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Professor Fazendo a Diferença em Tempos De Respostas Prontas

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CONTEÚDO

HELFER, Cristiane Decavatá [1], SARAIVA, Danilo [2]

HELFER, Cristiane Decavatá; SARAIVA, Danilo. Professor Fazendo a Diferença em Tempos De Respostas Prontas. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Edição 04. Ano 02, Vol. 01. pp 81-92, Julho de 2017. ISSN:2448-0959

RESUMO

Este trabalho tem por finalidade realizar um estudo bibliográfico, norteado sob as pragmáticas a respeito do efeito do capitalismo, globalização e da tecnologia sob uma visão integral a Educação. Visando promover uma discussão sobre a posição do educador em seu ambiente, fundada na promoção constante de seu aperfeiçoamento para atender necessidades, as quais são estabelecidas dentro do contexto da sociedade atual que envolve o aumento marginalizado da Educação Superior no Brasil, inserida nesta a instituição, a sociedade, a comunidade, o educando afetado por decorrência a evolução incontrolável do uso dos meios de tecnologia. Colocado bruscamente no contexto da sala de aula e na didática do aprendizado do educando. Almejo que este artigo venha de encontro à reflexão sobre a profissão como Educador para os futuros docentes, pois prezo pelo entendimento das questões propostas que permeiam o meio, e que possa suscitar novas contestações sobre os meios de ensino e principalmente que proporcione uma maior consciência a respeito das ações adotadas pelas instituições e o profissional docente.

Palavras-chave: Educação, Professor, Tecnologia.

1. INTRODUÇÃO

A educação no seu modo geral emana constante aprimoramento, havendo novas necessidades, além das salas de aula. Para tanto, o professor, tem como direcionamento aperfeiçoar seus conhecimentos e habilidades, na busca invariavelmente de atender as muitas exigências e expectativas em relação à instituição, a sociedade, à relação professor-aluno, as novas tecnologias, a qualidade no ensino e as fontes de informações intermináveis acessadas na grande rede de computadores.

Com tudo a procura por formação tende ininterruptamente desejar mais e mais. E a partir deste contexto faremos uma revisão nesse artigo de algumas considerações sobre o papel do professor na sociedade globalizada, visando frisar quais seriam as principais competências da docência para atender as declarações da atualidade.

Dentro dessa perspectiva, Freire (1996), descreve que um bom professor é aquele que traduz, em palavras, a atenção do aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento.

Com isso a seguir ampliaremos a apreciação, já desmistificadas e a prática relatada bibliograficamente para superar os desafios do docente e suas atuais linguagens. Visando analisar questões sobre o dialogo: Será que todas as respostas já foram dadas? Será que todos os questionamentos já foram mencionados? Se sim ou senão, como em tempos em que tudo há uma solução pré-estabelecida, o professor se encaixa e se atualiza.

Cury (2008) sintetiza descrevendo que os educadores precisam ser acima da média se quiserem formar seres humanos inteligentes e felizes, capazes de sobreviver nessa sociedade estressante.

Dentro desta perspectiva sugiro nesse artigo uma atividade reflexiva e problematizadora do futuro profissional do educador e educando, baseado nos autores clássicos da área de Educação preponderando à comparação com autores contemporâneos que analisam a educação além das salas de aula.

Freire (1996), logo identificava a necessidade de estabelecer novos paradigmas para a Educação, pois defendia uma forma diferenciada para o ensino, descreveu a filosofia adotada para o ensino, como: “Sua tônica fundamentalmente reside em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade”. Ele dizia que, enquanto a escola conservadora procura acomodar os alunos ao mundo existente, a educação que defendia tinha a intenção de inquietá-los.

Então é fato, que a inquietação é necessária, mas como ela se coloca a partir das necessidades impostas, é a forma que vem a favorecer a formação e competências do docente. Pois além de estabelecer novos métodos, este não é o bastante, logo, não serão mais adequados ao contexto, a cada nova geração de jovens tudo vem a se modificar e muitas vezes novamente se igualar ao passado.

2. GLOBALIZAÇÃO E O CAPITALISMO

A globalização como conceituado em muitos meios pode ser descrito como um processo econômico e social que estabelece uma integração entre os países e as pessoas do mundo.

E a educação nesse espaço de desenvolvimento se orienta, para Zaccoli (2009), como a ambivalência da globalização, vislumbra a relação educacional com o processo de acumulação de capital, gerando assim sentimentos de:

  • individualidade;
  • hedonismo;
  • ausência de solidariedade;
  • desigualdade;
  • terrorismo;

Se estes são os preceitos para o porvindouro, como será a formação dos professores, pois está inserida nas habilidades a humildade de buscar constantemente novos conhecimentos, e para tanto o capitalismo dentro desse conceito não se ajusta e não deve estar inserido nessa prática. Isso está relacionado em função de que o professor quando escolhe sua profissão, não apenas, valoriza a quantia salarial que receberá para exercer sua função, mas sim o quão ele beneficiará a instituição que o receber para ensinar, quantos serão os jovens que ele transformará em sala de aula, através da recíproca troca de afetividade.

Segundo Schumpeter (1961), na segunda parte de seu livro: “Poderá sobreviver o capitalismo?”, já em 1961 esse tema já era parte da preocupação dos pensadores sobre o assunto. Nesse livro evidenciou-se que a educação moderna é oferecida e refletida como capitalista, pois descreve Schumpeter (1961, pag. 5): “a moderna medicina e a higiene ainda seriam subprodutos do processo capitalista, como o é a educação moderna.”

O capitalismo trouxe para a sociedade a superação de ser dono, hoje posso ser dono amanhã outro será o dono, e assim a necessidade de se apropriar de bens de consumo e capital, cada vez admira mais interesse dos futuros profissionais, que buscam formação, tal quais esses alunos estudam para adquirir conhecimento, mas por fim há direcionamento a adquirir bens materiais.

A educação superior foi favorecida para tanto atingir os objetivos do capitalismo no passado, e também é favorecida para com a globalização, pois traz ferramentas para melhorar o ensino. Schumpeter (1961 pag. 13), ainda argumenta:

Em primeiro lugar, à medida que se expande a educação superior, aumenta à oferta de serviços nos ramos das profissões liberais, técnicas e, finalmente, nos cargos burocráticos ou de venda, além do ponto determinado pelas considerações de custo-receita. Essa expansão poderá dar causa a um caso particularmente importante de desemprego de certas camadas da sociedade.

Logo, após essa década, em 1970 surgiu o termo globalização, onde iniciou a análise da necessidade de aplicarmos sistemas além de nossas fronteiras, trazendo assim a difundir as novas tecnologias, para a educação Brasileira.

Para Barroso (2011), “O capital é livre da obrigatoriedade de contribuir com a perpetuação da comunidade, e com a vida cotidiana da mesma. Sem amarras e sem obrigações o capital flutua livremente, “os custos de se arcar com as obrigações não precisam, agora, ser contabilizados”.

A partir dessas observações podemos citar a grande evolução assistida nas ultimas décadas que foi a tecnologia da informação, a qual vislumbrada pela globalização e o capitalismo, autenticou as necessidades atuais de inserir na educação toda e qualquer atualização.

O ensino superior no Brasil é legatário de uma história de desenvolvimento característico, foi tardia sua implantação no país, em relação ao resto do mundo, gerando assim o termo fortemente elitista. Poucos eram os que tinham acesso a educação superior, ainda hoje não há evidências concretas de que a totalidade da população será atingida, mesmo aos inúmeros programas de inclusão do Estado.

Afirma Minto (2006), “Um dos períodos de maior crescimento do número de instituições de ensino superior (IES) e de matrículas aconteceu somente nas últimas décadas, em especial nos anos de 1990.”

Contudo Minto (2006) ainda descreve que a lógica do sistema capitalista é a de criar oportunidade de lucro e em escala sempre crescente. Além da maior abrangência no Ensino Superior, o desenvolvimento tecnológico foi o maior trunfo para o capitalismo, as exigências da produção aumentaram e necessitaram assim melhorar suas técnicas.

Constantemente podemos assistir e presenciar a necessidade dos profissionais em todas as áreas, buscarem atualizações acadêmicas para a melhor aplicação em suas atividades e conseqüentemente trazer maiores salários, promoções, melhores cargos, entre outros interesses de crescimento profissional. Para tanto os alunos tendem a exercerem muitas atividades profissionais, buscando atender as exigências da sociedade contemporânea, que age e predestina todo e qualquer aumento de seu capital próprio. Quando isso ocorre de forma focada pelo educando, logo ele não vislumbra o quanto aqueles momentos de estudo, trarão segurança e estabilidade para seu ser, ele se assola em estar buscando seu diploma o mais rápido possível e independente daquilo que venha a agregar.

Uma constatação feita pela revista Causa Operária online (2015) divulga no artigo: “Capitalistas lucram e milhares de estudantes ficam endividados.”, o retrato dos estudantes que optaram pelo Fies (Financiamento Estudantil), para cursar a universidade, pois estes não conseguiram vagas nas entidades públicas, e não tendo como pagar, se submeteram ao programa levando assim conforme pesquisa divulgada, que mais de 20% dos participantes do programa estão endividados.

A partir do exposto salientamos a pressão que há para buscar a formação acadêmica, mas como conseguir cursar na sua integralidade, já que a aluno está coagido a abandonar seus objetivos. E assim ficam os professores também em sala de aula, tendo que combater ao máximo as instabilidades externas que os alunos estão vivenciando.

Relata Suhr (2010), confirma essa constatação, descrevendo o quão foram às ampliações de vagas no mercado educacional e suas consequências:

“que ao mesmo tempo em que se ampliou o número de vagas em muitos cursos e instituições, ocorreu à fragilização da formação acadêmica oferecida aos alunos, em conseqüência de situações como espaços físicos com estrutura inferior às necessidades da formação profissional, professores com preparo insuficiente para lidarem com outro tipo de aluno que, finalmente, tem acesso ao ensino superior, necessidade de as instituições privadas de ensino racionalizarem custos, entre outras.” Suhr (2010, pag. 8)

Contudo, vimos que o capitalismo e a globalização ocasionaram muitos benefícios a nossa sociedade, mas também conseqüências, sendo que suprir ainda as tantas necessidades da educação, precisarão de dedicação por parte do Estado, das instituições, e principalmente dos docentes e profissionais da educação.

2.1 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO

A tecnologia ocupa grande parte das atividades profissionais de nosso tempo, a qual compreende também o processo de comunicação muito eficiente, que é de extrema parte posta para a formação continuada de professores e profissionais da educação.

Garante Rocha (2009), que os impactos da tecnologia na sociedade têm influência direta nessa formação, a sua compreensão afeta as relações humanas ambiental, social, mental e cognitivamente, integrando os aspectos socioambientais, políticos e econômicos.

A partir dessas considerações logo se avalia que a Educação Superior tem grande responsabilidade na formação de profissionais adequados e atualizados para tais necessidades que o póstumo reserva.

Dentre essas necessidades Rocha (2009) ainda considera que foram inúmeras as possibilidades trazidas pelo uso das novas tecnologias de informação e comunicação na educação para o processo ensino-aprendizagem.

Nesse processo podemos mencionar o crescimento ao acesso de pessoas à educação, como na inclusão social, no ensino superior à distância, maior interação entre alunos, professores, gestores e funcionários, entre outros.

No entanto as antigas práticas didáticas devem ser aplicadas juntamente com ferramentas da informação para melhorar a aprendizagem, Busarello (2013), relata que hoje “Vive-se em meio às Tecnologias da Informação e Comunicação e faz-se necessário entendê-las e inseri-las no cotidiano, seja na educação formal ou informal, tanto como fonte de conhecimento ou como ferramenta para a geração de novos conteúdos.”

Para tanto é preciso inserir na sala de aula, o uso de toda a tecnologia disponível para o aprendizado, pois vem ao encontro do ponto chave para o desenvolvimento de estratégias de ensino e transformação social.

Diante dessas novas concepções o docente deve, preparar e qualificar-se, para inserir na execução de seus conteúdos programáticos, no seu plano de aula, e assim não ir contra eles, pois quando o processo tenta evitar esses meios em sala de aula gera a frustração ao aluno quanto a sua forma de aprender, devido à necessidade de tudo estar em constante transformação e movimento.

Bastos (2015) coloca “É a educação que inspira a tecnologia para a aventura de criar, inventar e projetar nossos bens fugindo aos riscos de facilmente comprá-los.”

E através dessa necessidade o aluno também vê o tão quão é fundamental estar conectado ao mundo, na busca de construir educação e tecnologia, juntas em um futuro real, espelhando assim o dia-a-dia dos profissionais em todos os ramos de atividades.

Nesse contexto podemos citar algumas tecnologias que nos deparamos diariamente e que precisa ser colocada em prática em sala de aula, que conforme Busarello (2015), relata:

O uso do computador, da internet, da televisão, da ficção seriada, das histórias em quadrinhos, do cinema, dos ambientes virtuais e hipermídia, das redes sociais temáticas e de tantos outros meios e formatos apresentam-se além de simples produtos ou tecnologias. Todas estas alternativas, e também os usos destas mídias, chegam para mudar a concepção da aprendizagem formal e da necessidade exclusiva de um espaço institucionalizado para o ensino. As tecnologias e todas as ramificações derivadas estão a todo o tempo ressignificando os papéis dos atores envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. O aprimoramento e a criação de novos formatos têm se mostrado urgente e emergente frente aos desafios que estão surgindo em detrimento do acelerado desenvolvimento tecnológico e, especialmente, das novas práticas de consumo das mídias pelos sujeitos. Busarello (2015), pag. 5.

Necessitamos nos atualizar? Sim. Essa questão vem crescendo constantemente em âmbito mundial, sendo disseminado para que possamos como todos usufruir necessitamos arvorar bandeiras para que toda e qualquer necessidade esteja disponível para educadores e educando. Toda e qualquer forma de tecnologia, será usada para disseminar informações buscando a melhoraria na didática e inseri-la no contexto atual na sala de aula, para que diante das rotinas profissionais serem facilmente interpretadas e colocadas em prática, como é exigido no âmbito empresarial.

2.2 PROFESSOR ENSINA A ARTE DE PENSAR

Analisamos até o momento fatores que estampam as necessidades humanas atuais, principalmente àqueles que sustentam nossa sociedade: globalização, capitalismo, tecnologia e conhecimento.

Para tanto, não podemos olvidar uma ou mesmo a primordial necessidade da formação continuada do professor que vem de encontro a promover uma formação humanizadora, que para Melo (2012), indica como processo de “causar e enfrentar com sucesso os desafios que a educação impõe a cada dia”.

Segundo Freire (1996), que tinha como discerne o amparo de uma ação educativo-crítica, por parte dos educadores, dedicou o terceiro capítulo de seu livro para escrever sobre; “Ensinar é uma especificidade humana.”.

Para Priberam (2015), especificidade tem significado de “qualidade constitutiva e característica de uma espécie”. Então podemos entender que ensinar faz parte da natureza daquele que elege a profissão de professor, sendo assim ele além da sua constituição natural carece de variações estáveis para que deste modo enfrentem os desafios das relações ensino-aprendizagem como também a analogia professor-aluno-conhecimento, que se submetem a debates mutáveis e conjeturam a qualidade da educação em todos os níveis.

Para Cury (2008), professores não devem somente cumprir o conteúdo programático, mas “seu objetivo fundamental é ensinar os alunos a serem pensadores e não repetidores de informações.”.

No momento, que o professor consegue adentrar na emoção do aluno, ele não mais esquecerá, pois a memória não grava a quantidade de informações que recebemos diariamente, Cury (2008) ainda complementa; “Multiplicamos o conhecimento, mas não os homens que pensam.”

Se a tecnologia traz uma variedade de informações, a sala de aula transmite exercícios, provas, avaliações, trabalhos, muito mais conhecimento, dentre essa avalanche de subsídios para a qualidade na educação, introduz-se nesse contexto a emoção, que imerge o aluno para se dispor diante os desafios da vida.

Pode-se pensar em didática com ferramental para tal professor aplicá-la e atingir esses objetivos, mas logo compreender essa ferramenta vai além do número de diplomas e competências profissionais de cada docente, a complexidade do campo da didática relaciona-se, com muitos fatores que Melo (2012), descreve como sendo o encontro sistematizado dos elementos e os sujeitos participantes de todo o processo educativo:

“professores, alunos, conteúdos, métodos, objetivos educacionais, projeto político, projeto de homem a ser formado pela educação, demandas externas para o processo educativo, formação profissional para a atuação em sala de aula, condições materiais do professor, condições físicas da escola, realidade material do aluno, o que, além dos elementos acima, implica o entendimento do funcionamento dos mecanismos de aprendizagem, no sentido que lhe dá a psicologia da educação, etc.” (Melo, 2012, pag. 15). 

A partir dessa lista de elementos, pode ser considerado que os desafios dos professores vão além das paredes das salas de aula, ensinar, ficou, e está inserido em captar a essência do aluno e de si próprio, para abranger a aula como uma síntese da totalidade social, na qual se insere o fenômeno educativo na sociedade capitalista.

Analisando a sociedade capitalista Cury (2008) descreve, dentro de uma reflexão sobre as novas vertentes sobre os valores que os pais passam para seus filhos, ele salienta que “somos criadores e vítimas do sistema social que valoriza o ter e não o ser, a estética e não o conteúdo, o consumo e não as idéias.”.

A partir da interpretação dos novos valores da educação e da sociedade, o aluno tende a ter facilmente respostas técnicas e fundamentadas devido à quantidade de informações que receberam desde a primeira infância, mas não conseguem explorar o seu próprio ser.

Como um profissional formado conseguirá resolver um problema, o qual, ele não encontra as respostas nos livros, nos treinamentos, nas salas de aula, na internet, ou mesmo em um veículo de informação similar? Cury (2008), responde esse questionamento, descrevendo:

“Somos vacinados desde a infância contra uma série de vírus e bactérias, mas não recebemos nenhuma vacina contra as decepções, frustrações e rejeições. Quantas lágrimas, doenças psíquicas, crises no relacionamento e até suicídios poderiam se evitados com a educação da emoção? (Cury, 2008, pag. 49).

A personalidade é uma área da educação formal, que não está contemplada nos planos de ensino no conteúdo programático, e muito menos nas exigências curriculares de um profissional de sucesso.

Mas se ele não aprendeu, perante toda sua formação, lidar com si próprio como conseguirá solucionar aquilo que não foi lhe ensinado, dentro da sala de aula, ou perante a sociedade na qual está inserido.

A solução para tal, está na educação, pois quando o docente compromete se em mergulhar na emoção do aluno e fazê-lo com que  ache suas próprias respostas, este aluno, tão logo o profissional desenvolverá suas habilidades com êxito e segurança, formando pensadores que serão autores da sua própria história.

2.3 METODOLOGIA DE PESQUISA

Este artigo foi constituído a partir do levantamento de dados encontrados na literatura já existente, aplicando-se a revisão bibliográfica dentre importantes colocações dos autores sobre o tema. A coleta de dados tem por objetivo agregar conceitos e ressalvas em vários contextos sobre o tema Educação e formação de Educadores. Pretendendo realizar um levantamento sobre a opinião contemporânea e moderna abordadas, visando uma reflexão indutiva e dialética a propósito do desenvolvimento da problematização proposta. 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Confio que esta produção científica conseguiu atingir os objetivos propostos. Por meio da leitura deste artigo docente e discente, terão oportunidade de analisar e compreender, como também os profissionais da área de Educação, se apropriar de uma postura otimista, perante o cumprimento de seu dever de Ensinar. No que vale como função para futuro de um aluno, no enfrentamento dos desafios de cada um, tanto quanto a quantidade e qualidade de conhecimento, informações, dados, etc, que absorveu durante seus anos de vida acadêmica, profissional e pessoal.

Foi focada neste artigo a necessidade dos profissionais da educação, estar na busca da formação continuada, mas também estarem atentos as novas gerações de pessoas que a sociedade necessita para o aprimoramento e abrangência de igualdade, visando à busca de ideais coletivos.

O educando tem capacidade a partir dos meios atualmente dispostos, em construir, seu próprio conhecimento, e com o auxílio de docentes que o auxiliem nessa trajetória poderão ser e viver suas realizações de forma positiva e desbravadora, não precisando ser dependentes de necessidades capitalistas, tecnológicas e principalmente tendenciadoras as particularidades de um ambiente não favorável ao seu crescimento como ser humano e profissional.

As instituições de ensino devem cumprir sua função social, mas a diferença estará naquele que ensina: professor. 

REFERÊNCIAS

BARROSO, E. P. Resenha Crítica “Globalização e as conseqüências Humanas.” Brasília: 2011.

BASTOS, J.A. de S. L., Educação e Tecnologia. 2015. Acesso em 05 mai 2015. http://www.pucrs.br/famat/viali/tic_literatura/artigos/601.pdf

BUSARELLO, R. I; BIEGING, P. ULBRICHT, V.R. Mídia e Educação: novos olhares para a aprendizagem sem fronteiras. São Paulo: Pimenta Cultura, 2013.

CAUSA OPERÁRIA online. Capitalistas lucram e milhares de estudantes ficam endividados. Acesso em 27 abr 2015. http://www.pco.org.br/movimento-estudantil/capitalistas-lucram-e-milhares-de-estudantes-ficam-endividados/iabe,a.html

CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes.Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

MELO, A. de. URBANETZ, S.T. Fundamentos de didática. Curitiba: InterSaberes, 2012.

MINTO, L.W. Capitalismo e Educação no Brasil: Análise Histórica do processo de reforma do Estado e do ensino Superior. Unicamp: 2006. Acesso em 27 abr. 2015.  <http://www.estudosdotrabalho.org/anais6seminariodotrabalho/lalowatanabeminto.pdf>

PRIBERAM, dicionário <http://www.priberam.pt/dlpo/especificidade>. Acesso em 25 abr. 2015.

ROCHA, C. A. Mediações Tecnológicas na Educação Superior. Curitiba: Ibpex, 2009.

SCHUMPETER. J. A. Capitalismo, Socialismo e Democracia. Rio de Janeiro: Editora Fundo de Cultura, 1961.

SUHR, I.R.F.; SILVA, S.Z. da. Relação Professor-Aluno-Conhecimento. Curitiba: Ibpex, 2010.

ZOCCOLI, M.M. de S., Educação Superior Brasileira: Política e Legislação. Curitiba: Ibpex, 2009.

[1] Uninter, Metologia do Ensino na Educação Superior.

[2] Orientador de TCC do Centro Universitário Internacional UNINTER.

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