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Desdobramentos da Doença de Alzheimer na Dimensão Humana do Cuidador Familiar

RC: 18317
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CONTEÚDO

SILVA, Ester Mendes [1], TALIM, Regina Cristina Pedroso [2], PINTO, Thais Cristina Custodio [3], TELES, Maria de Fátima [4]

SILVA, Ester Mendes; et.al. Desdobramentos da Doença de Alzheimer na Dimensão Humana do Cuidador Familiar. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 08, Vol. 02, pp. 23-39, Agosto de 2018. ISSN:2448-0959

Resumo

O aumento do envelhecimento populacional tem sido observado, primeiramente, nos países desenvolvidos e, mais recentemente nos países subdesenvolvidos. Com o aumento da expectativa de vida crescem os problemas relacionados ao envelhecimento, seja em suas condições físicas, emocionais ou mentais. Nesse contexto há um aumento expressivo das doenças crônico-degenerativas, dentre elas destaque-se a Doença de Alzheimer (DA), o agravo mais prevalente na população idosa. Com a progressão da doença, o portador de DA fica totalmente incapacitado de realizar o autocuidado, ou seja, perde toda a sua funcionalidade para a realização de cuidados básicos pessoais tornando-se dependente de cuidadores e familiares, diante desses fatos o objetivo deste estudo foi descrever os impactos negativos que a DA produz na vida do cuidador família. O estudo foi realizado de janeiro a novembro de 2011, trata-se de uma revisão bibliográfica. Foram Utilizados no estudo livros, artigos e banco de dados Autárquicos. Os resultados apresentados têm como fonte referenciada aos autores. Das pesquisas dos artigos realizados 40% relatam sobre o impacto que a DA pode provocar ao cuidador. As dificuldades encontradas para planejar os cuidados e os afazeres. Embaraço para o autocuidado e a alteração da qualidade de vida. 26,66% mencionam sobre a importância da convivência com o portador de DA, as descobertas sentimentais e o ponto de vista do cuidador familiar. 13,33% descrevem o perfil do cuidador de idosos dependentes. 13,3% falam sobre o processo de envelhecimento e as possíveis conseqüências. 6,66% referem-se sobre as fases da doença e verifica o perfil do doente analisando se este interfere em sua habilidade. Ressaltamos que este estudo nos permitiu compreender melhor o processo de evolução da doença de Alzheimer, uma vez que o número de idosos tende a aumentar e as doenças demenciais seguem essa proporção. O papel do cuidador é indispensável no contexto saúde-doença, ser o único cuidador torna-se desgastante o ato de cuidar, por isso é relevante haver qualidade em processo de cuidados, tanto para o doente quanto para o cuidador, visto que, as ocorrências e mudanças de hábitos alteram a sua qualidade de vida.

Palavras-chaves: Doença de Alzheimer, Cuidadores, Família, Enfermagem.

Introdução

O aumento do envelhecimento populacional é um acontecimento, que tem sido observado, primeiramente, nos países desenvolvidos e recentemente nos países subdesenvolvidos. Dois fatores contribuíram de forma significativa para a mudança do cenário populacional do Brasil: queda da mortalidade em 1940 e diminuição da fecundidade na década de 60, sendo esta uma condição que comprova o aumento de idosos no país (LUZARDO; GORINI; SILVA, 2006).Assim, o conceito biológico do idoso, ratificado pelo estatuto do idoso, refere-se às pessoas com idade maior ou igual a 60 anos” (FREITAS et al. 2008, p. 509).

As informações de Luzardo, Gorini e Silva (2006), descritas anteriormente ficam evidenciadas pelo censo domiciliar realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) onde descreve que no Brasil a população em geral teve um decréscimo de 12% em relação ao observado entre os anos de 1991 a 2000 que foram de 15,6 %. Como também as projeções estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS), estimaram que entre os anos de 1950 a 2025, a população idosa no Brasil aumentará em quinze vezes, colocando o País na sexta posição de paises com população de pessoas idosas no mundo (BRASIL, 2010a).

Devido ao aumento da expectativa de vida, cresce os problemas relacionados à saúde do idoso, o que implica diretamente em suas condições físicas, emocionais e mentais. Refletindo assim na vida social, familiar e econômica do idoso, alterando então todo o seu estilo de vida, permitindo a vulnerabilidade da pessoa idosa a determinadas doenças crônico-degenerativas (SENA, GONÇALVES, 2008).

Nesse contexto há um aumento expressivo das doenças crônico-degenerativas, onde nos deparamos com as demências que são caracterizadas pela diminuição das funções cognitivas, intelectuais e perda de linguagem. Dentre elas daremos destaque a Doença de Alzheimer (DA), uma patologia que está cada vez mais comum na população idosa (FREITAS et al. 2008. LEMOS; GAZOLLA; RAMOS, 2006).

A DA começou a ser estudada em 1901 por um neuropatologista alemão chamado Alois Alzheimer. Como médico residente de um sanatório para dementes e epiléticos, onde iniciou o acompanhamento de uma paciente, que apresentava alterações neurológicas. Após cinco anos de estudo de necropsia do cérebro da paciente, percebeu uma atrofia cerebral, que seriam as perdas dos neurônios corticais e subcorticais, tendo acúmulo esférico da proteína beta amilóide e formação de novelos fibrilares. Em 1906 apresentou este caso em um congresso de Psiquiatria. Em 1910 Dr. Emil Kraepelin descreveu os achados de Dr. Alzheimer, intitulando a patologia pelo seu nome (BROOKS; BASTOULY, 2004).

Para Sena e Gonçalves (2008) a medicina caracteriza a DA como uma doença neurológica e irreversível, com predominância decorrente de lesões no córtex cerebral e degeneração do tecido nervos onde a pessoa exibe alterações progressivas em propriedades de fundamental importância para o ser humano: memória, comportamento e a independência para as atividades da vida diária.

Para Borges (2006) Com o passar do tempo, a DA progride de forma negativa nas atividades diárias do idoso, pelo qual apresentam sinais e sintomas como: esquecimento acentuado de nomes e palavras, diminuição da atenção e das atividades sociais, desnorteamento nos ambientes familiares, dificuldade para o aprendizado, irritabilidade, impaciência, perda da memória e alto grau de dificuldade para executar as atividades cognitivas, alteração e repetição das palavras, incontinência urinária, disfunção do controle do esfíncter anal, disfagia, afonia, as articulações se tornam enrijecidas o que favorece o comprometimento da marcha, delírios e morte.

A baixa escolaridade, o trauma crânio-encefálico, a herança genética, a idade avançada, filhos nascidos de mães com idade acima de 40 anos e a intoxicação principalmente por alumínio são alguns fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da doença, entretanto nada foi comprovado (BORGES, 2006).

 Conforme ocorre a progressão da doença, o portador de DA fica totalmente incapacitado de realizar o autocuidado, ou seja, perde toda a sua funcionalidade para a realização de cuidados básicos pessoais tornando-se dependente de cuidadores e familiares (ROACH, 2003). Em nosso país o cuidador de pessoas idosas com limitações, geralmente é uma pessoa mais próxima, um familiar em sua maioria das vezes, um amigo ou um profissional contratado pela família, ficando então este responsável a maior parte do seu tempo ao lado do idoso auxiliando-o em suas tarefas diárias (LAPOLA; CAXAMBU; CAMPOS, 2008).  

Para Sena e Gonçalves (2008) o familiar ao se comprometer em dispensar cuidados ao individuo com a doença de Alzheimer, assume uma responsabilidade que vai repercutir em sua saúde física, emocional, social, adquirindo mais atividades além daquelas que já fazem parte da vida do cuidador, ocasionando uma sobrecarga de trabalho. Exercer o cuidado pode ser angustiante devido ao processo de vivenciar a evolução degenerativa do familiar.

O portador de DA necessita de cuidados constantes e demanda atenção integral, de forma que, altera a qualidade de vida do cuidador repercutindo em fatores que impactam de forma negativa: dor, depressão, angústia, raiva, fadiga, desesperança, dificuldades financeiras, exclusão social, falta de apoio, a sobrecarga, sentimentos de culpa e impotência (LUZARDO; GORINI; SILVA, 2006).

Diante das condições clínicas do portador de DA e as complicações que aparecem no percurso da doença, é evidenciado o impacto desta na vida de quem é cuidado e do cuidador (LAWAL; RESENDE, 2008). Em consequência disso, o cuidador tem um papel de fundamental importância na vida do portador de DA, pois servir e cuidar do outro, é transcender toda a nossa capacidade e habilidade para transpor as barreiras e os desafios que nos aparecem de forma inesperada (LAPOLA; CAXAMBU; CAMPOS, 2008). .

Por isso o cuidador deve procurar ajuda e buscar informações para que sejam estrategicamente trabalhadas a fim de minimizar os sofrimentos e reduzir os fatores negativos que alteram a sua qualidade de vida (LUZARDO; GORINI; SILVA, 2006). Contudo, não deve ser desconsiderado o perfil de quem cuida: o tempo dos cuidados prestados, a idade, o sexo, o grau de parentesco, o nível de escolaridade e socioeconômico dos cuidadores e paciente, pois são características que implicam nas ações de assistência a saúde e na intervenção dos cuidados (LEMOS; GAZZOLA; RAMOS, 2006).

Algumas características como ser mulher, filha, divorciada ou solteira, viver com o familiar demenciado, estar desempregada, ser marido ou esposa, influenciam na escolha familiar do cuidador principal do doente, onde as responsabilidades são totalmente atribuídas a ele (a) podendo haver uma ausência de projetos de vida para o futuro (SENA; GONÇALVES, 2008).

Desse modo, torna-se importante este estudo, pois a busca de conhecimentos possibilita com que todos os envolvidos na dinâmica da assistência ao portador de DA, aperfeiçoe a prática de cuidados, visando uma qualidade de vida para o idoso demente e seu cuidador, Diante de todo o contexto, o objetivo deste estudo é descrever os impactos que a DA produz na vida do cuidador familiar.

Metodologia

Trata-se de estudo de revisão bibliográfica, realizado no período de janeiro a novembro de 2011. O objeto deste estudo foi constituído de livros, artigos e manuais publicados e indexados nas bases de dados virtuais consideradas pelos centros internacionais da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Librany Online (SCIELO), Biblioteca Regional de Medicina (BIREME), bem como aos relatos oficiais do Ministério da Saúde do Brasil, através da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).

Para esse estudo, a busca das publicações foi realizada por meio dos seguintes descritores: doença de Alzheimer; Cuidadores; Família; Enfermagem.

Através dos descritores foi encontrado um total de 713 artigos, sendo utilizado como critério de inclusão: estudos publicados nos últimos oito anos em idioma português com texto completo, temas específicos conforme as afinidades de assunto e ideias centralizadas dos autores. Onde foram selecionados 45 artigos e destes foram inseridos no estudo 21 publicações. Sendo: 15 artigos, dois livros, um manual voltado para o cuidador, uma série B da atenção básica e uma legislação do ministério da saúde e uma sinopse do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística.

Foram realizados encontros de grupos para discussões e debates do tema em questão e afinar as informações utilizadas e descritas no trabalho.

Resultados

Conforme a temática pesquisada, ressaltamos que 71,4% das buscas foram realizadas através de artigos, 9,5% em livros e 19,1% em fontes de pesquisas como portaria, manuais e série do Ministério da Saúde.

Os estudos pesquisados foram realizados por vários profissionais da saúde, sendo que dos autores principais destacamos 45,45% são profissionais de enfermagem entre eles estão graduandos, especializandos e mestres. 13,6% são médicos, pelo qual especializaram em Gerontologia e residentes de medicina. 22,72% são profissionais não descritos. 18,16% foram escritos por Psicólogos, Assistente Social, Fisioterapeuta e Fonoaudiólogo.

Das pesquisas realizadas, 23% relatam sobre o impacto que a DA pode provocar ao cuidador, as dificuldades encontradas para planejar os cuidados e os afazeres, embaraço para o autocuidado e a alteração da qualidade de vida. 18% ressaltam sobre o processo de desenvolvimento da doença, diagnóstico, tratamento e cuidados. Outros 18% fala sobre a importância da convivência com o portador de DA, as descobertas sentimentais e o ponto de vista do cuidador familiar. 9% descrevem o perfil do cuidador de idosos dependentes. 9% falam sobre o processo de envelhecimento e as possíveis conseqüências. 4,5% ressaltam as fases da doença e verifica o perfil do doente analisando se este interfere em sua habilidade. Os outros 14 % pormenoriza o perfil da população, o dever do estado e da sociedade para com o idoso, estabelece diretrizes e protocolos para um tratamento de qualidade.

Discussão

No estudo, “Ser cuidador familiar do portador de doenças de Alzheimer: vivências e sentimentos desvelados”, realizado por Celich e Batistella (2007), o aumento do envelhecimento populacional está influenciando nas mudanças que estão ocorrendo na sociedade. As transições epidemiológicas e demográficas, ou seja, o aumento das doenças crônicas degenerativas e da expectativa de vida e a queda de natalidade estão preocupando as entidades públicas, pois estas realidades mostram o efeito produzido na população: questões sociais, econômicas e de saúde.

Corroborando Luzardo, Gorini e Silva (2006) dizem que o envelhecer é um processo natural observado mundialmente, e que os problemas sociais, estão ficando cada vez mais complexos, pelo qual está impactando diretamente nos aspectos econômicos e na capacidade de manutenção da saúde, visto que, o impacto do envelhecimento tem se revelado a cada dia, devido aos efeitos que estão sendo produzidos na população.

Segundo os dados obtidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referente ao censo de 2010, a população em geral teve um decréscimo de 3,6% esse ano em relação à década passada. 15 milhões de pessoas acima de 60 anos ou mais foram considerados idosos, correspondente a 8,6% da população brasileira; onde 8,9 milhões são mulheres, com média de 69 anos de idade. O IBGE ainda afirma que o idoso tem destacado-se cada vez mais na sociedade brasileira e que nos próximos 20 anos a população idosa no Brasil poderá ultrapassar aos 30 milhões de habitantes, com uma representação total de 13% da sociedade. Sendo reforçado pela Portaria nº. 491, de 23 de setembro de 2010 a população de idosos no Brasil é cerca de 15 milhões e a prevalência é que 1,1 milhões sejam portadores de demência (BRASIL, 2010b).

O presente estudo “Linguagem e Memória na doença de Alzheimer”, realizado por Azevedo et al (2010) mostra que o aumento de pessoas idosas no Brasil e no mundo tem ocasionado em elevados números de doenças demênciais, sendo que, a mais comum é o Alzheimer. A doença de Alzheimer (DA) é uma patologia que causa a progressão inversa e degeneração das funções neurológicas.

A degeneração neurológica, irreversível e progressiva começa de modo insidioso, caracterizando-se pelas perdas das funções cognitivas e distúrbios de comportamento que ocorrem gradativamente com o portador de DA. A doença é incomum antes dos 65 anos, porém, não se pode afirmar que esta doença não ocorrerá em pessoas jovens, mas tem uma maior prevalência associado à idade (BRUNNER; SUDDARTH, 2009).

Alguns aspectos segundo Pinto et al (2009), são contribuintes para a propagação da doença e a maior prevalência está relacionada ao sexo feminino, em idade avançada com média de 75 anos. Borges (2006) acrescenta ainda, que a baixa escolaridade, o trauma crânio-encefálico, a herança genética, a idade avançada, filhos nascidos de mães com idade acima de 40 anos e a intoxicação principalmente por alumínio são alguns fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da doença, entretanto nada foi comprovado.

A irreversibilidade da doença são causas que a princípio afeta a capacidade funcional do idoso, pelo qual, tem como características perdas de boa qualidade de vida, onde os conjuntos das estruturas neuronais atrofiam-se, provocando falhas na função cognitiva, repercutindo em morte (AZEVEDO et al, 2010). As alterações fisiopatológicas que acontecem no cérebro do portador de DA, Brunner e Suddarth (2009) contribuem descrevendo que emaranhados neurofibrilares e os depósitos de proteína beta amilóides afetam principalmente as células que utilizam o neurotransmissor acetilcolina.

Corroborando Roach (2003), destaca que a acetilcolina é essencial no processo onde o cérebro exerce suas funções relacionadas ao pensamento, ao comportamento e a memória. Bioquimicamente, de forma ativa ocorre uma diminuição deste neurotransmissor nos cérebros dos portadores de DA, provocando déficits. Para Luzardo, Gorini e Silva (2006) ficam evidenciadas nas manifestações que transparecem e afetam a sua capacidade funcional de resolver problemas simples e habilidades da vida diária.

Segundo a Portaria nº. 491, de 23 de setembro de 2010 o diagnóstico clínico é feito por exclusão de outras patologias que podem acometer o cérebro, realizado através da anamnese, exame físico, testes cognitivos e exames laboratoriais. Entretanto, somente por meio do exame de necropsia que identificará a quantidade de placas e enovelados em áreas específicas do cérebro associando com os sinais e sintomas da doença, e assim afirmar definitivamente que o individuo era portador de DA (BRASIL, 2010b).

O córtex cerebral geralmente é a parte mais afetada resultando na diminuição cerebral, onde a evolução da doença fica cada vez mais visível: o esquecimento e o não reconhecer as pessoas, a repetição de palavras, gestos que vão deteriorando-se, comportamentos ilógicos, alterações de personalidades, dificuldades em realizar suas tarefas diárias e o autocuidado torna-se então um individuo com total dependência até a evolução de morte (BRUNNER; SUDDARTH, 2009).

Com a afirmação de Borges (2006) ao passar do tempo, o Alzheimer progride de forma negativa nas atividades diárias do idoso, pelo qual apresentam sinais e sintomas como: esquecimento acentuado de nomes e palavras, diminuição da atenção e das atividades sociais, desnorteamento nos ambientes familiares, dificuldade para o aprendizado, irritabilidade, impaciência, perda da memória e alto grau de dificuldade para executar as atividades cognitivas, alteração e repetição das palavras, incontinência urinária, disfunção do controle do esfíncter anal, disfagia, afonia, as articulações se tornam enrijecidas o que favorece o comprometimento da marcha, delírios e cessação da vida.

Autores como Luzardo, Gorini e Silva (2006) afirmam que em decorrência das manifestações desta patologia, e a total dependência do portador, demanda atenção integral, onde se faz necessário a presença constante de um cuidador. Os cuidados ficam cada vez mais intensos, já não sendo tão simples, tornado-se uma tarefa difícil. E a esta necessidade de estar a todo o tempo junto ao doente de Alzheimer, o cuidador vai se desgastando, ocasionando uma desestruturação de sua perspectiva de vida.

Celich e Batistella (2007), no estudo realizado com os cuidadores familiares, afirma que este cuidador enfrenta uma mudança na sua rotina de vida vivendo situações que muita das vezes não foi escolhida por eles. O cuidado intenso gera nestas pessoas o esgotamento físico e mental, insônia, depressão, estresse e aflição. Ainda para Freitas et al (2008) o sentimento, os conflitos gerados pelo cuidador, vão aumentando conforme vivenciam a progressão da doença.

Ser cuidador tem sido cada vez mais difícil, pois muita das vezes a responsabilidade de cuidar do outro é focado em uma única pessoa. E dispensar a sua vida para tornar-se um diligente, são poucos que estão disposto a enfrentar, conforme o relato de uma cuidadora no estudo “Ser cuidador  familiar do portador de doenças de Alzheimer: vivências e sentimentos desvelados”, realizado por Celich e Batistella (2007): dentre de todos os irmãos, ela é a única que se abdicou de suas coisas para dedicar ao cuidado, no entanto ainda fica mais difícil, por que teve que abandonar a própria casa, não sabendo até quando aguentará.

O portador de DA é dotado de limitações, exigindo constantemente a presença de um cuidador, pelo qual expressam suas emoções de várias formas, sejam em palavras ou mensagens corporais, pois, a esperança que deveria estar na cura, o cuidador já não o tem, porque sabe que é uma doença sem retorno (FREITAS et al, 2008). Sustentado no estudo “Convivendo com o portador de Alzheimer” destes mesmos autores, uma das cuidadoras afirma que faz tanto o trabalho de cuidar, que acaba em estresse, outra diz que conviver com portadores de DA é desgastante pelo fato de não ter tempo pra si.

Ainda, diante de tantas afirmações, Celich e Batistella (2007), fixam atentamente quanto ao ato de cuidar: o sofrimento vivenciado, a intensidade dos cuidados, a necessidade de ter alguém por perto para lhes dar um auxilio, as dificuldades encontradas nada é comparado à felicidade de cuidar de quem tanto amamos, mas as atividades realizadas são resumidas em sofrimento, cansaço, angustia e fragilidade, necessitando o cuidador também de cuidados.

No estudo: “Correlação entre o impacto de cuidar e a capacidade funcional de pacientes com doença de Alzheimer”, realizado por Araújo, Moreira e Slabcouski (2009) com 21 cuidadores formais e informais, relatam que 76,19% eram do sexo feminino; 42,85% estão entre a idade de 50-55 anos e 42,85% eram filhas do doente. Reafirmando, Lapola, Caxambu e Campos (2008) categorizam o principal cuidador como uma pessoa do sexo feminino, com faixa etária em média de 50 anos e uma pessoa mais próxima do doente (esposa, filha, nora, neta e etc.).

No estudo “Qualidade de vida de cuidadores de idosos com doença de Alzheimer” realizado por Pinto et al (2009), o perfil dos cuidadores é de suma importância para o ato do cuidar. As características do cuidador influenciam muito nos cuidados produzidos, sendo que, muitas mulheres associam o cuidado prestado ao portador de DA com os afazeres domésticos, tendo uma sobrecarga de trabalho que impactará diretamente em sua saúde e afetará na mesma proporção à qualidade dos cuidados designados.

Para Araújo, Moreira e Slabcouski (2009), muitas das cuidadoras não recebem auxílio para a prestação de cuidados. Fato este que é refletido na colocação de Lapola, Caxambu e Campos (2008) que o cuidador membro de família se correlaciona à tarefa como apenas sua responsabilidade, sendo assim, o cuidador leigo acaba destinado ao processo cultural: a mulher e próxima do doente. Reafirmando, os autores Lawal e Rezende (2008) dizem que a prevalência dos cuidados está destinada às mulheres, onde a maioria dos cuidadores tem ensino médio completo, e que a maior resistência na aceitação do processo doença e estresse cotidiano estão relacionados aos cuidadores com menor grau de instrução e escolaridade.

Dos cuidadores informais os resultados obtidos por Araújo, Moreira e Slabcouski (2009), dizem que, realizar a higiene corporal, ajudar na deambulação, promover a mudança de decúbito, administrar os medicamentos, alimentar o paciente, o transtorno de comportamento e a falta de amparo nos cuidados são fatores que causam a sobrecarga desses cuidadores. Corroborando com Pavarini (2008) nos cuidados básicos dispensados ao idoso com DA, o banho é considerado uma das atividades mais desgastantes para os cuidadores. Como também as alucinações, inquietação, as perseguições são mudanças que ocorrem no comportamento do doente e que proporciona o estresse no cuidador.

O impacto na vida do cuidador vai ficando cada vez mais visível devido ao posicionamento que obtém diante de tantas responsabilidades. Ao assistir os vários estágios que a DA provoca no portador, o prestador de cuidados demonstra frustração e irritação por não fazer com que haja regressão da doença, mesmo sabendo que é irreversível, faz tentativas de recuperação, porém acabam em conflitos e sentimentos que repercuti de forma negativa para si e para o doente (CRUZ; HAMDAN, 2008).

Ao que diz Luzardo, Gorini e Silva (2006) os cuidadores ao vivenciar a percepção de cuidar do outro e o sentimento de sobrecarga devido à dedicação, responsabilidade, viver uma nova realidade sem estar preparado para isso na maioria dos casos proporciona um alto grau de incerteza para estes indivíduos. Celich e Batistella (2007) ainda declaram que a vivência com o idoso portador de DA faz com que a vida do cuidador seja alterada, havendo um desmoronamento do seu dia a dia, ficando então angustiado e frágil, se sentido um estranho, como se não fizesse parte de um mundo que outrora era tão conhecido.

Em uma pesquisa realizada com 28 cuidadores que tem grau de parentesco, vínculos e convivem com o DA, Lawal e Rezende (2008), apontam sinais e sintomas, que mostram e evidenciam a alteração da qualidade de vida do cuidador, sendo: aumento de sudorese, boca seca, tensão muscular, aperto de mandíbula e ranger de dentes, diarréia passageira, insônia, taquicardia, hiperventilação, hipertensão arterial súbita e passageira, mudança de apetite.

A sobrecarga e o acúmulo financeiro contribuem também para o estresse do cuidador, afirma Luzardo, Gorini e Silva (2006) e ainda na mesma pesquisa de Lawal e Rezende (2008) outros sinais e sintomas como problemas com a memória, mal estar, sensação de desgaste físico, cansaço constante, aparecimento de ulceras, tontura e sensação de estar flutuando, sensibilidade emotiva, dúvidas e irritabilidade, declaram ser verdade o grau do impacto provocado na vida do cuidador.

No estudo “Perfil dos cuidadores familiares de idosos dependentes de uma Unidade Básica de Saúde” realizado por Miguel, Figueira e Nardi (2010) enfatizam que, o cuidador quando não é acompanhado e capacitado por profissionais da saúde, muitas das vezes desenvolvem um trabalho sem qualidade e que afeta negativamente no bem-estar de vida do idoso e do cuidador.

Corroborando com Vilaça et al (2005) os cuidadores necessitam de orientações e visitas domiciliares de uma equipe multiprofissional para nortear os cuidados dispensados aos idosos portadores de DA. Afirmam também que este acompanhamento da equipe multiprofissional como enfermeiros, médicos, fisioterapeutas auxiliam o cuidador familiar diante das mudanças que ocorrem no seu modo de viver uma vez que, o cuidador nem sempre reconhece que necessita de ajuda no seu autocuidado.

Considerações finais

Em decorrência das transições epidemiológicas e demográficas, podemos observar as mudanças ocorridas nos últimos anos em nosso país. Por isso ressaltamos que este estudo nos permitiu compreender melhor o processo de evolução da doença de Alzheimer, uma vez que o número de idosos tende a aumentar e as doenças demênciais seguir em mesma proporção.

O estudo chamou a atenção na importância de existir um cuidador, sendo eleito em sua maioria das vezes um diligente informal: mãe, esposa, neta, filha e etc. O papel do cuidador é indispensável no contexto saúde-doença, uma vez que ser único, cuidar torna-se desgastante, por isso é relevante haver qualidade em processo de cuidados, tanto para o doente quanto ao cuidador, visto que, as ocorrências e mudanças de hábitos alteram literalmente a sua qualidade de vida.

Devido ao aumento de idosos com DA e cuidadores informais leigos torna-se indispensável à capacitação destes, para que os cuidados oferecidos ao idoso sejam de qualidade e em derivação haver uma menor sobrecarga de trabalho ao cuidador. Uma vez que os cuidados repetitivos ficam cansativos e difíceis. Vivenciar a perda do próximo aos poucos acaba em depressão e angústia, onde o cuidador é desprovido de autocuidado.

A capacitação desses cuidadores será possível através do trabalho em conjunto de equipe multiprofissional composta por enfermeiros, fisioterapeutas, médicos, nutricionista, psicólogos, assistente social e etc. Onde, proporcionará ao cuidador um entendimento das alterações que vão acontecendo com o idoso, como agir diante das situações por eles vivenciadas e como se autocuidar para não adoecer juntamente com o portador de DA.

É necessário que se conheça o perfil de cada cuidador, contemplando sua história de vida, as condições sociais em que vivem e como se comportam diante do processo da doença para que o trabalho da equipe multiprofissional tenha bons resultados, todavia é indispensável à continuidade de estudos com os cuidadores informais a fim de encontrar melhores formas de contribuir durante o ato de cuidar e autocuidar.

Referências

1. ARAÚJO, Ana Paula Serra de; MOREIRA, Raissa Carla Paulino Silva e; SLABCOUSKI, Renata Lu. Correlação entre o impacto de cuidar e capacidade funcional de pacientes com doença de Alzheimer.In: VI Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar, número ISBN 978-85-61091-05-7, 2009, CESUMAR- Centro Universitário de Maringá. Disponível em: <http://www.cesumar.br/epcc2009/anais/ana_paula_serra_araujo5.pdf> Acesso em: 4 de abr. 2011.

2. AZEVEDO, Patrícia Gomes de et al. Linguagem e memória na doença de Alzheimer em fase moderada. Rev. CEFAC [online]. 2010, vol.12, n.3, p. 393-399.  Epub 29-Jan-2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462010000300006&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 10 de jan.2011.

3. BORGES, Marcio Fernando. Convivendo com Alzheimer Manual do Cuidador. Juiz de Fora, 2006. Disponível em: <http://www.cuidardeidosos.com.br/portal/wp-content/uploads/2008/04/manual-do-cuidador-alzheimer.pdf> Acesso em: 20 de fev. 2011.

4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Atenção à saúde da pessoa idosa e envelhecimento / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas, Área Técnica Saúde do Idoso. – Brasília , 2010a. 44 p. il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde) (Série Pactos pela Saúde 2006, v. 12). Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/volume12.pdf> Acesso em: 16 de abr. 2011.

5. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Nº491, de 23 de setembro de 2010b.Estabelece parâmetros sobre a doença de Alzheimer no Brasil e as diretrizes nacionais para diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos indivíduos com esta doença. Disponível em:<http://brasilsus.com.br/legislacoes/sas/105590-491.html>Acesso em: 05 de jul. 2011.

6. BROOKS, Joseph Bruno Bidin; BASTOULY, Vitória. Doença de Alzheimer: uma visão histórica, genética, clínica e terapeutica. Revista Médica Ana Costa [online]. 2004, v.9, n. 3, p.52-57. Disponível em: <http://www.revistamedicaanacosta.com.br/9(3)/artigo_3.htm> Acesso em: 05 de jul. 2011.

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[1] Acadêmico do oitavo período de Enfermagem do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix.

[2] Acadêmico do oitavo período de Enfermagem do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix.

[3] Acadêmico do oitavo período de Enfermagem do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix.

[4] Enfermeira, Docente do curso de graduação em Enfermagem Centro Universitário Metodista  Izabela Hendrix. Mestre em Educação, Cultura e Organizações Sociais pela Universidade Estadual de Minas Gerais – UEMG, Pós Graduação em  Administração da Assistência de Enfermagem em Serviços de Saúde  pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, Pós Graduação em Gestão Hospitalar pela Escola de Saúde de Minas Gerais – ESMG.

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Ester Mendes da Silva

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