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Produções Científicas Sobre os Cuidados de Enfermagem ás Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA)

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CONTEÚDO

SOUSA, Antonia Maria Brito da Silva [1], SOUSA, Camila da Silva [2]

SOUSA, Antonia Maria Brito da Silva; SOUSA, Camila da Silva. Produções científicas sobre os cuidados de enfermagem às crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 02, Vol. 01. pp 387-406, Abril de 2017. ISSN:2448-0959

RESUMO

O autismo infantil revela-se como um grande problema de saúde pública, pois necessita de um diagnóstico complexo que nem sempre é eficiente, devido à falta de profissionais qualificados para o atendimento e acompanhamento desses pacientes. Assim, esse estudo tem como objetivo: identificar e avaliar nas produções científicas os cuidados de enfermagem às crianças com transtorno do espectro autista. Justificando-se pela possibilidade de auxiliar em pesquisas futuras que estejam relacionadas ao autismo, e aos cuidados de enfermagem. Trata-se de uma revisão integrativa, para a identificação de artigos sobre o tema: Produções científicas sobre os cuidados de enfermagem às crianças com transtorno do espectro autista. A escolha do tema e o levantamento bibliográfico foram estabelecidos entre os meses de fevereiro a março de 2016, foram utilizadas as bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS): Literatura Latino-Americana em Ciências de Saúde (LILACS) e Medical Literature and Retrivial System online (MEDLINE). Os descritores empregados para esse trabalho foram: transtorno autístico e enfermagem. Sendo selecionados para compor a amostra os estudos que atenderam aos critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra que correspondem ao tema abordado, artigos publicados nos idiomas português e inglês, textos não repetidos, e que se referem aos anos de 2010 a 2016.Como critérios de exclusão forma selecionados: artigos incompletos, indisponíveis gratuitamente, em outros idiomas, sem conteúdo de interesse e artigos com mais de seis anos de publicação. Cinco artigos foram selecionados para esse trabalho, sendo um no ano de 2011, um no ano de 2014, dois no ano de 2015 e um no ano de 2016, todos com objetivos relacionados ao cuidado ou dificuldade da equipe de enfermagem com crianças autistas. Após avaliar os principais assuntos abordados em cada produção científica, foram construídas duas categorias temáticas: Os cuidados de enfermagem às crianças com transtorno do espectro autista e seus conhecimentos e as dificuldades de interação da enfermagem e da família com as crianças com transtorno do espectro autista. Ao término da pesquisa, conclui-se que a equipe de enfermagem adquire um desempenho importante tanto para as crianças diagnosticadas com autismo quanto à sua família, pois as duas partes envolvidas precisam de cuidados e tratamento. Porém, a qualificação profissional da equipe multiprofissional, não está preparada totalmente para o acolhimento dessas crianças com transtorno do espectro autista, o que dificulta o diagnóstico precoce, e o estresse familiar que apresenta durante a sua longa jornada em busca de tratamento. Observa-se também que a abordagem nos artigos sobre os cuidados de enfermagem em relação às crianças com transtorno do espectro autista, é bastante reduzida, o que ocasionou certa dificuldade na aquisição de um acervo literário maior para composição da pesquisa realizada.

Palavras-chave: Transtorno Autístico, Enfermagem.

INTRODUÇÃO

O autismo infantil vem sendo um grande problema de saúde pública, pois necessita de um diagnóstico complexo que nem sempre é eficiente, devido à falta de profissionais qualificados para o atendimento e acompanhamento desses pacientes.

A palavra “autismo”, que significa “si mesmo”, vem do limiar “autos”, uma maneira de retraimento social e a perda do convívio com outras crianças. Primeira pessoa a utilizá-la foi o psiquiatra suíço Eugenio Bleuler, em 1911, observando esses sintomas desvelou diagnosticar em sua época o significado de esquizofrenia (CUNHA, 2012).

Porém, o autismo foi definido de outra forma por um médico austríaco Léo Kanner, em 1943, como marco inicial com o nome “distúrbios autísticos do contato afetivo”, onde percebeu alguns marcos semelhante a um pequeno grupo de crianças que apresentavam ecolalia, desligamento com a sociedade, estereotipia motora e quadro clínico de isolamento. Essas crianças se tornavam diferenciais, pois não tinham contato com outras crianças da mesma faixa etária, e não se relacionavam de forma utilitária com os objetos e brinquedos (SUPLINO, 2009).

Em 1949, Kanner denominou essa síndrome como “autismo infantil precoce”. Durante suas pesquisas, ele percebeu uma linguagem típica como inversão pronominal e ritmo da voz monótono e atraso de obtenção de linguagem, além de sérias dificuldades de contato com as pessoas, caminhar sob a ponta dos pés e balançar o corpo (MESQUITA; PAGORARO, 2013). No entanto Kanner e Bleuler determinaram em separar o autismo da esquizofrenia infantil, tentando chamar atenção para perceber que a esquizofrenia tem uma tendência ao isolamento por retraimento social, e no autismo observar-se a incapacidade de desenvolver relacionamentos (CUNHA, 2012).

Entretanto, na última edição do manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-V), publicado em 2013, inclui algumas mudanças significativas para os critérios de diagnósticos para o autismo. Uma delas é agrupando vários transtornos anteriormente separados em um grande grupo agora recebem uma única denominação: Transtorno do espectro autista. Definindo esse transtorno pela presença de déficits persistentes na comunicação e interação social.

Dentro da legislação brasileira existem alguns diplomas normativos que garantem o acesso no Sistema Único de Saúde (SUS) dos pacientes com autismo. O mesmo se organiza para dar direito a todos por meio das diretrizes de descentralização, controle social, além da regionalização, para que todas as pessoas possam participar das atividades dirigidas por ele. Isso inclui a universalização, que distribui ações a diferentes complexidades para necessidade da saúde da população (BRASIL, 1988).

Quando a família percebe alterações de comportamento e linguagem dessa criança, ela busca o sistema de saúde para que o diagnóstico seja precoce e que se iniciem ações de promoção à saúde que permitam um bom desenvolvimento da criança, e para isso, destaca-se o papel de uma equipe de saúde multidisciplinar que realize avaliações completas e esteja atenta a todos os tipos de reações desse paciente, uma vez que os sinais de autismo estão presentes desde muito cedo. Diante dessa equipe de saúde destaca-se o enfermeiro, que irá participar desse processo de diagnóstico e tratamento, utilizando como um dos instrumentos a consulta de enfermagem. (SUNDRÉ et al,2011).

A enfermagem é uma profissão indispensável na área da saúde, pois são os enfermeiros que passam o maior período com os pacientes e familiares. São eles que fazem as coletas de dados dos pacientes e avaliam junto a outros profissionais o estado de saúde dos pacientes, sejam nos hospitais, unidades básicas de saúde, ou nos domicílios. Em relação ao cuidado de enfermagem com crianças autistas, o enfermeiro tem o papel fundamental de observar as alterações nessas crianças, saber educar os pais quanto à interação social com essas crianças, além desses profissionais prestarem os cuidados necessários ao acompanhamento e tratamento adequado para os autistas. (SUNDRÉ et al,2011).

QUESTÃO NORTEADORA

Qual a produção científica sobre os cuidados de enfermagem às crianças com transtorno do espectro autista (TEA)?

OBJETIVOS

  •  Identificar nas produções científicas os cuidados de enfermagem às crianças com transtorno do espectro autista;
  • Avaliar nas produções científicas os cuidados de enfermagem às crianças com transtorno do espectro autista.

JUSTIFICATIVA

A produção desse trabalho possibilitará um maior conhecimento sobre o autismo, o que poderá contribuir com informações importantes para diagnosticar precocemente, antecipando seu tratamento e acompanhamento, definindo seus direitos nos serviços de saúde, desde o processo de diagnóstico até a reabilitação e as principais dificuldades que muitos profissionais de saúde têm no manejo desses pacientes.

Além disso, esse trabalho poderá auxiliar em pesquisas futuras que estejam relacionadas ao autismo, e aos cuidados de enfermagem e aprimoramento de novas técnicas que ajudem a melhorar o cuidado prestado a esse público em destaque ou até mesmo contribuir para auxiliar as famílias de crianças autistas, surpreendidas pelo diagnóstico, e que buscam saber quais os caminhos que devem percorrer e qual a assistência mais adequada que deveriam receber dos profissionais, suprindo assim, algumas das suas necessidades básicas.

REFERENCIAL TEÓRICO

AUTISMO INFANTIL

Segundo Mesquita e Pagoraro (2013), autismo é um transtorno de desenvolvimento onde existe evidência de isolamento exterior e a ausência do convívio social com outras crianças e demais pessoas em sua volta. Geralmente manifesta-se antes dos três anos de idade, e resulta em problemas sociais e emocionais para a família e a sociedade, além de grandes despesas econômicas.

O autismo pode ser definido também como transtorno autístico, autismo infantil, autismo na infância ou autismo infantil precoce, está entre os transtornos invasivos do desenvolvimento conhecido como TID, onde apresenta alterações de comunicação, interesse, fala e padrões restringidos de comportamento (KLIN, A., 2006). Alterações durante pré e pós-natais, alterações em nível neurológico e fatores bioquímicos, também se relacionam nos transtornos autísticos, porém em menor porcentagem (NUNES; SOUZA; GIUNCO, 2009).

Com base nos estudos sobre autismo durante longos anos avaliaram possíveis semelhanças entre a síndrome de aspeger e o autismo onde os dois fazem parte do TID, e se relacionam pelo acometimento do desenvolvimento neurológico, alterações dos processos cerebrais precoces, onde leva a um déficit de comunicação e cognição, o que difere é sua etiologia e seu grau de acometimento nas crianças. A Síndrome de Aspeger (SA) é uma alteração de convívio social, dificuldade de interesse e comportamento onde apresenta uma limitação, entretanto em seu diagnóstico existe ausência de retardo da fala, comunicação e interação cognitiva, consegue seu alto cuidado e apresenta habilidades como curiosidade do ambiente onde está, o que a diferencia do autismo (KLIN, A.,2006).

Devido às semelhanças entre as patologias descritas, o manual de diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-V) teve algumas modificações em relação ao nome da patologia e sua condição de diagnóstico. Atualmente, o autismo infantil passou a ser denominado como transtorno de espectro autista (TEA). Com esse novo termo englobou-se tanto autismo como a síndrome de aspeger entre outros TID. Por esse motivo, os pacientes estabelecem o diagnóstico de acordo com o grau de comprometimento, o que torna o diagnóstico mais favorável e completo (AmerycanPsychiatricAssociation, 2014).

O autismo compreende conceitos distintos, porém se cruzam entre eles em determinados pontos. Desde o descobrimento dos primeiros casos até os dias atuais, vem se evoluindo a teoria de definições para melhorar o entendimento do transtorno autista, pois nem sempre se manifesta do mesmo modo e na mesma intensidade. Apesar dos indivíduos não apresentarem o mesmo modo os autistas têm pontos marcantes e traços característicos, como: ecolalia, onde a fala é repetida várias vezes e desconexa; comportamento diferenciado com o corpo ou como eles definem os objetos e sua concepção de brincar com os brinquedos. A incapacidade de interagir no meio de outras crianças, e a falta do “olhar” para as pessoas (SOUSA; SANTOS, 2005).

Crianças menores de três anos de idade devem ser observadas pela família que convive com a mesma, para avaliar o nível de interesse social com outras crianças, além de verificar como essa criança se comporta, como ocorre a comunicação entre elas, como é o comportamento durante as brincadeiras, o modo que usa seus brinquedos e se ela age de forma diferente em relação aos movimentos do corpo. Assim, se a família observar esses comportamentos citados a nível anormal deve procurar ajuda recorrendo a um profissional de saúde, incluindo o enfermeiro que irá avaliar o estado neurológico dessa criança. O que se deve considerar também é se, naquele momento das observações do profissional de saúde com a criança, essa mesma não apresenta alguma outra patologia que pode interferi nesse momento modificando o comportamento dessa criança, como é o caso de fadiga ou outra doença não neurológica (KLIN,et al, 2006).

Geralmente, as mães que percebem alterações no comportamento de seus filhos buscam inicialmente a unidade básica de saúde para seu atendimento, onde é a porta de ingresso do sistema único de saúde (SUS). Com base nisso, na legislação brasileira existem alguns diplomas normativos que garantem o acesso ao sistema único de saúde dos pacientes com autismo. O mesmo se organiza para dar direito a todos através das diretrizes de descentralização, controle social, além da regionalização, para que todas as pessoas possam participar das atividades dirigidas por ele. Isso inclui a universalização, que distribui ações a diferentes complexidades para necessidade da saúde da população (BRASIL, 1988).

De acordo com o Ministério da Saúde, a Lei n° 10.216, de 6 de abril de 2001, garante os direitos e proteção as pessoas acometidas de transtornos mentais no âmbito do sistema único de saúde (SUS), possibilitando assim, os cuidados e toda a atenção necessária e redirecionando o modelo assistencial da saúde mental, garantindo assim o  direito a ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades,  ser tratados com respeito e humanidade, no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde independentemente de cor, raça, sexo e proteção para abuso de exploração (BRASIL, 2015). Outra Lei de destaque aprovada depois de muita luta de famílias pelos direitos de seus filhos com autismo, foi a Lei n° 12.764/2012- Lei Berenice Piana, que cria a política Nacional de proteção dos Direitos da pessoa com transtorno do espectro do autismo (TEA), visando atender as famílias em relação às informações sobre o acesso a ações e serviços de saúde, com vistas à atenção integral às suas necessidades de saúde, garantindo todos os seus direitos. (BRASIL, 2014).

Mesmo com a implementação dessas leis abordando os cuidados com pessoas autistas, ainda há muitas famílias que desconhecem seus direitos e o Brasil ainda sofre com muitas carências de profissionais especializados na área dessa atuação, o que dificulta todo o processo de diagnóstico, acompanhamento e tratamento às crianças com autismo. Vale ainda ressaltar que a atenção integral à pessoa com autismo seja efetiva, e que as ações anunciadas devem estar articuladas de outros pontos da rede SUS como: atenção básica, especializada e hospitalar, CRAS (centro de referência da assistência social), CREAS (centro de referência especializado de assistência social), serviços de proteção social: residências inclusivas, centro dia de convivência, fortalecimento e vínculo em serviços de acolhimento em residências inclusivas e segurança de renda das pessoas com autismo (BRASIL, 2014).

Além disso, existe também a ABRA-Associação Brasileira de Autismo, uma entidade civil sem fins lucrativos, com funcionamento itinerante sendo que a sede e foro situa-se em Brasília-DF. Atualmente destinada a congregar Associações de Pais e Amigos de Autistas, onde tem por finalidade a integração, coordenação e representação, em nível nacional e internacional, das entidades voltadas para a atenção das pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Por estatuto, tem vice-presidências em todas as regiões brasileiras (ABRA, 2016).

A AMA – Associação de Amigos do Autista de São Paulo fundada em 8 de Agosto de y1983 foi a primeira associação de pais e amigos da pessoa com autismo no Brasil. Após grande divulgação, pais de pessoas com Autismo passaram a procurar a AMA, que incentivou os familiares a formarem associações em seus estados e municípios, compartilhando seu nome e sua experiência, assim garantindo um apoio afim de melhorar e acompanhar essas crianças TEA. A ideia de uma associação de associações surgiu quando estas AMAs sentiram a necessidade de se associar e ter uma entidade que representasse todas as regiões do país. Em 9 de outubro de 1988, na cidade de Belo Horizonte – MG, a ABRA tornou-se a primeira associação de abrangência nacional voltada à defesa dos interesses das pessoas com autismo e das suas famílias (AMA, 2012).

AUTISMO INFANTIL E ENFERMAGEM

É importante que a equipe de enfermagem detenha conhecimentos suficientes dos principais sinais e sintomas predominantes no autismo infantil para que possa perceber os primeiros sinais e sintomas que caracterizam esse distúrbio, intervindo assim, de forma relevante e eficiente. Prestando cuidados também para as mães destas crianças, primando assim por um relacionamento de confiança e cuidados, pois essas mães também precisam ser cuidadas (MONTEIRO,et al.,2008).Estudos realizados na área demonstram a importância dos serviços especializados ofertar os recursos disponíveis também para a família, principalmente para as mães que se dedicam inteiramente aos filhos, abandonando o emprego, carreira profissional, dedicando-se inteiramente aos cuidados com o filho e ao trabalho de casa, tomando para si uma diversidade de tarefas e responsabilidades gerando uma sobrecarga emocional. (EBERT;LOREZENI;SILVA, 2015).

São muitas as dificuldades que a família de uma criança autista enfrenta. Geralmente, o autismo coloca a família frente a uma sucessão de emoções de luto pela perda da criança saudável que idealizaram durante o planejamento da gravidez. Contribuindo para a manifestação de sentimentos de abandono e de culpa, ocasionando uma situação de crise entre a família. Algumas mães que procuram o atendimento para seus filhos autistas costumam chegar aos serviços de saúde muito vulneráveis, relatando um sentimento de pesar muito grande e falta de confiança em si mesma (RIBEIRO, 2011).

Observa-se que, de modo geral, o diagnóstico não ocorre de forma precoce, mas muitas vezes as mães conseguem identificar os primeiros sinais e sintomas característicos do autismo em seus filhos e a partir de seus conhecimentos, muitas delas procuram o atendimento de saúde para esclarecer o diagnóstico e oferecer tratamento para estas crianças. Essas mães enfrentam dificuldades no itinerário percorrido em busca do diagnóstico do filho, jornadeiam pelos serviços de saúde, passam por diversos profissionais e, em muitos casos, a confirmação diagnóstica, ocorre tardiamente (EBERT;LOREZENI;SILVA, 2015).

Segundo Nunes, Souza e Giunco (2009, p.139), “sem o conhecimento e reconhecimento dos sinais e sintomas precoces do autismo, não há possibilidade do profissional de saúde, especificamente a enfermagem, auxiliar na investigação inicial do autismo”.

Na maioria das vezes, os profissionais de enfermagem até conhecem algo relacionado ao autismo, mas em alguns casos essas informações são incompletas e inconsistentes, evidenciando incapacidade desses profissionais, resultando em agravos a saúde do autista e seus familiares. Esses profissionais devem operacionalizar ferramentas que ajudem nesse reconhecimento, proporcionando assim uma assistência qualificada e livre de danos. (NUNES; SOUZA; GIUNCO, 2009).

A ampliação do conhecimento dos profissionais de saúde pode se dar através do diálogo, da troca de experiências e do trabalho em equipe. Isso ajuda a melhorar a atuação profissional desempenhando assim um trabalho mais completo, melhorando a qualidade dos serviços e da própria vida dos indivíduos autistas. A experiência e o desenvolvimento de práticas que possam viabilizar o conhecimento melhor do paciente e sua família também consta como fator indispensável, pois cada criança tem suas particularidades e características próprias, sendo comuns sinais e sintomas se diferirem de um para outro. Por exemplo, existem crianças autistas que não pronunciam nenhuma palavra, enquanto outras, mesmo com dificuldade conseguem desenvolver a fala, se expressam, e até mesmo conseguem ler e escrever (JENDREIECK, 2014).

A enfermagem é uma área simbolizada por um olhar cuidadoso, desprovido de preconceitos, com predominância da escuta qualificada e da prestação de assistência individualizada, sempre atenta às necessidades do outro e ao seu padecimento. Sendo necessário um olhar além do que é visível aos olhos, como ocorre no caso da assistência a pessoa autista, evidenciando que o enfermeiro deve ter obstinação para oferecer uma assistência qualificada, pois capacidade não lhe falta e que não deve se omitir por medo das dificuldades, pois contribuem satisfatoriamente para a prevenção, promoção e reabilitação da saúde. Pois à enfermagem cabe o cuidar e executar o saber (SENA, et al,2015).

 METODOLOGIA

Este trabalho trata-se de uma revisão integrativa para a identificação de artigos sobre o tema: Produções científicas sobre os cuidados de enfermagem às crianças com transtorno do espectro autista.

Compreende-se uma revisão integrativa por proporcionar informações de artigos e assuntos antecedentes relacionados ao tema. O estudo permite pesquisas complexas afim de reunir e estabelecer resultados das pesquisas em determinada área do assunto abordado e ter o melhor conhecimento do tema (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008).

De acordo com os critérios pré-definidos foram escolhidos artigos relacionados ao autismo infantil com o Sistema Único em Saúde (SUS), porém por meio de pesquisas da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), foi possível identificar a presença de poucos artigos relacionados à combinação desse tema. Encontraram-se apenas três artigos completos sendo que dois eram repetidos. Dessa forma, foi mudada a combinação do tema, optando-se por outros descritores.

A escolha do tema e o levantamento bibliográfico foram estabelecidos do mês de fevereiro à março de 2016, utilizaram-se as bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS): Literatura Latino- Americana em Ciências de Saúde (LILACS) e Medical Literature and Retrivial System online (MEDLINE). Os descritores empregados para esse trabalho foram obtidos através dos Descritores em Ciência da Saúde (DeCs), onde foram escolhidos dois: transtorno autístico e enfermagem.

Foram selecionados para compor a amostra desta pesquisa os estudos que atenderam aos critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra que correspondem ao tema abordado, artigos publicados nos idiomas: português e inglês, textos não repetidos, e que se referem aos anos de 2010 a 2016. Portanto serão critérios de exclusão: artigos incompletos, indisponíveis gratuitamente, em outros idiomas, sem conteúdo de interesse e artigos com mais de seis anos de publicação.

Para Minayo (2014), a análise do conteúdo consiste em técnicas de pesquisas que permitem tornar convenientes deduções sobre dados referentes a um determinado contexto, por meio de técnicas especializadas e científicas, que consta de três etapas sendo a primeira a pré-análise temática que se constitui da escolha das evidências a serem investigadas e na recuperação das suposições e dos desígnios iniciais da pesquisa. A segunda etapa consiste na exploração do material da pesquisa visando alcançar o núcleo de compreensão do texto. Já a terceira e última etapa compreende o tratamento dos resultados obtidos e interpretação, onde os resultados brutos são submetidos a operações estatísticas simples ou complexas, permitindo colocar em evidência as informações adquiridas. Serão analisados artigos caracterizando-os quanto ao ano de publicação, periódico de publicação, título e objeto de estudo e o tipo de abordagem metodológica para posterior análise do conteúdo, possibilitando assim a construção das categorias temáticas. Os dados foram coletados e identificados no formulário produzido para este trabalho que auxiliou no estudo.

Após a pesquisa na base de dados, foram encontrados 58 artigos relacionados aos descritores. Em seguida, foram selecionados aqueles que possuíam texto completo, em português ou inglês e que se encontravam referente aos anos de 2010 a 2016 ficando assim um total de 36 artigos. Desses artigos, foi realizada a leitura do conteúdo na íntegra e excluído os trabalhos que se repetiam, os que não se referiam ao tema abordado para o estudo e, por fim, os que não estavam disponíveis gratuitamente. Onde se encontraram 02 artigos repetidos e 12 artigos que não disponibilizava gratuitamente e 17 artigos que não se relacionavam ao estudo abordado, por fim, ficou uma amostra no total de 05 artigos relacionados à temática.

Após a coleta de dados por meio do instrumento da leitura, os artigos foram selecionados e agrupados em duas categorias que serão discutidas posteriormente, sendo elas: os cuidados de enfermagem às crianças com transtorno do espectro autista e seus conhecimentos e as dificuldades de interação da enfermagem e da família com as crianças com transtorno do espectro autista.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com a realização desse estudo foram observados dois quadros que caracterizam as produções científicas as quais estão relacionadas às pesquisas em que auxiliam nesse trabalho.  O quadro 1 mostra a enumeração na forma de algarismo romanos os artigos (n=05), onde inclui título, autores, objetivos e o ano de publicação.

Ao analisar o quadro, observa-se a pouca quantidade de estudos publicados nos últimos seis anos, abordando esse tema: Produções científicas sobre os cuidados de enfermagem às crianças com Transtorno do espectro autista (TEA).

Quadro 1 – Distribuição dos artigos segundo o título, autores, objetivos e ano. Teresina, 2016

Nº Título Autores Objetivos Ano
I Assistência de enfermagem a crianças com Transtorno Global de desenvolvimento (TGD): autismo SUDRÉ,R.C.R. et al Elaborar práticas para o enfermeiro afim de diagnosticar as crianças com autismo no Hospital Dia Infantil do Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental (CAISM). 2011
II Cotidiano das famílias que convivem com autismo infantil ZANATTA,E.A

et al

Relata convivência familiar com crianças autistas e as dificuldades para seu diagnóstico. 2014
III Prática e conhecimento dos enfermeiros sobre o autismo infantil SENA,R.C.F.

et al.

Analisar o conhecimento dos enfermeiros na ESF sobre o autismo infantil e suas fragilidades para o diagnóstico. 2015
IV Mães de crianças com transtorno autístico: percepções e trajetórias ELBERT,M.; LORENZINI,E.; SILVA,E.F. Demonstrar as trajetórias presenciadas pelas mães de crianças com TEA e suas percepções. 2015
V Intervenção musical com estratégia de cuidado de enfermagem a crianças com transtorno do espectro do autismo em um centro de atenção psicossocial FRANZOI,M.A.H.;et al. O trabalho de enfermagem com a música para as crianças com TEA no CAPSi 2016

Fonte: Banco de Dados BVS.

Os diferentes assuntos analisados nos artigos referem ao ano de publicação, a natureza dos trabalhos, ao periódico das produções científicas, ao idioma e as regiões de publicação. Com base ao ano de publicação dos artigos, o ano de 2015 obteve o maior número de publicações tornando-se o 2 dos artigos analisados.

Os anos de 2011, 2014 e 2016 caracterizou o mesmo percentual de publicações com o total de 1 artigo para cada ano. No que se refere aos anos de 2010, 2012 e 2013 não houve publicações. Com relação à natureza dos trabalhos houve uma predominância de 100% em forma de artigos publicados. No que se refere ao idioma obteve-se 3 artigos em português e 2 em inglês. Em se tratando dos periódicos das publicações analisadas obteve-se uma predominância nas revistas de enfermagem, pois a partir desse ponto observa-se a importância do tema para a profissão.

A região que mais publicou em relação à temática estudada sobre o transtorno do espectro autista e os cuidados de enfermagem às crianças foi à região sul, com 3 artigos para amostras. Na região sudeste se obteve 1, da mesma forma com a região nordeste. Nas demais regiões não houve publicações de interesse para essa temática.

Após a análise dos estudos encontrados foi elaborado o segundo quadro para identificar as categorias escolhidas, juntamente com os artigos selecionados. Após avaliar os principais assuntos abordados em cada produção científica, foram construídas duas categorias temáticas: os cuidados de enfermagem às crianças com transtorno do espectro autista e seus conhecimentos e as dificuldades de interação da enfermagem e da família com as crianças com transtorno do espectro autista.

Quadro 2 – Distribuição dos artigos segundo o foco de estudo e sua categoria. Teresina, 2016.

Foco de estudo e sua categoria Identificação dos artigos
Os cuidados de enfermagem às crianças com Transtorno do espectro autista e seus conhecimentos. I,II,IV e V
As dificuldades de interação da enfermagem e da família com as crianças com Transtorno do Espectro Autista. II, III e IV

Fonte: Banco de Dados BVS.

OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM ÀS CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA E SEUS CONHECIMENTOS

Com base nesse estudo, conseguiu-se fazer uma leitura crítica dos artigos conforme é identificado no quadro 2. Tornou-se possível a concordância parcial de alguns autores com os dois temas envolvidos para serem analisados. A partir dessas evidências, foi possível identificar que uma parte da equipe de enfermagem tem uma prevalência de domínio sobre o transtorno do espectro autista, mas ainda existe outra parte que tem dificuldades de interação com essas crianças. Os artigos de nº I,II,IV e V classificam os cuidados de enfermagem com as crianças com transtorno do espectro autista como ponto positivo.

Segundo Sudré, et al( 2011), o enfermeiro apropria-se de um papel importante para as crianças com transtorno do espectro autista,  pois são responsáveis  pela  elaboração de planos de assistência de enfermagem,  bem como colocar em prática  habilidades intensas nas crianças, afim de melhorar seu comportamento diante de atividades diárias e convivência com a família amenizando sinais e comportamentos desse transtorno, promovendo uma autonomia para elas e auxiliando  essa família a romper as dificuldades encontradas no cotidiano com a criança e a inclusão da mesma na escola e na sociedade.

De acordo com Zanatta,et al, (2014),a enfermagem tem atuação precordial com a assistência prestada a família de crianças com transtorno do espectro autista, pois a partir desse diagnóstico a fragilidade e o estresse familiar se tornam comuns necessitando de apoio e conhecimento para essa nova etapa que irão enfrentar. A partir desse ponto, a equipe de enfermagem auxilia na educação e nas informações necessárias promovendo uma parceria com essa família, possibilitando assim a eles uma autoconfiança maior para lidar com essa situação. Além de promover cuidados prioritários para inter-relação entre a criança e a família.

Segundo Nogueira, Rio (2011), a família precisa ser amparada e apoiada pela equipe de enfermagem, pois os mesmos são responsáveis pela interligação entre a família e a equipe médica, e outros profissionais de saúde para identificar sinais precoces e diagnosticar a criança, obtendo o acolhimento de forma integral, tanto para a família quanto para a criança.

Segundo Ebert, Lorenzini, Silva (2015), a equipe de enfermagem está geralmente preparada para identificar o diagnóstico do transtorno do espectro autista a partir das consultas de enfermagem, as mesmas sabem observar os comportamentos da criança junto com os principais relatos da família, e com base nessa identificação faz-se os cuidados necessários. Porém o que interfere é a falta de conhecimento de outros profissionais da equipe de saúde de diagnosticar o autismo, levando a promover um tratamento tardio.

De acordo com Franzoi, et al (2016), através da intervenção da enfermagem para qualificação profissional no sistema único de saúde observou que através do uso da música proporcionou benefícios para as crianças autistas no CAPSi, pois nela encontra-se novas percepções motoras, sensoriais, melhora da linguagem, e comportamento. Assim tornou-se ponto positivo para inter-relação entre essas crianças com o meio social, pois propiciou novas habilidades, brincadeiras e comunicação entre elas.

De acordo com Bertoluchi (2011), a música traz em conjunto um comportamento adequado para as crianças autistas, a partir da música essas crianças, aprendem a interagir junto com outras pessoas, a respeitar o tempo do próximo, a comunicação entra em vantagem, melhorando o padrão da fala e aprendem as regras da sociedade no meio entre elas. E com isso, a educação através da música faz com que a criança autista tenha a oportunidade de realizar sua própria criatividade. Portanto, a enfermagem junto com a equipe de saúde notou uma resposta positiva para essa terapia.

AS DIFICULDADES DE INTERAÇÃO DA ENFERMAGEM E DA FAMÍLIA COM ÀS CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Segundo Zanatta et al (2014), a convivência das famílias com as crianças autistas não é fácil, a família defronta-se com delimitações dessa criança e tomam conhecimento que  o filho terá limitações  e poderá não corresponder a todas as expectativas idealizadas em torno dessa criança. A família percebe que a atividade de suas vidas será alterada. Então vão surgindo os sentimentos de dor, sofrimento e aflição. A rotina de cuidados se torna cansativa, difícil e extremamente árdua, tanto pelo esforço físico quanto pelo desgaste emocional de não ver evolução no desenvolvimento da criança. Outro problema que acaba surgindo é o isolamento social dessas famílias que funciona como tentativa de evitar os olhares de discriminação e a falta de compreensão por parte das pessoas em relação à criança autista contribuindo para a restrição dessas famílias ao convívio social.

De acordo com Monteiro et al, (2008), o autismo exige da pessoa que cuida, no caso a família e os profissionais total dedicação. Em relação às mães o sentimento vai da superação ao privilégio, e elas acabam se tornando também especiais, pois compartilham dos mesmos sentimentos dos filhos, vivem o cotidiano dos filhos.

Segundo Ebert, Lorenzini, Silva, (2015), após a compreensão das mães em relação as alterações de comportamento e desenvolvimento da criança, elas passam a enfrentar uma longa jornada pelos serviços de saúde buscando respostas para as alterações percebidas no filho. Alguns enfermeiros ainda precisam melhorar a capacitação para dar suporte na investigação ou a confirmação do diagnóstico. Precisa-se aprender novas técnicas de tratamento e acompanhamento às crianças com TEA, conhecendo suas necessidades.

Assim como os profissionais de saúde são fundamentais para a detecção precoce do autismo, as famílias também têm um papel importante. Constatou-se ainda que informações inconsistentes, falta de conhecimento e a incapacidade de muitos profissionais da saúde acabam acarretando prejuízos ao autista e sua família (NUNES; SOUZA; GIUNCO, 2009).

De acordo com Sena,et al (2015),ainda percebe-se que os enfermeiros enfrentam um grande déficit de conhecimento em relação ao TEA. Em que parte desses profissionais não obtiveram a oportunidade de trabalhar com crianças que apresentasse esse diagnóstico. Além de revelarem que não participaram de nenhuma ação que promovesse a melhoria para o diagnóstico precoce, precisando assim uma educação permanente e continuada.

Segundo Gomes et al, (2015), são necessárias permanentes sensibilizações, preparação e atualização sobre o tema para vários profissionais da saúde, pois o que se observa através das produções estudadas é que a sobrecarga familiar é muito grande e que pode ser aliviada com eficiente e oportuno diagnóstico, construção compartilhada de planos de cuidados e aperfeiçoamento na rede social de apoio as crianças com transtorno do espectro autista e seus familiares.

CONCLUSÃO

Diante dos dados apresentados, observou-se que a abordagem nos artigos sobre os cuidados de enfermagem em relação às crianças com transtorno do espectro autista, é bastante reduzida, o que ocasionou certa dificuldade na aquisição de um acervo literário maior para composição da pesquisa realizada. E que o transtorno do espectro autista é mais abordado em estudos científicos relacionados a área da educação e  já na área da saúde são evidenciados poucos estudos. No entanto houve um tempo consideravelmente bom para a dedicação a essa busca, porém o acervo disponível não conduzia com o eixo da pesquisa. Portanto, a pesquisa foi desenvolvida em cima de um acervo que foi disponibilizado especialmente nos bancos de dados.

Ao término das pesquisas, concluiu-se que a equipe de enfermagem adquire um desempenho importante tanto para as crianças diagnosticadas com autismo quanto para a sua família, pois as duas partes envolvidas precisam de cuidados e tratamento. Ao enfermeiro, por ser o profissional que passa mais tempo em contato com os pacientes cabe a criação e o controle de um ambiente terapêutico específico com o intuito de ajudar no desenvolvimento da autoestima e autocuidado do paciente autista buscando inseri-lo na comunidade, acolhendo-o de modo integral e respeitando todos os seus direitos legais.

Percebe-se que a qualificação profissional da equipe multiprofissional não está preparada totalmente para o acolhimento dessas crianças com transtorno do espectro autista, o que acaba dificultando o diagnóstico precoce, e aumentando o estresse familiar durante a sua longa jornada em busca de tratamento.

Dessa maneira faz-se necessário que as instituições de ensino, adotem estratégias para educação continuada a respeito do transtorno do espectro autista, principalmente para os profissionais enfermeiros, criando estratégias de ensino que possam qualificar e melhorar o conhecimento desses profissionais de saúde. A fim de auxiliar a equipe para que possa compreender a importância e a habilidade do diagnóstico precoce para as crianças autistas e suas famílias. Vale ressaltar também, que as instituições de saúde precisam desenvolver estratégias que possam orientar as famílias, a saber identificar os principais sinais clínicos que possam ajudar no diagnóstico precoce da criança autista. Pois, quanto antes for determinado o diagnóstico mais chances a criança tem de se desenvolver e conviver na sociedade, sendo necessário que haja cada vez mais informações, estudos e treinamentos a respeito do autismo para que os enfermeiros juntamente com a equipe de saúde possam auxiliar no tratamento do transtorno do espectro autista, melhorando a qualidade de vida dessas crianças e de seus familiares.

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[1] Graduanda em Enfermagem pela Faculdade Santo Agostinho-FSA.

[2] Graduanda em Enfermagem pela Faculdade Santo Agostinho-FSA.

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Antonia Maria Brito da Silva Sousa

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