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Anestesia e analgesia pediátrica: revisão de literatura de aspectos teóricos e práticos

RC: 57093
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CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

COSTA, Glenda Ribeiro da [1], FRANCISCON, Rosangela Aparecida Bortolo [2], SPAZIANI, Amanda Oliva [3], FROTA, Raissa Silva [4], SANTOS, Flavio Henrique Nuevo Benez dos [5], FAIDIGA, Leonardo [6]

COSTA, Glenda Ribeiro da. Et al. Anestesia e analgesia pediátrica: revisão de literatura de aspectos teóricos e práticos. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 08, Vol. 02, pp. 72-77. Agosto de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/anestesia-e-analgesia

RESUMO

Este artigo tem como objetivo refletir acerca do uso de anestésicos e analgésicos em crianças, e à preocupação com relação à segurança da ação destes fármacos no SNC em desenvolvimento. A metodologia utilizada para esta pesquisa foi a revisão bibliográfica. Durante o estudo observou-se que uma avaliação constante e monitorização apropriada ainda são cuidados necessários para segurança e efetividade da sedação e analgesia. Alterações comportamentais, declínio das funções cognitivas e os problemas temporários de memória são alguns dos efeitos indesejáveis nessa faixa etária e estão ligados ao uso duradouro, ou seja, maior que 3 horas. Verificou-se que apesar de muitos estudos realizados para compreender os efeitos adversos dos anestésicos e analgésicos na faixa etária infantil, ainda permanece obscura a relevância e a influência causada por esses medicamentos no desenvolvimento cerebral da criança. São necessários maiores estudos na área.

Palavras-chave: criança, anestésicos, analgésicos.

INTRODUÇÃO

A prática do ato anestésico em crianças envolve pontos que vão desde a presença de ansiedade prévia ao procedimento até particularidades da farmacocinéticas e farmacodinâmicas infantis. Neste âmbito, podem ser utilizadas medidas profiláticas para a diminuição dessa tensão, bem como correta avaliação do quadro para que haja o melhor emprego da técnica escolhida junto a manipulação da droga de escolha gerando o mínimo possível de efeitos adversos à criança. (BARROS et. al., 2017).

Consoante ao exposto, o presente estudo visa levantar as principais medicações empregadas na anestesia e analgesia infantil, bem como estabelecer contrabalanço entre seus riscos e benefícios.

METODOLOGIA

Estudo de revisão bibliográfica realizado por meio das plataformas de dados: SCIELO e PUBMED, foram utilizados artigos científicos de publicação relevante, durante o período compreendido entre os anos de 2010 e 2019.

A pesquisa dos dados foi realizada por meio dos descritores: “anestesia pediátrica”, “analgesia pediátrica” e “anestésicos para uso pediátrico” assim como suas respectivas traduções na língua inglesa.

Foram incluídos no estudo artigos científicos que abordavam especificamente o uso de anestésicos e analgésicos em pacientes pediátricos, os seus efeitos e riscos nesta população. Artigos que traziam estudos em animais ou que abordavam outra temática que não era a mencionada anteriormente foram excluídos deste estudo.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Foram encontrados 1884 artigos, dos quais 9 foram selecionados para o presente estudo. A técnica anestésica ideal em pediatria deve promover indução rápida, recuperação breve com analgesia residual e efeitos adversos mínimos. (BARROS; LOVATO et. al., 2017). Mesmo que o uso de anestésicos em crianças seja constante, há evidências na literatura que a exposição a anestésicos causa significativa preocupação em relação à segurança da ação destes fármacos no SNC em desenvolvimento. (CATRÉ, 2014).

Até agora não existem explicações sobre a possível neurotoxicidade causada por anestésicos em cérebros em desenvolvimento, visto que não se conhece o mecanismo da apoptose neuronal. Alterações comportamentais, declínio das funções cognitivas e os problemas temporários de memória são alguns dos efeitos indesejáveis nessa faixa etária e são ligados ao uso duradouro, ou seja, maior que 3 horas, e repetido de algumas medicações, devido ao efeito negativo no desenvolvimento cerebral. (BARRETO, 2018; KELLY et. al., 2017; MELMAN-SZTEYN, 2006).

O uso esporádico e limitado dessas medicações aparentemente não está ligado a essas alterações, no entanto, estudos acerca desse tema são realizados.  Os anestésicos mais utilizados no processo de anestesia pediátrica são o propofol, etomidato, tiopental, cetamina e os gases halotano, desflurano, isoflurano, sevoflurano e óxido nitroso (MÜLLER, 2017). Eles apresentam ações específicas diferentes quanto à indução, manutenção, analgesia e sedação (MÓDOLO e CASTIGLA, 2001).

Os opioides e a cetamina são as principais opções para analgesia e sedação em serviço de emergência pediátrica. Avaliação constante e monitorização apropriada são necessários para a segurança e efetividade do procedimento de sedação e analgesia. A escolha do anestésico adequado é direcionada por múltiplos critérios, como início de ação, intensidade da dor, duração de efeito, eventos adversos, experiência do serviço e custos (BOGUSAITE, 2018).

O desenvolvimento das vias de condução do estímulo nociceptivo e resposta ao estresse em fetos, recém-nascidos, lactentes e crianças levaram a aceitação de que a dor deve ser antecipada, prevenida e controlada. Nos últimos 15 anos houve importante crescimento na compreensão e manuseio da dor pós-operatória, resultando em terapêuticas para preveni-la, tratá-la e controlá-la no pós-operatório (NOBREGA et. al., 2020). Os principais objetivos no manejo da dor no pós operatório são evidenciados a seguir.

Tabela 1: objetivos da terapêutica com anestésicos em pediatria.

Objetivos da terapêutica com analgésicos em pediatria
Obter a estabilidade fisiológica máxima
Aliviar a dor
Diminuir a ansiedade e o estresse
Minimizar as consequências fisiológicas negativas
Fornecer conforto ao paciente
Facilitar procedimentos técnicos
Melhorar o padrão do sono

Fonte: NOBREGA et. al., 2020.

A avaliação da dor no pós-operatório imediato de pacientes pediátricos é difícil e os profissionais de saúde devem habituar-se a buscar de evidências que denunciem sua presença e assegurem a efetividade do tratamento. A popularidade da anestesia regional como um complemento da anestesia geral em pediatria aumentou em consequência das suas vantagens, que incluem a diminuição da necessidade de anestésicos no intraoperatório, menor uso de opioides, menor incidência de depressão respiratória e limitação da resposta hormonal ao estresse. Desde que não exista contraindicação específica, o uso rotineiro de anestesia local ou regional em todas as crianças é o fundamento da analgesia pós-operatória (KELLY et. al., 2017).

A anestesia local com infiltração da ferida operatória, os bloqueios nervosos e bloqueios periféricos com bupivacaína ou outro anestésico local, são recomendados e podem ser realizados em várias áreas do corpo. Essas técnicas proporcionam menores efeitos sistêmicos, menor bloqueio motor, maior aceitabilidade familiar e analgesia de 4 a 12 horas (MÓDOLO e CASTIGLA, 2001; MELMAN-SZTEYN, 2006).

CONCLUSÕES E HIPÓTESES

Verificou-se que apesar de muitos estudos realizados para compreender os efeitos adversos dos anestésicos e analgésicos na faixa etária infantil, ainda permanece obscura a relevância e a influência causada por esses medicamentos no desenvolvimento cerebral da criança. Efeitos permanentes de apoptose neuronal ainda é uma dúvida a se esclarecer, assim como a neurotoxicidade dos anestésicos, especialmente no que diz respeito às crianças.

Pode-se inferir que o uso esporádico dos sedativos indicados para o público infantil, não exercem efeitos significativos que poderiam atrapalhar o desenvolvimento cerebral, contudo, crianças submetidas ao uso duradouro e à várias intervenções que necessitam de sedação sofrem alguns efeitos adversos como a perda prolongada da memória e declínio das funções cognitivas.

São necessários maiores estudos acerca da necessidade da analgesia pós-operatória em pediatria. Evitar e tratar a dor de uma criança são obrigações do médico do ponto de vista ético e humanitário. O tratamento adequado da dor e ansiedade gerada pela abordagem proporciona recuperação mais rápida, possibilitando, maior probabilidade de sucesso nos procedimentos invasivos.

REFERÊNCIAS

BARRETO, A. C. T. P. et al. Risk factors associated with anesthesia emergence delirium in children undergoing outpatient surgery. Revista brasileira de anestesiologia, v. 68, n. 2, p. 162-167, 2018.

BARROS, E.; LOVATO, F.; LATORRACA, C.; RIERA, R. Evidências de revisões sistemáticas Cochrane sobre anestesia em pediatria. Diagn tratamento, São Paulo, 2017, pagina 39-44. Disponível em: <http://docs.bvsalud.org/biblioref/2017/03/832445/rdt_v22n1_39-44.pdf>. Acesso em: 12 de março de 2019.

BOGUSAITE, L. et. al. Evaluation of Preoperative Information Needs in Pediatric Anesthesiology. Medical science monitor: international medical journal of experimental and clinical research, v. 24, p. 8773, 2018.

CATRÉ, D. et al. Anestesia Pediátrica em Período de Imaturidade Cerebral e Perturbações do Neurodesenvolvimento. Acta Médica Portuguesa, v. 27, n. 3, 2014.

KELLY, L.; COOPER, M.; WILSON, K. Anestesia pediátrica: desafios na indução. Anesthesia Tutorial of the Week. Consulta em: www. wfsahq. org/resources/anaesthesia-tutorial-of-theweek. Sidou RMNR et. al. Intubação de Pacientes Pediátricos com Suspeita ou Confirmação de COVID-19. Associação de Medicina Intensiva Brasileira–AMIB, 2017.

MELMAN-SZTEYN, E. Anestesia pediátrica. Revista Mexicana de Anestesiología, v. 29, n. 1, p. 7-8, 2006.

MÓDOLO, N.;  CASTIGLIA, Y. (2001). Anestesia subaracnóidea em crianças. Revista Brasileira de Anestesiologia51(6), 537-547. https://doi.org/10.1590/S0034-70942001000600009.

MÜLLER, I. M. et. al. ANESTÉSICOS USADOS EM CIRURGIAS PEDIÁTRICAS. Revista Conhecimento Online, v. 1, p. 12-23, 2017.

NÓBREGA, S.; FERREIRA, A.; RAMOS, S. Epidural Analgesia in the Surgical Correction of Pediatric Scoliosis. Revista da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia, v. 29, n. 1, p. 12-17, 2020.

[1] Advogada e estudante do 12º período do curso de Medicina.

[2] Enfermeira e estudante do 10º período de medicina.

[3] Residente de Traumatologia e Ortopedia.

[4] Graduanda do 5º período de medicina.

[5] Mestrado. Ortopedista e Traumatologista. Fisiatra.

[6] Orientador. Especialização – Residência médica. Graduação em Medicina.

Enviado: Julho, 2020.

Aprovado: Agosto, 2020.

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Glenda Ribeiro da Costa

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