontaminação dele com  uso de antídotos específicos que neutraliza os efeitos de uma substância tóxicas, medicamentos , aumentar a excreção do tóxico absorvido e assim direcionar o paciente ao tratamento correto (NÓBREGA et al., 2015).

A intoxicação é a manifestação de sinais e sintomas que surgem quando uma substância tóxica é ingerida ou entra em contato com o organismo sendo prejudicial à saúde de animais e humanos e acontecem de forma acidental diferente de envenenamento. Os procedimentos a serem realizados em caso de intoxicação medicamentosa são: se a vítima estiver consciente e ingeriu o causador da intoxicação deve-se tentar fazê-la vomitar para que seja eliminado o agente tóxico do organismo, manter a vítima aquecida e encaminhar a assistência de saúde para que seja feito o melhor acompanhamento do paciente e administrar o tratamento, já a vítima inconsciente deve-se evitar vômito para não haver sufocamento, evitar dar líquidos para beber sem antes saber qual substância se trata,  fazer a verificação dos sinais vitais, arrumar a vítima em posição lateral de segurança e encaminhar ao médico (SILVA, 2007).

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a análise do trabalho pode-se dizer que a automedicação é uma prática comum no Brasil e no mundo, e está presente no dia a dia da maioria das pessoas, ela apresenta grandes danos à saúde como a intoxicação medicamentosa. Em virtude de uma escassez de informações acerca dos medicamentos e de seu uso racional, a sociedade busca solucionar seus sintomas e sinais da maneira mais fácil possível e acabam cometendo a automedicação.

É imprescindível a educação em saúde da sociedade, a participação dos profissionais de saúde é essencial para com que o uso racional dos medicamentos aconteça principalmente do profissional farmacêutico que possui um maior conhecimento sobre os medicamentos, praticando a assistência farmacêutica, oferecendo aos pacientes todas as informações necessárias sobre os medicamentos para a melhora da qualidade de vida da população, tornando-se preciso ter algumas atividades que possam banir essa prática, como por exemplo, programas de conscientização com o objetivo de diminuir, ou ao menos dificultar esse ato.

REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Almanaque de Vigilância Sanitária. VisaÉ, ed. 01, pg. 20, Brasília, 2007.

ARRAIS, P. S. D.; et al. Prevalência da automedicação no Brasil e fatores associados. Rev. Saúde Pública, 50 (sup l2): 13s, 2016.

ASCARI, R. A.; et al. Estratégia saúde da família: automedicação entre os usuários. Vol. 18, n. 2, pp. 42-47, 2014

BAIOCCO, G. G.; et al. Perfil dos pacientes com intoxicação medicamentosa atendidos na unidade de emergência de um hospital universitário. Estácio Saúde, vol. 9, n. 2, 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de medicamentos. Brasília. Ministério da Saúde, 2001.

BRASIL. Agência nacional de vigilância sanitária. O que devemos saber sobre medicamentos. Brasília-DF, 2010

BRASIL. Automedicação. Revista da Associação Médica Brasileira, Editorial. Vol. 47, N. 4, 2001.

BRASIL. SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES TÓXICO-FARMACOLÓGICAS. Dados de Intoxicação. 2016. Disponível em: https://sinitox.icict.fiocruz.br/

BRASIL. SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES TÓXICO-FARMACOLÓGICAS. Dados de Intoxicação da Região Sudeste. 2002. Disponível em: https://sinitox.icict.fiocruz.br/

CAMPOS, G. C. C. G.; et al. O uso da toxicologia clínica para diagnostico de intoxicações medicamentosas, ênfase no paracetamol. Revista Saúde em Foco, Ed. 10, 2018.

CASTRO, H. C.; et al. Automedicação: entendemos o risco? Infarma, v. 18, n. 9/10, 2006.

FILHO, A. I. de L.; et al. Prevalência e fatores associados à automedicação: resultados do projeto Bambuí. Rev. Saúde Pública 36 (1): 55-62, 2002.

MALAMAN, K. do R.; Perfil das intoxicações medicamentosas, no Brasil. Infarma, v.21, nº 7/8, 2009

MATOS, J. F.; Prevalência, perfil e fatores associados à automedicação em adolescentes e servidores de uma escola pública profissionalizante. Cad. Saúde Colet., Rio de Janeiro, 26 (1): 76-83, 2018.

MOTA, D. M.; et al. Perfil da mortalidade por intoxicação com medicamentos no Brasil, 1996-2005: retrato de uma década. Ciência e Saúde Coletiva, 17 (1): 61-70, 2012.

NAVES, J. de O. S.; et al. Automedicação: uma abordagem qualitativa de suas motivações. Rio de Janeiro. Ciência e Saúde Coletiva, 15 (Supl. 1): 1751-1762, 2010.

NÓBREGA, H. O. da S.; et al. Intoxicações por medicamentos: uma revisão sistemática com abordagem nas síndromes tóxicas. Revista saúde e ciência Online, 4 (2): 109-119, 2015.

SALVADO, A. S. da S. Caracterização de Intoxicações Medicamentosas no Serviço de Urgência Geral do Centro Hospitalar da Cova da Beira, E.P.E. Universidade da beira interior, Ciências da Saúde. Covilhã, 2013.

SILVA, R. N. de P.; et al. Uso racional de medicamentos: vantagens, desafios e perspectivas. Rev. Saberes, Rolim de Moura, vol. 8, n. 2, 2018. ISSN: 2358-0909.

SILVA, D. B. Manual de Primeiros Socorros. Liga ação univida. Faculdade de Ciências Médicas, Alfenas, 2007.

SILVA, B. C.; OLIVEIRA, J. V. A importância da atuação permanente do farmacêutico na equipe multidisciplinar da uti em benefício da saúde do paciente e redução de custos para um hospital no município de imperatriz-ma. FACIMP, 2012.

VIEIRA, F. S. Possibilidades de contribuição do farmacêutico para a promoção da saúde. Ciência e Saúde Coletiva, 12 (1): 213-220, 2007.

[1] Graduação.

[2] Graduação.

[3] Orientadora. Mestrado em Ciências Farmacêuticas.

[4] Orientadora.

Enviado: Junho, 2021.

Aprovado: Junho, 2021.

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Uma resposta

  1. Acho que sou vítima de intoxicação medicamentosa, após internamento em 20/08/2019 com forte dor na coluna toda.
    Me deram duas doses de morfina e não passou a dor, me internaram e eu tomei xilocaína em bomba de infusão, topiramato 100mg, pregabalina 150 mg, duloxetina 60mg e tramal.
    Imediatamente apareceu uns espasmos musculares, tremor na cabeça e membros superiores direito, sensação de choque no corpo todo e alteração na marcha.
    Saí do hospital com tremor e dificuldades para andar e foi melhorando a marcha, mas o tremor não.
    Fiz infiltração na coluna vertebral em outubro de 2019, mesmo com tremor leve.
    Fui para acupuntura (eletroacupuntura) e tomei baclofeno deu uma melhorada.
    Em 05/03/2020 tive sintomas de gripe que lembrava o COVID(febre, calafrios, dor forte no corpo especialmente na coluna e articulações,perda de paladar, diarréia),congestionamento de vias aéreas, garganta arranhando. Em abril começo a andar com muita dificuldade com dor intensa no pé esquerdo e tornozelo esquerdo.Cuido em casa com gelo,paracetamol,corticoide e acupuntura.
    E muda o plano de saúde(Geap/Hapivda),sigo com dor.Em junho e vou ao ortopedista e ele passa acupuntura e fisioterapia.Começo a acupuntura e fisioterapia que tem uma leve melhora.Mas a coluna segue travando 13/12/2020 vou ao banheiro fazer xixi e travo a coluna, perco as forças na pernas.
    Lembro do tramal 1 comprimido e da pregabalina 75mg.Desencadeou o tremor após a ingestão do medicamento e não parou mais até hoje.
    Já fui a vários neurologista que não acreditam na possibilidade de intoxicação por medicamentos só consideram distúrbio neurológico funcional e eu sigo em uma luta diária para provar que foi intoxicação por medicamentos. Qual a outra especialidade que posso procurar para investigar essa possibilidade de ser intoxicação por medicamentos?!
    Eu estou com alteração neuromotora,na marcha(atáxica),fazendo equino em MID,desequilíbrio,tremor em cabeça, pescoço,MSD,espasmos musculares, alteração na articulação da musculatura da face com dificuldade para falar (disartria),mastigar e deglutir.

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