REVISTACIENTIFICAMULTIDISCIPLINARNUCLEODOCONHECIMENTO
Pesquisar nos:
Filter by Categorias
Administração
Administração Naval
Agronomia
Arquitetura
Arte
Biologia
Ciência da Computação
Ciência da Religião
Ciências Aeronáuticas
Ciências Sociais
Comunicação
Contabilidade
Educação
Educação Física
Engenharia Agrícola
Engenharia Ambiental
Engenharia Civil
Engenharia da Computação
Engenharia de Produção
Engenharia Elétrica
Engenharia Mecânica
Engenharia Química
Ética
Filosofia
Física
Gastronomia
Geografia
História
Lei
Letras
Literatura
Marketing
Matemática
Meio Ambiente
Meteorologia
Nutrição
Odontologia
Pedagogia
Psicologia
Química
Saúde
Sem categoria
Sociologia
Tecnologia
Teologia
Turismo
Veterinária
Zootecnia
Pesquisar por:
Selecionar todos
Autores
Palavras-Chave
Comentários
Anexos / Arquivos

A importância da contabilidade gerencial – estudo bibliométrico

RC: 154704
403
4.9/5 - (15 votos)
DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/contabilidade/importancia-da-contabilidade

CONTEÚDO

REVISÃO BIBLIOMÉTRICA

SANTOS, Thais Silva dos [1], DIAS, João Vitor Fragozo [2], SANTOS, Alessandra de Farias dos [3], FERNANDES, Jéssica Seixas Carvalho [4]

SANTOS, Thais Silva dos et al. A importância da contabilidade gerencial – estudo bibliométrico. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 09, Ed. 11, Vol. 01, pp. 194-212. Novembro de 2024. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/contabilidade/importancia-da-contabilidade, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/contabilidade/importancia-da-contabilidade

RESUMO

O estudo bibliométrico teve como finalidade expor a relevância da contabilidade gerencial na influência de decisões nas empresas. Para garantir o objetivo do artigo foi necessário a utilização da metodologia exploratória descritiva, e utilização do estudo bibliométrico. A contabilidade por muitos anos foi empregada exclusivamente a  cálculos e informações tributárias e pouco aplicada como ferramenta de gestão empresarial, e com a avaliação dos artigos publicados pode-se notar que atualmente com o crescimento da concorrência do mercado de negócios, uma boa gestão com informações claras e objetivas são de suma relevância para a perenidade de uma organização e os instrumentos proporcionados pela contabilidade gerencial são habilitados para assessorar os administradores nas tomadas de decisões.

Palavras-chave: Contabilidade gerencial, Gestão, Importância.

1. INTRODUÇÃO

Atualmente, com o aumento do mercado competitivo muitas empresas vão à falência por conta de má gestão e tomadas de decisões precipitadas ocasionadas por falta de informações. Dessa forma, a contabilidade gerencial é considerada uma ferramenta extremamente indispensável para fornecer informações contábeis que visam apoiar os gestores no processo de tomadas de decisões.

Segundo Crepaldi (2008), as empresas enfrentam um ambiente desafiador, e as informações precisas sobre o desempenho e economia da empresa são de extrema importância.

Nesta justificativa, este estudo tem o propósito de evidenciar a relevância das ferramentas contábeis e sua influência nos resultados empresariais. A pesquisa bibliométrica foi utilizada para atender o objetivo geral e objetivos específicos, tais como apontar as principais ferramentas utilizadas na gestão contábil.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo será apresentado a fundamentação teórica do trabalho, que foi desenvolvida através da pesquisa bibliográfica, onde é apresentado o conhecimento de outros autores a respeito da contabilidade gerencial, gestão, contabilidade financeira e ferramentas utilizadas na contabilidade gerencial além do estudo bibliométrico.

2.1 GESTÃO

A gestão tem como significado “o ato de gerir ou administrar” (Gestão, 2023), podendo ser administrada de diversas formas. De acordo com Pinto et al. (2018),

Uma gestão eficiente é essencial dentro de uma organização, uma vez que, através dos objetivos principais da organização, promoverá a identificação de limitações e desenvolvimento de recursos, promovendo bases sólidas para a tomada de decisões dentro de uma empresa.

Sendo assim, o profissional encarregado da função, ou seja, o gestor, dentro do ambiente de trabalho é desejável que tenha as habilidades de análise, liderança e pensamentos estratégicos, para que esteja apto a obter resultados eficazes e satisfatórios para a empresa.

2.2 A CONTABILIDADE GERENCIAL

É a parcela da contabilidade que opera basicamente na área da gestão empresarial e que é designada a usuários internos, ou seja, aos administradores, proprietários, contadores e auditores internos de uma empresa, enfatizando informações que são úteis aos gestores para planejamento, controle e tomada de decisão.

Segundo Sant’Anna (2009) a contabilidade gerencial tem como papel a criação de banco de dados com informações que sejam de fácil utilização de diversos usuários e que tais informações sejam úteis na análise e tomadas de decisões em relação aos dados econômicos e financeiros da organização. Portanto, é uma ferramenta de suma importância para fornecer informações que irão servir como suporte para as organizações e seus gestores nas tomadas de decisões.

Este segmento da contabilidade possui características, tais como:

  • É focada no presente e futuro, mas levando em consideração situações passadas;
  • Utiliza técnicas e procedimentos de outros segmentos da contabilidade, como custos e financeira;
  • Fornece dados analíticos.

Assim, Marques (2010) define contabilidade gerencial como:

A contabilidade gerencial corresponde um conjunto de técnica capaz de mensurar, identificar, analisar, interpretar as informações apuradas nos demonstrativos contábeis, ademais, é uma ferramenta bastante utilizada pela administração com o intuito de planejar, avaliar e controlar a atividade dentro da organização, como também, para otimizar o recurso da empresa.

2.3 CONTABILIDADE GERENCIAL X CONTABILIDADE FINANCEIRA

Para Sant’Anna (2009), a contabilidade gerencial caracteriza-se pela utilização de técnicas e procedimentos advindos da contabilidade financeira. Contudo, são segmentos que possuem interesses distintos. Segundo Padoveze           (2012), a contabilidade financeira é obrigatória para as entidades, e em função dessa obrigatoriedade, é regulada por órgãos governamentais e normatizada por entidades da classe. Para garantir um padrão das informações contábeis, a contabilidade financeira é estruturada com base em normas que valem para todas as empresas.

De acordo com o mesmo autor, a contabilidade financeira está ligada                 essencialmente aos chamados “Princípios contábeis geralmente aceitos”, no meio contábil conhecidos como: reconhecer, mensurar e evidenciar, porém a contabilidade gerencial está associada a elaboração de informação para planejamento, controle, avaliação de desempenho e tomada de decisão.

É uma ciência que lida com a elaboração e a comunicação das informações econômicas e financeiras de uma empresa para propósitos externos: acionistas, credores (bancos, fornecedores), entidades reguladoras, autoridades governamentais tributárias, a comunidade (Horngren; Foster; datar, 2000, p. 13).

O referido autor distingue a contabilidade financeira como caráter geral e a contabilidade gerencial como administrativa. E ainda declara que “A contabilidade financeira e a contabilidade administrativa teriam melhores denominações se fossem chamadas, respectivamente, de contabilidade externa e contabilidade (Horngren; Foster; Datar, 2000, p.13)

A tabela 1 abaixo, demonstra as distinções a respeito da contabilidade Gerencial e Financeira.

Tabela 1. Distinções entre Contabilidade Gerencial e Contabilidade Financeira.

  Contabilidade Geral Contabilidade Financeira
Objetivos Tomada de decisão Informação e desempenho
Usuário Interno Externo
Bases Princípios administrativos Princípios e convenções contábeis, legislação fiscal e órgãos reguladores
Critérios Valores atualizados Valores históricos
Relatórios Tomada de decisão Registro de informações ocorridas

Fonte: Sant’Anna, 2009.

2.4 PRINCIPAIS FERRAMENTAS DA CONTABILIDADE GERENCIAL

2.4.1 ORÇAMENTO EMPRESARIAL

O orçamento empresarial é uma ferramenta essencial para manter a saúde financeira de uma empresa. Permite definir e controlar os custos de operação, identificar receitas e despesas futuras e determinar investimentos de cada setor interno. Padoveze (2010) define que “significa processar todos os dados constantes do sistema de informação contábil de hoje, introduzindo os dados previstos para o próximo exercício, considerando as alterações já definidas para o próximo exercício”. Padoveze (2010) salienta que é de suma importância o controle do orçamento para medir o proveito da sua elaboração, se os resultados foram atingidos ou não.

De acordo com Soares (2011), o orçamento é o conjunto de informações referentes a receita e despesas da empresa referente a um período determinado, que geralmente é anual, mas pode ser mensal, trimestral e plurianual.

Vasconcelos (2012) cita diversos benefícios da utilização do orçamento nas tomadas de decisões, os principais são:

  • Utilizados como base para coordenação das atividades operacionais;
  • Apontar eventuais problemas de nível operacional (por meio da diferença entre desempenho real e orçado);
  • Controle de fluxo financeiro facilitado.

2.4.2 DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA – DFC

Segundo Azevedo  (2009), o demonstrativo de fluxo de caixa (DFC) é um relatório contábil que tem como intuito fornecer informações que demonstrem a situação financeira da empresa, através da entrada e saída de caixa ou equivalente de caixa em um determinado período de tempo, assim, possibilitando identificar a capacidade da empresa de honrar seus compromissos atuais e futuros.

E de acordo com Padoveze (2010), o fluxo de caixa deve indicar os impactos decorrentes das atividades da empresa e ser dividido em três áreas: atividades operacionais, atividades de investimento e atividades de financiamento.

Santos (2011 p.9) cita como a definição de DFC:

Demonstrativo dos Fluxos de Caixa (DFC) – é requisitado como parte integrante das demonstrações financeiras anuais publicadas pelas companhias. Como qualquer outro demonstrativo, visa fornecer ao público usuário das demonstrações financeiras (investidores, fornecedores, bancos, governo etc.) informações úteis sobre a performance de uma empresa em um determinado período. No caso do DFC, essa informação está relacionada às atividades de caixa da companhia, demonstrando como os recursos do caixa foram obtidos e aplicados ao longo de um período.

Desde 2008 vigora a lei 11.638/2007 onde determina a obrigatoriedade da DFC assim como outras demonstrações contábeis. E conforme a NBC TG R3 – Norma Brasileira Contabilidade Técnica Geral, Brasil (2016) a DFC quando utilizada em conjunto de outras demonstrações contábeis, pode proporcionar informações que permitem aos usuários avaliarem as mudanças dos ativos líquidos, estrutura financeira e a capacidade de adaptar o fluxo de acordo com as circunstâncias e oportunidades.

A DFC pode ser apresentada pelo método direto e indireto, onde o método direto consiste na demonstração dos recebimentos e pagamentos brutos, e o indireto evidencia os recursos a partir do lucro líquido, ajustado pelos itens que afetam o resultado, mas não modificam o caixa.

2.4.3 BALANÇO PATRIMONIAL – BP

De acordo com Ferrari (2014), o balanço patrimonial é um relatório que tem por finalidade evidenciar o patrimônio da entidade em um determinado período que normalmente é datado em 31 de dezembro. Com isso, pode-se verificar a situação financeira da empresa considerados todos ativos e passivos da entidade, ou seja, seus bens e suas dívidas. As informações contidas neste relatório são de extrema importância e utilidade. É possível visualizar o futuro do empreendimento a partir da qualidade e quantidade de ativos e o tamanho dos passivos, se irão afetar o crescimento da empresa ou não.

Sá (2006, p.34) precisa o balanço patrimonial como:

É uma demonstração instantânea, estática e de equilíbrio entre o débito e o crédito das contas que representam os elementos que compõe a riqueza patrimonial. Qualquer fato pode ser balanceado em escrita contábil, mas quando nos referimos a balanço patrimonial, isto visa expressar uma ideia global espelhando os saldos de contas que representam todos os componentes da riqueza, relativos a um tempo determinado.

Reis (2018) reforça que o indicador contábil tem uma extrema relevância para a organização, ele é calculado a partir de dados extraídos da demonstração contábil, principalmente, do balanço patrimonial, tem o objetivo de analisar a rentabilidade da empresa, o crescimento, sendo assim, é uma ferramenta indispensável para a tomada de decisão.

2.4.4 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Para Ferrari (2014) a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é uma demonstração contábil cujo propósito é apurar e avaliar o desempenho da entidade, indicando se teve lucro ou prejuízo dentro do exercício, assim, evidenciando o resultado operacional da empresa naquele período específico.

Marion (2010) salienta que a DRE demonstra como foi desenvolvido o

resultado da empresa durante um período específico, que geralmente é um ano social. Por isso é necessário a apuração em todo exercício para atender os objetivos da entidade, além de ser obrigatório por lei, onde o relatório deve ser apresentado anualmente. Dessa maneira, destaca-se a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) como um relatório contábil de extrema importância, uma vez que demonstra informações muito bem estruturadas a respeito das atividades da entidade.

Diniz (2015, p.53) descreve a DRE como:

Enquanto o Balanço Patrimonial pode ser considerado uma “foto”, pois mostra o valor dos bens, direito e obrigações que uma organização possui em determinado momento, a Demonstração do Resultado do Exercício pode ser considerada um “filme”, pois mostra o resultado que uma organização obteve em determinado intervalo de tempo.

2.4.5 ESTUDO BIBLIOMÉTRICO

O estudo bibliométrico é um método de análise que visa quantificar informações sobre um determinado tema e área específica, identificar autores mais produtivos, além de identificar tendências da área analisada (Moraes Júnior; Araújo; Rezende, 2013).

De acordo com Ravelli et al. (2009):

A bibliometria é uma ferramenta de análise quantitativa, capaz de verificar a atividade científica ou técnica pelo exame das publicações. Por se tratar de uma metodologia que tem como escopo principal o aperfeiçoamento dos indicadores para resultados cada vez mais confiáveis, a bibliometria vem sendo empregada em diferentes áreas do conhecimento.

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia adotada nesta pesquisa é classificada como estudo bibliográfico, onde foram coletados e empregados materiais previamente elaborados como livros especializados na área, artigos publicados e websites.

Quanto ao objetivo desta pesquisa, caracteriza-se como exploratória descritiva, uma vez que tem o objetivo de descrever e conhecer melhor o tema central do trabalho que é a contabilidade gerencial. Além de pesquisa qualitativa e quantitativa, utilizou-se do estudo bibliométrico.

3.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO

Este trabalho apresenta como objetivo geral evidenciar a importância das ferramentas contábeis e como podem influenciar nos resultados das empresas e para isso foi feito um estudo bibliométrico, onde foram analisados artigos publicados indexados na base da Scientific periodicals Eletronicals Eletronic Library (SPELL), no período de 2017 a 2022.

Foram localizados 40 artigos publicados com o tema contabilidade gerencial de uma forma abrangente. Após análise obteve-se apenas 6 artigos que foram examinados e utilizados neste trabalho.

Os dados foram registrados em tabela, quadro e gráfico com ajuda do software Microsoft Excel e para a geração da nuvem de palavras, que serve para visualização de palavras mais frequentes nos títulos e palavras-chave, foi utilizado o site Infogram. Para descrever o resultado dos trabalhos foram utilizadas as Leis de Bradford (produtividade de periódicos) e Zipf (frequências das palavras).

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS

Este capítulo visa descrever e analisar os estudos levantados, realizados em concordância com os procedimentos estabelecidos na metodologia da presente pesquisa, de forma exploratória descritiva e com abordagens qualitativa e quantitativa.

4.1 QUANTIDADE DOS ARTIGOS

Dos 6 estudos examinados do período de 2017 e 2022 (5 anos), dois foram publicados no ano de 2017 e 2020, durante os anos de 2018 e 2019 foram publicados apenas um. E nos anos de 2021 e 2022 foram localizados artigos, porém não foram utilizados neste trabalho, uma vez que não pertenciam ao universo da pesquisa. A quantidade de artigos estudados em modo temporal está demonstrada na tabela 2 abaixo:

Tabela 2. Quantidade de artigos estudados

Fonte: Do Autor, 2024.

4.2 PALAVRAS MAIS FREQUENTES: TÍTULO E PALAVRAS-CHAVE

Na figura 1 é evidenciado através da nuvem de palavras as palavras que mais se destacam e são mais utilizadas nos títulos e palavras-chave dos artigos estudados e as mais frequentes são: contabilidade gerencial, artefatos, práticas, gestão.

Figura 1. Nuvem de palavras com palavras-chave mais utilizadas

Fonte: Do autor, 2024.

4.3 AUTORES E GÊNEROS

Na figura 2 é demonstrada em valor percentual a participação de homens em mulheres na autoria dos artigos. Os estudos realizados totalizaram 19 autores onde 58% são masculinos.

Figura 2. Gráfico com gênero dos autores dos artigos pesquisados

Fonte: Do Autor, 2024.

4.4 QUANTIDADE DE AUTORES POR ARTIGO

Os estudos realizados totalizaram 19 autores e com isso nota-se que a quantidade de autores ultrapassa a quantidade de artigos estudados, visto que todos os artigos possuem mais de um autor, o que indica que o comum é a elaboração de artigos em grupo. Na figura 3, observa-se a quantidade de autores por artigo, onde dois artigos possuem quatro autores, três artigos possuem três autores, um artigo possui dois autores e não há artigos com apenas um autor.

Figura 3. Quantidades de autores por artigo

Fonte: Do Autor, 2024.

4.5 INSTITUIÇÕES DE ENSINO DOS AUTORES

Considerando as seguintes siglas como as Instituições (UDESC – Universidade do Estado de Santa Catarina; UFPB – Universidade Federal da Paraíba; UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina; UFT – Universidade Federal do Tocantins; UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas; UNIFOR – Universidade de Fortaleza; USP – Universidade de São Paulo) obtém-se a tabela abaixo, mostrando a frequência das instituições financeiras de estudo dos autores e seus estados. A USP- Universidade de São Paulo e UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina são as instituições de maiores percentuais, com 31,60% em participação dos autores com 6 autores cada. Em seguida temos a UDESC – Universidade do Estado de Santa Catarina com 3 autores e 15,60%.

As instituições UFPB, UFT, UNICAMP E UNIFOR com 1 autor cada, ficaram com 5,25% cada. Também conseguimos identificar que a maioria dos autores são de Santa Catarina e São Paulo.

Tabela 3. Proporção da origem dos artigos encontrados

Fonte: Do Autor, 2024.

4.6 ANÁLISE QUALITATIVA

Na análise qualitativa deste trabalho evidencia-se os objetivos para a elaboração dos artigos e suas conclusões e a correlação entre os estudos.

Quadro 1. Objetivo do estudo e conclusão dos autores

Autores/Ano Artigo Objetivo Conclusões
Valmorbida, Ensslin

e Ensslin (2018)

Avaliação de Desempenho e Contabilidade Gerencial:

Revisão Integrativa da Literatura para Superar as

Dificuldades de Aplicação Prática da Avaliação de Desempenho na Gestão Organizacional

Evidenciar como o uso da Contabilidade Gerencial pode colaborar para superar as dificuldades de utilização das informações geradas pela Avaliação de Desempenho na gestão organizacional

 

A Contabilidade Gerencial, para cumprir seu papel de gestão, deve envolver-se com a Avaliação de Desempenho (AD) voltada á gestão empresarial, assim
contribuindo para torná-la útil e legítima.
Santos et al.   (2018) Uso dos Instrumentos de Contabilidade Gerencial em Pequenas e Médias Empresas e seu Fornecimento pelo Escritório de Contabilidade Averiguar o uso dos instrumentos de contabilidade gerencial em pequenas e médias empresas e o fornecimento dos instrumentos pelos escritórios de contabilidade Conclui-se que as empresas de contabilidade necessitam conceder maior atenção aos seus clientes no que diz respeito ao fornecimento de instrumentos gerenciais, uma vez que o resultado mostrou que os instrumentos da contabilidade gerencial não são fornecidos aos clientes, e os mesmos não possuem muito conhecimento a respeito.
Dos Santos et al. (2016) Relação entre ciclo de vida organizacional e uso de instrumentos de contabilidade gerencial Averiguar a relação entre o ciclo de vida organizacional e o uso de instrumentos

tradicionais e modernos fornecidos pela Contabilidade Gerencial

Conclui-se que os instrumentos da Contabilidade Gerencial são utilizados de diferentes formas em cada um dos estágios do ciclo de vida organizacional. À medida que as empresas se desenvolvem e avançam nos estágios do ciclo de vida, maior é o uso destes instrumentos para auxiliar na gestão
Costa e Lucena (2021) Princípios globais de contabilidade gerencial: a relação entre as práticas gerenciais e o desempenho de empresas brasileiras Analisar a relação dos PGCG com o desempenho das empresas brasileiras, tanto do ponto de vista operacional quanto econômico ao longo prazo. Apurou-se no estudo que as práticas gerenciais adotadas afetam mais o desempenho da organização no mercado e a expectativa de crescimento futuro, demonstrando assim que a utilização das práticas gerenciais nas empresas, refletem melhores resultados de longo prazo.
Souza, Russo e Guerreiro (2020) Estudo sobre a usabilidade das práticas de contabilidade gerencial mais intensamente usadas em empresas que atuam no Brasil Apurar a usabilidade dos instrumentos de Contabilidade Gerencial mais intensamente usada por gestores de diferentes níveis funcionais em organizações brasileiras Com limitações do estudo, pode-se  considerar  que  o  foco  foi  a  prática  de  Contabilidade Gerencial mais intensamente utilizada pela organização, sem a utilização de uma escala que possibilitasse avaliar as intensidades utilizadas
Correa, Lima e Ching (2020) Práticas da Contabilidade Gerencial, Qualidade e Desempenho no Contexto de um Monopólio Natural Estudar a relação entre o uso dos instrumentos da contabilidade gerencial com o porte, desempenho e qualidade dos serviços prestados por concessionárias brasileiras de distribuição de energia elétrica. Os resultados evidenciam maior frequência da utilização dos instrumentos gerenciais e sugerem uma relação entre a utilização dos artefatos com o porte da empresa. Porém, não se verificou uma relação entre a utilização desses instrumentos e o desempenho nas organizações investigadas.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2022).

No quadro 1, estão relacionados os artigos examinados de acordo com autores, títulos, objetivos e conclusões dos trabalhos. Observa-se que os artigos se correlacionam pois se referem as ferramentas, artefatos e práticas da contabilidade gerencial em utilização nas empresas. Portanto, destaca-se a relevância das ferramentas gerenciais contábeis na administração de empresas.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo bibliométrico teve como tema a contabilidade gerencial e buscou-se analisar dados de artigos publicados. O objetivo geral foi evidenciar a importância das ferramentas contábeis gerenciais para influenciar nos resultados das empresas.

No que tange aos resultados do estudo, foram examinados seis artigos com a temática orçamento contabilidade gerencial, e observou-se que os artigos evidenciam as práticas da contabilidade gerencial nos ciclos de vidas das entidades, e como essas práticas são utilizadas. Assim, podemos concluir que hoje em dia a contabilidade gerencial desempenha um papel de suma importância na administração de um empreendimento, sendo uma ferramenta necessariamente utilizada para que a organização obtenha sucesso e crescimento.

Ao pesquisar artigos com tema contabilidade gerencial, foram encontrados muitos trabalhos em pouco período de tempo (5 anos). Nota-se que é um tema de muito interesse.

Para pesquisas futuras, sugere-se que ocorram mais estudos bibliométricos apresentando os benefícios da utilidade da contabilidade gerencial e de problemas encontrados caso não uso.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AZEVEDO, Osmar Reis. DFCxDFA: demonstrações dos fluxos de caixa e demonstração de valor adicionado. 2 ed. São Paulo: IOB, 2009.

BRASIL. NBC TG – 03 R2. Norma Brasileira de Contabilidade Técnica Geral03 (R3), de 22 de dezembro de 2016. Demonstração dos Fluxos de Caixa. 2016. Disponível em: http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTG03(R3)&arquivo=NBCTG03(R3).doc. Acesso em: 07 ago. 2024.

CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial. 4 ed. São Paulo: Atlas 2008.

COSTA, Ingrid Laís de Sena; LUCENA, Wenner Glaucio Lopes. Princípios globais de contabilidade gerencial: a relação entre as práticas gerenciais e o desempenho de empresas brasileiras. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, v. 23, p. 503-518, 2021.

DINIZ, Natália. Análise das demonstrações financeiras. 1. ed. Rio de Janeiro: SESES, 2015

FERRARI, Ed Luiz. Análise das Demonstrações contábeis. 1 ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2014.

HORNGREN, C. T.; FOSTER, G.; DATAR, S. M. Contabilidade de custos. Rio de Janeiro: LTC, 2000.

CORREIA, Eliane Evangelista; LIMA, Afonso; CHING, Hong Yuh. Práticas da Contabilidade Gerencial, Qualidade e Desempenho no Contexto de um Monopólio Natural. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade (REPeC), v. 14, n. 2, 2020.

DOS SANTOS, Cosme. Guia Prático para Elaboração do Fluxo de Caixa – DFC: Conforme Padrões de Contabilidade Americano, Internacional e Brasileiro. 3.ed. São Paulo. Juruá, 2011.

MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade empresarial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MARQUES, Wagner Luiz. Contabilidade Geral I – Segundo a lei 11638/2007 das sociedades anônimas – passo a passo da contabilidade. Paraná: Gráfica Vera Cruz, 2010.

MORAES JÚNIOR, Valdério Freire de; ARAÚJO, Aneide Oliveira; REZENDE, Isabelle Carlos Campos. Estudo bibliométrico da área ensino e pesquisa em gestão de custos: triênio 2007-2009 do Congresso Brasileiro de Custos. REUNIR Revista de Administração Contabilidade e Sustentabilidade, v. 3, n. 2, p. 20-38, 2013.

PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial. Curitiba: IESDE, 2012.

PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010

PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2007.

PINTO, A. A. G. et al. Gestão de custos. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2018

RAVELLI, Ana Paula Xavier et al. A produção do conhecimento em enfermagem e envelhecimento: estudo bibliométrico. Texto & Contexto-Enfermagem, v. 18, p. 506-512, 2009.

REIS, Tiago. O que é balanço patrimonial e qual função desse demonstrativo contábil. Suno, 2018. Disponível em: https://www.suno.com.br/guias/balanco-patrimonial/. Acesso em: 07 Ago. 2024.

SÁ, Antônio Lopes. A evolução da contabilidade. São Paulo: IOB Thomson, 2006.

SANT’ANNA, Roberto de Oliveira. Contabilidade Gerencial II. Unisa Digital [Apostila digital], 2009. Disponível em: https://www.cliqueapostilas.com.br/contabilidade/contabilidade-gerencial-ii. Acesso em: 07 Ago. 2024.

SANTOS, Vanderlei dos et al. Uso dos instrumentos de Contabilidade Gerencial em pequenas e médias empresas e seu fornecimento pelo escritório de Contabilidade. Pensar contábil, v. 20, n. 71, 2018.

DOS SANTOS, Vanderlei et al. Relação entre ciclo de vida organizacional e uso de instrumentos de contabilidade gerencial. In: Anais […] Congresso Brasileiro de Custos-ABC. 2016.

SOARES, Thiago Coelho. Orçamento empresarial: livro digital. Palhoça. UnisulVirtual, 2011.  Disponível em: https://docplayer.com.br/71153639-Orcamento-empresarial-thiago-coelho-soares.html. Acesso em: 22 maio 2022.

SOUZA, Rodrigo Paiva; RUSSO, Paschoal Tadeu; GUERREIRO, Reinaldo. Estudo sobre a usabilidade das práticas de contabilidade gerencial mais intensamente usadas em empresas que atuam no Brasil. Revista Contemporânea de Contabilidade, v. 17, n. 45, p. 33-49, 2020.

VALMORBIDA, Sandra Mara Iesbik; ENSSLIN, Sandra Rolim; ENSSLIN, Leonardo. Avaliação de desempenho e contabilidade gerencial: revisão integrativa da literatura para superar as dificuldades de aplicação prática da avaliação de desempenho na gestão organizacional. Revista Contabilidade, Gestão e Governança, v. 21, n. 3, p. 339-360, 2018.

VASCONCELOS, Yumara Lúcia. Orçamento e indicadores. 2. ed. Curitiba, PR: IESDE Brasil, 2012.

[1] Pós- Graduação MBA em Contabilidade Empresarial (Lato Sensu); Graduação em Ciências Contábeis. ORCID: 0009-0008-1774-8601.

[2] Pós-Graduação em Contabilidade, Direito e Economia com ênfase na Gestão pública lato sensu; Pós-Graduação em Auditoria e Perícia lato sensu; Graduação em Ciências Contábeis. ORCID: 0009-0008-7251-7275.

[3] Pós-Graduação em Contabilidade Pública, Gestão e Finanças lato sensu; Pós- Graduação MBA em Gestão Financeira e Controladoria lato sensu; Pós-Graduação MBA em Auditoria Empresarial e Perícia Contábil- lato sensu; Graduação em Ciências Contábeis. ORCID: 0009-0009-9681-9662.

[4] Pós-Graduação em Auditoria e Perícia lato sensu; Pós-Graduação em Controladoria lato sensu. Graduação em Ciências Contábeis. ORCID: 0009-0002-4947-9545.

Material recebido: 20 de março de 2023.

Material aprovado pelos pares: 20 de setembro de 2023.

Material editado aprovado pelos autores: 07 de novembro de 2024.

4.9/5 - (15 votos)
Thais Silva dos Santos

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar por categoria…
Este anúncio ajuda a manter a Educação gratuita