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A Evolução E A Inserção De Tics Na Docência Do Ensino Superior

RC: 24349
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

SILVEIRA, Jhonathan Alberto dos Santos [1]

SILVEIRA, Jhonathan Alberto dos Santos. A Evolução e a Inserção De TICs Na Docência Do Ensino Superior. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 01, Vol. 01, pp. 40-48 Janeiro de 2019. ISSN:2448-0959

RESUMO

O presente trabalho tem por escopo demonstrar a inserção das tecnologias de informação e comunicação na educação superior no Brasil, bem como na formação de docentes da referida área de ensino. Para a elucidação do tema em comento foi realizado, além da pesquisa científica, uma pesquisa de campo com entrevistas com docentes que estão se inserindo no mercado de trabalho, bem como com docentes que estão há muitos anos na atividade, tendo presenciado, inclusive, as mais variadas fases da docência superior no país. É notável o crescimento das tecnologias nas diversas aéreas de atuação, no entanto, alguns profissionais ainda resistem a essas tecnologias, ora por falta de conhecimento, ora por falta de capacitação. O objetivo geral da pesquisa de campo é demonstrar a importância da utilização das TIC na reestruturação da educação superior brasileira, na formação continuada dos docentes e na formação qualificada dos discentes, sendo que restou suficientemente comprovado que a evolução tecnológica, como um tudo, contribuiu sobremaneira para a melhoria na qualidade do ensino superior no Brasil, tanto na área docente como na discente.

Palavras-chave: Formação de docentes, TIC, Ensino Superior.

INTRODUÇÃO

Com o passar dos anos a educação brasileira vem sofrendo diversas modificações em todos os níveis de ensino. Em um curto interstício temporal a educação brasileira passou da utilização de cadernos e quadro negro para o manuseio de telas multimídia e computadores como ferramentas essenciais do ensino nos mais variados níveis da educação. (OTT e CHICON, 2014). Segundo Oliveira e Silva (2015) dentre os fatores responsáveis por tais modificações, destaca-se a LDB n.º 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira), que reestruturou todo o sistema de ensino no Brasil, introduzindo novas diretrizes e patamares na educação nacional como um todo.

A formação inicial de docentes modificou-se completamente, tendo em vista que a nova linha de ensino requer profissionais com raciocínio rápido, crítico e capaz de acompanhar a criatividade e evolução das novas tecnologias implementadas no alicerce da educação brasileira. (RIBAS, 2008).

Conforme Mercado (1999), os novos profissionais que estão se inserindo na docência superior já possuem uma bagagem de conhecimento no tocante as novas tecnologias que vem sendo utilizadas na educação brasileira, tendo em vista que tais TIC já estão sendo debatidas e utilizadas nas graduações de profissionais das mais diversas áreas do conhecimento. Já os profissionais que atuam na docência há mais tempo necessitam de uma reaprendizagem no tocante ao tema ora aludido, isto porque existem vícios decorrentes da repetição, bem como alguma resistência em aderir à enxurrada de modificações advindas da implementação das referidas tecnologias no ensino superior.

A formação continuada de docentes ocorre quando estes profissionais regressam aos bancos acadêmicos com o intuito de se atualizarem em suas respectivas áreas com o fim precípuo de aperfeiçoamento para, assim, ofertar aos discentes novas visões da educação sob o prisma das novas tecnologias de informação e comunicação utilizadas, ou, ainda, através de participações de tais educadores em cursos, congressos, programas de atualização, aperfeiçoamento e pós-graduação de latu sensu e strictu sensu. (RIBAS, 2008).

As novas tecnologias de informação e comunicação utilizadas na docência superior estão dando um novo sentido à educação universitária, tanto com a utilização de formas inovadoras de incentivar o pensamento do professor e do aluno quanto na linguagem utilizada. Essas linguagens trazem à educação um mundo novo a ser descoberto, incutindo na sociedade uma nova cultura, exigindo dos profissionais da educação mais esforço e uma maior qualificação, tanto no sistema presencial quanto no sistema à distância. (MERCADO, 1999).

Ribas (2008) afirma que, com o advento da internet e a consequente utilização da mesma em todos os níveis da educação brasileira, o sistema de educação à distância (EAD) ganhou força e espaço na educação, tornando-se uma ferramenta “quase” que básica na formação inicial, bem como na formação continuada dos profissionais da educação superior.

A internet tornou-se um elo entre o aluno e a educação, tornando possível que pessoas dos mais distintos lugares do país tenham acesso à educação superior, bem como a formação continuada. Nesse diapasão é que os cursos transmitidos à distância assumem especial relevância na evolução da educação superior no Brasil, tendo em vista que o crescente número de jovens com acesso à educação técnica, tecnóloga e superior no país elevou o padrão dos profissionais da educação, os quais devem estar aptos a suprir as necessidades destes alunos, os quais já estão demasiado inseridos no mundo digital de forma genérica, surgindo daí a necessidade do aperfeiçoamento dos docentes em exercício. (SASSAKI, 1997).

Mercado (1999) afirma que, estamos na era da tecnologia, razão pela qual o aumento das TIC estimula a busca pelo conhecimento, modificando sobremaneira o comportamento dos indivíduos da sociedade, ao passo que o mercado de trabalho atual prima por profissionais suficientemente qualificados para lidar com o avanço tecnológico em testilha.

Todos os grandes pedagogos, cada um ao seu modo, consideraram o professor ou o educador um inventor, um pesquisador, um improvisador, um aventureiro que percorre caminhos nunca antes trilhados e que pode se perder caso não reflita de modo intenso sobre o que faz e caso não aprenda rapidamente com a experiência (PERRENOUD, 2008, p. 36).

A presente pesquisa, baseada em consulta bibliográfica e em pesquisa de campo constituída, basicamente, em entrevistas realizadas com professores que ingressaram recentemente na profissão, bem como os que acompanharam toda a evolução da educação brasileira no transcorrer dos anos, busca explanar acerca das mudanças significativas ocorridas na educação superior do Brasil, analisando as contribuições da formação continuada para docentes, tendo em vista a grande inserção de novas tecnologias, bem como assinalando as contribuições da educação à distância em todo território nacional.

A EVOLUÇÃO DA DOCÊNCIA SUPERIOR NO BRASIL

De acordo com Brandão (1997) o estudo aprofundado acerca da origem dos cursos superiores no Brasil, temos que os primeiros cursos de graduação surgiram quando a Corte Portuguesa transferiu-se de Portugal para o Brasil, em meados do ano de 1808. Antes de tal acontecimento, porém, os habitantes de nosso país que se interessassem em realizar um curso superior tinham que se deslocar para Portugal.

Os cursos superiores ofertados no Brasil nesta época eram bastante direcionados e tinham a preocupação de não formar pensadores com ideais de independência, ou seja, preocupava-se muito com o fato de formar profissionais que pensassem de acordo com a política da elite brasileira, tendo em vista que Portugal queria manter o Brasil como colônia. (SAMPAIO, 1991).

Sampaio (1991) ainda afirma que, com a transferência definitiva da Corte Portuguesa para o Brasil tornou-se imperativa a formação e a capacitação de profissionais que correspondessem ao novo cenário que estava se formando no país, bem como se tornou imperioso criar cursos superiores que atendessem essa avalanche de modificações.

Conforme Albino (2018), diante disso, no ano de 1820, surgiram as primeiras Escolas Régias Superiores, sendo a de Direito no Estado de Pernambuco, em Olinda, a de Medicina no Estado da Bahia, em Salvador e a de Engenharia, no Estado do Rio de Janeiro, no Rio de Janeiro.

O método de ensino adotado por tais escolas foi equivalente ao que era adotado pela universidade francesa napoleônica, na qual havia uma supervalorização das ciências exatas e tecnológicas e uma desvalorização das ciências humanas, da filosofia e da teologia. As Escolas Régias optaram por implantar um ensino do conteúdo político de instituição centralizadora e monopolizaram a educação de uma forma que não era possibilitado pensar de maneira diferente da organização administrativa do país na época, criando-se, com isso, uma unidade impositiva. (ALBINO, 2018)

Segundo Cunha (1986), somente no ano de 1909 a situação do ensino superior no Brasil começou a sofrer transformações. Cerca de um século após a criação das primeiras escolas de ensino superior, foi criada a primeira universidade no país, a Universidade de Manaus. Posteriormente foi criada e Universidade do Paraná (1920), a Universidade do Rio de Janeiro (1927), a Universidade de São Paulo (1934) e a Universidade de Minas Gerais (1937).

A explosão das universidades no Brasil se deu em razão do crescimento da indústria e do comércio à época, tendo em vista a necessidade de qualificar a mão-de-obra dispendida em tais setores. Diante do crescimento exacerbado destes setores, o Governo Federal, em vista da impossibilidade de atender a demanda de profissionais que desejavam se profissionalizar, permitiu que o Conselho Federal de Educação aprovasse a criação de diversos novos cursos, nas mais variadas áreas de atuação. (SAMPAIO, 1991).

A REALIDADE ATUAL DA DOCÊNCIA SUPERIOR NO BRASIL APÓS A INSERÇÃO DAS TIC

A formação dos docentes deve acompanhar as mudanças ocorridas na sociedade, ao passo que os profissionais que atuam na área são compelidos a realizar atualizações constantes no intuito de inserir as novas tecnologias de informação e comunicação no seu campo, frisando a importância da redundância, de conhecimento. (FERRAZ, 2000).

De acordo com Libâneo:

Presentemente, ante novas realidades econômicas e sociais, especialmente os avanços tecnológicos na comunicação e informação, novos sistemas produtivos e novos paradigmas do conhecimento, impõem-se novas exigências no debate sobre a qualidade da educação e, por consequência, sobre a formação de educadores. Não cabe mais uma visão empobrecida dos estudos pedagógicos, restringindo-os aos ingredientes de formação de licenciados. Não se trata de desvalorização da docência, mas de valorização da atividade pedagógica em sentido mais amplo, na qual a docente está incluída. (LIBÂNEO, 2007, p.40).

 A implementação das tecnologias de informação e comunicação de maneira maçante no ensino superior do Brasil fez com que tais profissionais, até mesmo os mais recentemente formados na área da educação, buscassem uma melhoria no ensino como um todo, iniciando tal transformação no âmbito pessoal. (MERCADO, 1999).

Nesse mesmo enfoque explica LIBÂNEO e PIMENTA (1999) ao mencionar que a formação dos docentes, tanto inicial quanto contínua, oportunizou aos referidos profissionais um conhecimento próprio.

“O desenvolvimento profissional envolve formação inicial e contínua articuladas a um processo de valorização identitária e profissional dos professores. Identidade que é epistemológica, ou seja, que reconhece a docência como um campo de conhecimentos específicos configurados em quatro grandes conjuntos, a saber: conteúdos das diversas áreas do saber e do ensino, ou seja, das ciências humanas e naturais, da cultura e das artes; conteúdos didático pedagógicos; conteúdos relacionados a saberes pedagógicos mais amplos e conteúdos ligados à explicitação do sentido da existência humana.”. (LIBANEO e PIMENTA, 1999, p.260).

A construção do conhecimento é adquirida através de novos processos metodológicos de aprendizagem, pois permitem ao docente uma nova visão da atualidade e do mundo como um todo. As novas tecnologias propiciam aos docentes e discentes uma reformulação de suas relações, ao passo que o professor aprende junto com o aluno. (LIBÂNEO, 2007).

Já a reconstrução do conhecimento por meio da formação continuada dos docentes é adquirida mediante a vivência de relações sociais dentro das instituições de ensino, onde professor e aluno trocam experiências de aprendizagem que geram um ganho sem tamanho para o ensino superior de uma maneira geral, seja preparando profissionais habilitados para empregar e produzir as TIC na educação, seja proporcionando uma construção de novos conhecimentos. (LIBANEO e PIMENTA, 1999).

“É preciso formar o professor numa ambiência de pesquisa, a fim de favorecer um processo de interação com a atividade investigativa, incorporando, assim, a pesquisa como princípio formativo desde a sua formação profissional”. (FERRAZ, 2000).

Conforme amplamente esboçado no presente estudo, o docente a ser formado para a sociedade do conhecimento, ou a ser reinserido na mesma, deve ser um indivíduo comprometido com as atuais transformações sociais e políticas. Um profissional reflexivo, crítico, competente no âmbito da sua própria disciplina, capacitado para exercer a docência e realizar atividades de investigação.

Sobre o tema, Miskulin (1999) afirma que a introdução, a disseminação e apropriação das novas tecnologias em nossa sociedade, resultam em maior utilização da informática e da automação nos meios de produção e de serviço, gerando novos comportamentos e novas ações humanas.

A implementação das TIC está formando profissionais realmente capacitados, tendo em vista que os novos docentes do ensino superior do Brasil estão utilizando o conhecimento adquirido nos cursos de aperfeiçoamento e de formação continuada para incutir as novas tecnologias no dia-a-dia dos estudantes universitários. (MERCADO, 1999).

Para Miskulin (1999) os universitários de hoje em dia, de uma forma geral, estão habituados a utilização das tecnologias de informação e comunicação, no entanto estão experimentando a utilização das mesmas na aprendizagem em sala de aula. A utilização dos recursos de informática pelos docentes permite que os alunos deem um valor que antes não era dado a tais profissionais, pois é notável a busca pela aprendizagem e implementação do novo. Os alunos estão valorizando o conhecimento do professor como nunca antes visto.

Nesse particular contexto, Miskulin (1999) explica que é preciso entender os benefícios trazidos pela implementação das TIC para a educação e não aderir ao tema uma ideia de simples utilização de artefatos tecnológicos:

Quando se propõe tecer reflexões sobre a inter-relação entre a Educação, a Sociedade e a Tecnologia, convém ressaltar que pensar sobre a integração e disseminação da tecnologia na Educação não significa apenas pensar em artefatos tecnológicos, mas, sobretudo, significa refletir e pensar sobre Educação e sobre possíveis benefícios que essa Tecnologia poderá trazer para a sociedade. Sabe-se que a utilização da Tecnologia na Educação, por si só, não conduz a emancipação nem à opressão de indivíduos, mas, por outro lado, tal tecnologia está incorporada em contextos econômicos e sociais que determinam as suas aplicações. E, desse modo, esses contextos devem ser reavaliados, constantemente, para assegurar que as aplicações das Tecnologias na sociedade, desenvolvam e conservem valores humanos, ao invés de extingui-los. (MISKULIN, 1999, p. 51).

De mais a mais transparecem as vantagens e a importância da inserção das tecnologias de informação e comunicação na docência do ensino superior no Brasil, tendo em vista que tais TIC auxiliam sobremaneira na aprendizagem (que é eterna) dos docentes e na maneira de repassar essa aprendizagem aos discentes da nova era da educação.

Cita-se, para concluir e abrilhantar o presente estudo, um trecho de um artigo escrito por Daniel Ribas (2015), publicado na Revista Eletrônica Latu Sensu da UNICENTRO, no qual ele cita (MACEDO, 1994 p.46):

Educar pela pesquisa exige muita dedicação e responsabilidade do aluno e muita competência do professor que deve ter pensamento reflexivo para trabalhar com informações e atuar como construtor e reconstrutor do conhecimento. Esse profissional não adota como metodologia de ensino a reprodução de algo já existente, na medida em que:

“Construir conhecimento em deduzi-lo a partir de um outro já sabido ou dado, ainda que parcialmente (…) mas uma coisa é a dedução pensada em um contexto de pesquisa, de diálogo, de demonstração, de busca, de argumentação; outra é ela tida como pressuposto”. (MACEDO, 1994, p.46).

Educar pela pesquisa é fazer com que o aluno adquira conhecimentos por meio do “aprender a trabalhar” pelo método de pesquisa com a finalidade de exercitar, construir melhorias e superar barreiras e dificuldades, pois o conhecimento jamais poderá ser encarado como algo completamente finalizado, e sim como algo em constante mudança e construção”. (RIBAS, 2015).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O novo contexto do ensino superior no Brasil insere uma série de mudanças na maneira de pensar e de agir dos profissionais da área. Os docentes estão sendo compelidos a se adaptar a novas formas de aprendizagem, tendo em vista a inserção das tecnologias de informação e conhecimento inseridas no ramo da educação, fazendo que com que os mesmos voltem aos bancos acadêmicos para modernizar às metodologias de ensino de acordo com a implementação das TIC.

A formação continuada disponibilizada aos docentes permite o conhecimento e a aplicação das tecnologias em expansão na atualidade dentro das salas de aula.

Os novos profissionais da área, incluindo nesse rol os docentes em processo de formação continuada, estão abrindo suas mentes para o mundo das tecnologias, onde as TIC se transformaram na ferramenta primordial da educação superior brasileira. A qualificação dos docentes é valioso trunfo para a melhoria no ensino superior do nosso país, ao passo que um profissional inserido nesse novo paradigma, integrado as inovações proporcionadas pelas tecnologias de informação e conhecimento, será, e assim já o é, muito mais valorizado pelos alunos, bem como pela sociedade em geral.

Os profissionais entrevistados no presente estudo foram uníssonos em afirmar as vantagens da implementação das tecnologias de informação e conhecimento na didática do ensino superior, sendo que tal inserção permitiu que tais profissionais fossem além de seus limites e, inclusive, se permitissem voltar aos bancos acadêmicos para melhor entender essa nova era da educação e, dessa maneira, ter propriedade para aplicar os novos métodos de ensino disponibilizados pela atualidade.

Nesse especial contexto de reformas do sistema educacional brasileiro, a educação à distância vem tomando grande espaço nas graduações, pois contribui decisivamente para um resultado satisfatório das novas práticas educativas, qualificando os profissionais das mais diversas áreas de atuação em tempo real, tudo isso graças a implementação das TIC na educação como um todo.

Deste modo, a educação à distância tem potencial para expandir a formação superior através das tecnologias interativas, superando as barreiras geográficas, no processo da formação inicial e contínua. As novas tecnologias de informação e comunicação abrem grandes possibilidades para a profissionalização e valorização dos docentes, favorecendo a interatividade e o diálogo em tempo real.

A evolução da educação superior no Brasil requer docentes bem formados, com conhecimentos solidificados acerca dos conteúdos a serem apresentados aos alunos, mas, fundamentalmente, com desenvolvimento de práticas pedagógicas que tenham as TIC suficientemente engrenhadas.

A utilização das novas tecnologias na aprendizagem permite que os docentes, assim como os alunos, tenham acesso as mais variadas áreas de atuação, não quedando limitados ao meio físico que é a sala de aula.

As TIC estão se tornando uma realidade para um número cada vez maior da população, exigindo uma nova maneira de pensar sobre a educação e sobre os indivíduos diretamente envolvidos na mesma, desde o planejamento e a execução dos projetos educacionais, já que requer do profissional de educação uma sólida formação inicial e continuada que integre os diferentes aspectos da docência e as atuais circunstâncias da sociedade tecnológica.

A educação superior brasileira ainda tem muito a melhorar, mas é cristalina a importância e a consequente significativa melhoria na qualidade da educação com a implementação das tecnologias de informação e conhecimento na formação continuada dos profissionais da área da docência e a aplicabilidade das mesmas no ensino que é ofertado aos universitários.

Portanto, é de suma importância a utilização das TIC no dia a dia dos professores universitários, sendo que ao docente é proposto voltar aos bancos acadêmicos e entrar em contato com as novas habilidades e as novas linguagens derivadas dos atuais recursos tecnológicos existentes, com o fim de precípuo de integrar a educação e a tecnologia para melhorar a qualidade do ensino como um todo. O profissional da educação vai inserir na sua didática profissional uma nova maneira de pensar, aliada à atualidade tecnológica, que permite pensar, criar e apalpar ideias em tempo real.

REFERÊNCIAS

ALBINO, K. M.; ARAUJO, M. P. M. O exercício da docência no ensino superior, seus entraves: a formação do profissional não licenciado e as novas realidades sociais. 2018. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/63665/o-exercicio-da-docencia-no-ensino-superior-seus-entraves-a-formacao-do-profissional-nao-licenciado-e-as-novas-realidades-sociais. Acessado em 20/12/2018.

BRANDÃO, J. E. de A. A Evolução do Ensino Superior Brasileiro: uma abordagem histórica abreviada. São Paulo: Pioneira. 1997.

CUNHA, L. A. C. R. A universidade temporã, 2ª ed. revista e ampliada. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1986.

FERRAZ, L. N. B. Formação e profissão docente a postura investigativa e o olhar questionador na atuação dos professores. Rio de Janeiro. DP&A Editora. 2000.

LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo. Cortez. 2007.

LIBÂNEO, J. C.; PIMENTA, S. G. Formação dos profissionais da Educação – visão crítica e perspectivas de mudança. In: Educação e Sociedade. Campinas. V. 20, n. 68. 1999.

MACEDO, L. Ensaios construtivistas. São Paulo. Casa do Psicólogo. 1994.

MERCADO, L. P. L. Formação Continua de Professores e Novas Tecnologias. Maceió: PPGE/CEDU: EDUFAL, 1999. ISBN 85-7177-049 -2

MISKULIN, R. G. S. Concepções teórico-metodológicas sobre a introdução e a utilização de computadores no processo ensino/aprendizagem da geometria. Campinas. Tese de Doutorado. Faculdade de Educação da UNICAMP. 1999.

OLIVEIRA, N. C., SILVA, A. L. Docência no Ensino Superior: O Uso de Novas Tecnologias na Construção da Autonomia do Discente. Revista Saberes, p 3 -13, 2015. Disponível em: https://facsaopaulo.edu.br/wp-content/uploads/sites/16/2018/05/ed3/1.pdf

OTT, J., CHICON, P. M. M. Lousa Digital Interativa como Prática Pedagógica. Especialização em Mídias na Educação. UFSM. 2014

PERRENOUD, P. Dez Novas Competências para Ensinar. Editora ESF. 2008.

RIBAS, D. A Docência no Ensino Superior e as Novas Tecnologias. Revista Eletrônica Lato Sensu – Ano 3, nº1, março de 2008. ISSN 1980-6116. Disponível em: www.unicentro.br– Ciências Humanas. Acesso em 19/12/2018.

SAMPAIO, H. Evolução do ensino superior brasileiro (1808-1990). Documento de Trabalho 8/91. Núcleo de Pesquisa sobre Ensino Superior da Universidade de São Paulo, 1991.

SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. 3. ed. Rio de Janeiro: WVA, 1997.

[1] Mestre em Engenharia de Produção, Especialista em Docência no Superior e Graduação em Ciência da Computação.

Enviado: Novembro, 2018

Aprovado: Janeiro, 2019

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Jhonathan Alberto dos Santos Silveira

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