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Relação da conexão “Eu-Deus” em pacientes portadores de câncer

RC: 66266
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/portadores-de-cancer

CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

OLIVEIRA, Vanessa Cristina de Castro Aragão [1], CORREIA, Kharla Lettícia de Castro Loiola [2], LEAL, Jamile Costa [3], MACÊDO, Maria Gabriela Luz [4]

OLIVEIRA, Vanessa Cristina de Castro Aragão. Et al. Relação da conexão “Eu-Deus” em pacientes portadores de câncer. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 11, Vol. 11, pp. 42-55. Novembro de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/portadores-de-cancer, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/portadores-de-cancer

RESUMO

Este trabalho trata-se de uma revisão de literatura que aborda temas relacionados a um senso de conexão com um ser de natureza superior pelos portadores de câncer. Objetivo:  buscar a relação de conexão “Eu-Deus” em pacientes portadores de câncer. Metodologia: As buscas foram realizadas a partir de publicações indexadas nas bases de dados Scielo, Lilacs e Medline, cruzando os termos: câncer/espiritualidade/saúde, cancer/spirituality/health e cáncer/espiritualidad /salud. A pesquisa foi limitada aos idiomas inglês, português e espanhol, de 2015 a 2020, durante o período de setembro/2019 a junho/2020. Foram localizados 934 artigos dos quais sete investigações constituíram a seleção final por atender o objetivo do estudo. As análises para a seleção dos artigos ocorreram em três etapas distintas. A primeira fase foi realizada pelas pesquisadoras, tendo como base os subsídios fornecidos pelo título e palavras-chave, a segunda, passou-se à leitura dos resumos eleitos e a terceira última fase de seleção, onde ocorreu finalmente a leitura dos trabalhos que forneciam subsídios ao estudo. Conclusão: Observa-se que na maioria dos artigos é relatado a crença em Deus baseada na fé e na espiritualidade, o que mostra que se trata de um apoio favorável, estimula as pessoas a curar o medo e a ansiedade e é fonte de força para os participantes das pesquisas encontradas.

Palavras- Chave: Espiritualidade, câncer, saúde pública.

INTRODUÇÃO

Este trabalho trata-se de uma revisão de literatura que abordam temas relacionados a um senso de conexão com um ser de natureza superior pelos portadores de câncer.

Ter diagnóstico de neoplasia gera um abalo imensurável na vida da pessoa. Para enfrentar o momento conflituoso causado pela notícia, os indivíduos com câncer empregam variadas ferramentas de enfrentamento, sobressaindo no presente trabalho a religiosidade e a espiritualidade, que prevalecem em boa parte das pessoas acometida por essa enfermidade.

Todas as concepções de doutrina atuam aliadas aos discursos, atos, cultos e rituais, bem como os demais modelos de demonstração religiosa, de forma que o processo de ensino-aprendizagem possa ser propagado através de gerações utilizando-se da educação e do conhecimento.

No Universo há uma vibração sutilíssima que transpõe tudo denominado de plano vibratório divino. Situado abaixo deste, está o plano monádico em que vibram as Mônadas ou Centelhas Divinas (PATORINI, 2010)

Contudo o contato com um ser de natureza superior dar-se-á através da vibração da centelha divina que habita nos seres humanos. Dessa forma em busca de barganhar algo positivo ao seu favor, o indivíduo procura a interligação mente-corpo-espírito, através de algo que denomina fé, energia cósmica ou luz interior, muitas vezes ligado à religiosidade.

Destarte, o homem resultante de uma Fagulha divina, com sua mente, que se particulariza num Espírito, busca o caminho da evolução, pois para adiantar-se, o Espírito plasma para si, por adensamento, uma personalidade (conjunto de intelecto, astral, etéreo, e físico denso).

Considerando o ser espiritual e sob o olhar da saúde, pode-se pensar a espiritualidade pautada no diálogo e em novas interpretações. Desta forma, emerge um tema a ser considerado que reflete na importância espiritual frente a uma doença, não mais apenas subdividindo o homem através do equilíbrio dinâmico mente e corpo, recomendado por Descartes.

Não obstante, a concepção holística foca na percepção do homem em sua plenitude distanciando-se assim desse simplicíssimo dicotomizado. Nesse sentido, deve-se consolidar interação entre espiritualidade, no âmbito da fé, situada no campo científico.

Espiritualidade é aquela maneira pela qual intuímos que uma Energia intensa, que titulamos Espírito Criador ou Deus, perpassa todos os indivíduos e os sustentam como um incomensurável sistema cheio de significado e de propósito (BOFF, 2010). É existir com espírito e, logo, é uma grandeza constitutiva do ser humano. Isto é, viver conforme a dinâmica intensa da vida. Com isso denota que tudo na essência é visto a partir de uma nova visão aonde o indivíduo vai edificando a sua integralidade e a sua conexão com tudo que o rodeia (MULLER, 2004).

No decorrer da vida o processo energético pode variar de acordo com sua consciência, que ligada à concentração, amplifica a capacidade do indivíduo de percepção interna e externa.

Entende-se por consciência a junção de tudo aquilo em que prestamos atenção. Alguns indivíduos desconcentram-se pelos impasses do dia a dia, circunstâncias negativas que, sozinhas, aparentam ser irrelevantes, porém, juntas, bastam para sobrecarregar a consciência (CHOPRA, 2019)

Destarte, uma pessoa em sua sã consciência, considerada normal, não pode ser persuadida de que o livre-arbítrio é inexistente, o universo opera em conformidade com as leis da física, contudo os indivíduos permanecem livres para fazer suas predileções (CHOPRA e MILODNOW, 2012)

O ato de concentração depende de uma mente calma, tranquila, onde a frequência de ondas cerebrais encontra-se em alfa e, estas por sua vez promovem um relaxamento corporal onde enzimas de reestruturação biológica e regenerações teciduais são liberadas.

O controle da mente é imperioso para a concentração, meditação, e compreensão do “EU”.  Krishnamurti (1997, p.56) relata que

o que importa, naturalmente, é que cada um de nós possa achar um estado perene de libertação de todos os conflitos e das inúmeras reações que tanto caos produzem na mente; e então, talvez, com essa liberdade, venhamos a descobrir algo existente além da nossa mente; mas antes que possamos ser livres, temos, por certo, de compreender o que é o “eu”. […] se uma pessoa deseja realmente descobrir, por si própria, deverá lançar a base correta, e a base correta é a meditação. A base correta para se descobrir se existe uma realidade além das crenças que a propaganda inculcou na mente de cada um, essa base só pode ser criada pelo autoconhecimento. O conhecer a si mesmo é, exatamente, meditação. Conhecer a si mesmo não é conhecer o que se deveria ser, pois isso não tem validade, nem realidade, e não passa de mera ideia ideal.

O conhecimento de si mesmo e a espiritualidade são fontes essenciais para que possamos viver em completude, com autocontrole gerando a plenitude de sentimentos elevados na maior fração de tempo, corroborando desta forma, com uma evolução singular ao longo da vida e em todo seu contexto.

Coadunando Datolli (2017) ressalta que o devotamento ao autoconhecimento e a procura incessante de evolução espiritual, concerne variadas descobertas do “EU”, dentre elas, os defeitos, limitações, barreiras, que são particularidades necessitam de aperfeiçoamento. Assim, chama atenção para a importância de se observar quanto ao ego e pensamentos individuais, alimentados pela sociedade em que vivem.

O ego é o responsável pelo sentido da consciência e direção da vida. A influência do meio em relação à troca de energia pode levar a desconexões energéticas entumecendo o corpo etéreo desfraldando em enfermidades refletidas no indivíduo, como gastrite, psoríase, câncer, dentre outras.

Perceber-se doente, em situações de desequilíbrio biopsicosocial, desperta no ser humano uma intensa e desesperadora vontade de aproximar-se de um ser de natureza superior a fim de barganhar sua cura, porém como relata Pastorini (2010, p.11)

A prece não pode, científica e matematicamente, atingir os planos que desejamos, porque estamos “dissintonizados”. Não se trata de maldade ou “exigência” dos Espíritos superiores. Mas não chega a eles nossa prece. Da mesma forma que um rádio só de “ondas curtas” não pode captar os sinais das “ondas longas” e vice‐versa. Cada um (a ciência o comprova experimentalmente) só pode comunicar‐se com seus afins em vibração.

Diante do contexto, o objetivo do estudo pauta-se em uma revisão bibliográfica, buscando a relação de conexão “Eu-Deus” em pacientes portadores de câncer.

MATERIAIS E MÉTODOS

CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Utilizou-se como critérios de inclusão para análise estudos relacionados espiritualidade/religião de pacientes portadores de câncer, publicados entre 2015 e 2020 sem ressalvas de idade, sexo, etnia e afinidade religiosa, bem como sem restrição ao idioma de publicação.

ESTRATÉGIA DE BUSCA

As buscas foram realizadas a partir de publicações indexadas nas bases de dados Scielo, Lilacs e Medline, cruzando os termos: câncer/espiritualidade/saúde, cancer/spirituality/health e cáncer/espiritualidad/salud. A pesquisa foi limitada aos idiomas Inglês, Português e Espanhol, de 2015 a 2020, durante o período de setembro/2019 a junho/2020.

SELEÇÃO DOS ESTUDOS

Foram localizados 934 artigos dos quais sete investigações constituíram a seleção final por atender o objetivo do estudo. As análises para a seleção dos artigos ocorreram em três etapas distintas.

A primeira foi realizada pelas pesquisadoras, tendo como base os subsídios fornecidos pelo título e palavras-chave, onde após um busca minuciosa, foram descartados aqueles que não enquadravam-se no assunto pesquisado, encontravam-se duplicados, os que apresentavam apenas resumos e os que embora no título constasse uma ou mais palavras da busca, apresentavam-se fora dos critérios de inclusão.

Na segunda, passou-se à leitura dos resumos eleitos com a temática que atendiam aos propósitos da investigação, ocorrendo mais descarte de material, que não traziam em seu conteúdo a finalidade da pesquisa, passando a terceira e última fase de seleção, onde ocorreu finalmente a leitura dos trabalhos que forneciam subsídios ao estudo.

Para melhor compreensão do processo de seleção para estudos incluídos na análise, foi realizado um esquema onde pode-se observar os passos realizados no exame dos artigos encontrados nas bases de dados pesquisadas (figura 01).

Figura 1. Processo de seleção para estudos incluídos na análise.

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

Após a busca, a Tabela 1 traz os elementos das referências, seguindo a metodologia proposta. Para tanto, são fornecidas informações como autor, país, população, delineamento do estudo e local de seleção da amostra.

Tabela 1- Caracterização dos estudos incluídos na revisão de literatura

Autores País População Delineamento do estudo Local de seleção da amostra
n Idade média (anos) Sexo
MIRANDA, Sirlene Lopes de; LANNA, Maria dos Anjos Lara e; FELIPPE, Wanderley Chieppe Brasil 15 55 F-66,7%
M-33,3%
Exploratória Casa de Apoio aos Pacientes com Câncer – Vencer
KUNZ, Josiane Aparecida; CONDE, Carla Regiani; LEMOS, Talita Mayara Rossi; BARROS, Ana Elisa de Sousa; FERREIRA; Maria de Lourdes da Silva Marques. Brasil 13 F-100% Fenomenológica BOTUCCAM  (Botucatu  no  Combate  ao  Câncer  de Mama)
BENITES, Andréa Carolina; NEME, Carmen Maria Bueno; SANTOS, Manoel Antônio dos. Brasil 10 57,5 F-50,0%
M-50,0%
Fenomenológica Hospital São Judas Tadeu/Hospital do Câncer de Barretos
ALVARES, Rafaella Bortolassi; SANTOS, Izabel Dayana de Lemos; LIMA, Nara de Morais; MATTIAS, Silvia Regina; CESTARI, Maria Elisa Wotzasek; GOMES, Natália Carolina Rodrigues Colombo; PINTO, Keli Regiane Tomeleri da Fonseca. Brasil 11 50 F-100,0% Descritivo Ambulatório de Oncologia do Hospital Universitário Norte do Paraná (HUNPR)
SORATTO, Maria Tereza; SILVA, Dipaula Minotto da; ZUGNO, Paula Ioppi; DANIEL, Raquel. Brasil 10 56 F-40,0%
M-60,0%
Descritiva e de campo hospital de grande porte e de alta complexidade da Região Sul de Santa Catarina.

A tabela 2 discorre sobre os títulos dos artigos e respectivos autores, seguidos dos resultados e ano de publicação, expondo a relevância dos estudos que fazem parte dessa revisão bibliográfica.

Tabela 2 -Descrição dos principais achados dos estudos identificados na revisão sistemática

Autores/Tema Resultados Ano
MIRANDA, Sirlene Lopes de; LANNA, Maria dos Anjos Lara e; FELIPPE, Wanderley Chieppe. Espiritualidade, Depressão e Qualidade de Vida no Enfrentamento do Câncer: Estudo Exploratório A população estudada apresentou bem-estar espiritual e religioso moderados, o que sugere que o câncer favorece a busca pela espiritualidade e religiosidade como mecanismos de enfrentamento do sofrimento. As correlações apontam para uma busca significativa do paciente oncológico por espiritualidade e melhora em sua qualidade de vida. O apoio do cônjuge, demais familiares, amigos e pessoas religiosas constituem uma rede social de apoio ao paciente oncológico. 2020
KUNZ, Josiane Aparecida;  CONDE, Carla Regiani;  LEMOS, Talita Mayara Rossi; BARROS, Ana Elisa de Sousa; FERREIRA, Maria de Lourdes da Silva Marques.
A Religiosidade e Espiritualidade de Mulheres com Câncer de Mama Submetidas a Tratamento Cirúrgico.
O câncer de mama afeta não só a dimensão física das mulheres, mas os aspectos emocionais, sociais e familiares. Neste sentido, a religiosidade e espiritualidade foram alternativas buscadas pelas mulheres para enfrentar a doença, enquanto a fé proporcionou a esperança da cura. 2018
BENITES, Andréa Carolina; NEME, Carmen Maria Bueno; SANTOS, Manoel Antônio dos. Significados da espiritualidade para pacientes com câncer em cuidados paliativos Evidenciou-se a importância da dimensão espiritual na vivência do processo de morrer, possibilitando a busca de sentidos para a vida e para a morte. Este estudo revelou que estar ante a morte leva à veneração da vida, remetendo às crenças pessoais e ao que se busca como sentidos para o viver. 2017
ALVARES, Rafaella Bortolassi; SANTOS, Izabel Dayana de Lemos; LIMA, Nara de Morais; MATTIAS, Silvia Regina; CESTARI, Maria Elisa Wotzasek; GOMES, Natália Carolina Rodrigues Colombo; PINTO, Keli Regiane Tomeleri da Fonseca.
Sentimentos despertados nas mulheres frente ao diagnóstico de câncer de mama.
O sentimento de fé em Deus, embasada em crenças e na espiritualidade, foram relatadas em grande parte das entrevistas, demonstrando ser um suporte favorável, um alento para sanar medos e angústias, e fonte de força para que as participantes da pesquisa pudessem encarar o diagnóstico, tratamento e todas as mudanças geradas pela doença. 2017
SORATTO, Maria Tereza; SILVA, Dipaula Minotto da; ZUGNO, Paula Ioppi; DANIEL, Raquel. Espiritualidade e resiliência em pacientes oncológicos. Todos os pacientes entrevistados consideram que existe influência da espiritualidade na resiliência para enfrentar o processo de adoecimento e tratamento. A fé remove montanhas; oferece força, suporte e sustentação quando não conseguimos mais avançar. Deus simboliza a superação diante da crise existencial. 2016

A literatura aborda formas de mecanismos de enfrentamento demonstrando como os portadores de câncer se apoiam e lidam ativamente com eles mesmos. Nessa perspectiva, os sujeitos vivenciaram uma nova etapa de adaptação, que além de mudanças físicas, alteram seus sentimentos e autoconhecimento, promovendo uma conexão com um Ser de Natureza Superior de maneira mais íntima. Outro enfoque é a importância de ser resiliência, pois que ela traz a capacidade de superar o tratamento, recuperar os obstáculos e surgirem a vida.

Diversas questões relacionadas à espiritualidade e crenças religiosas foram citadas, onde a fé, estabelecida e fortalecida na sociedade, é a responsável por reacender a esperança destes, uma vez que perpassam por uma série de preocupações sobre o câncer.

Por acreditarem na espiritualidade adotam uma relação de poder com Deus lhes proporcionando o desejo de melhorar e até curar-se, por meio da oração. Essa intimidade com o Ser de Natureza Superior, diante da insegurança e da incerteza, resulta na construção do calor da alma, fazendo da fé o único ponto seguro e “palpável” no campo das imprevisibilidades causadas pelo câncer.

O indivíduo portador de câncer, entende a religião/espiritualidade como suporte nos momentos de sofrimento, o que se torna vital no doloroso tratamento da neoplasia. Pacientes que portam esta patologia, buscam os benefícios espirituais em seus tratamentos e muitas vezes veem os grupos religiosos como uma fonte de apoio, visto que este ambiente é propício para o compartilhar das emoções, das dores com eles, levando-os a sentirem-se confortados.

A comunicação com a Divindade através da oração, fortalece a fé, que por sua vez transcende pensamentos e crenças, amplifica o contato com o mundo interior e exterior, transmutando sua energia, minimizando o sofrimento, fornecendo subsídios para a sensação de felicidade, além de minimizar o desequilíbrio mental.

Ao refletir as práticas espirituais, observam-se aspectos importantes da vida dos portadores de câncer, visto que são compartilhados principalmente pelos pacientes em diferentes lugares, que refletem práticas culturais comuns, e por meio de usos e costumes.

Destarte, a espiritualidade através da conexão “eu-Deus” fornece suporte incomensurável para pacientes com câncer, proporcionando-lhes poder, que os libera do medo e angústias, e fortalece o autoconhecimento e a vivência na fé.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Observa-se que na maioria dos artigos é relatado a crença em Deus baseada na fé e na espiritualidade, o que mostra que se trata de um apoio favorável, estimula as pessoas a curar o medo e a ansiedade e é fonte de força para os participantes das pesquisas encontradas.

Observa-se também que o autoconhecimento é um caminho a ser seguido para ampliar a fé, a crença e a conexão com o Ser de Natureza Superior levando-os a evolução espiritual e ao controle das emoções.

Apesar das limitações da pesquisa, vale ressaltar que os resultados apresentados constituem religião e espiritualidade baseadas na fé e que Deus é fonte de força e esperança onde a cura, a graça e o milagre são atribuídos a Ele.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

(OMS/WHO), Constituição da Organização Mundial da Saúde. 1946. http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/OMS-Organiza%C3%A7%C3%A3o-Mundial-da-Sa%C3%BAde/constituicao-da-organizacao-mundial-da-saude-omswho.html (acesso em 04 de 20 de 2020).

ALVARES, Rafaella Bortolassi, et al. “Sentimentos despertados nas mulheres frente ao diagnóstico de câncer de mama.” Journal of Nursing and Health 7, nº 3 (2020): e177309 (1-10).

BENITES, Andréa Carolina, NEME, Carmen Maria Bueno, e SANTOS, Manoel Antônio dos.. “Significados da espiritualidade para pacientes com câncer em cuidados paliativos.” Estud. psicol. (Campinas) [online] 34, nº 2 (2017): 269-279.

BOFF, Leonardo. Ciudar da terra, proteger a vida: como evitar o fim do mundo. Rio de Janeiro: Record, 2010.

CHAVES, Flávio Silva, e Francisco Assis Souza SANTOS. “A espiritualidade e a medicina integrativa no contexto da saúde integral do ser humano.” Estudos Teológicos 57, nº 2 (jul/dez 2017): 382-400.

CHOPRA, Deepack, e Leonard MILODNOW. Ciencia e espiritualidade: dois pensadores, duas visões de mundo. Vol. 1, em Ciencia e espiritualidade: dois pensadores, duas visões de mundo, por Deepack Chopra, edição: tradução Claudio Carina, 321. Rio de Janeiro: Zahar/Sextane, 2012.

CHOPRA, Deepak. As sete leis espirituais do sucesso. 74. Edição: Best Seller. Tradução: Vera Caputo. Rio de Janeiro: Best Seller, 2019.

DATTOLI, Clovis. Longevidade: Como se preparar para uma vida longa e bem-sucedida. 1. Edição: Figurati. Barueri (SP): Figurati, 2017.

GILSON, E., BOEHNER, P. História da filosofia cristã: Desde as origens até Nicolau de Cusa. Petrópolis: vozes, 1988.

KRISHNAMURTI, Juddu. Krihsnamurti, o libertador de mentes. 1. São Paulo: Martin Claret, 1997.

KUNZ, Josiane Aparecida, Carla Regiani   CONDE, Talita Mayara Rossi   LEMOS, Ana Elisa de Sousa  BARROS, e Maria de Lourdes da Silva Marques  FERREIRA. “A Religiosidade e Espiritualidade de Mulheres com Câncer de Mama Submetidas a Tratamento Cirúrgico.” Rev. Enferm. Atual In Derme (edição especial N 86), 2018.

MIRANDA, Sirlene Lopes de, Maria dos Anjos Lara e LANNA, e Wanderley Chieppe. FELIPPE. “Espiritualidade, Depressão e Qualidade de Vida no Enfrentamento do Câncer: Estudo Exploratório.” Psicol. cienc. prof. [online] 35 , nº 3 (2015): 870-885.

MULLER, Marisa Campio. “Espiritualidade e qualidade de vida.” Em Espiritualidade e qualidade de vida, por Evilázio Francisco Borges Teixeira. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.

PASTORINO, C. T. Técnica da mediunidade. 2ª. Sabedoria, 2010.

SORATTO, Maria Tereza, Dipaula Minotto da  SILVA, Paula Ioppi  ZUGNO, e Raquel.  DANIEL. “Espiritualidade e resiliência em pacientes oncológicos.” Saude e pesqui. (Impr.) 9, nº 1 (jan-abr 2016): 53-63.

[1] Doutora em Saúde Pública.

[2] Acadêmica Do Curso De Medicina.

[3] Acadêmica do Curso de Medicina.

[4] Acadêmica do Curso de Medicina.

Enviado: Outubro, 2020.

Aprovado: Novembro, 2020.

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