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Imagética motora e terapia por contensão induzida modificada na disfunção do membro superior pós-AVE – Revisão Sistemática

RC: 85645
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/contensao-induzida

CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

SILVA, Thamiris Barbosa da [1], FREITAS, Rodrigo [2], OLIVEIRA, Luiz Carlos Soares de [3]

SILVA, Thamiris Barbosa da. FREITAS, Rodrigo. OLIVEIRA, Luiz Carlos Soares de. Imagética motora e terapia por contensão induzida modificada na disfunção do membro superior pós-AVE – Revisão Sistemática. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 05, Vol. 10, pp. 133-166. Maio de 2021. ISSN: 2448-0959, Link de acesso:  https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/contensao-induzida, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/contensao-induzida

RESUMO

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma das causas que mais leva a morbidade e mortalidade no mundo. A Terapia por Contensão Induzida (TCI) é uma técnica de reabilitação derivada da neuropsicologia que tem como objetivo recuperar a função do membro superior acometido por uma lesão. Prática mental (PM), também conhecida como Imagética Motora (IM), consiste no método de treinamento em que a reprodução interna de um determinado evento é repetida extensivamente com a intenção de aprender uma nova habilidade ou melhorar o desempenho de uma tarefa já conhecida.  O objetivo do presente estudo foi comparar as técnicas de TCIM e IM em relação a seus benefícios como ferramenta de reabilitação na melhora do desempenho da disfunção do membro superior decorrentes de AVE. Trata-se de uma revisão sistemática da literatura realizada no período de março a abril 2020. Para a busca utilizaram-se as bases de dados PEDro, Lilacs, Medline e Pubmed de artigos no idioma português, inglês e espanhol, publicados de 2015 a 2020, com as palavras-chaves Constraint-induced movement therapy, Stroke, Upper Limb/ Upper Extremity, Imagery Motor e Mental Practice e suas respectivas correspondências em português. Na busca eletrônica pelos bancos de dados Lilacs, Pedro, Medline e Pubmed, cruzando as palavras descritas no método, foram encontrados 526 artigos, destes foram selecionados 217 artigos para leitura na íntegra. Os resultados desta revisão sistemática indicam que ambas as técnicas foram igualmente capazes de proporcionar benefícios na melhora do desempenho da disfunção do membro superior decorrentes do AVE. Embora, os melhores resultados foram observados quando associadas a outras técnicas ou quando combinadas.

Palavras-chave: Hemiparesia, Terapia por contensão induzida, Imagética Motora, Prática Mental, Membro superior.

1. INTRODUÇÃO

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma das causas que mais leva a morbidade e mortalidade no mundo, onde o indivíduo acometido por ela permanece com sequelas físicas e funcionais. Um dos principais acometimentos é a hemiplegia ou a hemiparesia em um hemicorpo (um lado do corpo), especialmente o comprometimento do membro superior do lado afetado. Levando a impactos significativos na atividade de vida diária e profissional desses indivíduos, bem como a alteração na alta estima em aspecto psicológico e na vida social do mesmo, podendo levar até mesmo a depressão.

Devido os impactos gerados em decorrência do AVE, principalmente a disfunção do membro superior do dimídio (um lado do corpo) acometido, diversas técnicas foram criadas com o intuito na recuperação motora do mesmo. Por tanto diversos estudos vem destacando grandes resultados na recuperação motora tanto no Pós-AVE quanto em patologias e/ou lesões no sistema nervoso central (SNC), através da utilização das técnicas de Imagética Motora (IM) e Terapia por Contensão Induzida.

A presente pesquisa tem como objetivo comparar as técnicas de Terapia por Contensão Induzida e Imagética Motora em relação a seus benefícios como ferramenta de reabilitação na melhora do desempenho da disfunção do membro superior decorrentes do AVE, através de uma revisão sistemática de literatura.

Diante disso, acredita-se que esse estudo pode contribuir com diversas áreas da saúde, bem como os profissionais de fisioterapia e terapia ocupacional, fornecendo informações acerca dos métodos e ferramentas que auxiliarão na reabilitação da disfunção do membro superior em decorrências do acidente vascular encefálico dentro do contexto biopsicosocial. A relevância do estudo deve-se à orientação e conhecimento a respeito do tema em questão.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO E REABILITAÇÃO

O Acidente Vascular Encefálico atinge, por ano, em todo o mundo, cerca de dezesseis milhões de pessoas, das quais seis milhões evoluem a óbito. No Brasil, são registradas, anualmente, cerca de 68 mil mortes decorrentes da doença, que é a principal causa de morbidade e mortalidade no país, gerando grande impacto social e econômico (APARECIDA et al., 2016). Em países desenvolvidos, 1 em cada 20 adultos será vítima de AVE, excedendo a incidência de doenças coronárias agudas em futuro próximo. Estima-se que até o ano 2020, o AVE e a doença arterial coronariana deverão, conjuntamente, ser as principais causas de óbitos (LOPES et al., 2016). Um número de fatores de risco modificáveis, como diabetes, hipertensão, sedentarismo etc. foram identificados ao longo dos anos e estratégias para prevenir a doença são fortemente encorajados a nível global (KHAN; WASAY, 2018).

Há dois tipos de AVE: o isquêmico e o hemorrágico. Dentre os eventos isquêmicos, temos o ataque isquêmico transitório (AIT). Dados estatísticos apontam o acidente vascular encefálico isquêmico (AVEi) como o mais comum, responsável por cerca de 80 a 85% dos casos. O acidente vascular encefálico hemorrágico (AVEh) é responsável por, aproximadamente, 15 a 20% dos casos (FIGUEIREDO et al., 2010).

A maioria dos indivíduos sobrevive ao AVEI, mas as sequelas resultantes repercutem sobre a capacidade funcional e qualidade de vida, ocasionando grande impacto nos sistemas de saúde e de seguridade social. Dentre os sintomas mais observados, estão à hemiplegia ou hemiparesia, apresentando assim, uma redução de força e resistência muscular, alteração de tônus, alterações sensório-motoras, falta de estabilidade e coordenação entre tronco e membros em suas atividades funcionais e marcha (SILVA FILHO; ALBUQUERQUE, 2017).

A hemiparesia, ou seja, a diminuição de força em um lado do corpo é a sequela neurológica mais comum após o AVE, afetando mais de 80% das pessoas, agudamente e mais de 40%, cronicamente. O comprometimento do membro superior ocorre em 85% dos casos e, permanece em 55% a 75% dos pacientes. As técnicas de reabilitação têm tido mais sucesso em restaurar a função do membro inferior do que o membro superior, mas infelizmente, a função do membro superior é que dá uma maior independência nas atividades da vida diária e maior autoestima ao indivíduo (ASSIS, 2010; PEREIRA; MENEZES; DOS ANJOS, 2010).

Durante muito tempo, acreditou-se que o sistema nervoso central (SNC), após seu desenvolvimento, tornava-se uma estrutura rígida, que não poderia ser modificada, e que lesões nele seriam permanentes, pois suas células não poderiam ser reconstituídas ou reorganizadas. A plasticidade neural refere-se à capacidade que o SNC possui em modificar algumas das suas propriedades morfológicas e funcionais em resposta às alterações do ambiente. Na presença de lesões, o SNC utiliza-se desta capacidade na tentativa de recuperar funções perdidas e/ou, principalmente, fortalecer funções similares relacionadas às originais. Os mecanismos de reparação e reorganização do SNC começam a surgir imediatamente após a lesão e podem perdurar por meses e até anos (OLIVEIRA; SALINA; ANNUNCIATO, 2001).

Diante destas incapacidades funcionais geradas após um AVE, principalmente no que tange a recuperação e aprendizagem motora de membros superiores, técnicas estão sendo preconizadas pela literatura científica à luz da neuroplasticidade que afirma que pacientes adultos com Acidente Vascular Cerebral demonstram alterações funcionais na excitabilidade cortical, taxa metabólica, fluxo sanguíneo e reorganização do mapa cortical durante terapias de reabilitação motora. E as técnicas de Terapia por Contensão Induzida (TCI) e Imagética Motora (IM) são uma das ferramentas mais utilizadas na recuperação da funcionalidade do membro superior de indivíduos acometidos por AVE (SIQUEIRA; BARBOSA, 2013).

2.2 TERAPIA POR CONTENSÃO INDUZIDA

A Terapia por Contensão Induzida (TCI) é uma técnica de reabilitação derivada da neuropsicologia que tem como objetivo recuperar a função do membro superior acometido por uma lesão. A técnica foi desenvolvida por Edward Taub e colaboradores na Universidade do Alabama (UAB) em Birmingham, nos EUA (BORGES et al., 2016). O uso da Terapia por Contensão Induzida (TCI) tem como finalidade de gerar ganhos somato-sensitivo e motores através da neuroplasticidade e reorganização cortical, obtendo ganhos na qualidade de vida (OLIVEIRA et al., 2018).

A TCI é uma técnica muito utilizada em pacientes com lesões encefálicas adquiridas (LEA), um grupo de doenças tais como acidente vascular cerebral (AVC), traumatismo crânio encefálico (TCE), anóxias cerebrais, tumores e infecções do sistema nervoso central (SNC). Levando o indivíduo a déficits motores, sensoriais, cognitivos e perceptuais que induzem à redução do uso funcional do membro superior afetado. Essa diminuição do uso funcional do membro superior acometido (MSA) pela lesão foi denominada de “não uso aprendido” (BORGES et al., 2016). Os criadores da TCI definem a técnica como um potente método de recuperação sensório-motora que encoraja o uso ativo do membro superior parético, objetivando a aumentar ou a recuperar a função motora (TAUB et al., 1993).  A redução do uso do membro acometido não é decorrente apenas da lesão do SNC, mas devido a  diminuição das zonas de representação cortical, e principalmente por um fator comportamental (BORGES et al., 2016).

A restauração do membro superior acometido é atribuída a uma reorganização cortical uso-dependente que interrompe um processo cíclico do não uso aprendido. A reorganização cortical uso dependente é um fenômeno de plasticidade cerebral onde o tamanho da área de representação cortical do membro superior é diretamente proporcional ao uso do mesmo. Esse fenômeno foi evidenciado em estudos que relatam alterações no padrão de atividade cerebral e aumento da área de representação cortical do membro superior acometido pelo AVE após a TCI (PEREIRA; MENEZES; DOS ANJOS, 2010).

A Terapia por Contensão Induzida (TCI) é baseada em três princípios ou intervenções que aplicados em conjunto, e só assim, formam a TCI: Treino de tarefa orientada intensivo com repetição do membro superior mais acometido 3 horas por dia, por 2 semanas consecutivas (shaping e task pratice); Restrição do membro superior menos afetado durante 90% das horas acordado no período do tratamento; Aplicação de um conjunto de métodos comportamentais para reforço de adesão destinado a transferir os ganhos feitos no ambiente clínico para o mundo real do paciente (MORRIS; TAUB; MARK, 2006). Seus benefícios envolvem: melhora funcional da reorganização cortical relacionada à melhora clínica da mão, recuperação motora de indivíduos hemiparéticos crônicos, melhora da destreza, motricidade residual do membro superior hemiparético e independência funcional (SIQUEIRA; BARBOSA, 2013)

O treino de tarefa orientada, onde o movimento é organizado em torno de um objetivo motor e comportamental, é realizado de maneira repetitiva e intensiva. As tarefas propostas são ajustadas segundo as necessidades e objetivos de cada paciente proporcionando a solução ativa de problemas e adaptação às alterações ambientais que juntamente com o conhecimento do resultado somam alguns dos principais conceitos da aprendizagem motora e tornam o protocolo individualizado. (PEREIRA; MENEZES; DOS ANJOS, 2010)

O shaping é um método de treinamento baseado nos princípios do treino comportamental, onde o objetivo motor é alcançado em pequenos passos. Diversos estudos apontam que as tarefas são flexíveis em relação à ampliação do nível de dificuldade e complexidade, de forma que os seus componentes podem ser modificados ao longo do protocolo de acordo com os parâmetros de progressão potenciais estabelecidos (TAUB et al., 1993).

A mudança na dificuldade de cada tarefa varia de acordo com a melhora do paciente. Para tanto, é importante definir como a tarefa será analisada estabelecendo qual o seu parâmetro de conhecimento dos resultados e quais movimentos devem ser enfatizados. Já o task pratice é uma técnica menos estruturada, ou seja, envolve atividades funcionais que são realizadas integralmente, em um período de 15 a 30 minutos. A aplicação dos métodos para reforço de adesão, também chamado de métodos para transferência, é realizada durante o protocolo da TCI e inclui procedimentos que são usados frequentemente em intervenções comportamentais para modificação de hábitos. No protocolo original criado por Taub, os métodos propostos são um contrato formal de comprometimento para o uso da luva, uma lista de tarefas para casa e um diário de casa (PEREIRA; MENEZES; DOS ANJOS, 2010).

2.3 IMAGÉTICA MOTORA

Prática mental (PM), também conhecida como Imagética Motora (IM), consiste no método de treinamento em que a reprodução interna de um determinado evento é repetida extensivamente com a intenção de aprender uma nova habilidade ou melhorar o desempenho de uma tarefa já conhecida. Por outro lado, o processo de imagi­nar um movimento, uma ou algumas vezes, é chamado de imaginação motora. (GRANATO; KYOKO; ASA, 2011). Assim, a imaginação motora se refere a uma operação cognitiva específica, enquanto a prática mental designa um método de treinamento que pode usar vários processos cognitivos, incluindo a imaginação motora. (SNC) (JACKSON et al., 2001).

Em estudos de psicologia nos esportes e no aprendizado de tarefas mostram que a prática mental com imaginação motora é capaz de melhorar o desempenho dos indivíduos quando comparado às condições sem prática, embora em menor extensão quando compara­do à somente a prática física. Es­tes achados sugerem que a prática mental com imagina­ção motora pode ser efetiva na melhora do aprendizado de tarefas motoras, esteja o indivíduo em um estágio inicial de aprendizagem ou não (GRANATO; KYOKO; ASA, 2011).

Dessa forma, a simulação mental de movimentos é um estado cognitivo que pode ser experimentado por qualquer pessoa, correspondendo às várias situações da vida diária, como observar a ação de alguém e imitá-la em seguida, antecipar as consequências de uma ação, pre­parar ou ter a intenção de mover-se ou relembrar uma ação. Nesse contexto, a imagética motora (IM) pode ser definida como um processo dinâmico, no qual o sujeito evoca o plano motor de uma determinada ação e acom­panha ativamente o seu desdobramento sem executá-la. Na teoria da simulação, as ações simuladas são de fato reais, mesmo não sendo executa­das fisicamente (BASTOS et al., 2013).

A Imagética Motora foi utilizada em algumas pesquisas como técnica na reabilitação funcional de membro superior pós-AVE, no qual obtiveram grandes resultados empregando a imaginação do movimento antes de ser realizado com o lado hemiparético, através de imagens internas (treino cinestésico) ou externas (treino visual). Foi visto que o treino mental aumenta a aprendizagem motora e as mesmas estruturas neurais musculares são ativadas quando os movimentos são praticados mentalmente como durante a prática física das mesmas habilidades (SIQUEIRA; BARBOSA, 2013). Estudos utilizando técnicas de estimulação do cérebro não invasiva permitiram a observação de ativação cortical em áreas motoras durante IM, e estudos de neuroimagem têm demonstrado que há reorganização cortical depois de IM em pessoas com acidente vascular cerebral. (GUERRA; LUCCHETTI; LUCCHETTI, 2017).

Onde alguns estudos sugerem que a área motora suplementar (SMA), cerebelo, bem como os córtices pré-motor, cíngulo, putâmen, giro frontal inferior, parietal superior e inferior, e sensório-motor e motor primário, muitas vezes estão envolvidos na execução e na imaginação dos movimentos dos membros superiores (GRANATO; KYOKO; ASA, 2011). Com base nessas descobertas, muitos pesquisadores propuseram o uso da prática mental na reabilitação física como um meio de baixo custo para promover a recuperação motora após danos ao sistema nervoso central (SNC) (JACKSON et al., 2001).

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de uma revisão sistemática da literatura realizada no período de março a abril 2020. Para a busca utilizaram-se as bases de dados PEDro, Lilacs, Medline e Pubmed de artigos no idioma português, inglês e espanhol, publicados de 2015 a 2020, com as palavras-chaves Constraint-induced movement therapy, Stroke, Upper Limb/ Upper Extremity, Imagery Motor e Mental Practice e suas respectivas correspondências em português.

Foram considerados como critério de inclusão, ensaios clínicos controlados e randomizados.

Foram excluídos artigos que apresentaram somente os resumos (sem acesso gratuito ao estudo na íntegra), teses e dissertações, resumos publicados em anais de eventos, livros e capítulos de livros. Assim como, aqueles estudos realizados há mais de cinco anos, os que apenas citaram e não detalharam o programa de reabilitação utilizando a TCI e IM, ensaios clínicos feito com crianças, animais, outras patologias não sendo AVC ou associadas e que não realizaram em membro superior e relatos de caso, estudo em cadáveres, revisões sistemáticas e ensaios clínicos não controlados e/ou randomizados.

Foram selecionados os estudos após a leitura dos títulos e após leitura, foram analisados os resumos dos artigos para identificar aqueles que atendiam aos critérios de inclusão. Na sequência, os estudos elegíveis foram analisados na íntegra para posteriores inclusão na revisão de literatura.

4. RESULTADOS

Na busca eletrônica pelos bancos de dados Lilacs, Pedro, Medline e Pubmed, cruzando as palavras descritas no método, foram encontrados 526 artigos, destes foram selecionados 217 artigos para leitura na íntegra. A partir desta leitura, 174 trabalhos foram excluídos, sendo 14 por não estarem concluídos ou não serem realizados para o membro superior, dificultando assim a reprodutibilidade, 29 por serem artigos de revisão da literatura ou relatos de caso, 7 por serem realizados com crianças, animais ou outras patologias e finalmente, os últimos 124 artigos por serem realizados há mais de 5 anos e duplicatas.

Ao final da busca e leitura dos artigos, foram selecionados 43 ensaios clínicos, controlados e randomizados, 42 no idioma inglês e apenas 1 em espanhol , 30  sobre a Terapia por Contensão Induzida (TCI), 12 sobre a Imagética Motora (IM) ou Prática Mental (PM) e 1 estudo que compara as duas técnicas. (Figura 1)

Figura 1 – Fluxograma com resultado da busca realizada nas bases de dados Medline, PubMed, Lilacs e Pedro.

Fonte: Própria.

Dentre os artigos selecionados sobre Imagética Motora (IM) ou Prática Mental (PM), um estudo foi realizado para analisar a plasticidade neural após a aplicação da técnica, outros cincos estudos associaram a IM a Estimulação Magnética Transcraniana, Estimulação Neuromuscular, Realidade Virtual, Interface cérebro-máquina e Controlado por Robô. Os outros seis estudos usaram a IM/MP comparadas a outros tipos de técnicas. Todos os estudos foram realizados em ambulatório e tinham como objetivo a melhora da função motora e qualidade vida diária (AVD’s). (Apêndice A – Quadro 1)

Enquanto que os artigos selecionados sobre Terapia por Contensão Induzida (TCI), todo realizaram treinamento com objetivo da melhora da função motora. Dos 30 estudos um realizou o treinamento no domicílio do paciente, com treino de atividade de vida diária (AVD’s) e supervisionado por um acompanhante de sua escolha. E os outros vinte e nove estudos foram realizados em ambulatório, sendo dois estudos com TCI associado a feedback auditivo e o outro visual, três usaram a estimulação neuromuscular antes da  prática da técnica, três combinaram o treinamento com estimulação magnética transcraniana, um estudo realizou a aplicação de BOTOX pré-treino, um restringiu o tronco, outro a restrição do  grupo controle foi opcional e os cinco artigos testaram o efeito da TCI de acordo com o tempo de aplicação. Outros treze artigos restante realizaram a TCI comparada a demais técnicas. (Apêndice B – Quadro 2) E apenas um artigo que combinou as duas Técnicas de TCI mais MP/IM comparado a TCI sozinha. (Apêndice C – Quadro 3)

5. DISCUSSÃO

Esse estudo teve como objetivo comparar dentre as técnicas de TCIM e IM seus benefícios como ferramenta de reabilitação na melhora do desempenho da disfunção do membro superior decorrentes do Acidente Vascular Encefálico.

Os achados científicos apontam a Terapia de Contensão Induzida (TCI) e o Treino Mental (TM) como promotoras de uma influência positiva na recuperação da funcionalidade do membro superior Pós-AVE (SIQUEIRA; BARBOSA, 2013). Ambas têm por finalidade promover ganhos somatossensoriais e motores através da neuroplasticidade. Bem como, a plasticidade do córtex motor primário sendo uma das mais importantes para a melhoria da função motora da extremidade superior (TAKEBAYASHI et al., 2017).

Estudos pontuam que a percepção sensorial é essencial para o controle motor, pois garante o feedback necessário à precisão do movimento, evitando o “não-uso” do membro superior (DOUSSOULIN et al., 2017), devido à diminuição ou perda somatossensorial (TREVISAN; TRINTINAGLIA, 2010). Grandes melhorias, significativas e persistentes podem ser obtidas no uso diário do braço mais afetado em pacientes com hemiparesia grave, mesmo em um longo período após o derrame (USWATTE et al., 2018).

O treinamento com Imagética Motora (MI) pode melhorar a entrada de informações sensoriais; e o treinamento imaginário repetido acelera a formação do arco reflexo motor normal, melhorando a função neuromuscular (PAN et al., 2019). A IM é um tratamento adjuvante promissor para a crescente população de indivíduos com hemiparesia pós-AVE (PAGE; HADE; PANG, 2016).

Em contrapartida, vários pesquisadores sugeriram que a Terapia por Contensão Induzida modificada (TCIm) promove alterações plásticas no córtex, contralateral e ipsilateral à lesão do AVE (TAKEBAYASHI et al., 2018). Podendo ser incorporada com sucesso no modelo de assistência de reabilitação, ajudando a aumentar o uso do membro superior afetado (BALDWIN et al., 2018).

Enquanto a imagética motora é conhecida por induzir a ativação em áreas do cérebro e músculos semelhantes aos envolvidos no desempenho real da tarefa (KAWAKAMI et al., 2016). Além disso, medeia e acelera o aprendizado de atividades físicas e mudanças na função motora; muitos estudos demonstraram a base neurofisiológica dos exercícios com IM (PARK et al., 2015). A IM mostrou um papel específico no aumento das atividades de repouso do ipsilesional (IPL) (WANG et al., 2019). A ativação do IPL foi observada durante a tarefa da IM não apenas em indivíduos saudáveis, mas também em pacientes com AVE (WANG et al., 2020). Assim, é razoável supor que a recuperação motora depende da reorganização da atividade cerebral nos hemisférios danificados e não danificados (FROLOV et al., 2017).

Os resultados deste estudo fornecem evidências para o benefício do treinamento de IM comparados a prática fisioterapêutica convencional. Apresentando melhor resultado no grupo de imagem comparado ao grupo de execução (GRABHERR et al., 2015). Enquanto que nesse estudo a reabilitação com o IM combinada ao treinamento físico melhorou a recuperação em pacientes com AVE (KIM; LEE, 2015). É necessário mais estudo para mostrar o efeito benéfico da prática mental comparado à terapia convencional (NAM; YI; MOON, 2019).

A TCIm provou ser uma intervenção estatisticamente significativa e clinicamente eficaz em comparação com o programa de reaprendizagem motora (BATOOL et al., 2015). E a terapia convencional para a melhora da heminegligência na fase aguda do AVE (MARÁNDOLA et al., 2020).

Melhorias na função da extremidade superior e no desempenho ocupacional também são importantes para a saúde dos pacientes com AVE (KIM; CHANG, 2018). Por outro lado, ganhos na função motora não foram associados de forma independente a melhorias na qualidade de vida. Os resultados relatados aqui apoiam ainda mais a necessidade de enfatizar a transferência na prática clínica padrão, se a melhoria da qualidade de vida é o principal objetivo do tratamento (KELLY et al., 2018).

Há indicação de que o uso do número de repetições da prática de modelagem pode efetivamente servir como uma alternativa simples e clara ao protocolo usando o número de horas de prática de modelagem (ABDULLAHI, 2018). Mas não houve correlação significativa entre reabilitação dependente da dose ou tempo e resultados funcionais (LEE et al., 2019).  Portanto, necessita ser mais investigado (STOCK et al., 2015). Enquanto que PAGE; HADE; PANG (2016) disseram que a prática mental distribuída otimiza os resultados motores na população pós-AVE, pois os pacientes geralmente ficam desinteressados e / ou cansados quando se concentram em gravações com longa duração. Assim como, a terapia convencional repetitiva (PARK; PARK, 2016).

Para Mcnulty et al. (2015) a prática caseira autodirigida contextualiza a reabilitação no ambiente doméstico e incentiva os pacientes a assumirem a responsabilidade por sua própria terapia. A reabilitação no ambiente doméstico incentiva os pacientes a assumirem a responsabilidade por sua própria terapia (BARZEL et al., 2015). Já para Doussoulin et al. (2018) do ponto de vista funcional, os pacientes da terapia em grupo apresentaram melhor qualidade e amplitude das ações motoras.

No estudo de Yadav et al. (2016) a duração de quatro semanas do TCIm foi eficaz para melhorar a função motora.  E de acordo com esse achado a TCIm de início precoce da terapia é tão bom quanto a intervenção tardia a longo prazo (STOCK et al., 2018). Porém, a intervenção precoce da TCIm mostrou recuperação mais rápida com menos dependência nas atividades da vida diária (KWAKKEL et al., 2016), e promove a reorganização cortical ipsilesional (YU et al., 2017).

As alternativas associadas com feedback auditivo e/ou visual, podem auxiliar no ganho motor. A TCIm combinada com o feedback auditivo apresentou melhoras significativas da função do MS comparado a técnica sozinha (BANG, 2016). Enquanto que o treinamento visual de biofeedback (VBT) associado ao TCIm não mostrou melhora significativa da função do MS em comparação com o grupo único VBT (SEOK et al., 2016).

A restrição voluntária pode ser um modo eficaz de técnica de restrição para uso no TCIm para melhorar a função da mão afetada no Pós-AVE (KAURA et al., 2018). Bem como, o TCIm + Restrição do Tronco trouxeram melhoria da função do MS e nas AVDs no Pós-AVE crônico com comprometimento moderado (BANG; SHIN; CHOI, 2015). Diminuindo o movimento compensatório do tronco durante a tarefa de alcance (HSIEH et al., 2016). Já LIU et al. (2016) diz sobre os benefícios da combinação de autorregulação com TCIm para a melhora da função especificamente na coordenação, desempenho diário das tarefas e percepção.

Nasb et al.(2019) relata ter grandes resultados com a TCIm combinado ao BOTOX. Devido à capacidade do BTX de reduzir a espasticidade, o que consequentemente facilita a realização da prática repetitiva da TCIm. Enquanto os resultados do estudo de Hung et al. (2019) mostraram que a combinação de Terapia assistida por Robô e treinamento orientado a tarefas poderia promover a capacidade funcional e alcançar recuperação motora.

A estimulação transcraniana por corrente contínua direta no hemisfério do córtex motor primário afetado, com tDCS anodal no ipsilesional tem maior impacto combinado a TCI (ANDRADE et al., 2017; ROCHA et al., 2016). Em comparação com a TCIm isoladamente.(FIGLEWSKI et al., 2017; TAKEBAYASHI et al., 2017). O emparelhamento da estimulação do nervo periférico com a TCIm pode levar ao desempenho funcional (CARRICO et al., 2016; KAWAKAMI et al., 2018).

A técnica Imagética Motora e a Terapia por Contensão Induzida foram capazes de ofertar benefícios significativos na disfunção do membro superior de pacientes com AVE, melhorando a qualidade de vida desses indivíduos. Apesar de abordagens diferentes, ambas são aptas a gerar ganhos funcionais e motores através da neuroplasticidade. Enquanto a TCI tem como proposta estimular áreas do córtex motor antes da execução do movimento, a IM proporciona o direcionamento da atenção, o planejamento e a execução motora para o dimidio acometido, através da restrição do membro não afetado.

Ainda que promissoras quando utilizadas isoladamente, as técnicas citadas parecem apresentar melhores resultados quando combinadas a outras técnicas alternativas (BANG, 2016; KIM; LEE, 2015) e dependendo do tempo de realização, o protocolo de atendimento pode causar fadiga e desânimo, desmotivando o voluntário a continuar o tratamento.

6. CONCLUSÃO

De acordo com a pesquisa efetuada, o presente artigo, abordou informações importantes a respeito de duas técnicas muito utilizadas nos dias atuais, a Terapia por Contensão Induzida e a Imagética Motora, enfatizando a aplicação das mesmas no acidente vascular encefálico.

Esta revisão sistemática apresentou como limitações a dificuldade de encontrar pesquisas com um maior número de amostras, estudos controlados duplo cegos com follow-up a médio e longo prazos com melhor acompanhamento de pacientes, além da pouca disponibilidade de estudos brasileiros abordando os temas.

Os resultados desta revisão sistemática indicam que ambas as técnicas foram igualmente capazes de proporcionar benefícios na melhora do desempenho da disfunção do membro superior decorrentes do AVE. Embora, os melhores resultados foram observados quando associadas a outras técnicas ou quando combinadas.

Assim, sugere-se a realização de estudos com maior número de amostras e modelos experimentais do tipo controlado duplo cego, bem como estudos que apresentem follow-up a médio e longo prazos para maior observação dos efeitos na reabilitação das disfunções do membro superior por consequência do acidente vascular encefálico.

REFERÊNCIAS

ABDULLAHI, A. Effects of Number of Repetitions and Number of Hours of Shaping Practice during Constraint-Induced Movement Therapy: A Randomized Controlled Trial. Neurology Research International, v. 2018, 2018.

ANDRADE, S. M. . et al. Constraint-induced movement therapy combined with transcranial direct current stimulation over premotor cortex improves motor function in severe stroke: A pilot randomized controlled trial. Rehabilitation research and practice, v. 2017, n. no pagination, p. 6842549, 2017.

APARECIDA, V. et al. Fisioterapia Em Emergência. Manole ed. [s.l: s.n.].

ASSIS, G. A. Neuro- Sistema de Apoio á Reabilitação dos Membros Superiores de Pacientes Vítimas de Acidente Vascular Encefálico. 2010.

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APÊNDICES

Apêndice A

Quadro 1 – Sistematização dos artigos selecionados sobre Imagética Motora.

Fonte: Própria.

Apêndice B

Quadro 2 – Sistematização dos artigos selecionados sobre Terapia por Contensão Induzida.

Fonte: Própria.

Apêncide C

Quadro 3 – Sistematização dos artigos selecionados sobre a Terapia por Contensão Induzida combina a Prática Mental.

Fonte: Própria.

[1] Pós-Graduando em Osteopatia (cursando), Graduada em Fisioterapia.

[2] Coorientador.

[3] Orientador. Mestrado em Medicina.

Enviado: Abril, 2021.

Aprovado: Maio, 2021.

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Thamiris Barbosa da Silva

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