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Saúde sexual e reprodutiva: troca de experiências entre adolescentes e acadêmicas

RC: 32824
540
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/saude-sexual

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

HILÁRIO, Carolina Casagrande [1], TAKESHITA, Isabela Mie [2], ETO, Gabriela de Moura [3], ROSIGNOLI, Jordana Bernardes [4], SANTOS , Lidiane Pereira de Sousa [5], MOURA, Luciana Ramos de [6]

HILÁRIO, Carolina Casagrande. Et al. Saúde sexual e reprodutiva: troca de experiências entre adolescentes e acadêmicas. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 06, Vol. 10, pp. 90-106. Junho de 2019. ISSN: 2448-095

RESUMO

A Adolescência é uma fase da vida definida como o período entre 10 e 19 anos de idade, uma passagem da infância para a idade adulta. Momento de mudanças que perpassam pela sexualidade e que está relacionada com novas descobertas e experiências. É relevante abordar com os jovens sobre a saúde sexual e reprodutiva, com a finalidade de prevenir infecções sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada e, desta forma, minimizar os efeitos emocionais e sociais. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos sobre a construção coletiva de conhecimentos sobre saúde reprodutiva e sexual entre adolescentes. Método: Trata-se de um relato de experiência fundamentado no conhecimento prático ampliado no Projeto de Extensão “Adolescer Positivo”, com adolescentes na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. O projeto foi realizado com base na metodologia participativa, por meio da roda de conversa, o que favorece a interação dos participantes. Foram trabalhados seis temas, sendo: “O que é saúde?”, “Projeto de vida”, “Saúde mental”, “Drogas”, “Prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s)” e “Planejamento Familiar”. Contudo, este artigo irá apresentar o relato das duas últimas temáticas discutidas com os jovens: Prevenção de IST’s e Planejamento familiar. Resultados: Na ação realizada foi possível conhecer e compreender a exteriorização dos adolescentes acerca das IST’s como o vírus da imunodeficiência humana (HIV), Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), Papiloma vírus humano (HPV), Hepatite B e C e Sífilis abordados durante as atividades. Os alunos demonstraram-se participativos por meio do conhecimento que possuíam e interessados nas novas informações. O conhecimento prático adquirido durante o projeto possibilitou a troca de experiências e uma vivência ímpar entre os participantes. Conclusão: Esse projeto de pesquisa ofereceu a esse grupo de adolescentes um espaço de vivências, discussão, debate e troca de conhecimento sobre saúde sexual. As rodas de conversa foram muito eficazes para comunicação e a experiência de promoção da mudança de comportamentos de risco desses jovens foi sentida na pele dos extensionistas.

Palavras-chave: Adolescente, educação em saúde, saúde sexual e reprodutiva, sexualidade.

1. INTRODUÇÃO

A Adolescência é uma fase da vida com características próprias e marcantes que evidenciam a passagem da infância para a idade adulta, com mudanças não apenas físicas, mas também cognitivas e emocionais, inclusive no campo da sexualidade (CAMPOS et al., 2013).

No Brasil, esse período de transição tem seus direitos fundamentais garantidos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069 de 1990, que considera a adolescência como a faixa etária entre 12 e 18 anos (artigo 2º) e traz a saúde como um dever da família e da comunidade em geral (artigo 4º) (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 1990).

A garantia desses direitos proporcionou a discussão e a implantação de ações voltadas à promoção, prevenção e assistência à saúde sexual dessa parcela da população, por exemplo, através de rodas de conversa. (MACIEL et al., 2014)

Para os adolescentes, a sexualidade está relacionada com novas experiências e descobertas e que requerem práticas mais autônomas e, principalmente, uma maior responsabilidade. Desta forma, é essencial a criação de diálogos com esse grupo, que escutem as dúvidas, mas também os sentimentos, desejos e promova a construção de conhecimentos claros, com ações de promoção de saúde sexual para esses jovens (CAMPOS et al., 2013).

Abordar a saúde sexual e reprodutiva com adolescentes é de grande relevância, sendo essa uma condição importante para a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada e, desta forma, minimização dos efeitos emocionais e sociais que podem trazer aos jovens despreparados (SFAIR et al., 2015). Efeitos que podem desestruturar vidas e determinar a reprodução do ciclo de pobreza das populações, já que impedem a continuidade dos estudos e o acesso ao mercado de trabalho (CAMPOS et al., 2013).

Com relação a esse contexto e temática, o cenário presente, uma Escola Estadual, localizada na região centro-sul da cidade de Belo Horizonte (MG), reflete uma condição de todo o país.

Muitos jovens apresentam início precoce da vida sexual e desconhecem a estrutura anátomo-fisiológica reprodutiva de seus corpos, assim como os métodos de prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (SILVA et al., 2015).

Como os pais tem dificuldade para abordar assuntos ligados à sexualidade com seus filhos, acabam entregando esta função a terceiros (a escola, os círculos sociais do próprio jovem, entre outros) (OLIVEIRA; LEITE JUNIOR; NASCIMENTO, 2017). Assim, a parceria entre Academia e Escola na promoção da saúde de adolescentes sobre sua saúde sexual e reprodutiva é fundamental (CAMPOS et al., 2013).

2. OBJETIVOS

Relatar a experiência de acadêmicos sobre a construção coletiva de conhecimentos sobre saúde sexual e reprodutiva entre adolescentes de uma Escola Estadual em Belo Horizonte (MG).

3.MÉTODOS

O Projeto de Extensão Adolescer Positivo, promoveu encontros com adolescentes, estudantes de uma Escola Estadual de Belo Horizonte, Minas Gerais. Por meio de rodas de conversa com dinâmicas temáticas abordou-se as percepções, convicções e conhecimentos que esses adolescentes têm em relação à própria saúde e às transformações físicas, psíquicas e sociais que os permeiam.

Edições anteriores do Projeto já foram realizadas nessa mesma instituição, o que rendeu comentários positivos dos adolescentes e garantiu a manutenção da parceria. Em 2018, foram escolhidos para participar das atividades os alunos da “Telessala”. Trata-se de uma turma composta por 25 alunos, com idades entre 14 e 16 anos, que passaram pelo processo de reprovação em algum momento de sua trajetória escolar. Esses alunos foram alocados em uma única sala e são orientados por apenas uma professora.

Esse grupo de alunos foi escolhido pela direção da escola devido às características de maior vulnerabilidade social, como dificuldade de inserção em grupos e atraso do conteúdo programático.

Foram trabalhados seis temas em seis encontros na Escola, ou seja, em cada encontro era versado um tema. O primeiro encontro aconteceu no final do mês de agosto de 2018, e os demais aconteceram quinzenalmente, a partir desse, com os seguintes conteúdos: “O que é saúde?”, “Projeto de vida”, “Saúde mental”, “Drogas”, “Prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s)” e “Planejamento Familiar”. O Projeto se encerrou em dezembro e este artigo irá apresentar o relato das duas últimas temáticas discutidas com os jovens: Prevenção de IST’s e Planejamento familiar, devido a aproximação dos assuntos e também de sua relevância.

O delineamento metodológico adotado neste Projeto de Extensão se aproxima das características de um relato de experiência descritivo de natureza qualitativa, ao descrever a vivência das atividades de ensino e extensão focadas na prática da roda de conversa, realizada com esses jovens.

A roda de conversa fundamenta-se em uma metodologia de discussão coletiva sobre determinadas temáticas, por meio da criação de espaços de diálogo, onde os indivíduos podem expor sua opinião, escutar os outros e a si mesmos (COELHO, 2017) (NASCIMENTO e SILVA, 2009). A fala permite a construção coletiva do conhecimento, proporcionada pela abertura de novas possibilidades, entrosamento entre os participantes e criação de elos de confiança (SAMPAIO et al., 2014) (CRESWELL, 2010). Nessa perspectiva, a roda de conversa se encaixou como um método adequado e benéfico para ser utilizado nos encontros.

As atividades na Escola aconteciam quinzenalmente e eram desenvolvidos pelas extensionistas, acompanhados e aperfeiçoados pelas professoras orientadoras. Tiveram um formato padrão de desenvolvimento, isto é, iniciavam-se com uma dinâmica envolvendo toda a turma, sucedida pela roda de conversa. As dinâmicas foram desenvolvidas com foco no conteúdo apresentado no dia.

Os temas levados para debate foram determinados pelas orientadoras com base em demandas e experiências anteriores com adolescentes. Os encontros eram planejados em reuniões entre professoras e extensionistas que aconteciam na Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais. Discutia-se os conteúdos, a partir de fundamentação teórica de artigos científicos e a abordagem que cada tema demandaria. Decidia-se ainda as dinâmicas que antecederiam as rodas de conversa.

As intervenções foram planejadas buscando o uso de recursos pedagógicos participativos e exercícios de integração grupal, atividades educativas e outros artifícios para estimular a participação de todos os alunos nos debates e garantir o bom entendimento dos temas, com espaços para esclarecimentos de dúvidas, reflexões e comentários.

4. RESULTADOS

Participaram, em média, a cada encontro, 25 alunos, com idades entre 14 e 16 anos, todos com algum histórico de reprovação escolar. Na ação realizada foi possível conhecer e compreender a exteriorização dos alunos acerca dos conteúdos abordados.

Este relato destaca a relevância da Prevenção contra IST’s, entre elas o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), Papiloma Vírus Humano (HPV), Hepatites B e C e Sífilis; e Planejamento familiar com abordagem na prevenção da gravidez na adolescência.

4.1 DISCUTINDO IST’s

Levando em consideração o desconhecimento dos jovens a respeito de IST’s era relevante estabelecer um encontro para orientá-los a identificar os fatores de risco, sintomas e as principais formas de prevenção para HIV/AIDS, HPV, Hepatites B e C e Sífilis.

A escolha dessas quatro infecções ocorreu em função da notoriedade que elas têm ganhado nos últimos anos, com fácil disseminação entre a população jovem, que possui comportamento sexual de risco.

No primeiro momento foi realizada uma dinâmica de perguntas e respostas, na qual cada aluno recebeu um papel onde estavam escritas frases relativas aos fatores de risco, sintomas ou formas de prevenção das infecções citadas. Ao mesmo tempo, foi colado no quadro uma lista com o nome da IST e seus respectivos fatores de risco, sintomas e formas de prevenção. Foi solicitado que eles posicionassem corretamente a frase que receberam no lugar mais apropriado (Figura 1).

Figura 1 – Resultado da dinâmica de perguntas e respostas sobre infecções sexualmente transmissíveis. Result of the question and answer dynamics about sexually transmitted infeccions.

Fonte: Elaborado pelas autoras

Os alunos demonstraram-se participativos através do conhecimento prévio e individual. A utilização da roda de conversa possibilitou ótima interação entre os estudantes da escola e as acadêmicas, além disso, temáticas como essas, nem sempre são abordadas no âmbito escolar.

Os adolescentes não ocuparam uma posição de meros expectadores e sim de participantes atuantes, de acordo com suas expectativas e anseios.

Em seguida foi discutida e praticada a colocação correta do preservativo masculino, a forma lúdica com que foi realizada a dinâmica contribuiu para o aprendizado, mesmo diante da timidez de alguns alunos.

Para essa atividade foram levadas para a sala de aula cenouras e preservativos, desta forma, os alunos foram orientados a fazer uma simulação do uso e representaram a forma certa de coloca-los e retira-los. Alguns alunos ficaram relutantes em participar da dinâmica, apenas cinco alunos se voluntariaram para realizarem a atividade.

No fechamento do encontro, foi entregue um ovo de galinha para cada aluno. Eles foram orientados a levar o ovo para casa e trazê-lo no próximo encontro, com a intenção de prepará-los para o próximo tema, que seria Planejamento Familiar.

4.2 DISCUTINDO PLANEJAMENTO FAMILIAR

Reafirmando a importância da utilização de preservativos e de outros métodos anticonceptivos abordou-se o tema “Planejamento familiar”, por meio do enfoque na prevenção da gravidez na adolescência, ou seja, o objetivo do encontro foi: compreender os principais métodos contraceptivos existentes e como utilizá-los.

Esta abordagem foi feita através da dinâmica com o ovo. Os adolescentes receberam um ovo de galinha cru no encontro anterior e foram instruídos sobre como deveriam proceder com ele. Foi solicitado que não deixassem o ovo quebrar, que sempre levassem o ovo para onde fossem e que os trouxessem no próximo encontro.

No dia, a atividade se iniciou por meio da roda de conversa, promovida pela seguinte provocação: reflexão metafórica que comparasse o ovo a um bebê, pensando nos cuidados que o ovo exigiu e, numa escala muito maior, a que um bebê demandaria. Desta forma, eles iriam imaginar como um filho não planejado pode afetar o cotidiano e outros planos de vida.

As reflexões foram diversas, mas de modo geral convergiram para a ideia que uma gravidez não planejada realmente poderia prejudicar o andamento dos estudos, de alguns projetos de vida, das relações sociais e familiares.

Ao perceberem que seria necessário planejar esta gravidez, por vezes, prevenindo-a, foram apresentados métodos contraceptivos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como preservativos feminino e masculino, anticoncepcional oral combinado, injeção anticoncepcional, dispositivo intrauterino (DIU) e pílula de emergência.

Pela discussão na roda de conversa foi abordado onde encontrar tais contraceptivos, quais eram os seus efeitos no organismo (composição, mecanismo de ação e efeitos colaterais), contraindicações e a forma de utilização correta de cada um dos métodos.

No decorrer da conversa, os jovens tiraram dúvidas e relataram situações pessoais, as quais exemplificaram possíveis dificuldades no uso dos métodos que puderam ser esclarecidas. Por outro lado, promoveu a ampliação da visão daqueles que ainda não haviam vivenciado a situação.

5. DISCUSSÃO

5.1 SEXUALIDADE ENTRE JOVENS

A sexualidade na adolescência possui questões que permeiam desconhecimento e deficiência de informação, uma vez que é um assunto complexo, pois até hoje envolve preconceitos e tabus (ARAÚJO, 2015).

Ao abordar sobre sexualidade com esses adolescentes de uma escola estadual, percebeu-se um padrão comportamental que outras literaturas também relatam: Na grande maioria das vezes, os meninos iniciam sua vida sexual mais precocemente que as meninas, no Brasil, a faixa etária masculina tem sua primeira relação entre os 10 a 14 anos, enquanto que a feminina fica entre os 15 a 19 anos. Isso corrobora o pensamento de que a educação sexual deveria iniciar ainda mais cedo do que normalmente acontece (CAMPOS et al., 2013).

Sabe-se que no Brasil, a incidência não apenas da AIDS, mas também de outras IST’s tem crescido na população em geral, e é importante destacar que o número de adolescentes contaminados também aumenta. O início precoce das relações sexuais, a multiplicidade de parceiros e a pouca utilização de preservativos são fatores que contribuem para aumentar a vulnerabilidade de adolescentes as IST e a gravidez precoce (SOUZA e SOUSA, 2017).

As informações sobre o HIV, por exemplo, são pouco difundidas entre os jovens, o que é mais crítico entre adolescentes soropositivos. Estudo revela que eles desejam ter mais informações sobre como se dá a transmissão do vírus, bem como sua prevenção. Almejam mais discussões sobre os avanços tecnológicos e querem falar sobre os dilemas vivenciados na soropositividade (GALANO et al., 2016).

Existe uma clara dificuldade de pais e educadores em falar sobre o tema e as razões para isso possivelmente residem no fato de acreditar que poderiam estar incentivando os adolescentes à prática sexual (SOUZA e SOUSA, 2017).

Reforça-se o papel desse projeto de extensão, que promove conversas abertas sobre sexo, visando reduzir possíveis consequências trágicas no futuro.

Existe uma expectativa de que essas informações garantam uma responsabilidade maior dos adolescentes quanto à prática sexual, incluindo um uso mais amplo de preservativos. Sabe-se que o uso do preservativo, masculino ou feminino, é a única forma de evitar as ISTs, incluindo o HIV/AIDS. Desse modo, é preocupante a quantidade de alunos que, apesar de afirmarem ter consciência da importância do uso de preservativo, não tem costume de utilizá-los em grande parte das suas relações (TEIXEIRA et al., 2006).

5.2 HIV/AIDS

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde revelam que há uma tendência de crescimento das notificações de AIDS entre os jovens de 13 a 19 anos, principalmente do sexo masculino e na região Sudeste do Brasil. Nessa mesma faixa etária, foi evidenciada a maior variação percentual entre os sexos, nos últimos dez anos, já que em 2007 a razão dos sexos era de oito casos em homens para cada dez casos em mulheres, passando para 22 casos em homens a cada dez casos de mulheres em 2017 (BRASIL, 2018).

Estima-se que cerca de 1284 casos de AIDS foram identificados pelo Sistema de informação de agravos de notificação sobre AIDS (SINAN-AIDS) de Minas Gerais em jovens entre 10 e 19 anos, evidenciando um cenário ainda inquietante e que precisa ser modificado. Esses dados comprovam que apesar dos jovens usarem preservativos em maior nível quando comparados a segmentos de idade mais avançada, seu uso ainda não é feito regularmente, mostrando uma vulnerabilidade no que tange ao comportamento sexual (BRASIL, 2018).

Os jovens apresentam características que podem aumentar as vulnerabilidades à essas doenças, podendo ser subdividas em riscos comportamentais e biológicos.

Dentre as comportamentais podemos citar a inconsistência no uso de preservativos, múltiplos parceiros, parceiros com múltiplos outros parceiros e o consumo de álcool e drogas (que aumenta a probabilidade de outros riscos) (TABORDA et al., 2014).

Já em relação aos riscos biológicos, se discute sobre a imaturidade do epitélio colunar cervical, que é mais susceptível as infecções quando comparado ao epitélio escamoso que surge após a puberdade. Além disso, a comunidade científica acredita que a composição do microbioma vaginal antes e durante a puberdade possa interferir na maior probabilidade a infecções devido ao seu papel na imunidade e resposta inflamatória (TABORDA et al., 2014).

Além do HIV, outras infecções como a Sífilis e as Hepatites B e C tiveram um aumento considerável nos últimos anos o que aponta para um melhor estabelecimento de diálogo com os alunos, para esclarecer dúvidas e alertar sobre as doenças e os desafios de uma gravidez não planejada (SOUZA e SOUSA, 2017).

5.3 HPV

Alguns estudos apontam a existência de uma alta vulnerabilidade das adolescentes ao HPV. Esta é atribuída à maior exposição da zona de transformação da cérvice, junção escamocolunar, (JEC) durante a adolescência do que na vida adulta. É nesta região que comumente ocorre uma metaplasia escamosa, sendo mais suscetível à infecção por agentes patogênicos de transmissão sexual, como o próprio HPV (MURTA et al, 2001) (PINTO et al, 2012).

Além disso, grande parte das adolescentes não possuem conhecimento adequado sobre o câncer de colo uterino, doença cujo principal fator de risco é a infecção pelo HPV. Acrescenta-se ainda uma redução no uso de preservativos pela população mais jovem, muitas vezes relacionada a uma substituição desse método anticonceptivo pelo anticoncepcional oral (ACO) e acrescido também de uso frequente de tabaco. Todos esses fatores são considerados de risco para o desenvolvimento de uma infecção por HPV (CIRINO et al., 2010).

O esfregaço de Papanicolaou é o exame de rastreamento e detecção precoce das neoplasias cervicais e de células precursoras do câncer de colo do útero, mas, apesar disso, mesmo aquelas adolescentes que já realizaram o Papanicolaou desconhecem tanto o objetivo do exame quanto o HPV como principal agente oncogênico, o que ilustra uma deficiência na educação sexual (PINTO et al, 2012), o que , neste projeto, foi possível reforçar para as jovens.

5.4 SÍFILIS

A sífilis é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum, transmitida, principalmente, pela via sexual, mas também verticalmente. No Brasil, apesar de a sífilis adquirida sexualmente não é uma doença de notificação compulsória, por outro lado, sua forma congênita é (NONATO et al., 2015).

Estudo realizado em Curitiba, revela que a incidência de sífilis em gestantes adolescentes cresceu muito desde 2011, quando as notificações se tornaram expressivas. A idade de destaque foi de 15 a 19 anos, elevando a necessidade de conscientização sobre direitos sexuais e saúde reprodutiva, oportunizando aos jovens espaços de escuta e para sanar suas dúvidas (MOROSKOSKI et al., 2018).

A adolescência com sua maior vulnerabilidade, por conta do comportamento sexual característico e do uso irregular do preservativo. Essa baixa adesão ao uso de camisinha nas relações sexuais que ocorre principalmente entre as mulheres, pode estar relacionada às desigualdades de gênero para a negociação com parceiro fixo ou eventual. Mas, diante desse risco grande de ocorrência de sífilis, torna-se fundamental a sensibilização dos adolescentes para uma mudança de atitude, com grande incentivo à autoproteção, a partir do uso de preservativos. (NONATO et al., 2015).

5.5 HEPATITE B

As chances de transmissão de hepatite B em relações sexuais são maiores do que as do HIV, pois essa doença é considerada mais infecciosa. Destaca-se, principalmente, a importância da transmissão vertical na adolescência: alguns dados do Ministério da Saúde mostram um aumento no número de gestantes com hepatite B entre os anos de 1999 e 2006, sendo confirmados 11.281 casos. Assim sendo, a vacinação é um procedimento preventivo que é considerado essencial e, nesses casos, a orientação de algum profissional de saúde sobre a importância de tomar a vacina contra hepatite B é essencial (ARAUJO et al., 2012).

Adolescentes relatam que não tomaram a vacina contra hepatite B, por conta da falta de orientação e alguns referiram não considerar tal vacina necessária (FRANCISCO et al., 2015).

Os adolescentes possuem alguns comportamentos que, muitas vezes, os colocam em situação de risco para contrair a doença, como exemplo, destaca-se o início mais precoce da atividade sexual, muitas vezes com parceiros múltiplos, uso de drogas injetáveis, desconhecimento do contágio por via sexual (ARAUJO et al., 2012).

No caso do projeto em questão, ao final deste encontro sobre IST’s, os adolescentes conseguiram identificar os fatores de risco, os sintomas e as principais formas de prevenção para essas infecções.

5.6 PROMOÇÃO DA SAÚDE

A ideia de passar esse conhecimento para esses alunos é fundamental, uma vez que, de acordo com a Política Nacional de Promoção de Saúde (PNPS), a educação em saúde é um importante instrumento facilitador da capacitação da comunidade, contribuindo para a promoção da saúde. Dessa forma, acredita-se que, quanto mais cedo os adolescentes tiverem contato com esse conteúdo nas escolas, as chances de haver uma mudança de comportamento e eles passarem a se proteger é maior (OLIVEIRA e NASCIMENTO, 2017).

Projetos com essa abordagem permitem conhecer de forma mais apurada os aspectos que permeiam a vida dos envolvidos. Além de promover uma postura reflexiva acerca das diferenças existentes nos grupos (SOUZA e SOUSA, 2017).

Além da prevenção de doenças, outro tema recorrente e necessário é a gravidez na adolescência, que tem sido discutida e é alvo de políticas públicas no Brasil. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde em 2015, mostram que apesar da queda no número de adolescentes grávidas, o número de mães jovens ainda é alarmante, tendo sido cerca de 546.529 partos com mães adolescentes (BRASIL, 2015).

Essa mudança está relacionada com a expansão dos programas Saúde da Família e Saúde na Escola, que oferecem informação de educação em saúde, e ao maior acesso dos jovens a métodos contraceptivos. A gestação na adolescência é classificada como de risco, pois apresenta uma situação de risco biológico tanto para a mãe como para o recém-nascido. Além disso, existem evidências que este fenômeno contribui para a evasão escolar dessas jovens, impactando no nível de escolaridade das mães (CARNEIRO et al., 2015).

Como pouco se fala das consequências biopsicossociais da gravidez na adolescência (DUARTE, PAMPLONA E RODRIGUES, 2018), reforça-se achados anteriores, onde o abandono dos estudos pelas jovens pode acontecer por três fatores: a vergonha pela gravidez frente aos colegas, o desejo de ficar em casa com o filho ou pela necessidade de trabalhar para ajudar na renda familiar, estimulada pelos próprios pais (DADOORIAN, 2003). Os quais foram elementos abordados durante as rodas de conversa do presente relato.

Estudo realizado no Rio de Janeiro em 2009 abordou o sentimento de vergonha que os jovens possuem em relação à gravidez precoce, especialmente frente aos colegas de classe e o medo de ser julgados. Dessa forma, é possível perceber como esse sentimento pode influenciar no cotidiano desses jovens, podendo contribuir para o desejo de parar de estudar (TABORDA et al., 2014). Além de atuar na prevenção da gravidez este projeto de extensão também abordou o enfrentamento necessário no caso da gravidez indesejada, fazendo este jovem refletir e encontrar caminhos diante de uma situação tão delicada.

A necessidade de trabalhar após a gravidez ocorre de forma mais clara quando se observa a relação existente entre educação, pobreza e maternidade precoce. Em adolescentes de renda familiar mais baixa, é observado que as jovens possuem poucas chances de completar o 2º grau após o nascimento de um filho, com o intuito de auxiliar os pais. Além disso, o baixo grau de escolaridade pode trazer repercussões diretas no tipo de profissão que esses jovens terão no futuro ou nas suas condições de trabalho (CABRAL, 2003) (DIAS, 2010).

Desta forma, reforçou-se a importância da retomada dos estudos, as acadêmicas narraram histórias de jovens que conseguiram voltar a estudar e com isso, as próprias adolescentes perceberam que era uma atitude viável e com benefícios. Essas manifestações foram estimuladas durante a roda de conversa, mas antes, a postura era muito semelhante ao estudo onde adolescentes entrevistadas não possuíam planos para o futuro, pensavam apenas num futuro imediato após a gravidez, sem maiores perspectivas, com o objetivo de vida de cuidar dos filhos e trabalhar para poder educá-los (CABRAL, 2003).

Assim, em virtude do potencial risco para a saúde e da repercussão negativa que uma gravidez na adolescência possa gerar, faz-se necessário discutir esse tema com os jovens (BRASIL, 2015).

Para finalizar, o tema planejamento familiar com ênfase na prevenção da gravidez na adolescência possibilitou uma correlação entre a dinâmica utilizando um ovo de galinha, fazendo uma analogia com as possíveis dificuldades encontradas quando uma gravidez ocorre de forma não planejada durante a adolescência e do cuidado e dedicação que um filho requer.

O conhecimento prático adquirido durante o projeto adolescer com os jovens, possibilitou a troca de experiência e vivencia entre todos os envolvidos, por meio de ambiente propício, interesse na temática e reflexões oriundas das intervenções.

6. CONCLUSÃO

Esse projeto de extensão ofereceu ao grupo de adolescentes um espaço de vivências para discussão, debate e aquisição de informações, possibilitando reflexões sobre suas atitudes e comportamentos sexuais e reprodutivos.

As rodas de conversa foram muito eficazes para comunicação e tentativa de promoção da mudança de comportamentos de risco desses jovens, já que questões individuais puderam ser refletidas e discutidas na coletividade. Destaca-se ainda que durante o processo de elaboração e execução houve um cuidado com o desenvolvimento das atividades, para que as rodas de conversa promovessem o interesse de toda turma, de modo que todos participassem.

A partir das rodas com os adolescentes, as extensionistas aprenderam e apreenderam elementos que se somaram e se multiplicaram a cada etapa concluída. A troca de saberes entre a academia e a comunidade, por meio de um trabalho multidisciplinar, favoreceu uma visão integrada da conjuntura social de certos grupos. Desta forma, foi possível compreender a necessidade de transpor os conhecimentos acadêmicos para além dos muros da Faculdade, de modo que esse plano de intervenção pudesse colaborar com a melhoria da qualidade de vida sexual e reprodutiva desses adolescentes.

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[1] Graduanda em Psicologia pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.

[2] Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de Minas Gerais.

[3] Graduanda em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.

[4] Graduanda em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.

[5] Graduanda em Enfermagem pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.

[6] Doutora Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Minas Gerais.

Enviado: Março, 2019.

Aprovado: Junho, 2019.

 

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Carolina Casagrande Hilário

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