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A classificação ABC na gestão de materiais de consumo em uma Instituição Federal de Ensino Superior

RC: 62236
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-de-producao/classificacao-abc

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

COSTA, Samuel Chagas da [1], REIS, Augusto da Cunha [2]

COSTA, Samuel Chagas da. REIS, Augusto da Cunha. A classificação ABC na gestão de materiais de consumo em uma Instituição Federal de Ensino Superior. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 10, Vol. 15, pp. 34-47. Outubro de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-de-producao/classificacao-abc, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-de-producao/classificacao-abc

RESUMO

O sucesso qualquer organização depende de uma gestão eficiente de todos os seus recursos, inclusive os recursos de materiais. Assim, gestão de materiais de consumo compõe as estratégias das organizações, uma vez que materiais estocados significam capital ocioso investido no almoxarifado. Este trabalho tem como objetivo classificar os materiais de consumo de maior importância para a gestão do almoxarifado em uma instituição federal de ensino superior, e para isso o trabalho utilizou a classificação ABC de materiais, ou curva de Pareto, a qual classifica os itens estocados quanto ao seu valor de aquisição. A metodologia de pesquisa é quantitativa, o universo de estudo é a própria instituição, e um dos campi serviu de amostra por acessibilidade, o qual também foi utilizado como pesquisa documental. Como resultado, o trabalho identificou 18 diferentes tipos de materiais de consumo, classificados como A, dentre os 115 analisados. Concluiu-se que esses são os materiais em que a gestão deverá concentrar a máxima atenção, visto que eles consomem os maiores recursos financeiros destinados a esse elemento da despesa pública, ainda que em pequenas quantidades compradas.

Palavras-chave: Material de consumo, classificação ABC, compras públicas.

1. INTRODUÇÂO

Qualquer organização, pública ou privada, depende de uma gestão eficiente de todos os seus recursos, inclusive os recursos materiais, o que torna essa parte da administração um dos pontos estratégicos para as organizações. Gonçalves (2016) afirma que o planejamento e o controle da gestão de materiais são capazes de reduzir o investimento ocioso em estoque, melhorar o processo de compras e proporcionar vantagem competitiva ao produto ou ao serviço da empresa.

Feng et al. (2018) afirmam que o excesso de compras leva ao excesso de estoques e impede o uso eficiente de recursos financeiros. Para Halasz (2017), o cenário planejado não é atendido quando ocorrem erros na previsão da demanda, e consequentemente em todo o projeto de compras. Santos et al. (2018) asseveram que o planejamento deficiente da demanda gera compras em quantidades conflitantes com a realidade, o que afeta o atendimento das necessidades dos clientes. Para Losilla e Valente (2017), a curva ABC permite acompanhar o crescimento da demanda, o que proporciona a melhoria dos processos internos da empresa.

Segundo Eduardo Maehler (2004), a administração de materiais engloba um ciclo de operações interdependentes e correlatas, as quais incluem a previsão, a aquisição, o transporte, o recebimento, o armazenamento, a distribuição, a conservação e o controle de inventários. Segundo Vianna (2006), o objetivo da gestão de materiais é suprir as organizações com os materiais certos, no custo correto, no tempo apropriado e nas qualidades adequadas. Para Dias (2016), a classificação ABC de materiais é importante para um controle eficaz dos estoques, uma vez que ela possibilita a adequada armazenagem dos suprimentos, bem como a maneira correta de operacionalizar o almoxarifado.

O objetivo desta pesquisa é identificar os materiais de consumo mais importantes para a gestão de estoque em uma instituição pública de ensino superior, por meio da classificação ABC de materiais, também conhecida como princípio de Pareto.

1.1 AS COMPRAS PÚBLICAS

Na administração pública, as compras públicas – também chamadas de elementos da despesa pública – são divididas em materiais permanentes e materiais de consumo. Aqueles englobam itens cuja duração ultrapassam os dois anos de vida útil, enquanto estes se limitam a produtos ou insumos com utilização de no máximo um biênio.

Os materiais de consumo se subdividem em diversos subitens, tais como: Material de expediente; Material de consumo de tecnologia da informação e comunicação; Material de manutenção bens imóveis e instalações; Ferramentas; Material elétrico e eletrônico; Material de proteção e segurança; dentre outros.

1.2 ESTRUTURA DA PESQUISA

Esta pesquisa está estruturada em 5 capítulos sendo este o introdutório. O segundo capítulo apresenta os principais aspectos teórico de forma a embasar conceitualmente a pesquisa. O terceiro aborda o método utilizado para coleta de dados. O quarto explora o resultado e as discussões sobre o estudo. O quinto externa as conclusões e considerações finais da pesquisa.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O presente capítulo pesquisa na doutrina os fundamentos para a boa compreensão do importante papel desempenhado pela gestão de materiais nas organizações, bem como para o entendimento da classificação ABC de materiais. Para isso, o estudo utiliza artigos científicos de periódicos Capes entre os anos de 2015 e 2020 e bases como o Web of Science, Scopus e Scielo.

De acordo com Santos et al. (2018), a existência de instrumentos e de procedimentos capazes de discorrer e amparar as tomadas de decisões é imprescindível para o gestor de materiais, uma vez que vários processos organizacionais serão impactados pelo resultado da tomada de decisão sobre o planejamento da demanda de materiais e insumos.

2.1 A CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS ABC

A classificação ABC ou princípio de Pareto é uma ferramenta utilizada para determinar quais itens devem ter prioridades na gestão do estoque de uma organização. De acordo com Jemelka, Chramcov e Kriz (2017), a técnica permite a separação das unidades em três classes, ABC, com diferentes níveis de relevância. A metodologia atribui máxima relevância para os itens de classe A, média relevância para os itens de classe B, e pequena relevância para os itens de classe C.

Ishizaka et al., (2018) afirmam que os materiais classificados como A possuem máxima relevância em relação a valores e exigem a máxima atenção do gestor de materiais. Entretanto, eles representam cerca de 10% apenas do inventário total. Segundo os autores, os itens classificados como B, de média relevância em relação a valores, constituem 20% do armazenamento da organização. E, por último, os autores afirmam que os itens pertencentes à classificação C são de pequena relevância em relação aos custos e à atenção do gestor e compõem 70% de todo o estoque da organização.

Zhao e Dong (2016) afirmam que distinguir a da importância ou prioridade dos materiais é o principal objetivo da curva ABC. Para os autores, os itens de classificação A, de pequena quantidade e maior valor empreendido, devem ser considerados como os mais importantes no controle do estoque. Para Amran e Fátima (2017), a gestão de materiais deve direcionar toda sua atenção aos itens de classificação A, visto que esses materiais possuem um alto valor empreendido e pequena quantidade estocada.

Prajaksuwithee e Chutima (2019) afirmam que por meio da classificação ABC pode-se prever de demanda de materiais, implementar de uma política de reabastecimento, bem como evitar o excesso de estoques. Para Liu (2017), o modelo de classificação ABC permite o implemento de um plano de reposição automática de materiais, bem como ações de melhorias no processo de reabastecimento de suprimentos já existente na organização. Para Cedillo Campos (2015), a curva de Pareto permite não só a gestão de prioridades dos materiais estocados, bem como a análise na gestão de riscos do almoxarifado.

A classificação ABC, conforme mostra a figura 1 abaixo, identifica os materiais quanto ao seu valor e às suas quantidades.

Figura 1 – Classificação ABC

Fonte: elaborada pelos autores.

Para Amran e Fátima (2017), o setor de compras deve manter-se focado nos itens de classe A, os quais são materiais de elevado custo e alta utilização no processo de ressuprimento. De acordo com os autores, são vários os procedimentos para a classificação ABC de materiais, tais como: volume de uso por determinado tempo, o custo total de cada material por um dado período, o custo agregado e a relação de custo de uso pelo custo total.

Gonçalves (2016) afirma que os percentuais na classificação ABC não são rigorosos. Segundo o autor, eles podem ser alterados conforme o perfil da curva ABC, bem como após uma consulta com especialistas de campo. Nesse sentido, Zenkova e Kabanova (2018) utilizaram as seguintes porcentagens para a classificação ABC de materiais:

  • Se a porcentagem acumulada ≤ 80%, então o produto pertence ao grupo A;
  • Se a porcentagem acumulada ficar entre 80% e 95%, então o produto pertence ao grupo B;
  • Se a porcentagem acumulada > 90%, então o produto pertence ao grupo C.

Dessa forma, seguindo os parâmetros de Zenkova e Kabanova (2018), para uma classificação ABC, os itens de classe A correspondem a 80% dos valores; os itens de classe B a 15% dos valores; os itens de classe C a 5% dos valores. Assim, o somatório da porcentagem individual deve ser igual a 100%, bem como a porcentagem acumulada de um produto deve ser igual à soma de sua porcentagem individual com a porcentagem acumulada do produto anterior. A tabela 1 e o gráfico 1 mostram exemplos práticos utilizados por Zenkova e Kabanova (2018).

Tabela 1 – Classificação ABC

Código do Produto quantidade de consumo anual Valor Unitário Valor total Porcentagem individual Porcentagem Acumulada Classificação
Produto 01 7592 98  R$      744.016 32,39% 32,39% A
Produto 02 1884 250  R$     471.000 20,51% 52,90% A
Produto 03 2331 194  R$      452.214 19,69% 72,59% A
Produto 04 700 350  R$      245.000 10,67% 83,26% B
Produto 05 729 200  R$      145.800 6,35% 89,60% B
Produto 06 747 100  R$        74.700 3,25% 92,86% B
Produto 07 2022 30  R$        60.660 2,64% 95,50% C
Produto 08 136 286  R$        38.896 1,69% 97,19% C
Produto 09 330 100  R$        33.000 1,44% 98,63% C
Produto 10 137 230  R$        31.510 1,37% 100,00% C
Total:      R$   2.296.796 100%

Fonte: Zenkova e Kabanova (2018), adaptada pelos autores.

Gráfico 1 – Curva de classificação ABC de Zenkova e Kabanova (2018)

Fonte: elaborado pelos autores.

3. METODOLOGIA DA PESQUISA

O objetivo deste capítulo é discorrer acerca dos procedimentos metodológicos aplicados na presente pesquisa. O capítulo está dividido nos seguintes tópicos: delimitação da pesquisa; definição e método de pesquisa; universo e amostra; definição do instrumento de pesquisa.

3.1 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

Os materiais de consumo são elementos da despesa pública e se dividem em diversos subitens, no entanto a pesquisa se limita aos seguintes subitens:

  • Material de expediente;
  • Material de consumo de tecnologia da informação e comunicação; e
  • Material de manutenção bens imóveis e instalações.

A pesquisa utilizou dados da compra realizada no ano de 2018, uma vez que todo o processo de compras de 2019 ainda não estava concluído até o término do presente estudo.

3.2 DEFINIÇÃO DE MÉTODO DE PESQUISA

O presente trabalho adotou a forma de pesquisa quantitativa, e utilizou valores extraídos de empenhos e históricos do setor de armazenamento de materiais de consumo de um dos campi da instituição, bem como do portal compras governamentais.

3.3 UNIVERSO E AMOSTRA

A Instituição federal de ensino é composta por 8 campi, os quais serão o universo da pesquisa. Entretanto, os dados quantitativos da pesquisa serão retirados de apenas um dos campi, o qual servirá de pesquisa documental e amostra por acessibilidade, por estarem prontamente disponíveis para esse estudo.

O envolvimento dos demais campi, no atual trabalho, exigiria uma disposição maior de tempo e de coleta de informações, podendo, assim, ser uma sugestão para pesquisas futuras.

3.4 DEFINIÇÃO DO INSTRUMENTO DE PESQUISA

Foi realizado um levantamento das compras de materiais de consumo realizadas no ano de 2018, com base em dados quantitativos realizados por pesquisa documental. Por meio desses dados, foi realizada a classificação ABC de materiais.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Este capítulo busca a apresentação, os comentários, bem como a interpretação dos dados quantitativos coletados pela pesquisa documental, a qual foi realizada em um dos oito campi da instituição federal de ensino superior. Ressalta-se que não foi possível a utilização dos dados dos demais campi, pois não haveria tempos para a coleta desses dados, devido ao afastamento social em decorrência da pandemia do COVID-19.

4.1 ANÁLISE DE DADOS PARA A CLASSIFICAÇÃO ABC

Gonçalves (2016) afirma que os percentuais na classificação ABC não são rígidos. Segundo o autor, eles podem ser alterados conforme o perfil da curva ABC. Nesse contexto, para a classificação ABC, após uma análise de conteúdo dos documentos do campus em estudo, foram adotados os seguintes parâmetros de classificação: os itens de classe A correspondem a 80% dos valores; os itens B a 15% dos valores; os itens C a 5% dos valores.

A classificação foi feita com 115 diferentes tipos de materiais de consumo adquiridos em 2018, para estocagem no almoxarifado, em um valor de R$ 32.530,68. Por meio da curva ABC, foi elaborada uma listagem com a ordem de prioridade de materiais adquiridos, nos quais o gestor de estoque deverá manter maior atenção. Observa-se que a após a classificação dos 115 materiais, foram obtidos 18 materiais para a classe A; 35 materiais para a classe B; e 62 materiais para a classe C, conforme mostra a gráfico 1 abaixo.

Gráfico 2- Classificação ABC, quanto à quantidade de itens, para a compra realizada em 2018

Fonte: elaborado pelo autor.

A classificação ABC reafirmou que os itens de classe A concentram os maiores recursos empregados na compra (R$ 25.712,28); os recursos de médios valores (R$ 5.188,56) foram classificados  como B; e os materiais de classe C concentraram os recursos de valores mais baixos (R$ 1.629,84), conforme mostra o gráfico 2 abaixo.

Gráfico 3 – Classificação ABC, quanto aos valores, para a compra realizada em 2018

Fonte: elaborado pelos autores.

A tabela 1 abaixo traz alguns materiais como exemplo (de um total de 115 diferentes tipos de materiais adquiridos) em classificação ABC da compra realizada pelo campus no ano de 2018.

Tabela 2 – Alguns exemplos da classificação ABC dos 115 diferentes tipos de materiais de consumo adquiridos

Código do Material Quantidade Valor Unitário Valor total Porcentagem individual Porcentagem Acumulada Classificação
Material 01 800  R$            16,39  R$     13.112,00 40,31% 40,31% A
 …  …
Material 18 1  R$          328,68  R$          328,68 1,01% 79,04% A
Material 19 1  R$          326,91  R$          326,91 1,00% 80,05% B
Material 20 1  R$          318,00  R$          318,00 0,98% 81,02% B
Material 21 2000  R$              0,16  R$          314,00 0,97% 81,99% B
 …  …
Material 51 150  R$              0,46  R$            68,91 0,21% 94,58% B
Material 52 15  R$              4,51  R$            67,65 0,21% 94,78% B
Material 53 24  R$              2,79  R$            66,96 0,21% 94,99% B
Material 54 12  R$              5,16  R$            61,92 0,19% 95,18% C
Material 55 30  R$              1,86  R$            55,80 0,17% 95,35% C
Material 56 50  R$              1,10  R$            55,00 0,17% 95,52% C
Material 57 50  R$              1,10  R$            55,00 0,17% 95,69% C
Material 58 2  R$            27,08  R$            54,16 0,17% 95,86% C
 …  …
Material 111 5  R$              1,02  R$              5,10 0,02% 99,95% C
Material 112 5  R$              0,95  R$              4,75 0,01% 99,97% C
Material 113 3  R$              1,36  R$              4,08 0,01% 99,98% C
Material 114 3  R$              1,22  R$              3,66 0,01% 99,99% C
Material 115 2  R$              1,80  R$              3,60 0,01% 100,00% C
TOTAL:  R$       32.530,68       100,00%

Fonte: elaborada pelos autores.

As compras de materiais de consumo que são direcionados ao almoxarifado do campus utilizado como pesquisa documental são muito diversificadas e extensas, o que ocasiona muitos materiais comprados e não foram utilizados nesta pesquisa.

O elemento da despesa denominado material de consumo possui diversos subitens, entretanto, a pesquisa se limitou ao estudo dos materiais de consumo, cujos subitens sejam:

  • Material de expediente;
  • Material de consumo de tecnologia da informação e comunicação; e
  • Material de manutenção bens imóveis e instalações.

Dentre os 115 materiais estudados, foi possível observar a existência de 18 materiais de consumo em que a gestão do almoxarifado deverá focar na compra para o próximo período. Uma vez que são materiais com pouca quantidade adquiridas e máximo valor despendido.

Tabela 3 – Classificação ABC dos 115 materiais de consumo estudados

Classificação Materiais diferentes Valores
A 18  R$              25.712,28
B 35  R$                5.188,56
C 62  R$                1.629,84
TOTAL 115  R$              32.530,68

Fonte: elaborada pelos autores.

5. CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho buscou classificar os materiais de consumo para determinar os materiais em que a gestão deverá manter a máxima atenção durante o planejamento da demanda de compras em uma instituição federal de ensino superior. Desse modo, o objetivo foi alcançado por meio da classificação ABC ou curva de Pareto.

Dentre os 115 materiais de consumo estudado, 18 materiais foram identificados como os de máxima importância para a gestão do almoxarifado, uma vez que eles concentram os maiores valores destinados para esse elemento da despesa pública. Desse modo, controles como estimativas de compras, prioridades na aquisição e valores empreendidos poderão ser realizados com mais atenção nesses 18 diferentes tipos de materiais de consumo classificados como A.

5.1 LIMITAÇÕES DA PESQUISA

Algumas limitações foram encontradas, embora não tenham impedido a continuidade da pesquisa. Nesse sentido, destacam-se o controle de estoque dos demais campi não poderem ser utilizado no estudo, o grande número de subitens de materiais de consumo a ser estudado, o ciclo de compra de 2019 muito demorado e ainda em andamento até a conclusão desta pesquisa, bem como pandemia do COVID-19 que impossibilitou o acesso in loco aos documentos do almoxarifado.

5.2 PROPOSTA PARA TRABALHOS FUTUROS

Como proposta para trabalhos futuros o estudo pode ser realizado nos demais campi da instituição, bem como com os demais subitens de materiais de consumo.

5.3 PRINCIPAIS ACHADOS

Os processos de compras na instituição de ensino são demasiadamente longos, com início em determinado ano e não são totalmente concluídos até o término do ano subsequente.

REFERÊNCIAS

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DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Materiais/Princípios, Conceitos e Gestão. 6a. Edição. São Paulo: Editora Atlas, 2010.

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FENG, Y. et al. A Distributed Procurement Cost Control Scheme of Medical Materials for Regional Medical Consortiums. 2018.

GONÇALVES, Paulo Sérgio. Administração de Materiais. 5ª Edição. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2016.

HALASZ, M. T. Análise de demandas de camadas de proteção definidas com a metodologia lopa utilizando um sistema de gestão de ativos em instrumentação. Dissertação (Mestrado em Sistemas de Gestão) – Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Gestão, Universidade Federal Fluminense, 2017.

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JEMELKA, M.; CHRAMCOV, B.; KŘÍŽ, P. ABC analyses with recursive method for warehouse. 2017 4th International Conference on Control, Decision and Information Technologies, CoDIT 2017, v. 2017- Janua, p. 960–963, 2017.

LIU, Z. The anti-hepatitis drug use effect and inventory management optimization from the perspective of hospital drug supply chain. Pakistan journal of pharmaceutical sciences, v. 30, p. 1917–1922, 1 set. 2017.

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PRAJAKSUWITHEE, S.; CHUTIMA, P. Inventory Management System Development in a Flexible Printed Circuit Board Manufacturer. 2019 IEEE 6th International Conference on Industrial Engineering and Applications, ICIEA 2019, p. 246–250, 2019.

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ZENKOVA, Z.; KABANOVA, T. The ABC-XYZ analysis modified for data with outliers. Proceedings – GOL 2018: 4th IEEE International Conference on Logistics Operations Management, p. 1–6, 2018.

VIANNA, João José. Administração de Materiais/Um enfoque Prático. 1ª Edição. São Paulo: Editora Atlas, 2006.

ZHAO, J.; DONG, W. the Total Cost Inventory System Optimization. v. 65, p. 344–347, 2016.

[1] Pós-graduado em Gestão Pública, Graduado em Administração.

[2] Orientador. Doutor em Engenharia de Produção.

Enviado: Setembro, 2020.

Aprovado: Outubro, 2020.

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Samuel Chagas da Costa

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