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Aspectos da informação contábil no processo gerencial: conceitos úteis para usuários internos e externos

RC: 27710
443
4.7/5 - (20 votos)
DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/contabilidade/processo-gerencial

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

FONSECA, Alessandra de Azevedo [1], PEREIRA, Genival Guerra [2], GUERRA, Jéssyca Barbosa Ribeiro [3]

FONSECA, Alessandra de Azevedo, PEREIRA, Genival Guerra, GUERRA, Jéssyca Barbosa Ribeiro. Aspectos da informação contábil no processo gerencial: conceitos úteis para usuários internos e externos. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 03, Vol. 07, pp. 36-62. Março de 2019. ISSN: 2448-0959.

RESUMO

O presente Artigo pretende analisar a importância e evidenciar as informações que podem ser extraídas da Contabilidade Financeira e a respectiva relação com a Contabilidade Gerencial. Com vistas a tratar desse assunto, mostrar-se-á os fundamentos da Contabilidade como ciência, bem como sua evolução no Brasil e no mundo. Discutir-se-á, ainda, as diferenças entre Contabilidade Financeira e Gerencial. Será exposta a aplicação da Teoria Geral dos Sistemas no âmbito empresarial, além do Sistema de Informação Contábil e divisões em Financeiro, Gerencial e Estratégico. Com mais detalhes será visto o Sistema de Informação Contábil Gerencial e suas respectivas medidas de desempenho como: Centro de Lucro, Área de Responsabilidade, Sistemas de Indicadores Estratégicos (SCORECARDS), Gestão Estratégica de Custos. Como um dos pontos fundamentais da análise proposta, demonstrar-se-á o papel da Controladoria e sua relação com o processo de tomada de decisão empresarial. A explanação teórica desse artigo visa trazer os conceitos da contabilidade para uma linguagem mais usual, mais básica e, dessa forma, apresentar uma discussão sobre conceitos úteis tanto para os usuários internos, como para os usuários externos, tais quais investidores e, mais notadamente, a Administração Tributária, com destaque para o âmbito federal pátrio, haja vista a competência legal expressa da Secretaria da Receita Federal do Brasil, expressa no artigo 1º, inciso IV, XII, XIV, Anexo 01, do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, Portaria MF nº 430 de 09/10/2017; artigo 6º, inciso I, alínea d, Lei 10.593/2002.

Palavras-chave: Contabilidade Financeira, Contabilidade Gerencial, Informação Contábil, Controladoria, Administração tributária;

1. INTRODUÇÃO

Pode-se afirmar que a Contabilidade se desenvolveu nos primórdios do capitalismo e, desde essa época, aperfeiçoa-se em função das necessidades de seus diversos usuários, sejam internos ou externos.

Para fins didáticos divide-se o modelo Contábil em:

FINANCEIRO: visa o atendimento dos Princípios Fundamentais de Contabilidade, Legislação e Estatutos com finalidade de atender os usuários externos (Administração Tributária, Comissão de valores mobiliários, acionistas etc)

GERENCIAL: busca o atendimento dos Princípios da Administração e métodos quantitativos com vistas à satisfação do público interno (Administração).

ESTRATÉGICO: preocupa-se com o futuro da empresa; assim, volta-se para o público interno.

É fato que muitas empresas adotam apenas o Modelo Contábil Financeiro como forma de atender obrigações impostas por Instituições reguladoras como a Receita Federal do Brasil (RFB), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) etc. Assim, ao cumprir as metas legais, esquecem a Contabilidade dita “interna”.

Considerando a existência dessa visão bastante restrita, o presente trabalho tem como objetivo descortinar as formas pelas quais o Modelo Gerencial de Contabilidade pode ajudar na gestão empresarial, bem como devem ser exploradas as informações contábeis para a busca desse desiderato, desmistificando, ainda, o entendimento de que essa “forma de contabilidade” se presta apenas aos usuários internos.

1.1 OBJETIVOS

Segundo o Professor Sérgio de Iudícibus (IUDÍCIBUS, 1987):

“A Contabilidade Gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira de balanços etc, colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação ou classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes da entidades no processo decisório.”

Observa-se, prontamente, pelo excerto acima, a importante fonte de dados que representa a Contabilidade Gerencial para auxiliar o administrador nas suas decisões a frente de uma entidade, seja empresarial ou não. Pode-se observar, ainda, que a prática cotidiana despreza em sua grande maioria a importância dessa contabilidade nas organizações. Fato é que, na maioria das Entidades, a Contabilidade Gerencial não recebe o zelo necessário e, por consequência, tais Entidades perdem uma importante fonte de dados que, sem dúvida alguma, é de enorme valia na Administração.

Como objetivo do artigo, discutir-se-á, ainda que de forma breve, por que a Contabilidade deve ser usada na tomada de decisões no âmbito de uma Entidade Econômica (Azienda). Já adiantando as futuras conclusões, mostrar-se-á como a contabilidade pode ser bem mais explorada dentro das organizações e, dessa forma, também contribuir de forma integrada com a contabilidade financeira.

Discorrer-se-á, portanto, sobre a evolução da Contabilidade, desde suas origens até o momento atual, destacando a fase de surgimento da Contabilidade Gerencial.

Caracterizar-se-á, ainda, a Controladoria (função de Controller) e sua evidente importância dentro das organizações no que se refere ao domínio das informações.

Neste caso não será diferente, tentar-se-á nesta pesquisa teórica enfatizar os dados coletados existentes com o objetivo de gerar prognósticos factuais em relação ao tema, visando uma espécie de expectativa, do prisma empresarial, de prevenção.

1.2 HIPÓTESES

O presente artigo discorrerá sobre a possibilidade de a Contabilidade auxiliar os administradores na tomada de decisão dentro das Entidades Econômicas e, de forma integrada com a contabilidade financeira, fornecer informações úteis e de qualidade para os diversos outros usuários da informação contábil.

1.3 JUSTIFICATIVA DO ARTIGO

A Contabilidade não tem seu devido valor reconhecido pelas Entidades, as quais a utilizam para apuração de tributos e publicação de demonstrativos obrigatórios. Demonstrar-se-á que a Contabilidade detém uma enorme gama de informações, que podem e devem ser usadas como suporte para a tomada de decisões administrativas e, mais ainda, melhorar, de forma qualitativa, o fornecimento das informações ditas obrigatórias por força legal.

1.4 METODOLOGIA DE PESQUISA

Abordaremos o tema de forma teórica, razão pela qual utilizaremos a pesquisa bibliográfica como forma de obter subsídios aos nossos questionamentos.

2. EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE

2.1 HISTÓRIA

Há vestígios de existência da Contabilidade desde a Pré-história, a despeito de naquela época inexistir conceito algum sobre o tema.

No Século XV, com a obra, infindáveis vezes citadas, do Frei Luca Pacioli que se iniciou o surgimento do pensamento contábil e as diversas escolas contábeis.

A escola Contista foi a primeira a surgir e preocupava-se com o registro de transações através das partidas dobradas. Seus expoentes foram Benedetto Cotrugli e Luca Pacioli. Após esse início, houve a chamada “Idade da Estagnação Contábil”, período no qual ainda se acostumavam ao sistema de partidas dobradas e que durou do final do século XV até 1840.

No século XIX houve novo impulso com o surgimento da Escola Administrativa ou Lombarda, a qual aproximou a Contabilidade das Ciências econômicas e administrativas. Seus expoentes foram Francisco Vila e Antônio Tonzig.

Após esse período, por volta do final do século XIX e século XX surgiram diferentes escolas contábeis, as quais demonstraremos de forma resumida.

PERSONALISTA: pregava a personificação das contas e, assim, imputavam os lançamentos às pessoas. Ou seja, as contas representavam as pessoas.

CONTROLISTA: distinguia administração geral (produção, negócios etc) e a administração econômica (administração do patrimônio, novas riquezas etc).

NORTE AMERICANA: preocupa-se com os aspectos práticos e com os problemas econômico-administrativos, restringindo as discussões teóricas.

MATEMÁTICA: Escola de pouca expressão que considerava a contabilidade como ciência de aplicação e não como ciência social.

NEOCONTISTA: Contrária a personalista. A contabilidade deve, segundo ela, observar o ativo, passivo e as sobras líquidas.

ALEMÃ: Surgiu como resposta à necessidade de informações pelos diversos setores sociais.

MODERNA ESCOLA ITALIANA “ECONOMIA AZIENDALE”: representava a junção da teoria contábil e a teoria geral dos sistemas.

PATRIMONIALISTA: essa escola tinha como objeto de estudo da contabilidade o patrimônio das Entidades.

2.2 A CIÊNCIA CONTÁBIL

Sabe-se que a Contabilidade sofre, desde sua origem, várias mudanças com a finalidade de se adequar a realidade circundante. Há, contudo, o questionamento sobre ela ser ou não uma ciência. Entre os estudiosos do assunto não há consenso. Considera-se ciência aquela que tem objeto próprio e definido, que cria leis próprias e está sujeita a métodos de análise e síntese.

Os princípios contábeis indicam o caráter de ciência da Contabilidade. A escrituração, por sua vez, representa a parte prática dela e, ao mesmo tempo, representa sua origem. Deve-se deixar claro, porém, que a Contabilidade desenvolveu leis e princípios próprios, o que lhe confere um caráter científico. Sobre o objetivo da Contabilidade há muitas discussões, contudo, a maioria dos doutrinadores entendem ser o controle do patrimônio de uma entidade (Azienda), tal objetivo (FRANCO, 1993).

Considera-se, assim, que a Contabilidade, tal como a vemos hoje, é sim uma ciência por possuir objeto (o patrimônio em si) e princípios próprios. Também detém leis próprias que regulamentam o proceder contábil. Ocorre, e isso é demais importante, que a relação de causa e efeitos dos atos contábeis dependem do julgamento e interpretação do operador, motivo pelo qual afirma-se que a contabilidade é uma ciência humana, mas não uma ciência exata.

2.3 EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE NO BRASIL

Em 30 de junho de 1931 foi regulamentada a profissão de contador. Antes disso, por volta de 1095, há notícias da existência de curso de guarda livros e perito-contador da hoje Escola de Comércio Álvares Penteado.

Em 1940, com a publicação do Decreto Lei 2.627, que definiu a primeira legislação das Sociedades por Ações, houve a padronização dos balanços. Em 1942, com o Decreto-Lei 4.178, foi definido o conceito de lucro real e quais demonstrações contábeis seriam obrigatórias.

Em 1946, foi inaugurada a Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da Universidade de São Paulo e, também, os Conselhos Federais e Regionais de Contabilidade.

Em apertado resumo, conclui-se que até 1964 a Contabilidade brasileira e os procedimentos contábeis foram deveras influenciados pela legislação e pela influência das escolas doutrinárias Italianas de pensamento contábil.

De 1964 em diante, no que pode se chamar de segunda fase da Contabilidade Brasileira, houve a influência dos métodos de ensino do professor José da Costa Boucinhas, baseado no modelo das Escolas Americanas.

Em 1965, com a Lei 4.728 fora regulamentado o Mercado de Capitais e, pela primeira vez, houve a menção ao Auditor Independente.

Em 1966, a Tese de Doutoramento “Contribuição à Teoria dos Ajustamentos Contábeis” e, logo em seguida no ano de 1967, e a Tese de Livres Docências “Aspectos da Avaliação de Estoques a Preços Correntes” ambas de autoria do ilustre Professor Sérgio de Iudícibus foram consideradas um marco no desenvolvimento da Escola de Correção Monetária no Brasil.

No ano de 1976, houve a publicação da Lei 6.404/76, grande marco da Contabilidade nacional, que dispõe sobre as Sociedades por Ações. No mesmo ano, a Lei 6.385 foi promulgada e teve por finalidade disciplinar e fiscalizar os Mercados de Capitais através da criação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Em 1981, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) publicou a Resolução 529 para disciplinar as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) e fixar os Princípios Fundamentais de Contabilidade.

No ano de 1995 a Lei 9.249, considerando a queda da inflação devido ao sucesso da implantação do plano Real, proibiu qualquer atualização monetária nas Demonstrações Financeiras a partir do ano de 1996.

Recentemente com a publicação das Leis 11.638/07 e 11.941/09 foram implantadas diversas modificações nos procedimentos contábeis com vistas à adequação a procedimentos adotados internacionalmente.

2.4 CONTABILIDADE FINANCEIRA X CONTABILIDADE GERENCIAL

O crescimento da contabilidade decorre da necessidade e da busca de informações pelos seus usuários. Esses usuários podem ser internos, como a administração da própria entidade, e externos, como credores, acionistas e Governos, representados pela Administração Tributária municipal, estadual e federal. Nessa perspectiva, a Contabilidade se apresenta dividida em: Financeira, Custos e Gerencial.

A Contabilidade Financeira, a qual é estudada desde o século XV, sofre constante evolução, mas sempre em obediência aos Princípios de Contabilidade geralmente aceitos e às legislações nacionais voltadas ao atendimento de exigências fiscais suprindo, obviamente, informações aos usuários externos.

A contabilidade de custos se preocupa com o emprego dos recursos no processo produtivo de uma dada Entidade, com os custos finais de produtos acabados ou semi-acabados e, notadamente, com os princípios da eficácia e eficiência. Observa-se que as informações geradas por essa Contabilidade são de fundamental importância para a Administração da Entidade, seja para planejamento de atividades futuras, seja para controle da situação atual.

A Contabilidade Gerencial, que teve seus estudos aprofundados no século XX e, por isso, podemos considerar como nova, não se preocupa apenas com a confecção de demonstrativos financeiros para atender às exigências legais. Ela usa as informações geradas pelos demonstrativos, assim como os dados fornecidos pelas análises de custos e transforma-os todos em subsídios para a administração do negócio a que a Entidade se propõe. Dessa forma integrada, com respaldo de informações gerenciais é facultado ao gestor tomar decisões futuras embasadas por informações reais e confiáveis. A par de tudo isso, contudo, surgem nossos questionamentos: em que ponto inicia-se a Contabilidade Gerencial, vez que os demonstrativos e várias informações de custos etc são usados por todas essas “contabilidades”? Tal resposta não é fácil de ser dada. De forma sucinta, dadas as limitações do presente artigo, as quais já expomos, respondemos que as separações entre as contabilidades dependem do ponto de vista do usuário e de que forma ele usa os dados obtidos e com que finalidade. Se já afirmamos que em várias situações os mesmos demonstrativos são usados pelos diversos ramos contábeis, então, há de se concluir que a diferença reside na função e na finalidade em que são aplicados. A Contabilidade Gerencial interpreta as informações para controlar os processos produtivos da Entidade já finalizados, planejar as ações futuras com base no sucesso e retorno obtidos e realizar as mudanças necessárias para alcançar seus objetivos.

3. SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL

3.1 DEFINIÇÃO DE SISTEMA

O conceito mais comum de sistema o define (BIO, 2008) como “ um conjunto de elementos interdependentes , ou um todo organizado, ou partes que interagem formando um todo unitário e complexo”.

De acordo com a teoria dos sistemas, esses podem ser abertos ou fechados. O primeiro recebe influência do meio externo, ao passo que o segundo não sofre tal tipo de interferência. De logo, conclui-se que as Entidades/empresas recebem influência do meio externo (concorrentes, economia, governo/Administração tributária) e, assim, se assemelham a sistemas abertos. Seguindo esse entendimento da teoria dos sistemas, ao analisar uma Entidade produtiva deve-se ter em pauta uma visão global dela, não olvidando, contudo, que cada pequena parte desse sistema tem uma função específica e apresenta eficácia e eficiência próprias.

O sistema de uma entidade empresarial, por exemplo, como sistema aberto que é, recebe influências várias do meio externo e, ao mesmo tempo, sofre influência de suas próprias “pequenas” partes, como dito acima. Do meio externo aparecem o Sistema Socioeconômico e as consequências dentro da empresa; do meio interno surgem: o sistema de comportamento interno e como as pessoas se comportam dentro da empresa; o sistema de regras e valores que definem através de normas particulares quais regras e valores devem ser observados pelos colaboradores.

Sistema de informação (RICCIO, 1989): “Todas as definições convergem para o conceito único de que Sistema de Informação é um conjunto de Subsistemas que atuam coordenadamente para, com o seu produto, permitir às organizações o cumprimento de seus objetivos principais”. Em síntese, o sistema de informação gerencia e organiza os dados globais da organização para subsidiar a tomada de decisões e alcance dos objetivos da referida entidade. Os Sistemas de Informações apresentam-se na forma gerencial ou operacional. O primeiro visa obter informações úteis à tomada de decisão no nível gerencial, de planejamento e de controle, ao passo que o segundo preocupa-se com as informações usadas no cotidiano da entidade.

3.2 SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL

Considerando tudo o que foi debatido acima sobre Sistema de Informação e, ainda, o que diz a doutrina especializada, conclui-se que Sistema de Informação Contábil (GIL, AUGUSTO E NASCIMENTO, 2010) é o conjunto de recursos humanos e de capital dentro da organização, o qual é responsável pela preparação de informações financeiras, e também das informações obtidas da coleta e processamento de dados de transações. Esta informação é, então, tornada disponível para uso de todos os níveis gerenciais, no planejamento e controle das atividades da organização. Assim, o Sistema de Informação Contábil se apresenta como controle de eficácia e eficiência das atividades organizacionais.

Destaque-se, também, o nível em que tais informações contábeis se apresentam dentro da Entidade. Financeiras: obedecem aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, Legislação, Estatutos e preocupam-se com os usuários externos (Administração tributária, CVM, acionistas, credores, potenciais investidores etc). Tais informações estão no nível operacional da Organização e são expostos detalhadamente. Gerenciais: seguem os princípios da Teoria da Administração e volta-se ao usuário interno (Administração) e está no nível tático da Entidade. Estratégicas: como o próprio nome indica, liga-se ao nível estratégico da administração da Entidade e preocupa-se com os rumos futuros que ela irá tomar.

De tudo exposto, transparece a ideia de que o Sistema de Informação Contábil apresenta-se ligado a necessidade de uso da Contabilidade na tomada de decisão no âmbito gerencial de quaisquer Entidades.

4. CONTROLADORIA E SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL

4.1 CONTROLADORIA

Em pequenas Entidades, é comum que o papel de direção e controle seja exercido por uma só pessoa. Nas grandes organizações, contudo, a função de Controller é exercida por um setor específico e independente (A Controladoria tem que ser livre para diligenciar quaisquer assuntos) no organograma do Ente. Comumente, e isso é o mais adequado, a Controladoria apresenta-se independente e se submete hierarquicamente, apenas, à presidência da Entidade e, no máximo, está em linha com os demais setores.

O Controller, profissional responsável pela Controladoria, detém as seguintes funções de acordo com Estatuto dos Controlles Americanos (Controllers Institute of America): implantação e supervisão do plano contábil da empresa; preparação e interpretação dos relatórios financeiros da empresa; verificação contínua das contas e dos registros em todos os setores da empresa; compilação dos custos de produção; compilação dos custos de distribuição; realização e custeio das contagens físicas dos estoques; preparação, apresentação e supervisão dos assuntos referentes a tributos; preparação e interpretação das estatísticas e relatórios para a decisão administrativa; preparação do orçamento global da empresa; fazer o seguro de todos os bens da empresa; estabelecer as normas-padrão relativas à contabilidade; supervisão do plano de aquisição dos ativos fixos; manutenção de todos os contratos elaborados em nome da empresa com terceiros; preparação e aprovação dos regulamentos internos para cumprir os regulamentos governamentais. Na busca dos objetivos acima e para facilitar a tomada das decisões necessárias na administração de uma Entidade, faz-se necessário a harmoniosa integração dos Sistemas de Informação Contábil Financeiro e do Gerencial.

Como visto, a Controladoria detém inúmeras funções e, para alcançá-las, imiscui-se em diversos setores de uma Entidade como na área contábil/fiscal, na qual avalia e fixa procedimentos contábeis e fluxos de informações para análise de rentabilidade de transações, bem como o aproveitamento desses dados na confecção de relatórios gerenciais; na auditoria interna, na qual zela pela observância e cumprimento dos procedimentos internos; na área de custos e orçamentos, na qual é responsável pelo controle de custos, fixação dos centros de custo e pelo sistema de informação a ser utilizado.

Observa-se, assim, que a Controladoria se presta a receber, organizar e dispor de todas as informações relevantes e úteis geradas pela Contabilidade e empregar todo esse conjunto de informações no auxílio a tomada de decisões no âmbito organizacional.

4.2 SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL

Após as exposições acima, afirmamos que Sistema de Informação Gerencial é aquele usado no processo de tomada de decisão e que considera os valores e crenças da organização. Assim, o Sistema de Gestão é resultado da interação de diversos segmentos da Entidade, tais como: Princípios, conceitos e valores, a partir dos quais se define missão, objetivos e crenças; Processos Gerenciais, que são usados na tomada de decisões e são compostos por Planejamento (análise da organização, observação das oportunidades, dos pontos fracos e fortes e definição das ações a serem tomadas), por Direção (responsável pela execução das ações) e Controle (compara as ações planejadas com os resultados concretos obtidos. Corrige falhas de execução e redefine planos se necessário for); Conceitos e Critérios de Avaliação de Desempenho, definem quais critérios de mensuração e avaliação de resultados serão adotados pela Entidade; Processos Operacionais, decidem quais tecnologias, equipamentos e processos serão utilizados pela área operacional da Entidade; Organização Formal, fixa o organograma e a rede de relacionamentos internos; Sistema de Informação, define as formas de se processar os dados obtidos para a consequente geração de informações.

Mais uma vez, e aqui já se debate o mérito de nosso tema, afirmamos que o Sistema de Gestão deve integrar as decisões administrativas e operacionais, com vistas à obtenção de um melhor resultado possível para a organização. Assim, o Sistema de Informação Contábil Gerencial deve definir critérios de avaliação de desempenho, deve ser descentralizado e ser administrado pela Controladoria.

O Sistema de Informação Contábil Gerencial faz parte do sistema de informação total da empresa resultando da interação dos subsistemas de orçamentos, custos e contabilidade. Esses subsistemas têm de cumprir sua missão precípua e, ao mesmo tempo, subsidiar o Sistema de Informação Contábil Gerencial.

Conceitos de avaliação e mensuração de resultados devem estar bem definidos no Sistema de Informação Contábil Gerencial, observando, por óbvio, as particularidades de cada Entidade. É consenso, contudo, não existir uma única medida que garanta a avaliação de desempenho de uma Organização. A contabilidade nos apresenta diferentes possibilidades de avaliação de desempenho como: Centro de Lucros: pode se considerar uma área da empresa como centro de lucro. Tal conceito baseia-se na Taxa de Retorno sobre os Ativos, na margem de contribuição (diferença entre a Receita e custos variáveis) o qual mensura o quanto cada centro de lucro está consumindo dos custos fixos e contribuindo para o resultado global da organização; Áreas de Responsabilidade, que visa avaliar os níveis gerenciais da empresa. Há que se definir claramente aquilo que está sobre responsabilidade de cada gerente e não simplesmente dividir por área. Além desses “medidores” de desempenho pode-se acompanhar o desempenho de uma organização por outros métodos como os indicadores estratégicos gerencias “scorecards”, a Gestão Estratégica de Custos e a Gestão Econômica (GECON) que serão analisados a seguir.

4.3 SISTEMAS DE INDICADORES ESTRATÉGICOS DE GERENCIAMENTO – “SCORECARDS”

O Planejamento Estratégico é muito importante para a continuidade das empresas no longo prazo. Muitas pesquisas se dedicaram a encontrar uma maneira consistente de acompanhar as estratégias adotadas. Uma dessas maneiras é o “SCORECARDS”.

Deve-se ter em mente, contudo, que o Sistema de gerenciamento deve ser estruturado levando em conta as particularidades de cada empresa como cultura, missão, grau de liberdade da Controladoria em relação às estratégias.

É importante que na implantação do Sistema existam pessoas qualificadas para que os indicadores forneçam informações úteis e sejam interpretados de forma correta, pois, se erroneamente entendidos, podem influenciar os gestores a tomarem decisões equivocadas.

Os gestores devem saber o quanto o Planejamento Estratégico é importante dentro da uma organização e deve ter um conceito comum sobre a estratégia, vez que esta definição, por natureza muito variável, pode interferir na gestão da Entidade.

Outro fator muito importante para o sucesso do sistema é a avaliação do ambiente externo. A teoria dos Indicadores Estratégicos de Gerenciamento – “SCORECARDS” baseia-se na obra de Robert S. Kaplan (PADOVEZE, 2012) e parte do pressuposto de análise da organização por quatro diferentes perspectivas, a fim de se controlar a estratégia organizacional adotada.

Essas tais perspectivas são acionistas, clientes, processos internos e aprendizado e treinamento, que são os fatores chaves do sucesso. O Sistema de Indicadores Estratégicos de Gerenciamento – “Scorecards” considera as informações financeiras (as quais influenciam as decisões de curto prazo), mas necessita de mais dados que possam influenciar o resultado para a perfeita avaliação das estratégias. A área da Entidade responsável pelo gerenciamento desse sistema seria, naturalmente, a Controladoria. Assim, a Controladoria deve se preocupar com as informações e, também, com as informações não financeiras propostas por esse modelo. Conclui-se, então, que os “Scorecards” permitem avaliar o desempenho de uma Entidade agrupando informações de curto e de longo prazo.

4.4 GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS

No passado, as empresas se preocupavam, principalmente, com o custo dos produtos para vencer a concorrência. Hoje, já na era globalizada, a preocupação, além do custo dos produtos oferecidos, faz-se necessário avaliar a qualidade deles e a velocidade de múltiplas informações no âmbito organizacional.

Diante dessa nova realidade, houve a necessidade de integração entre o Controle Gerencial e a mensuração dos custos, surgindo, assim, a Gestão Estratégica de Custos (Cost Management System-CMS). Os Sistemas de Custeio Tradicionais (Custeio por Absorção), no qual os custos indiretos são rateados de forma arbitrária ao produto, geralmente por unidades relacionadas com o volume de produção (horas de mão de obra direta, horas máquina etc) é um sistema de custeio que dificulta a análise e gestão da área de produção. Soma-se a essa arbitrariedade o avanço da tecnologia e a consequente diminuição de mão de obra direta e aumento dos custos indiretos de fabricação (como depreciação, gasto com engenharia e manutenção) que aumentam a distorção na apuração do custo dificultando ainda mais a gestão. Tais dificuldades crescentes impulsionaram a pesquisa para um modo alternativo de mensuração e gestão de custos, surgindo, assim, a Gestão Estratégica de Custos.

Os objetivos da Gestão Estratégica de Custos são (NAKAGAWA, 1991):

. Identificar os custos dos recursos consumidos para desempenhar atividades relevantes da empresa.

. Determinar a eficiência e a eficácia das atividades desempenhadas (mensuração e desempenho).

. Identificar e avaliar as novas atividades que possam contribuir para a melhoria do desempenho da empresa no futuro.

. Cumprir os três objetivos acima em um ambiente caracterizado por mudanças tecnológicas.

A Gestão Estratégica de Custos ajuda a correta apropriação dos custos às atividades, auxilia a otimização do desempenho sob a ótica do ciclo de vida dos produtos e serviços, mostra a importância dos instrumentos no processo de tomada de decisão, integra o desempenho operacional com o financeiro e serve tanto aos usuários internos quanto externos da informação.

A Gestão Estratégica de Custos baseia-se para cumprir seus objetivos no sistema de Custeio Baseado nas Atividades (ABC-Activity Based Cost).

O ABC possui um enfoque diferente de alocação de custos. Para esse sistema, todas as atividades das áreas de produção são as consumidoras de recursos e os produtos consomem tais atividades. As atividades são: Comprar; Pagar; Vender; Receber; Relacionar-se com fornecedores e clientes; Preparação de Ativo Imobilizado; Desenvolvimento de Produtos; Organização do fluxo de produção.

O ABC utiliza para cada atividade um direcionador de custo diferente, diminuindo a arbitrariedade do custeio por absorção, que usa um único direcionador para todos os produtos, e está ligado com a necessidade do cliente para mensurar com mais propriedade os recursos consumidos.

4.5 GESTÃO ECONÔMICA FINANCEIRA (GECON)

Antes de se apresentar o Modelo de Gestão Econômica (GECON), necessário deixar algumas definições bem claras. Um MODELO é um artifício usado para entender os sistemas existentes e suas relações dentro de uma organização.

Modelo significa (NAKAGAWA, 1991) “qualquer representação abstrata e simplificada de objetos, sistemas, processos ou eventos reais.”

Gestão pode ser entendida como o ato de planejar, executar e controlar todas as atividades dentro de uma Entidade a fim de se atingir os objetivos previamente definidos.

Assim, um MODELO DE GESTÃO eficiente deve fixar claramente os objetivos, a fim de se planejar os passos necessários para atingi-lo, bem como a execução e controle desse plano.

Necessário, também, a existência de um Sistema de Informação que dê suporte às decisões em níveis gerenciais e operacionais, mensurando riscos e variáveis ligadas a ele.

“A compatibilização entre as políticas e o sistema de informação de uma empresa podem contribuir definitivamente para a eficácia das ações dos gerentes”. (NAKAGAWA, 1991).

Isso significa que o sistema terá somente informações úteis e de acordo com as políticas da organização para que não produza dados que se percam durante o processo decisório.

O Modelo de Gestão Econômica (GECON) é um sistema usado no Brasil desenvolvido pela Fundação de Pesquisas Contábeis Atuariais e Financeiras (FIPECAFI), órgão de pesquisa do Departamento de Contabilidade da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP).

Os primeiros pesquisadores deste Modelo de Gestão Econômica foram o Prof. Dr. Reinaldo Guerreiro e o Prof. Dr. Armando Catelli, ambos pesquisadores da FEA-USP.

Para a concepção de um modelo de acordo com esses pesquisadores, necessário seguir algumas premissas básicas, tais como: o lucro é a melhor e mais eficiente medida de eficácia da organização; há de ser bem definida a responsabilidade pela geração do lucro através das atividades e gestores; deve existir delegação de poder e controle (centros de responsabilidades); o papel dos gestores tem de estar bem delineado, a fim de se observar quanto cada gestor está contribuindo para o resultado global.

Assim, entendemos que o Modelo de Gestão Econômica proposto deve basear-se em um eficiente sistema de informação, pois, por óbvio, informação de qualidade é a base de qualquer modelo de decisão. Segundo nossas pesquisas e com base nos autores estudados afirmamos que um eficiente sistema contábil deve conter os seguintes pré-requisitos: as informações contábeis destinadas a usuários externos não suprem necessidades internas; os usuários internos são responsáveis por diversos eventos econômicos; o resultado global da organização deve ser a soma dos resultados analíticos de cada atividade; os responsáveis pela gestão econômica necessitam de informações adequadas ao modelo de decisão; O Sistema de Informação Contábil deve ser um suporte informativo a cada etapa do processo de decisão; O Sistema de avaliação de desempenho deve impulsionar a ação dos gestores para a otimização do resultado global da entidade; Os conceitos de mensuração aplicados no sistema de informação devem medir de forma lógica e racional os atributos e eventos econômicos.

O modelo de Gestão Econômica Financeira (GECON) afirma que é preciso ver a empresa como um sistema formado de subsistemas organizados, que usam os recursos com eficiência (usar da melhor maneira os recursos disponíveis, levando em consideração fatores de restrição) e buscam sempre a eficácia (cumprir a missão e gerar lucro), visando, por fim, a otimização do resultado global.

Para que o modelo funcione deve-se deixar bem definidos dentro da organização conceitos como missão, crenças e valores, características dos gestores, estrutura organizacional e operacional.

A principal preocupação do GECON está no enfoque econômico, mas não olvidando a perspectiva financeira. Quanto ao planejamento do sistema ambiental e operacional, deve-se confeccionar, para a execução destes, simulações orçamentos.

O GECON, como já dito acima, considera o resultado econômico (LUCRO) como a melhor medida de eficácia e eficiência da Entidade e explicita que a correta mensuração dele revela-se de extrema importância para o processo decisório.

A apuração de resultado no modelo GECON se dá por centro de responsabilidade, o qual, em apertada síntese, é um setor da organização no qual um gestor “individualmente” é responsável pelo desempenho daquele segmento.

O resultado obtido pelo centro de responsabilidade evita injustiças, vez que o gestor responsável só responderá pelas receitas e custos por ele determinados, evitando as arbitrariedades que existem quando há rateio de custos e despesas por departamentos ou através do método de apuração de custos por absorção.

O modelo de Identificação e Acumulação de Resultados do GECON é (PARISI, CARNACHIONE E VASCONCELOS, 1997):

“O sistema de apuração aqui visualizado deve propiciar a apuração patrimonial decorrente dos eventos econômicos planejados e realizados pela empresa. Tais variações representam as ações empreendidas pelos gestores, as quais são consubstanciadas no resultado econômico. O sistema de apuração torna-se, então, um dos pilares de um sistema de informação contábil que apóie a gerência em todos os estágios do processo de gestão, tendo por escopo a diminuição do grau de incerteza dos gestores na tomada de decisão. Para tanto ele deve apurar as informações de custos e receitas para toda a empresa”.

O Sistema de apuração de resultados tem que cumprir certos objetivos como: controlar custos e receitas para os gestores não considerando os que não estão sob sua responsabilidade; apurar o resultado econômico respeitando a individualidade de cada gestor em relação a tempo e modo de tomar as decisões; mensurar as transações economicamente.

Identificar as transações é o objetivo mais difícil do Modelo de apuração, pois existe a necessidade de identificar a ocorrência da receita, para, então confrontá-la com o custo.

5. CONCLUSÃO

Conclui-se, então, que a Contabilidade deve ser usada na tomada de decisões no âmbito da quaisquer Entidades que controlem um patrimônio (Azienda), vez que, conforme exauriente demonstração ao longo do presente artigo, é um rico banco de dados para auxiliar o administrador, o qual, de posse de informações de qualidade tem a faculdade de analisar a empresa como partes que interagem na busca da formação de um todo harmonioso. Sabe-se que são exatamente essas partes que contribuem para a formação do resultado global da organização.

A Contabilidade em nível Gerencial respeita as diferentes realidades empresariais, já que está baseada nas crenças e valores de cada organização, integra os processos de planejamento e controle, os critérios de avaliação e as rotinas operacionais em um único sistema, devendo, então, ser usada para auxiliar e facilitar o processo de gestão empresarial.

Assim, ante o rico acervo de informações que a contabilidade pode e deve proporcionar à administração das Entidades é interessante expor tais ferramentas. Nesse sentido, faculta-se à Administração Tributária se valer de tais conceitos e, assim, explorá-los na consecução de seus misteres.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CATELLI, Armando; GUERREIRO, Reinaldo. Mensuração de Atividades: “GECON” x “ABC”. Congresso Brasileiro de Contabilidade, Salvador, 2005. Disponível em http://www.gecon.com.br/Publicacoes/PublicacaoGECON00002.pdf. Acesso em 27 nov 2016.

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PADOVEZE, Clóvis Luís. Controladoria Estratégica e Operacional. 3ª ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012.

PARISI, Cláudio; CORNACHIONE, Edgar & VASCONCELOS, Marcos. Modelo de Identificação e Acumulação de Resultados sob a Ótica do GECON. São Paulo, Caderno de Estudos – FIPECAFI/FEA-USP, 1997. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cest/n15/n15a01.pdf. Acesso em 27/11/2016.

RIBEIRO, Osni Moura. Analise de Balanço. São Paulo: Editora Saraiva, 1993.

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[1] Bacharel em Ciências Contábeis pela FEA-USP, Auditora-Fiscal da Receita Federal do Brasil.

[2] Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE; Bacharel em Ciências Contábeis pela Faculdade Martha Falcão/AM, Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil.

[3] Bacharel em Direito pela ESTÁCIO-FIR, Advogada, OAB/PE 38.683.

Enviado: Fevereiro, 2019.

Aprovado: Março, 2019.

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Genival Guerra Pereira

Uma resposta

  1. Excelente, material apresentado, tenho certeza de que irá contribuir bastante alongo da graduação.

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