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O perfil das crianças obesas do bairro bom jesus em serra talhada-PE

RC: 21199
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CONTEÚDO

ESTUDO DE CASO

PIRES, Clebiana de Carvalho [1], SILVA, Francy Mayara Nunes [2], COSTA, Polyana Felipe Ferreira [3]

PIRES, Clebiana de carvalho. SILVA, Francy Mayara Nunes. COSTA, Polyana Felipe Ferreira. O perfil das crianças obesas do bairro bom jesus em serra talhada-PE. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 10, Vol. 01, pp. 112-132 Outubro de 2018. ISSN:2448-0959

RESUMO

A obesidade é uma doença crônica não transmissível causada pelo acúmulo de gordura no corpo que pode ser decorrente dos maus hábitos alimentares, genética ou problemas psicológicos. Nos últimos anos a obesidade vem sendo tratada como epidemia e atingindo não somente aos adultos como também as crianças. A pesquisa busca analisar a percepção das mães em relação à obesidade mórbida em crianças do bairro Bom Jesus em Serra Talhada. Foram selecionadas de forma aleatória crianças de 2 a 5 anos que estivessem com IMC/percentil >85 e realizada uma entrevista semi-estruturada com as respectivas mães. Os resultados apontaram uma prevalência de excesso de peso onde89% das crianças pesquisadas estão com obesidade e 11% estão com sobrepeso, quanto à alimentação 44,4% nunca comem verduras e legumes e consomem diariamente massas, doces e refrigerantes; 78% deles não praticam exercício físico e 33% dessas crianças já sofrem alguma doença relacionada à obesidade aumentando as chances de serem adultos obesos e com doenças como diabetes melittus tipo II, cardiovasculares, endócrinas e neurometabólicas. Concluindo, a pesquisa mostra a necessidade da intervenção dos pais e também de instituições, como escolas e Unidade Básica de Saúde para prevenção e correção dos problemas nutricionais dessas crianças com uma educação alimentar reformulada.

Palavras-chave: Obesidade infantil, alimentação, atividade física, preconceito.

INTRODUÇÃO

A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo excesso de peso, em outros termos, é o acúmulo de gordura por todo o corpo, que resulta do estilo de vida, da predisposição genética e metabólica e ocorrem sem distinção de classe social, etnia e faixa etária (OLIVEIRA, LIMA, 2011 apud LEMOS, 2012)1 . O Brasil sofreu grandes mudanças no decorrer dos últimos 35 anos, deixando para trás os altos índices de analfabetismo, mortalidade infantil e conseguiu nos anos 90, dominar a inflação. Consequentemente o brasileiro foi mudando seu perfil, desde 1974, quando foi realizada a primeira pesquisa familiar que registrou o peso e altura dos entrevistados, essa pesquisa revelou aumento da estatura e mostrou que o brasileiro estava muito além do peso ideal. Hoje o sobrepeso atinge mais de 30% das crianças entre 5 e 9 ano, 20% da população entre 10 e 19 anos, cerca de 48% das mulheres e 50,1% dos homens acima de 20 anos. Entre os 20% mais ricos, o excesso de peso chega a 61,8% na população de mais de vinte anos, nesse grupo tem também mais percentual de obesos: 16,9% (SOARES; RITTO; 2010)2 . Vários fatores vem influenciando a alimentação infantil e causando a obesidade, os fast-food, TV, internet e a falta de atividades física. Os fast-food como salgadinhos assados, pizzas, hambúrgueres, estão na lista dos mais consumidos e que mais contribuem pra obesidade infantil e esse novo hábito alimentar é influenciado pela família, pelos amigos e pela mídia (PORTO; PIRES; COELHO, 2013)3 . Apesar de mais de 40% da população brasileira estarem acima do peso, é na infância e na adolescência que o problema no Brasil alcança os números alarmantes, segundo novos dados. Enquanto nos Estados Unidos o percentual nessa faixa cresceu 66% em 20 anos, no Brasil ele teve aumento de 239%. Pessoas obesas podem sofrer com diabetes, hipertensão, apneia do sono e alterações nas articulações, como as dores no joelho (O GLOBO, 2011; REDE GLOBO, 2014)4-5 [4]. Com o decorrer dos dias a obesidade surge e com ela as consequências de doenças cardiovasculares, endócrinas, respiratórias, e ósseas, além da criança desenvolver essas doenças, ainda é alvo de bullying, que é uma forma de agressão verbal ou física, com intenção de menosprezar, afetando assim também o psicológico da criança tornando-se agressiva, irritada e depressiva (LUIZ et AL, 2005)6; COSTA; SOUSA; OLIVEIRA, (2012)7 . Nesta pesquisa buscamos analisar a percepção das mães em relação à obesidade mórbida em crianças no bairro do Bom Jesus em Serra Talhada-PE .

METODOLOGIA

Realizou-se uma pesquisa de cunho qualitativo, a qual permite responder as questões particulares. Ela trabalha com o universo dos significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos a operacionalização das variáveis. A coleta de dados foi realizada com o auxílio de dois instrumentos metodológicos: a observação participante e entrevistas semi-estruturadas. A primeira se realiza por meio do contato direto do pesquisador com o fenômeno estudado, pelo qual se mantém a presença do observador numa situação social, com a finalidade de realizar uma investigação cientifica. (MINAYO, 1994)8 . O segundo instrumento, à entrevista, que para Minayo (1993)9 é uma conversa a dois, feita pela iniciativa do entrevistador destinada a fornecer informações pertinentes para o objeto da pesquisa. Foi escolhida a entrevista do tipo semi-estruturada, por combinar perguntas fechadas (ou estruturadas) e abertas, onde o entrevistado tem a possibilidade de discorrer o tema proposto, sem respostas ou condições prefixadas pelo pesquisador. O estudo foi realizado com mães de crianças de 0 a 5 anos, a entrevista foi realizada no domicílio das mesmas com duração de aproximada de 30 minutos. A entrevista foi delimitada por critério de saturação teórica, isto é, quando o conteúdo expresso pelos pesquisados começaram a se repetir, finalizou-se a coleta dos dados. Participaram da pesquisa as mães que tinham filhos de até 5 anos com IMC superior a 30 ou com percentil por IMC >85, cadastrados nas Unidades de Saúde da Família Bom Jesus que são acompanhados pelos ACS´S responsáveis por cada área, àqueles que aceitaram realizar a pesquisa por meio do TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido), maiores de 19 anos e que estivessem com boa capacidade cognitiva para participar e responder as perguntas. Foram excluídas as mães que não responderam a entrevista até o fim, aquelas crianças que estavam com o IMC/percentil adequado e crianças desnutridas, àqueles moradores de outras comunidades e que não estavam cadastrados na Unidade de Saúde da Família. A coleta de dados foi realizada através da entrevista semi-estruturada composta por dez (10) perguntas abertas e fechadas voltadas sobre a educação alimentar dos filhos, incentivo alimentar dos pais, doenças secundárias à obesidade e preconceito. Houve a autorização da pesquisa por meio da Carta de Anuência, assinada pelo gestor Municipal, e a permissão da pesquisa dentro das Unidades do Bom Jesus. O pesquisador realizou uma reunião de apresentação do presente projeto enfatizando a importância da participação da equipe dos ACS’s e das famílias alvo da pesquisa, o questionário foi aplicado às mães nas casas das crianças com IMC/percentil elevado com acompanhamento do ACS responsável pela área, estas assinaram o TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido), validando a participação. Por se tratar de uma pesquisa envolvendo seres humanos, foi obedecido aos aspectos éticos legais de acordo com a Resolução Nº 466/2012 do Conselho Regional de Saúde que dispõe sobre diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa em seres humanos. O projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética da Faculdade Integrada de Patos – FIP para aprovação. Análise de dados segundo Bardin (2011)10 enquanto método de organização e análise dos dados possui algumas características. Primeiramente, aceita-se que o seu foco seja qualificar as vivências do sujeito, bem como suas percepções sobre determinado objeto e seus fenômenos. Ademais, a técnica permite a compreensão, a utilização e a aplicação de um determinado conteúdo. Passa a conceituar entrevista como um método de investigação específico e a classifica como diretivas ou não diretivas, ou seja, fechadas e abertas. Além disso, enfatiza que a análise do conteúdo em entrevista é muito complexo e, em alguns casos, determinados programas de computadores não podem tratá-las. Mas ele também fala que o computador e capaz de fazer tarefas que o ser humano, algumas vezes, não conseguiria. Tendo em vista será apresentado gráficos e tabelas para um melhor esclarecimentos dos dados encontrados e as falas das mães expressas no texto serão identificadas pela palavra mãe e um numeral de acordo com a ordem na entrevista: (Mãe1).

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados foram obtidos através de entrevista aplicada às mães com perguntas voltadas a alimentação, bem estar e práticas de exercício físico dos devidos filhos. A pesquisa foi realizada com as mães de nove crianças com idade entre 2 a 5 anos, seguindo o critério de inclusão que estivessem com IMC/percentil >85 e que tivessem entre 0 a 5 anos. O IMC é calculado para crianças e adolescentes, o valor do IMC é colocado no diagrama de acordo com a idade de meninos ou meninas e o IMC para obter uma classificação do percentil como o modelo da tabela nº 1.

Tabela1: Referência dos dados avaliativos.

Interpretação :
Percentil do IMC Interpretação
<10 Baixo peso
15 a 85 Normal percentil
85a <95 Excesso de peso
>95 Obesidade

Fonte: PINHEIRO, (2015).

A tabela 1 mostra o valor de referência do IMC/percentil e o correspondente peso da criança, onde o percentil do IMC < 10 significa que a criança está com baixo peso, de 15 a 85 a criança está com peso normal, 85 a <95 excesso de peso e obesa se o valor for superior a 95. A obesidade é definida pela quantidade de gordura em relação ao peso corporal superior a 20% e 30% para meninos e meninas, respectivamente. O sobrepeso é estabelecido a partir do 85º percentil do Índice de Massa Corporal relativo à idade e ao sexo (KARASEK, 2009)11 . Segundo Viunisk ( 1999) apud Brum (2009)12 classifica a obesidade quanto à intensidade, tipo de distribuição da gordura e causas ou etiologia. A obesidade infanto-juvenil pode ser graduada em: • Sobrepeso: quando o peso ou o IMC está entre o percentil 50 e 85 para o sexo, idade e altura. • Obesidade Leve: quando o peso ou o IMC está entre o percentil 85 e 95 para o sexo, idade e altura. • Obesidade Moderada: quando o peso ou o IMC está acima do percentil 95 para o sexo, idade e altura, sem ultrapassar o percentil 140, e ainda não são verificadas alterações clínicas ou laboratoriais. • Obesidade Grave, Mórbida ou Hiperobesidade: quando o peso ou o IMC está acima do percentil 95 para o sexo, idade e altura, associado a hipertensão hipercolesterolemia, diabetes, alterações ortopédicas, psiquiátricas, respiratórias ou do sono, ou sempre que o peso ou IMC está acima do percentil 140 para o sexo, idade e altura. As tabelas 2 e 3 representam os dados das crianças das UBS I e II do Bom Jesus em Serra Talhada-PE com os valores antropométricos e o correspondente percentil/IMC encontrado de cada criança.

Tabela 2: Medidas antropométricas dos meninos das UBS I e II do Bom Jesus.

Meninos Idade/ anos Altura (CM) Peso (Kg) IMC Percentil do IMC
1 3 anos 98 21 21,9 97
2 4 a 1m 105 32 29 97
3 2ª 7m 91 16 19,32 95
4 3 anos 101 20 9,7 97

Tabela 3: Dados antropométricos das meninas das UBS I e II do Bom Jesus.

Meninas Idade/anos Altura (CM) Peso (kg) IMC Percentil do IMC
1 4a 4m 106 32 28,5 97
2 5a 117 27 19,7 97
3 4a 4m 100 27 27 97
4 5a 103 32,2 30,2 97
5 4a 5m 106 23,9 20,4 97

Fonte 2 e 3: Dados da pesquisa o perfil da criança obesa do Bom Jesus-Serra Talhada-PE, 2015. As tabelas representam crianças em percentil/IMC superiores a 85 o que classifica como acima do peso. Dessas crianças apenas um menino está com sobrepeso com o percentil em 95, cinco meninas e três meninos em obesidade com percentil em 97. A avaliação quanto à predominância da obesidade entre idade e sexo em crianças de 2 a 5 anos ficou evidenciado que as meninas com idade entre 4 a 5 anos representam 55% da amostra, já os meninos tem entre 2 a 4 anos e correspondem a 44%, apesar da pouca diferença de percentil, as meninas são maioria na pesquisa.

Tabela 4: Predominância de obesidade entre sexo e idade das crianças .

Sexo Idade %
Meninas 4 a 5 5 55
Meninos 2 a 4 4 44

Fonte: Dados da pesquisa o perfil da criança obesa do Bom Jesus-Serra Talhada-PE, 2015. Recentemente um estudo feito pela revista Clinical Pediatrics revelou que a tendência à obesidade é definida até nos dois anos de idade, participaram dessa pesquisa cem crianças e adolescentes, entre os bebês 25% já estavam acima do peso aos cinco meses de vida e os menores de cinco anos, 90% já apresentavam sinais de obesidade (O GLOBO, 2011)13 . A maioria das pesquisas demonstram a prevalência de obesidade infantil no sexo feminino, não havendo causas bem definidas para tal acontecimento, a OMS diz que esse fato se deve ao excesso de energia estocado em forma de gordura e não de proteína como é comum no sexo masculino, portanto a causa de obesidade é mais frequente no sexo feminino (OLIVEIRA et al., 2003)14 .

Gráfico 1: Frequência de ingestão de frutas das crianças: Fonte: Dados da pesquisa o perfil da criança obesa do Bom Jesus-Serra Talhada-PE, 2015.

Dados da pesquisa o perfil da criança obesa do Bom Jesus-Serra Talhada-PE, 2015.

O gráfico 1 mostra que 55,6% das crianças comem frutas mais de uma vez por dia, 33,3% comem menos de uma vez por mês e que 11,1% só comem duas a três vezes por semana, somando-se os que consomem duas a três vezes por semana com os que ingerem menos de uma vez por semana temos 44,4% deles apresentando um consumo inferior ao preconizado pela OMS que recomenda um consumo mínimo de cinco porções de frutas por dia. Bortolini et al., (2012)15 relatam que 44,6% das crianças de 6 a 59 meses consomem frutas, destaca-se ainda, que 53,2% das crianças não consumiram verduras, 25,3% não consumiram legumes e 11,5% não consumiram frutas em nenhuma ocasião, na semana de referência. Soares et al., (2012)16 em um estudo transversal realizado em São Paulo, com crianças de 2 a 6 anos constataram uma prevalência de 34,4% de sobrepeso e obesidade em crianças que o consumo de frutas estava dentro dos padrões da OMS e que em compensação essas crianças comiam menos que o recomendado de verduras, cereais e legumes também excediam mais de 50% do permitido para o consumo de leites e lácteos. Segundo Triches e Giugliani, (2005)17 os padrões alimentares mudaram, isso explica o aumento da gordura nas crianças e dentre essas mudanças estão o baixo consumo de frutas, hortaliças, leite e o consumo aumentado de guloseimas e refrigerantes.

Gráfico 2: Frequência de ingestão de legumes e verduras das crianças.

Como mostra o gráfico 2 a frequência de ingestão dos alimentos como verduras e legumes na pesquisa aponta que a maioria respondeu que nunca ingeriu verduras e legumes apresentando um percentual de 44,4%, e uma vez por semana 33,3% já os que ingerem duas ou mais vezes por semana 22,2%, concluindo que o consumo de verduras e legumes é insuficiente pra uma alimentação dentro dos padrões da OMS. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda um consumo mínimo de cinco porções diárias de frutas, legumes e verduras, o equivalente a 400 gramas ou mais por dia. Segundo Fagundes et al., (2008)18 apontaram para um consumo menor de frutas, verduras e legumes nos portadores de obesidade e sobrepeso em comparação com as crianças eutróficas e o hábito de não consumir verduras e legumes esteve associado a maior frequência de sobrepeso e obesidade. Pesquisas mostram que crianças comem poucas frutas, vegetais e hortaliças em casa, mas já exageram no consumo de alimentos industrializados, segundo pesquisas da Unifesp, 8 em cada 10 crianças não consomem de maneira adequada verduras (BASILIO, 2014)19.

Gráfico 3: Frequência de ingestão de pães, massas, doces e refrigerante.

Fonte: Dados da pesquisa o perfil da criança obesa do Bom Jesus-Serra Talhada-PE, 2015.

A frequência com que as crianças das UBS do Alto do Bom Jesus ingerem massas, pães, doces e refrigerantes está representada no gráfico 3 mostrando que 44,5% delas consomem 1 vez/dia um desses alimentos, enquanto 33,3% comem 2 ou mais vezes/dia e 11,1% tanto comem uma vez/semana assim como 11,1% comem de 4 a 6 vezes/semana, constatando que mais da metade dos entrevistados consomem uma vez ou mais por dia os respectivos alimentos. A substituição das principais refeições por lanches como refrigerantes, alimentos com muito teor de sal, doces e ricos em gordura saturada estão cada vez mais ganhando as mesas brasileiras e deixando de lado as hortaliças e frutas, dessa maneira as refeições tem muito valor calórico, mas pouco nutritivo (CRUZ, SANTOS, ALBERTO, 2007)20 .

Tal realidade pode ser visualizada nos trechos do diário de campo das pesquisadoras:

Ao chegar em duas casa encontrei uma criança em horário de almoço com um prato de macarrão, a mãe disse que ele gostava e comia sempre, notei que o irmão mais velho, de nove anos, também tinha um peso elevado para a idade. Na outra casa cheguei por volta das 15:00h e encontrei a crianças lanchando uma barra de chocolate.

Verificou-se que mais de 70% das crianças menores de cinco anos de idade consumiram refrigerantes e sucos artificiais pelo menos uma vez na semana do estudo e que o consumo diário dessas bebidas foi elevado. Aproximadamente 35% das crianças avaliadas consumiram refrigerantes e sucos artificiais em quatro ou mais dias na semana (SILVA, MUNIZ, VIEIRA, 2012)21 . Segundo Stela Renner, (2012)22 no documentário Muito Além do Peso, mostra que 56% das crianças com menos de um ano de idade já tomam refrigerante e o consumo de salgadinhos e biscoitos recheados são absurdos. O consumo de alimentos tem grande influência na obesidade, tanto pela quantidade como pela qualidade da composição, há um declínio quando o assunto é alimento saudável ingerido pelos brasileiros, hoje o consumo é maior de produtos industrializados (SILVA, 2011, OLIVEIRA, 2012)23-24 .

Gráfico 4: Frequência de horas por dia que as crianças passam vendo tv ou computador

Fonte: Dados da pesquisa o perfil da criança obesa do Bom Jesus-Serra Talhada-PE, 2015.

Quanto ao tempo em que as crianças das UBS I e II do Bom Jesus passam em frente ao televisor ou computador percebe-se no gráfico 4 que a maioria, 55,5%, dedicam 2 horas/dia vendo televisão ou no computador, 11,2% 2-4 horas, 11,1% 4-6 horas e 22,2% 6 horas ou mais, concluindo que a maioria dedicam pouco tempo vendo TV ou no computador o que pode ser benéfico pra sua saúde, já que pesquisas mostram que quanto mais tempo dedicado a televisão maior incidência de obesidade. Siqueira et al., (2009)25 dizem numa pesquisa feita em Olinda –PE que 28,4% das crianças assistiam de 0-2 horas/dia e 71,6% passavam de 3 ou mais horas/dia vendo tv estavam com sobrepeso, ele relaciona a quantidade de tempo em frente a televisão com à obesidade. Borges et al., (2007)26 mostram que há relação da obesidade com a permanência em frente a televisão, relatando que 42,5% da amostra as crianças dedicaram de 2 a 3 horas diárias por semana assistindo a televisão. Mas também em crianças eutróficas apresentam um alto valor de permanência vendo a televisão, 42,4% delas passam de 2 a 3 horas e, 21,9%, 4 horas ou mais nesta mesma atividade.

Gráfico5: Índice de obesidade na família.

Fonte: Dados da pesquisa o perfil da criança obesa do Bom Jesus-Serra Talhada-PE, 2015.

O gráfico 5 relata a obesidade na família onde as mães entrevistadas 78% disseram que um dos pais tem obesidade ou alguém na família e os 22% relataram que não, que não há familiar com sobrepeso ou obesidade. Concluindo que o valor genético pode ter grande influência no fator causal de obesidade. O histórico familiar influencia diretamente no peso da criança, uma criança cujos pais são obesos possuem 80% de chance de desenvolver a doença enquanto que se um dos pais apresentarem obesidade esse valor cai para metade e se os pais não forem obesos o risco de desenvolver obesidade cai para 7% (DUARTE, 2014) 27. A obesidade está ligada a família, crianças com idade entre 3 a 10 anos que os pais são obesos tem o dobro de chances de serem obesos se comparados às crianças que os pais não apresentam obesidade e crianças com 1 a 2 anos com um dos pais obesos tem um aumento de 28% de serem obesas também (VILLARES, RIBEIRO, SILVA, 2003)28 . Perguntados se as crianças sofrem algum tipo de preconceito, apenas 33% das mães das crianças relataram que os filhos sofrem preconceito e que sempre são dos familiares, como os primos, quando estão em momentos de brincadeiras, falam apelidos de “baleia” ou chamando pelo nome de alguém que é gordo. Ao contrário do que as pesquisas mostram o restante, maioria das mães pesquisadas, 67%, relatam que não vêem sofrerem nenhum tipo de preconceito. Não são raros os casos de crianças que são vítimas de preconceitos, das ridicularizações de coleguinhas em escolas, muitos são excluídos das brincadeiras e das aulas de educação física por se cansarem rápido ou por não conseguir correr bem e ninguém quer perder nas brincadeiras ( ZOBOLI, SANTOS, 2005)29 . Obesos enfrentam todos os dias comentários de conotação negativa e menospresante tanto da família como no ambiente de trabalho, esses preconceitos são comuns desde a infancia até em adultos afetando o relacionamento pessoal, social e causando problemas emocionais ( TAVARES, NUNES, SANTOS, 2010)30. Indagados os pais sobre se eles incentivavam os filhos a comerem frutas, verduras e legumes, todos, com unanimidade, responderam que incentivam aos filhos comerem frutas, legumes e verduras.

Todos os dias tento colocar ele pra comer, mas é difícil, ele não gosta(Mãe1).

Marins e Rezende, (2011)31 na pesquisa sobre percepção de mães de pré-escolares Brasileiras acerca da alimentação dos filhos e mostra que as mães têm conhecimento dos alimentos saudáveis e fazem de tudo para que eles comam e chegam a usar métodos como chantagem, promessas de dá guloseimas se comerem tudo, para que eles comam. Pradi e Rodrigues, (2011)32 relatam que os pais indagados em sua pesquisa sobre o que mandam nas lancheiras de seus filhos para a escola responderam em sua maioria que preferem produtos industrializados por serem mais práticos e usam entre eles bolos e sucos de caixinhas.

Gráfico 6: Porcentagem de problemas de saúde relacionado com a obesidade ou sobrepeso

Dados da pesquisa o perfil da criança obesa do Bom Jesus-Serra Talhada-PE, 2015.

O gráfico 6 relata o problema de saúde relacionado ou causado pelo excesso de peso ou obesidade, 67% das mães dizem que não, os filhos não apresentam nenhuma doença relacionada com a obesidade e 33% dizem que sim.

“Ele sente cansado e fica sem fôlego quando corre e anda, tem uma dormência nas pernas e o cardiologista encaminhou ele para a nutricionista” (Mãe 3).

Para Escrivão et al., (2000)33 a obesidade é uma das principais causa de hipertensão em crianças, assim como complicações ortopédicas, alterações pulmonares, diabetes Mellitus tipo II, aumento dos níveis de colesterol. Villares, Ribeiro e Silva, (2003)34 dizem que a obesidade está associada a grandes consequências para as crianças e adolescentes, consequências como dislipidemia, inflamação crônica, aumento da tendência de coagulação sanguínea, resistência à insulina, diabetes tipo II, complicações ortopédicas, problemas renais, apneia do sono, depressão e doenças cardíacas. Enquanto Melo, (2011)35 diz que as consequências do sobrepeso e obesidade são preocupantes, pois podem surgir na criança diabetes mellitus tipo II, doenças cardiovasculares, alguns cânceres, hipertensão, doença na vesícula biliar, osteoartrose, apneia do sono, dislipidemia, (DHGNA) Doença Hepática Não Alcoólica.

Gráfico 7: Índice de satisfação com peso das crianças.

Fonte: Dados da pesquisa o perfil da criança obesa do Bom Jesus-Serra Talhada-PE, 2015.

O gráfico 7 mostra a satisfação das mães quanto ao peso dos filhos, 56% das mães dizem estarem satisfeitas e 44% não estão.

“Estou, acho ela fofinha, mas se for pela saúde dela a gente faz regime!” (Mãe 2).

Na pesquisa a Avaliação da insatisfação corporal e da autoestima em crianças e adolescentes com diagnóstico de obesidade de Silva et al., (2009)36 há insatisfação da imagem corporal e o desejo de ser mais magros nos dois sexos, tanto em meninas quanto em meninos e essa insatisfação pode ser influenciada pela crítica e comentários pejorativos por parte da família e colegas. Simões e Menezes, (2007)37 relatam que a criança com excesso de peso sente-se incomodada em algumas atividades físicas com isso ela se acha menos competente e tende a ficar retraída e com isso vem à insatisfação quanto ao corpo. Segundo Zoboli e Santos, (2005, p. 85)38 “no dia-a-dia de nossas escolas, percebemos um grande número de crianças com dificuldades de lidar com o próprio corpo. Não são raros os alunos que se envergonham de sua auto-imagem corporal.”

Gráfico 8: Frequência de atividade física das crianças.

Fonte: Dados da pesquisa o perfil da criança obesa do Bom Jesus-Serra Talhada-PE, 2015.

O gráfico 8 relata a frequência de atividade física das crianças do Bom Jesus, indagadas quanto à prática de exercício físico dos filhos 22% das mães responderam que seus filhos realizam e 78% apenas brincam em casa, os que realizam exercício físico, fazem caminhas de 30 minutos por dia e andam de bicicleta. O sedentarismo é uma das causas da obesidade, atualmente a maioria das crianças estão diminuindo a prática de exercícios físicos, esse fato se deve ao tempo dedicado a tv e computador e por sua vez a obesidade também influencia na prática de atividades físicas, pois crianças obesas tendem a ter dificuldade na prática dos exercícios, pois cansam rápido e correm devagar (DUARTE, 2014)39. Junior et al., (2012)40 dizem que a junção de uma má alimentação e ausência em praticar uma atividade física são as influências mais comuns na obesidade, tanto as escolas como a família tem que incentivar a criança a praticar exercícios físicos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A obesidade na infância é um problema presente na saúde pública do Brasil, foi observado nesta pesquisa, que das nove crianças participantes, oito, encontram- se obesas, num total de 89%, e uma, 11% se enquadra na classificação de sobrepeso. As crianças, (78%) não costumam praticar atividades físicas, poucas ingerem verduras e frutas e excedem no consumo de massas, refrigerantes e doces, o sexo feminino é o mais acometido pela obesidade, em relação ao tempo dedicado vendo tv ou no computador 55,5% dedicam apenas duas horas por dia nesse entretenimento, o que é favorável às crianças já que alguns estudos relatam que o tempo vendo tv está diretamente ligado a obesidade. Tanto nesta pesquisa como em outros trabalhos estudados, verificou-se a genética como importante fator de risco à obesidade, isso reforça a ideia de que o histórico familiar deve ser avaliado para minimizar maiores complicações na criança e para que os pais desde cedo já possam ir educando a alimentação, introduzindo alimentos saudáveis. As mães relatam já terem presenciado algum preconceito pela população acerca da obesidade em seus filhos, 56% das afirmam estarem satisfeitas com o peso dos filhos, mostrando que muitas não têm conhecimento dos danos que a obesidade pode causar como hipertensão, diebetes mellitus, depressão, entre outras. Os genitores são responsáveis pela educação no lar, pois a questão alimentar depende muito dos costumes e hábitos dos mesmos para com os filhos, se eles não acostumam, não cobram, não oferecem alimentos saudáveis, dificilmente a criança terá o hábito de comer tais produtos. Os próprios pais muitas vezes proporcionam às crianças alimentos industrializados, são para eles mais práticos de serem consumidos e apresentam uma durabilidade maior, então cabe aos pais terem o cuidado quanto a alimentação dos filhos e introduzirem alimentos menos calóricos e mais saudáveis onde seus filhos possam ter uma infância livres dos danos da obesidade. Cabe a UBS como precursora da prevenção e promoção da saúde realizar palestras com a comunidade sobre o problema da obesidade e que nas crianças a atenção tem que ser redobrada, nas consultas de puericultura orientar as mães sobre alimentos saudáveis e averiguar o IMC, quando elevado, encaminhar essa criança para a equipe do NASF para que se possa ter uma assistência completa e consiga superar os danos que a obesidade causa, tanto físico como psicossocial.

REFERÊNCIAS

  1. LEMOS, M. C. de. Obesidade infantil: As dificuldades da criança em relação à obesidade. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, São Paulo. v.6. n.36. p.357-363. Nov/Dez. 2012. ISSN 1981-9919. Disponível em <http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/search/search>.
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[1] Pós-graduanda em saúde pública pela AEG consultoria em saúde.

[2] Pós-graduanda em saúde pública pela AEG consultoria em saúde.

[3] Orientadora de pesquisa do curso de pós-graduação em saúde pública pela AEG consultoria em saúde.

Recebido: Janeiro, 2018

Aprovado: Setembro, 2018

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Clebiana de Carvalho Pires

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