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Rastreamento de fatores de risco para diabetes tipo 2 em acadêmicos de medicina

RC: 67699
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/academicos-de-medicina

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

LIMA, Heitor de Souza [1], GAMA, Jullys Allan Guimarães [2], PELANDA, Eduardo Gonçalves [3], NÓBREGA, Raul Victor Araújo [4], GONÇALVES, Silmar Custódio [5], FIRMINO, Paula Armada [6], NOGUEIRA, Carlos Alberto Sousa [7], OLIVEIRA, James Henrique Silva [8]

LIMA, Heitor de Souza. Et al. Rastreamento de fatores de risco para diabetes tipo 2 em acadêmicos de medicina. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 11, Vol. 20, pp. 93-107. Novembro de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/academicos-de-medicina, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/academicos-de-medicina

RESUMO

Objetivo: Rastrear os fatores de risco para o diabetes tipo 2 em estudantes de medicina, em uma universidade do sul do Maranhão. Justificativa: A maior parte da população com diabetes não sabe que é portadora; algumas vezes, permanecendo não diagnosticada até que se manifestem as complicações, sobretudo em idades que, há décadas, não costumava ser comum tal diagnóstico. Pesquisas realizadas com jovens como, por exemplo, os acadêmicos de medicina, se torna um campo amostral ideal para identificação de princípios desencadeantes de diabetes. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, de cunho quantitativo, cuja coleta de dados se deu através da aplicação do formulário FINDRISK (Finnish Diabetes Risk Score), adequado para a realidade brasileira, direcionado para uma população de 181 estudantes. Resultados: Constatou-se um risco alto para homens com 1,7%, mais prevalente no ciclo clínico com 1,1%. O perfil antropométrico apontou cintura de 102 cm (2,0%) e 1,1% com síndrome metabólica; o perfil nutricional apontou que 119 pessoas consomem vegetais, e que 76 indivíduos consomem frituras. Quanto ao histórico familiar, 1,1% possuem parentes de primeiro grau com DM2 1 e hipertenso. Conclusão: O estilo de vida implicou para altos risco de DM2, especialmente no ciclo clínico e internato. Fatores como, o IMC, a circunferência abdominal masculina e sedentarismo foram os achados mais significativos nessa população.

Palavras-chave: Diabetes Mellitus, Predisposição, Rastreio

INTRODUÇÃO

O último atlas mundial do diabetes, publicado em 2019, revela que instituições internacionais estimaram que 463 milhões de adultos com 20 a 79 anos de idade estão com Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), se as tendências atuais persistirem, o número de pessoas com DM2 se projetará para ser superior a 700 milhões em 2040 (SAÚDE, 2018; IDF, 2019). No caso do Brasil, é estimado que há 13 milhões de acometidos pelo diabetes mellitus (DM), e o país ocupa a 4ª posição no ranking mundial, cujo percentual de casos de DM passou de 5,5% para 8,9%, e as capitais com maior e menor número foram, respectivamente, o Rio de Janeiro e Palmas (SBD, 2017).

São várias as populações vulneráveis ao DM2, e já é sabido que as pessoas com idade associada a fatores de risco são os principais desencadeantes da doença. Em contrapartida, o que vem demostrando os dados mais recentes, é que populações cada vez mais jovens vem desenvolvendo o DM2 (DAVIES et al., 2018, ESC, 2019). Este crescimento se deve por uma transição epidemiológica, nutricional, associada ao sedentarismo, maior frequência de excesso de peso, crescimento e envelhecimento populacional e, também, à maior sobrevida dos indivíduos com diabetes (IWGDF [s. d.], 2019; FINZI-QUINTÃO et al., 2019).

Por outro lado, esta mesma instituição, relata que já há casos de adolescentes no Canadá apresentando comorbidades relacionadas ao DM2, o que reforça o argumento de que esta doença também está atingindo um intervalo etário mais púbere, e precocemente apresenta problemas micro ou macrovasculares (MAGLIANO et al., 2020). As mudanças no estilo de vida é um ponto que deve ser destacado, especialmente em curto período de tempo (CARE DIABETES, 2019; WU et al., 2020). No Brasil, um estudo realizado na comunidade de origem japonesa mostrou acentuado aumento da prevalência de diabetes, cuja porcentagem passou de 18,3% em 1993, para 34,0% em 2000, evidenciando que o impacto produzido pelas alterações no modo de vida, em particular no padrão alimentar e no nível de atividade física, em uma população com provável suscetibilidade genética, podem ser cruciais para desenvolver o DM2 (SBD, 2017).

Analogamente, mesmo não se tratando de imigrantes internacionais, a maioria dos acadêmicos de medicina da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) são oriundos das 5 macrorregiões do Brasil, e que também sofreram transformações semelhantes das quais foram citadas acima, mas no caso dos universitários, a alimentação saudável fica em cheque devido a uma sobrecarga de estudos, considerando que a faculdade é de tempo integral (RODRIGUES et al., 2019; BERNARDO et al., 2017). Isso também prejudica a prática de exercícios físicos, ora por alguns terem falta de disponibilidade e ora pela ausência de estímulo por estarem exaustos, essa realidade é comum no meio acadêmico (GRASDALSMOEN et al., 2019; MOULIN et al., 2019), portanto existe a necessidade de uma triagem (MANIOS et al., 2020).

Dessa forma, é imprescindível a necessidade de pesquisas mais atuais sobre o DM2, visando à propagação de informações e acréscimo de conhecimento sobre seus mecanismos. Ainda são poucas as informações disponíveis dos acometidos no intervalo de idade mais jovem, sendo assim, os dados desta pesquisa podem contribuir para apontar os demais fomentadores dessa doença na atualidade (SBD, 2019), associando-os a prevenção primária, que é a maneira mais eficaz e barata para conter o avanço do diabetes (JEAN E MULDER, 2020). Tendo esse conhecimento disponível, os profissionais da saúde poderão atualizar-se e montar novas estratégias de profilaxia e tratamento.

Portanto, o presente estudo se propôs a rastrear os fatores de risco para o diabetes tipo 2 em estudantes de medicina em uma universidade do sul do Maranhão, já que se trata de objeto de vigilância e monitoramento por parte do setor da saúde e tal comorbidade tem afetado diretamente o público juvenil.

MÉTODOS

O estudo seguiu um modelo transversal, com pesquisa de campo e de cunho quantitativo, com coleta de dados por meio do formulário denominado Finnish Diabetes Risk Score (FINDRISK). A pesquisa foi realizada com a colaboração dos estudantes de medicina da UFMA de Imperatriz – MA, campus Bom Jesus. Foram incluídos neste estudo todos os discentes de medicina da referida instituição com idades entre 17 a 40 anos, ao passo que foram excluídos aqueles que tiveram diagnóstico confirmado de diabetes e idades inferior a 17 anos e superior a 40 anos. O cálculo amostral seguiu o modelo de Barbetta, onde, primeiramente, deve-se calcular a expressão de primeira aproximação representada por: que  representa a primeira aproximação e simboliza o erro amostral, (BARBETTA, 2015), então se tem a seguinte configuração matemática:

Expressão de primeira aproximação:

No qual foi considerado o erro amostral de 5%

Então:

Seguindo com os critérios de Barbetta, tem-se:   onde: n é o tamanho da amostra e o N é o tamanho da população nN (BARBETTA, 2015). Sendo assim, adaptando algebricamente para a fórmula, o curso de medicina da UFMA, até a realização desta pesquisa, conforme o Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA) continha: 315 acadêmicos. Portanto, calcula-se N:

Então:

Assim sendo, a população foi composta por 176 estudantes, os quais tiveram livre escolha para participar do estudo, caso estivessem de acordo com Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Para a coleta de informações foi utilizado o questionário FINDRISK, que é um instrumento de coleta de dados validado e desenvolvido pelo Departamento de Saúde Pública da Universidade de Helsinki, na Finlândia, com uma sensibilidade de 81%, e especificidade de 76% (LIM; CHIA; KOAY, 2020; MARINHO, 2010). O instrumento original é composto por 8 questões, porém foi adequado pelo Ministério da Saúde à realidade brasileira. As questões do instrumento avaliam: nível de escolaridade, idade, Índice de Massa Corpórea (IMC), circunferência abdominal, prática de atividades físicas, consumo diário de frutas e verduras, uso de anti-hipertensivo, tabagismo, história de glicemia ou lipidograma alterados, histórico familiar para diabetes (AURICÉLIO BERNARDO CÂNDIDO et al., 2017).

Desse modo, o formulário avalia fatores de risco para diabetes que por meio de um escore padronizado prediz o risco de se desenvolver a doença nos próximos dez anos. Nesse sentido, considera-se sendo um “risco baixo” o escore que estiver com menos de 7 pontos, ou seja, estima-se que 1 a cada 100 pessoas desenvolverá a doença; a categoria “risco moderado” está entre 12 e 14, isto é, 1 em cada 6 pessoas poderá desenvolver a doença; e “risco alto” está entre 15 a 20 pontos, com estimativa de 1 em cada 3 pessoas  propensas a desenvolver a doença ( NATHAN; ELMORE; MPH, 2020). Este questionário foi transcrito para uma versão digital na plataforma do Google Forms® e enviado para aplicativos de redes sociais Whatsapp® e Telegran®, onde somente os estudantes alvos deste estudo interagem nestes grupos virtuais de conversa.

Durante a coleta, todas as informações foram registradas em um banco de dados na Planilha do Programa Microsoft Excel e para posterior análise descritiva pelo Software Statistical Package for the Social Sciences (SSPS). Logo em seguida, foi realizada uma correlação estatística das variáveis analisadas, onde o qui-quadrado terá valor de “p” menor que 0,05. Esta pesquisa só teve início após a aprovação do comitê de ética e foi realizada entre os dias 20 março de 2020 ao dia 20 maio de 2020. Esse estudo satisfez aos princípios básicos da bioética: beneficência, em que se compromete a ter resultados benéficos para a sociedade e não-maleficência, no qual não trará nenhum prejuízo intencional. Todas as informações coletadas foram para uso exclusivo dessa pesquisa, sem outros fins. Esta pesquisa seguiu os regulamentos da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.

RESULTADOS

Participaram desta pesquisa 181 estudantes universitários com faixa etária entre 17 e 43 anos. Foram excluídos 5 entrevistados por terem idades acima de 40 anos. Observa-se que se trata de uma população predominantemente jovem, com idade abaixo dos 30 anos (89%) e do gênero masculino (55,7%). Ademais, é importante deixar claro que por se tratar de um rastreio do DM2 direcionada a uma população muito jovem, os percentuais tendem a não ser muito elevados. Por conta disso, constata-se que a idade dos participantes não foi o item mais importante na avaliação dos riscos, posto que o predomínio tanto para alto, moderado e baixo risco, foi de um intervalo etário entre 21 a 25 anos, como mostra a Tabela 2, é possível notar também uma prevalência do ciclo clínico, revelado na Tabela 3, e quando se trata de fatores de risco, os últimos guidelines sobre o diabetes afirmam que indivíduos acima de 40 anos possuem elevada tendência para desenvolvimento da doença (SBD, 2017, ESC, 2019).

Mesmo com baixas percentagens, já é possível notar que existem fatores de riscos para o DM2, e considerando o global da amostra, 30,7% possuem risco moderado, e 1,7% alto para o DM2, pode-se observar isso na Tabela 4. Destaca-se, ainda, o fato que um pequeno percentual, como mostra o Gráfico 2, possuir um ou mais de um agravante. Todavia, a surpresa foi a presença de Síndrome Metabólica (SM), que não aparece como fator de risco, já que não constava como tal no formulário FINDRISK, mas que foi possível seu rastreamento considerando os critérios para SM determinados pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), cuja pondera aqueles com: alterações no nível de glicose e lipidograma, circunferência abdominal e hipertensão, o que é preocupante.

Tabela 1 – Relação entre sexo e risco Findrisk. Imperatriz – MA, 2020

                  Sexo
Masculino Feminino Total
N % N % N % P
Glicose Não 80 45,5 76 43,2 156 88,6 0,001(1)*
Sim 18 10,2 2 1,1 20 11,4  
Risco Findrisk Baixo 61 34,7 58 33,0 119 67,6 0,122(2)
Moderado 34 19,3 20 11,4 54 30,7  
Alto 3 1,7 0 0,0 3 1,7  
Síndrome Metabólica Não 95 54,0 78 44,3 173 98,3 0,119(1)
Sim 3 1,7 0 0,0 3 1,7  
Quantidade de fatores de risco SM 0 65 36,9 64 36,4 129 73,3 0,034(2)*
1 27 15,3 14 8,0 41 23,3
2 3 1,7 0 0,0 3 1,7
3 3 1,7 0 0,0 3 1,7
Total 98 55,7 78 44,3 176 100,0

(1)Através do teste Qui-Quadrado de Pearson. (2) Através do teste Exato de Fisher.*Associação significante a 5%.

Fonte: LIMA, HS, et al., 2020.

Tabela 2 – Relação entre idades, cintura abdominal, massa adiposa e adesão a atividade física. Imperatriz – MA, 2020.

Idade
até 20 21 a 25 26 a 30 31 a 35 36 a 40 Total
N % N % N % N % N % N %
Medida cintura Homem (cm) < 94 21 11,9 39 22,2 11 6,3 3 1,7 0 0,0 74 75,5
94/102 5 2,8 4 2,3 3 1,7 1 0,6 0 0,0 13 13,3
> 102 1 0,6 9 5,1 0 0,0 0 0,0 1 0,6 11 11,2
p(1) = 0,074
Medida cintura Mulher (cm) < 80 15 8,5 27 15,3 7 4,0 4 2,3 0 0,0 53 67,9
80/88 1 0,6 10 5,7 4 2,3 0 0,0 0 0,0 15 19,2
> 88 0 0,0 7 4,0 2 1,1 1 0,6 0 0,0 10 12,8
p(1) = 0,162
Atividade física Sim 24 13,6 72 40,9 16 9,1 6 3,4 0 0,0 118 67,0
Não 19 10,8 24 13,6 11 6,3 3 1,7 1 0,6 58 33,0
p(1) = 0,071
IMC (Kg/m2) < 25 39 22,2 72 40,9 19 10,8 8 4,5 0 0,0 138 78,4
25/30 4 2,3 21 11,9 5 2,8 1 0,6 0 0,0 31 17,6
> 30 0 0,0 3 1,7 3 1,7 0 0,0 1 0,6 7 4,0
p(1) = 0,022*
Total 43 24,4 96 54,5 27 15,3 9 5,1 1 0,6 176 100

(1) Através do teste Exato de Fisher.*Associação significante a 5%.

Fonte: LIMA, HS, et al., 2020.

Tabela 3 – Relação entre períodos e alguns fatores de risco. Imperatriz – MA, 2020.

Período  
Básico Clínico Internato Total  
N % N % N % N % p
Medida cintura Homem (cm) < 94 33 33,7 30 30,6 11 11,2 74 75,5 0,078(2)
94/102 7 7,1 4 4,1 2 2,0 13 13,3  
> 102 1 1,0 9 9,2 1 1,0 11 11,2  
Medida cintura Mulher (cm) < 80 24 30,8 17 21,8 12 15,4 53 67,9 0,060(2)
80/88 2 2,6 7 9,0 6 7,7 15 19,2  
> 88 1 1,3 5 6,4 4 5,1 10 12,8  
Atividade física Sim 42 23,9 50 28,4 26 14,8 118 67,0 0,477(1)
Não 26 14,8 22 12,5 10 5,7 58 33,0  
Pressão alta Não 65 36,9 67 38,1 36 20,5 168 95,5 0,325(2)
Sim 3 1,7 5 2,8 0 0,0 8 4,5  
Glicose Não 56 31,8 66 37,5 34 19,3 156 88,6 0,123(2)
Sim 12 6,8 6 3,4 2 1,1 20 11,4  
IMC (Kg/m2) < 25 62 35,2 54 30,7 22 12,5 138 78,4 0,001(2)*
25/30 6 3,4 13 7,4 12 6,8 31 17,6  
> 30 0 0,0 5 2,8 2 1,1 7 4,0  
Risco Findrisk 1% 51 29,0 44 25,0 24 13,6 119 67,6 0,421(2)
4% 16 9,1 26 14,8 12 6,8 54 30,7  
17% 1 0,6 2 1,1 0 0,0 3 1,7  
Síndrome Metabólica Não 68 38,6 69 39,2 36 20,5 173 98,3 0,229(2)
Sim 0 0,0 3 1,7 0 0,0 3 1,7  
Quantidade de fatores de risco 0 52 29,5 49 27,8 28 15,9 129 73,3 0,564(2)
1 15 8,5 19 10,8 7 4,0 41 23,3
2 1 0,6 1 0,6 1 0,6 3 1,7
3 0 0,0 3 1,7 0 0,0 3 1,7
Total 68 38,6 72 40,9 36 20,5 176 100,0

(1) Através do teste Qui-Quadrado de Pearson. (2) Através do teste Exato de Fisher.*Associação significante a 5%.

Fonte: LIMA, HS, et al., 2020.

Tabela 4 – Relação entre o risco Findrisk e fatores de risco. Imperatriz – MA, 2020

Risco Findrisk  
Baixo Moderado Alto Total  
N % N % N % N % p(1)
Sexo Masculino 61 34,7 34 19,3 3 1,7 98 55,7 0,122
Feminino 58 33,0 20 11,4 0 0,0 78 44,3  
Idade (anos) até 20 31 17,6 11 6,3 1 0,6 43 24,4 0,165
21 a 25 65 36,9 30 17,0 1 0,6 96 54,5  
26 a 30 17 9,7 10 5,7 0 0,0 27 15,3  
31 a 35 6 3,4 3 1,7 0 0,0 9 5,1  
36 a 40 0 0,0 0 0,0 1 0,6 1 0,6  
Período Básico 51 29,0 16 9,1 1 0,6 68 38,6 0,417
Clínico 44 25,0 26 14,8 2 1,1 72 40,9  
Internato 24 13,6 12 6,8 0 0,0 36 20,5  
Medida cintura Homem (cm) < 94 60 61,2 14 14,3 0 0,0 74 75,5 0,000*
94/102 1 1,0 11 11,2 1 1,0 13 13,3  
> 102 0 0,0 9 9,2 2 2,0 11 11,2  
Medida cintura Mulher (cm) < 80 52 66,7 1 1,3 0 0,0 53 67,9 0,000*
80/88 4 5,1 11 14,1 0 0,0 15 19,2  
> 88 2 2,6 8 10,3 0 0,0 10 12,8  
Consumo de vegetais Sim 80 45,5 38 21,6 1 0,6 119 67,6 0,378
Não 39 22,2 16 9,1 2 1,1 57 32,4  
Consumo de frituras Sim 44 25,0 30 17,0 2 1,1 76 43,2 0,037*
Não 75 42,6 24 13,6 1 0,6 100 56,8  
Parentes com diabetes Sim 20 11,4 17 9,7 1 0,6 38 21,6 0,058
Não 99 56,3 37 21,0 2 1,1 138 78,4  
Fumante Sim 3 1,7 3 1,7 0 0,0 6 3,4 0,440
Não 116 65,9 51 29,0 3 1,7 170 96,6  
Pressão alta Não 118 67,0 49 27,8 1 0,6 168 95,5 0,000*
Sim 1 0,6 5 2,8 2 1,1 8 4,5  
IMC (Kg/m2) < 25K 107 60,8 31 17,6 0 0,0 138 78,4 0,000*
25/30 12 6,8 18 10,2 1 0,6 31 17,6  
> 30 0 0,0 5 2,8 2 1,1 7 4,0  
Síndrome Metabólica Não 119 67,6 53 30,1 1 0,6 173 98,3 0,000*
Sim 0 0,0 1 0,6 2 1,1 3 1,7  
Quantidade de fatores de risco 0 113 64,2 16 9,1 0 0,0 129 73,3 0,000*
1 6 3,4 34 19,3 1 0,6 41 23,3  
2 0 0,0 3 1,7 0 0,0 3 1,7  
3 0 0,0 1 0,6 2 1,1 3 1,7  
Total 119 67,6 54 30,7 3 1,7 176 100,0  

(1) Através do teste Exato de Fisher.*Associação significante a 5%.

Fonte: LIMA, HS, et al., 2020.

Gráfico 1 –Média da soma Findrisk por período. Imperatriz – MA, 2020

Fonte: LIMA, HS, et al., 2020.

Gráfico 2 – Somatória de indivíduos com síndrome metabólica, risco para DM2 E quantidade de fatores de risco por ciclo do curso de medicina. Imperatriz-MA, 2020

Legenda: 1%= Baixo risco. 4%= Moderado risco. 17% = Alto risco

DISCUSSÃO

O importante no rastreamento dos riscos para diabetes é identificar quais os implicadores que mais impactam em determinada população, e assim, poder agir para a prevenção. No caso dos estudantes em tese, o estilo de vida tornou-se um dos principais fomentadores e já é perceptível em outros estudos (RODRIGUES et al., 2019; BERNARDO et al., 2017; MOULIN et al., 2019) que se trata de uma população devidamente esclarecida acerca do DM2. Sob outra perspectiva, os fatores de risco são mais aparentes no decorrer da graduação, em razão do ciclo básico apresentar poucos indicadores diferentemente do ciclo clínico, que já denota vários, e está no escore mais alto, como revela a Tabela 3.

Do mesmo modo, a obesidade aparece como um dos fatores de risco mais prevalentes, e é importante frisar que os guidelines sobre o diabetes concordam que a massa corpórea apresenta um forte impacto nos riscos para DM2. Nenhum indivíduo do básico se considerou obeso, contudo, esta característica predominou no ciclo clínico e internato, como mostra a Tabela 3. Nesse sentido, comparando estes resultados com o estudo do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), que não restringiu idade para acima dos 40 anos, (SAÚDE, 2018), percebe-se que os estudantes da UFMA estão abaixo do percentual nacional de excesso de massa adiposa, que é de 19,8%, enquanto nesta pesquisa, os índices de obesidade foram de 4,0%, como se observa na Tabela 4, se tratando de uma comorbidade que é mais passiva de ser tratada em jovens.

A adesão ao exercício físico também tem um considerado peso na estratificação dos riscos, já que surge como empecilho protetor. Percebe-se que os acadêmicos com passar da idade se tornam cada vez mais sedentários, como podemos notar na Tabela 2, o mesmo se nota nos diferentes ciclos do curso, como se percebe na Tabela 3. Sendo assim, um estudo mais recente mostrou o nível de exercício físico em estudantes universitários durante 4 anos e apontou que além da baixa aderência progressiva a atividade física, alguns começavam a apresentar excesso de peso (GRASDALSMOEN et al., 2019). O aumento do sedentarismo por estudantes parece ser uma tendência internacional, e o American College Health confirma a análise feita nesta pesquisa (MOULIN et al., 2019). Contudo, a inatividade esportiva é prevalente na UFMA, sendo este, é um item de estilo de vida modificável, onde as pessoas podem exercer proatividade e procurarem auxílio para melhorar sua condição ponderal a fim de prevenirem eventos futuros.

Em contrapartida, sobre a alimentação, duas questões foram abordadas, uma que perguntava sobre a ingestão frequente de vegetais, frutas e verduras. Nesse quesito, evidenciou-se uma relação inversamente proporcional aos  fatores de risco, já que de 119 pessoas que alegaram ter bons hábitos alimentares, resultou que 0,6% possuem alta probabilidade de desenvolveram DM2, como é mostrado na Tabela 4, além do mais, existem publicações que asseguram que o consumo de frutas, preferencialmente inteiras, reduzem os riscos de se ter diabetes do tipo 2 (RODRIGUES et al., 2019). Da mesma forma, na questão da ingestão de frituras, salgados e carnes gordas, os percentuais entre indivíduos de alto risco foram similares aos de baixo risco, não sendo o que mais impactou negativamente para o escore.

No que tange a hipertensão, mais uma vez o fator idade teve interferência, uma vez que poucos afirmaram serem hipertensos, como observa-se na Tabela 4. Entretanto, a parcela que representa aqueles com pressão alta foi de 1,1%, também apresentou alto risco para DM2, a associação entre estas duas entidades clinicas é muito comum nos pacientes acima dos 40 anos (SATTAR et al., 2019), no entanto ainda foi pouco evidenciada nos mais jovens. Embora seja uma reduzida quantia de indivíduos, também é possível perceber a ligação do risco aumentado para o diabetes com circunferência abdominal acima da média, obesidade, síndrome metabólica e hipertensão nas mesmas pessoas, como revela a Tabela 4, e tais sujeitos estão presentes no ciclo clínico e internato, como consta no Gráfico 1. Em comparação ao cenário nacional, o índice de hipertensos no Brasil é de 24,7% e 15,7% na capital São Luís (SAÚDE, 2018). Assim como o diabetes, a hipertensão também não é comum de ser notada nos mais púberes, pois por intermédio de bons hábitos de vida pode-se evitar o aparecimento desta comorbidade.

Em relação a circunferência abdominal, é um fator de extrema importância na avaliação dos riscos, e ficou bem claro, neste artigo, que indivíduos com a circunferência abdominal acima dos valores normais são os que ocupam os escores: moderado e alto risco. Nesta questão, foi encontrado diferenças quanto ao sexo, os homens ocupam a maior parcela para moderado e alto risco, em contrapartida nenhuma mulher alegou ter cintura acima de 88 cm, podemos ver na Tabela 4. Sob outra ótica, um estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF) aponta que há uma relação inversa entre a obesidade central, hipertensão e a importância de uma alimentação saudável (TAIANAH et al., 2017). Em consonância com os médicos em formação, aqueles que consumiam mais vegetais, frutas e verduras, teve menor percentual na circunferência abdominal quando comparados a porcentagem daqueles que preferiam frituras, como observa-se na Tabela 4, confirmando a relação inversamente proporcional estudada pela UFF.

No que diz respeito ao fator genético, o qual tem grande peso no escore FINDRISK, com o agravante de que se trata de um fator de risco não modificável. Neste artigo, os indivíduos com alto, moderado e baixo risco relatam possuir fator genético para parentes de primeiro grau com diabetes, como nota-se na Tabela 4. O percentual global deste estudo foi de 21,6%% com fator genético desfavorável para parentes em primeiro grau, comparativamente. O histórico familiar sempre ira potencializar o risco de DM2, como mostra uma pesquisa publicada no Internacional Journal of Biological Macromolecules (JUTTADA et al., 2020), que revela o risco de desenvolver diabetes tipo 2 foi conferido pelo SNP rs7903146 ​​do gene do fator de transcrição 7-like2 em muitas populações étnicas, visto que é uma característica não mutável, é importante tentar evitar os demais fatores de risco.

Contudo, a presença de Síndrome Metabólica, de modo geral, manifesta-se como conjunto de sinais que reforçam as complicações clinicas de quem tem altas chances de desenvolver diabetes, somando a isso, estes mesmos acadêmicos com SM, também possuem comportamento peculiar, como o tabagismo, ver na Tabela 4, ao passo que corrobora para o aparecimento de outras comorbidades consecutivamente associadas a hiperglicemia, podendo agregar problemas ainda mais graves de ordem vascular, tal qual: o acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio e trombose venosa profunda (WU et al., 2020). É importante destacar, que essas pessoas foram identificadas exclusivamente no ciclo clínico, como revela a Tabela 3.

CONCLUSÃO

Diante dos resultados detectados, levando em consideração o ferramental proposto, pode-se perceber que apesar das limitações da metodologia, o estilo de vida, obesidade e a circunferência abdominal são os principais vilões da elevação dos escores para os grupos com mais riscos para DM2, especialmente no sexo masculino, porém existe a necessidade de estudos prospectivos afim de pesquisar se esses fatores estão sendo adquiridos ao longo da graduação. Além do mais, a presença de síndrome metabólica reforça o contexto de que até mesmo as populações mais jovens já estão susceptíveis ao DM2, isso impacta negativamente, gerando enormes custos emocionais e financeiros à sociedade. À luz do exposto, cabe neste caso, ao centro acadêmico do curso de medicina da UFMA, sugestionar e tentar desenvolver uma cultura entre os estudantes pela busca por atividades físicas, nutrição adequada, ou mesmo implementar programas de promoção e prevenção à saúde para este fim. Ademais, cada indivíduo de alto risco e com síndrome metabólica recebeu um alerta para o autocuidado relacionado a aspectos relevantes de prevenção para o diabetes, em meio do que se estava exposto em cada diagnóstico.

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[1] Graduação em andamento em Medicina.

[2] Orientador. Mestrado em Ciências Ambientais e Saúde Especialização em Auditoria E Pericia Ambiental. Graduação em Biologia.

[3] Graduação em andamento em Medicina.

[4] Graduação em andamento em Medicina.

[5] Graduação em andamento em Medicina.

[6] Graduação em andamento em Medicina.

[7] Mestrado em Ciências Florestais. Graduação em Engenharia Florestal.

[8] Graduação em andamento em Medicina.

Envaido: Novembro, 2020.

Aprovado: Novembro, 2020.

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