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Ações a serem desempenhadas pelo enfermeiro no processo de hipotermia terapêutica: uma revisão integrativa

RC: 122470
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CONTEÚDO

REVISÃO INTEGRATIVA

SILVA, Gabriele Gouveia Diniz [1], ESTEVO, Thainara Santos [2], ARAÚJO, Illymack Canedo Ferreira de [3]

SILVA, Gabriele Gouveia Diniz. ESTEVO, Thainara Santos. ARAÚJO, Illymack Canedo Ferreira de. Ações a serem desempenhadas pelo enfermeiro no processo de hipotermia terapêutica: uma revisão integrativa. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 07, Vol. 05, pp. 134-161. Julho de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/hipotermia-terapeutica

RESUMO

A elevada morbimortalidade estabelecida após a reanimação cardíaca é causada por um estado patológico denominado de Síndrome Pós Parada Cardiorrespiratória (SPPCR), que surge após a recuperação da circulação espontânea. A Hipotermia Terapêutica representa um importante avanço no tratamento pós-parada cardíaca. Dessa forma elaborou-se a seguinte questão: quais são os cuidados do profissional enfermeiro no processo da hipotermia terapêutica em pacientes pós parada cardiorrespiratória (PCR)? Este estudo tem por objetivo buscar na literatura qual é o papel do enfermeiro no processo de Hipotermia Terapêutica pós Parada Cardiorrespiratória e como objetivos específicos descrever o cuidado desempenhado pelos enfermeiros em cada fase do processo de resfriamento corporal terapêutico, além de descrever o cuidado desempenhado pelos enfermeiros na fase de reaquecimento corporal terapêutico. Os artigos analisados entre os anos de 2008 e 2021 são provenientes do Portal de pesquisa da Biblioteca Virtual de Saúde e Scientific Electronic Library online. Foram selecionadas 27 publicações que atenderam os objetivos propostos sendo posteriormente, agrupadas, categorizadas, sintetizadas e descritas em eixos temáticos de acordo com a semelhança dos assuntos tratados. Nos artigos analisados observou-se que a Hipotermia Terapêutica possui ação neuroprotetora contra vários mecanismos bioquímicos deletérios, o que a torna o primeiro tratamento eficaz em reduzir o dano neurológico isquêmico em sobreviventes pós Parada Cardiorrespiratória. O enfermeiro está inserido de forma essencial tanto na assistência quanto na gerência do processo de Hipotermia Terapêutica. Conclui-se, portanto, que o profissional enfermeiro tem papel fundamental na execução no processo de Hiperemia Terapêutica, na admissão do paciente em unidade, durante a fase de resfriamento estabelece curvas para controle térmico e ao se iniciar a fase de reaquecimento seu raciocínio clínico e lógico permite a identificação precoce de alterações hemodinâmicas.

Palavras-chave: Cuidados, Enfermeiro, Hipotermia Terapêutica, Parada Cardiorrespiratória (PCR).

INTRODUÇÃO

A Parada cardiorrespiratória (PCR) resulta da cessação súbita e repentina da circulação sistêmica e atividade ventricular útil e/ou insuficiência ventilatória, podendo ser confirmada por ausência de pulso detectável, ausência de responsividade e apneia ou respiração agônica em indivíduo com expectativa de restauração de suas funções fisiológicas, não sendo portador de doença intratável ou terminal (CRUZ FR; GENTIL, 2012; PULZE, et al., 2019). De acordo com Correia (2017) em indivíduos adultos, a etiologia mais comum da PCR é a doença cardiovascular isquêmica, que permite o desenvolvimento de arritmias letais. Apesar do aperfeiçoamento técnico e investimento nos cuidados de saúde em situações de PCR, a mortalidade e as sequelas neurológicas daí resultantes, continuam a ser elevados.

A elevada morbimortalidade estabelecida após a reanimação cardíaca é causada por um estado patológico denominado de Síndrome Pós Parada Cardiorrespiratória (SPPCR), que surge após a recuperação da circulação espontânea (RCE) (ABREU, 2011 apud CORREIA, 2017). A SPPCR foi descrita pela primeira vez em 1975 por Vladimir Negovsky que nomeou este evento como Doença Pós-Ressuscitação. Esta comorbidade é sustentada por quatro mecanismos fisiopatológicos: a lesão cerebral pós-PCR, disfunção miocárdica pós-PCR, resposta sistêmica de isquemia/reperfusão e a persistência da patologia precipitante. Porém, a lesão neurológica que se instala de quatro a seis minutos pós-PCR é responsável por dois terços das mortes que ocorrem após a recuperação da circulação espontânea (ABREU, 2011; CORREIA, 2017; PULZE, et al., 2019).

A hipóxia tecidual e a supressão do substrato metabólico fomenta a instalação de  uma resposta isquêmica e reperfusão que intensificam a resposta inflamatória sistêmica,  desencadeando assim: eventos endoteliais que levam a alteração da vasculatura dos vasos  sanguíneos promovendo a diminuição do volume intravascular, vasodilatação, eventos  trombóticos da microcirculação aumentando o risco de isquemia, corrompendo a integridade  da barreira hematoencefálica resultando em edema cerebral e aumento da pressão intracraniana.  A insuficiência suprarrenal, condição comum nestes casos, favorece a insuficiência circulatória, através da resposta inflamatória, contribui para diminuição da produção de glicose. Estes fenômenos prolongam-se por cerca de 48-72 horas após a recuperação do ritmo cardíaco e da circulação (ABREU, 2011; CRUZ; GENTIL, 2012; JUNIOR; NASCIMENTO 2017; CORREIA, 2017; FERREIRA; CORREA, 2019).

Além de uma limitada tolerância aos eventos isquêmicos, o sistema nervoso possui uma resposta incoerente à reperfusão. A hipóxia tecidual predispõe o desenvolvimento de um microambiente que permite a ativação do processo de morte celular não programada, que desencadeada pela frenética resposta inflamatória sistêmica, desencadeia a ativação de cascatas bioquímicas que resultam em liberação de radicais livres e outros mediadores lesivos para as células cerebrais. Com a reperfusão, após reestabelecer circulação espontânea, a absorção destes constituintes ocorre de maneira desenfreada resultando em danos irreversíveis a este tecido (ABREU, 2011; CRUZ; GENTIL, 2012). De acordo com Correia (2017) “O encéfalo é o órgão mais vulnerável do organismo humano perante situações de isquemia, as reservas de oxigênio são esgotadas em segundos e as reservas de glicose e ATP duram apenas 5 minutos”.  Clinicamente, esta lesão manifesta-se em convulsões, mioclonia, disfunção neurocognitiva, estados de coma e morte cerebral (CORREIA, 2017; FERREIRA; CORREA, 2019).

Diante da gravidade de eventos que envolvem a SPPCR, a hipotermia terapêutica (HT) representa um importante avanço no tratamento da encefalopatia anóxica pós-parada cardíaca.  Esta terapêutica consiste no resfriamento do corpo para atenuar o risco de lesões neurológicas e a formação de coágulos, aumentando as chances de sobrevivência e prevenindo sequelas. A HT pode ser classificada como: leve (34 – 32 °C); moderada (32 – 28 °C); ou profunda (< 28 °C) (ANDRADE et al., 2011). Leão et al. (2015), em conotação histórica descreveram evidências quanto a utilização desta terapêutica nas civilizações egípcia, grega e romana, sendo utilizada para tratar a dor. No século XVIII, durante a II Guerra Mundial, os primeiros estudos foram realizados por um médico alemão nazista, que tinha como objetivo recuperar pilotos de sua tropa que caíam em águas geladas do Mar Norte. Partindo de um estudo observacional, o médico monitorava a temperatura retal, frequência cardíaca e nível de consciência destes indivíduos, observando então, que a maioria congelava até a morte, mas naqueles em que se tentou a ressuscitação, o banho quente conseguia reverter o quadro de hipotermia (PEREIRA, 2008; CORREIA, 2019).

As primeiras aplicações clínicas da HT se deram em 1949, em neonatos cianóticos e em 1952, nas primeiras cirurgias cardíacas (ABREU, 2011). Em épocas mais atuais a HT veio sendo utilizada para induzir ao “silêncio cerebral” durante intervenções de neurocirurgia, bem como direcionar o cuidado em casos graves de tétano e de lesão encefálica traumática. Mas somente em 2003, os ensaios da aplicação da HT nos cuidados pós-PCR, foram incluídos pela International Liaison Committee on Resuscitation (ILCOR) utilizada como alternativa de prolongação da laboração das lesões advindas da falta de oxigênio, bem como conservação das funções do Sistema Nervoso Central e Periférico, e deve ser considerada, de acordo com a American Heart Association (AHA, 2015), para pacientes masculinos e femininos que se mantiveram comatosos após a reanimação mantida por menos que 60 min, independentemente do ritmo de parada e local em que se procedeu o evento (MORAIS et al., 2017).

Rech e Vieira (2010); Souza (2013) ressaltaram que a isquemia neuronal pós-PCR pode persistir por várias horas após ressuscitação. Visto que a temperatura basal do cérebro está em torno de 0,5 °C acima da temperatura sistêmica, o dano isquêmico pode tornar essa diferença consideravelmente maior, podendo chegar a 3 °C, desta forma, a hipotermia tem ação neuroprotetora contra vários mecanismos bioquímicos deletérios. Pereira (2008) evidenciou que concomitante após a suspensão da circulação cerebral e consequente interrupção do metabolismo aeróbio, o bloqueio da fosforilação oxidativa e diminuição de ATP celular, permite a glicólise, assim, os níveis intracelulares de lactato, fosfato e íons de hidrogênio se elevam, causando acidose nos meios intra e extracelular, oportunizando o influxo de cálcio do extra para o intracelular por concentração osmótica. Este influxo favorece a despolarização da membrana celular e facilita a liberação de glutamato, um neurotransmissor envolvido no processo de suicídio celular, que em episódios patógenos funciona de forma reversa ao se acumular no meio extracelular, provocando a entrada de íons cálcio. Neste sentido a HT torna-se o primeiro tratamento eficaz em reduzir o dano neurológico isquêmico em pacientes pós-PCR.

Esta ação neuroprotetora está relacionada com a redução das demandas metabólicas  cerebrais; queda no consumo de O² e na produção de CO², redução da pressão intracraniana;  desvio da curva de hemoglobina para esquerda; tremores; resistência insulínica; diminuição da  imunidade; bradicardia; diurese profusa; coagulopatia; hipotensão; arritmias; prolongamento  do espaço PR e QRS; aparecimento de ondas de Osborne no eletrocardiograma; queda do débito  cardíaco; queda das pressões de enchimento ventricular; diminuição da motilidade  gastrointestinal; fluxo intracelular de potássio, magnésio e cálcio; alteração da  farmacodinâmica e farmacocinética das drogas, ação anticoagulante e anti-inflamatórias por  interferir também com a liberação de endotelina e tromboxano A2, dois potentes  vasoconstritores e agregantes plaquetários, além de supressão da atividade epiléptica que é mais um provável efeito benéfico da hipotermia no contexto da encefalopatia anóxica, pois as crises convulsivas e não-convulsivas são fatores importantes no aumento exponencial de consumo de oxigênio pelo cérebro (PEREIRA , 2008; RECH; VIEIRA, 2010, SOUZA, 2013).

Neste contexto, autores como Bernoche et al. (2019); Rech e Vieira (2010); Souza (2013) descreveram que a HT produz diversos efeitos fisiopatológicos que podem ser compreendidos em quatro fases de execução. Primeira fase: identificação do paciente; segunda fase:  indução da hipotermia; terceira fase: manutenção da hipotermia e resfriamento; quarta fase: reaquecimento. A fase de identificação do paciente segue as recomendações das diretrizes do ILCOR, onde a aplicação de HT está recomendada a todos os pacientes adultos que retornam inconscientes após uma PCR em FV extra-hospitalar, devendo ser resfriados de 32 °C a 34 °C de 12 a 24 horas. Este resfriamento pode ser benéfico também para pacienteS com PCR em outros ritmos e em paradas cardíacas intra-hospitalares. A segunda fase que corresponde a indução da hipotermia estando relacionada a temperatura-alvo a ser atingida é de 32 ºC a 34 ºC em razão dos benefícios neuro protetores desses níveis de temperatura. O resfriamento corporal pode ser realizado de diversas formas, sendo utilizados fluidos intravenosos, com especial preferência pelo soro Ringer Lactato à 4 °C; resfriamento por lavagem peritoneal e pleural, e em alguns casos pode ser feito o resfriamento extracorpóreo do sangue, sendo este o método mais rápido para que se alcance baixas temperaturas (OLIVEIRA et al., 2020). Essa faixa de temperatura (32 ºC a 34 ºC) é facilmente atingida com métodos não-invasivos de resfriamento. Ressalta-se que temperaturas abaixo de 31 ºC elevam o risco de arritmias, e abaixo de 28 ºC aumentam significativamente o risco de FV.

Uma vez instituída a HT, deve-se iniciar a monitorização contínua dos sinais vitais e dados hemodinâmicos invasivos, eletrocardiograma contínuo, balanço hídrico, medida da temperatura central através termômetro esofágico e outros dispositivos, caso exista uma indicação precisa para o uso deste último. Na terceira fase ocorre a manutenção da hipotermia e o resfriamento corporal, estes eventos devem ter um tempo de execução que se estende por 24 horas. Nesta fase a temperatura deve ser medida constantemente, com o objetivo de garantir a manutenção hemodinâmica, mantendo níveis de pressão arterial média acima de 80 mmHg, podendo ser necessária reposição volêmica, infusão de vasopressores e controle glicêmico para se atingir esses valores. Ressalta-se que a hipotermia resulta em resistência à insulina. A quarta fase se inicia com o reaquecimento corporal, sendo instituída após 24 horas do início da indução do resfriamento e deve ser lenta, numa velocidade de 0,2 ºC a 0,4 ºC/hora, no período de 12 horas, até que seja alcançada uma temperatura entre 35 ºC à 37 ºC. As possibilidades de reaquecimento são: nas formas passivas ou ativas (RECH; VIEIRA, 2010; SOUZA, 2013).

Para execução desta terapêutica os pacientes permanecem, durante boa parte do tratamento sedados, demandando cuidados específicos de maneira contínua e sistemática a serem realizados pela equipe de enfermagem (ROCHA et al., 2017). O profissional enfermeiro tem diversas atuações dentro da conservação do processo de hipotermia terapêutica pós-PCR, tanto na admissão do paciente em unidade; preparo e verificação da disponibilidade dos materiais necessários para o procedimento; proteção das superfícies corporais com aplicação de compressas frias e/ou lenço umedecido, administração de soro fisiológico endovenoso, entre outros; coleta de exames laboratoriais de rotina e controle hemodinâmico (BERNOCHE et al., 2019).

Definiu-se como objetivo geral do estudo buscar na literatura qual é o papel do enfermeiro no processo de Hipotermia Terapêutica pós Parada Cardiorrespiratória e como objetivos específicos descrever o cuidado desempenhado pelos enfermeiros em cada fase do processo de resfriamento corporal terapêutico, além de descrever o cuidado desempenhado pelos enfermeiros na fase de reaquecimento corporal terapêutico.

O interesse pelo tema surgiu em razão da vivência profissional das autoras que ao vivenciar muitas abordagens direcionadas a RCP e presenciar a ocorrência de sequelas neurológicas nos sobreviventes pós manobras de ressuscitação cardiopulmonar, resolveu realizar esta revisão de literatura com o intuito compreender a complexidade da SPPCR, bem como a ação neuroprotetora da HT, bem como a descrição do papel do profissional enfermeiro nesta prática. Dessa forma elaborou-se a seguinte questão: quais são os cuidados do profissional enfermeiro no processo da hipotermia terapêutica em pacientes pós PCR?

MÉTODO

Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica da literatura, do tipo revisão integrativa utilizada como forma de obter, a partir de evidências, informações que possam contribuir com o processo de tomada de decisão nas ciências da saúde. Este método permite a integração de opiniões, conceitos ou ideias viabilizando a sistematização do conhecimento científico aproximando a problemática a ser investigada em uma evolução ao longo do tempo possibilitando a aquisição de informações amplas sobre determinado tema, estabelecendo assim, um corpo de conhecimento (CUNHA, 2014).

Para nortear a pesquisa, foi utilizada a estratégia PICO – acrônimo para patient (paciente), intervention (intervenção), comparison (controle ou comparação), e outcomes (resultado) – de forma a auxiliar a formulação da pergunta norteadora e na busca das evidências.

Foi realizada busca avançada no Portal de pesquisa da BVS (Biblioteca Virtual do Centro Latino-americano e do Caribe em Ciências de Saúde-Bireme) considerando-se como critério de inclusão publicações nacionais publicadas no período de 2008 a 2021 que contemplassem nossos objetivos. A busca de dados foi baseada nos Descritores em Ciência da Saúde (DeCS) indexados, sendo eles: Cuidados de Enfermagem; Enfermeiro, Hipotermia Induzida e Parada cardiorrespiratória obtiveram-se trinta e três (33) citações, utilizando o filtro língua portuguesa e com disponibilidade do texto completo se obteve dez (10) citações, selecionadas dos anos 2008 e 2017. Em busca avançada na Scielo (Scientific Electronic Library online) obtiveram-se trinta e três (33) citações na língua portuguesa nos anos de 1989 a 2006.  Porém, observou-se que nas bases de dados, nos anos de 1990 a 2008 e 2016 não houve publicações sobre o tema.

Na sequência após a leitura minuciosa dos títulos e dos resumos foram excluídas 4 citações por abordagem pediátrica, 12 por não contemplarem o critério de inclusão e não atenderem nossos objetivos. Para contextualização deste estudo foram selecionadas 27 referências que foram analisadas segundo o título, autoria, ano, periódico ou livro, bases de dados, objetivos e principais resultados, estando representadas nos quadros 1 e 2. Posteriormente, os artigos foram agrupados, categorizados, sintetizados e descritos em eixos temáticos de acordo com semelhanças dos assuntos tratados, a partir da criação de duas categorias. 1ª Categoria (quadro 1): citações que discorressem sobre a PCR e a SPPCR, o conceito de HP e sua a trajetória histórica, indicação clínica e fisiologia associada a esta terapêutica destacando os benefícios neuro protetores e a 2 ª Categoria (quadro 2): citações que abrangem o papel do enfermeiro no processo de Hipotermia Terapêutica.

Esta categorização promoveu reflexões importantes sobre o tema, que estão descritas na discussão dos resultados e na conclusão.

Artigos Incluídos no Trabalho de acordo com a Categorização 1, segundo o título, autoria, ano, periódico ou livro, bases de dados, objetivos e principais resultados. Campinas, 2021.

Artigos Incluídos no Trabalho de acordo com a Categorização 1, segundo o título, autoria, ano, periódico ou livro, bases de dados, objetivos e principais resultados. Campinas, 2021. 2

Artigos Incluídos no Trabalho de acordo com a Categorização 1, segundo o título, autoria, ano, periódico ou livro, bases de dados, objetivos e principais resultados. Campinas, 2021. 3

Artigos Incluídos no Trabalho de acordo com a Categorização 1, segundo o título, autoria, ano, periódico ou livro, bases de dados, objetivos e principais resultados. Campinas, 2021. 4Artigos Incluídos no Trabalho de acordo com a Categorização 1, segundo o título, autoria, ano, periódico ou livro, bases de dados, objetivos e principais resultados. Campinas, 2021.5

Artigos Incluídos no Trabalho de acordo com a Categorização 1, segundo o título, autoria, ano, periódico ou livro, bases de dados, objetivos e principais resultados. Campinas, 2021. 6

Artigos Incluídos no Trabalho de acordo com a Categorização 1, segundo o título, autoria, ano, periódico ou livro, bases de dados, objetivos e principais resultados. Campinas, 2021. 7

Artigos Incluídos no Trabalho de acordo com a Categorização 1, segundo o título, autoria, ano, periódico ou livro, bases de dados, objetivos e principais resultados. Campinas, 2021. 8

Artigos Incluídos no Trabalho de acordo com a Categorização 1, segundo o título, autoria, ano, periódico ou livro, bases de dados, objetivos e principais resultados. Campinas, 2021. 9
Fonte: Autoria própria (2021)

 

Artigos Incluídos no Trabalho de acordo com a categorização 2, segundo o título, autoria, ano, periódico ou livro, bases de dados, objetivos e principais resultados. Campinas, 2021.

Artigos Incluídos no Trabalho de acordo com a categorização 2, segundo o título, autoria, ano, periódico ou livro, bases de dados, objetivos e principais resultados. Campinas, 2021. 2

Artigos Incluídos no Trabalho de acordo com a categorização 2, segundo o título, autoria, ano, periódico ou livro, bases de dados, objetivos e principais resultados. Campinas, 2021. 3
Fonte: Autoria própria (2021)

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Barros et al. (2019); Cruz e Gentil (2012); Faico-Filho et al. (2015); Feitosa-Filho et al. (2009); Rocha et al. (2017); Oliveira et al.  (2020); Silva Júnior e Nascimento (2017) em estudos de revisão e atualização descreveram que a HT já constitui uma abordagem terapêutica que apresenta resultados bem definidos há mais de 50 anos em cirurgias cardíacas e neurológicas, bem como um tratamento eficaz em reduzir o dano isquêmico cerebral produzido durante diferentes insultos neurológicos, como no trauma de crânio, nos acidentes vasculares cerebrais e na hemorragia subaracnóidea. Rocha et al. (2017a) e Silva e Nascimento (2017) reconhecem que a isquemia neuronal pode persistir por várias horas pós-ressuscitação e que a HT possui ação neuroprotetora contra vários mecanismos bioquímicos deletérios, o que a torna o primeiro tratamento eficaz em reduzir o dano neurológico isquêmico. Apesar dos benefícios, esta terapêutica ainda é um tema que vem sendo discutido na comunidade científica e tem sido adotada por protocolos de atendimento de PCR, os quais diminuem os danos neurológicos em sobreviventes pós PCR.

Desde 2003, a International Liaison Committee on Resuscitation (ILCOR) vem monitorando evidências para recomendação do uso de HT para pacientes adultos sobreviventes pós-PCR que permaneçam comatosos após a reanimação, independente do ritmo da PCR e do local em que se procedeu o evento. Excluem-se pacientes com necessidade de reanimação por período superior a 60 minutos; aqueles com retorno da circulação espontânea há mais de 6 horas; aqueles em estado de coma prévio à PCR; gestantes; pacientes com sangramento ativo ou coagulopatia; em pós-operatório de grande porte há menos de 14 dias; os que apresentam choque cardiogênico ou choque séptico e os pacientes em cuidados paliativos. A American Heart Association (AHA), no ano de 2020, ao publicar a última atualização das Diretrizes para ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e atendimento cardiovascular de emergência (ACE), complementa a cadeia de sobrevivência com um sexto elo para orientar e informar sobre o neuro prognóstico, recomendando que os sobreviventes de PCR tenham avaliação de reabilitação multimodal e tratamento para prejuízos fisiológicos, neurológicos e cognitivos antes da alta hospitalar.

Evidenciando a importância desta prática Faico-Filho et al. (2015); Rocha et al. (2017); Souza (2013); em artigos de revisão, Abreu et al. (2011); Feitosa-Filho et al. (2009) em  descrição de evidências e aspectos terapêuticos sobre a HT, bem como Rech e Vieira (2010);  Silva Júnior e Nascimento (2017) ao ressaltarem o desenvolvimento de protocolos assistenciais descreveram que a HT melhora os desfechos entre os sobreviventes comatosos após manobras  de ressuscitação, apresentando grande potencial na recuperação de pacientes vítimas de PCR.  Podendo ser uma grande aliada para a diminuição dos índices de morbimortalidade provocados pela PCR, uma vez que reduz consideravelmente as demandas metabólicas do organismo resultando em menor consumo de oxigênio e energia, promovendo não apenas uma proteção neurológica, mas para todos os sistemas.

Bernoche et al. (2019); Rech e Vieira (2010); Souza (2013) ressaltaram as quatro fases de evolução da HT sendo elas: a primeira fase corresponde à identificação do paciente, segunda fase em que é realizada a indução da hipotermia, a terceira fase que consiste na manutenção da hipotermia e do resfriamento corporal e a quarta fase destinada ao reaquecimento. Rocha et al. (2017b) em revisão integrativa, enfatizam que a equipe de enfermagem é a responsável pelo desenvolvimento dos cuidados a serem realizados durante a técnica de HT visando reduzir riscos, complicações e possíveis danos neurológicos que caracterizam alguns dos eventos adversos provenientes da técnica. Neste contexto e a partir da  compreensão dos eventos que se desdobram nas fases de aplicação da HT, a leitura dos artigos publicados por Rech e Vieira (2010); Rocha et al. (2017); Souza (2013); Souza e Silva (2019), nos permitiram  evidenciar as ações do profissional enfermeiro, que se iniciam concomitante à indicação do  paciente à HT desde o preparo do leito para o resfriamento corporal, monitorização contínua do  paciente resultando em controle rígido dos dados hemodinâmicos invasivos e não invasivos,  registro ECG continuo, controle de balanço hídrico, coleta de exames laboratoriais, gasometria  arterial e venosa e observação contínua da saturação de oxigênio (Sat O2), manutenção do  controle da sedação a partir da utilização de escalas padronizadas, observação e registro de tremores, que quando presentes cabe ao enfermeiro atentar-se aos valores da Sat O2 e monitorar  sinais de aumento da pressão intracraniana.

Na fase de manutenção da hipotermia e resfriamento o controle da temperatura corporal deve ser contínuo, objetivando mantê-la entre 32ºC e 34ºC durante 24 horas, cabendo ao enfermeiro instituir a utilização de curvas térmicas, já descritas por Salgado et al. (2015).  Ressalta-se a importância do controle da glicemia sanguínea, que deve ser realizada por coleta de sangue venoso, afinal quadros de resistência à insulina podem ser desenvolvidos com a HT em razão de vasoconstrição cutânea. Desta forma a equipe de enfermagem deve ser orientada quanto ao registro e comunicação imediata deste evento de acordo com alterações dos resultados obtidos por coleta capilar. Garantir controle hemodinâmico, atentando-se as metas de Pressão arterial média (PAM) a serem alcançadas com uso de vasopressores, haja vista que os níveis de PAM acima de 80 mmHg são recomendados em pacientes pós-PCR, mesmo em uso de vasopressores, resultando na necessidade de  monitorização precisa da pressão venosa central (PVC), balanço hídrico, monitorização da Sat  O2 por oximetria de pulso e sinalização da equipe multiprofissional para a necessidade de ajustes  da ventilação mecânica baseado em valores gasométricos, manter a utilização de cuidados  específicos para pacientes em assistência ventilatória, desde manter a cabeceira a 30º,  manutenção de “rima”, controle de pressão de “cuff”, aspiração de vias aéreas, higiene oral respeitando o acrômio BRUSHED citado por Nogueira e Jesus (2017) e controle de sedação.

Bezerra et al. (2021); Oliveira et al. (2017) defenderam a importância do reconhecimento de anormalidades no traçado eletrocardiográfico pelo enfermeiro, com intuito de organizar e agilizar os cuidados a serem direcionados dentro de uma perspectiva multiprofissional, entregando uma assistência mais adequada ao paciente e, assim, contribuindo para um melhor prognóstico. Ressalta-se, portanto, que o enfermeiro deve-se atentar a bradicardias, evidenciada de ondas J ou O (de “Osborn”) e aumento do espaço QT no ECG. Caso haja sangramento ou arritmias graves é necessário a suspensão do resfriamento, portanto destaca-se a importância da monitorização.

Após 24 horas do início da 2° fase, inicia-se a 3° fase. A fase de reaquecimento deve ser gradual, com aumento de 0,2°C a 0,4° por hora, durante um período de 12 horas, até que seja alcançada temperatura entre 35°C a 37°C. Neste momento Bezerra et al. (2021); Gomes e Pereira (2021); Oliveira et al. (2017) enfatizaram que à medida em que a temperatura corporal vai se elevando, a síndrome pós-reperfusão pode se instalar desencadeando uma instabilidade hemodinâmica.  Este evento pode exigir a prescrição e administração de doses mais altas de vasopressores. Outra preocupação da fase de reaquecimento é o desenvolvimento de hipercalcemia. Cabe ao enfermeiro, além do controle rigoroso da meta de PAM a ser alcançada com a terapêutica prescrita, a observação rigorosa no ECG, identificando a presença de achatamento ou inversão das ondas “T” e o surgimento das ondas “U”, notadas pelo alongamento do intervalo QT e focos elétricos ectópicos. Neste cenário, o enfermeiro deve atentar se ao interrompimento da administração de todas as soluções contendo potássio ou magnésio e insulina, pelo risco de hipoglicemia e comunicar imediatamente a equipe médica. Bernoche et al. (2019) ressalta que quando a temperatura corporal atingir 35ºC, o enfermeiro deve comunicar a equipe médica, já que a sedação contínua deverá ser interrompida. Estas intervenções e cuidados de enfermagem perpassam a compreensão das alterações fisiopatológicas que envolvem a HT.

Ferreira e Correa (2019); Waldrigues et al. (2014) em revisão sistemática destacaram que o enfermeiro está inserido de forma essencial tanto na assistência quanto na gerência do processo de HT. Torna-se, portanto, essencial para o enfermeiro o fundamento científico e a construção do raciocínio clínico que proporcione intervensões efetivas no cuidado, bem como identificação de sinais de alerta específicos de cada fase, possibilitando argumentação multiprofissional e melhor projeto terapêutico, garantindo melhores condutas.

Ao final desta discussão, evidencia-se que este estudo traz contribuições importantes ao descrever o papel do enfermeiro no processo de Hipotermia terapêutica pós pós-parada cardiorrespiratória.

CONCLUSÃO

Durante o desenvolvimento deste estudo baseado na pergunta “Quais são os cuidados do profissional enfermeiro no processo da hipotermia terapêutica em pacientes pós PCR?”, conclui-se, portanto, que os cuidados do profissional são indispensáveis desde a admissão do paciente em unidade. Evidencia-se que o mesmo é qualificado para identificar critérios de inclusão e exclusão em concordância com a equipe multiprofissional. Durante a fase de resfriamento, é fundamental que seja estabelecido curvas para controle térmico, controle glicêmico e coleta de exames laboratoriais, controle hemodinâmico rigoroso por mensuração de PAM e PVC e balanço hídrico aferidos e controlados 24 horas pela equipe de enfermagem. Ademais, ao se iniciar a fase de reaquecimento o raciocínio clínico e lógico do enfermeiro permite a identificação precoce de alterações hemodinâmicas por interpretação de ECG, exames laboratoriais e outros sinais e sintomas evidenciados ao exame físico, permitindo melhoria do quadro do indivíduo e prognóstico esperado.

Por fim, a Hipotermia Terapêutica por prolongar a laboração das lesões advindas da falta de oxigênio, com participação fundamental do enfermeiro e sua equipe tem se mostrado eficiente e apresenta melhora nos desfechos entre os sobreviventes comatosos após manobras de PCR, trazendo benefícios aos pacientes e a experiência profissional dos envolvidos.  Contudo, ainda é um tema que vem sendo discutido na comunidade científica e tem sido adotado por alguns protocolos de atendimento de PCR em instituições específicas. Dada a escassez de estudos que abordam o tema, identifica-se a necessidade de expandir pesquisas que permitam explicitar e desenvolver sistematicamente ações que os enfermeiros devem executar no processo de Hipotermia Terapêutica pós-PCR.

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[1] Enfermeira. ORCID: 0000-0003-1512-9205.

[2] Enfermeira. ORCID: 0000-0002-0184-4980.

[3] Orientador. ORCID: 0000-0002-0967-9449.

Enviado: Junho, 2022.

Aprovado: Julho, 2022.

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