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Colaboração entre pequenas e grandes empresas: vantagens e desvantagens encontradas na literatura  

RC: 111455
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

FEITOZA, Andrews Ulisses [1]

FEITOZA, Andrews Ulisses. Colaboração entre pequenas e grandes empresas: vantagens e desvantagens encontradas na literatura. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 07, Ed. 04, Vol. 07, pp. 36-42. Abril de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/administracao/colaboracao-entre-pequenas

RESUMO

A colaboração entre organizações está sendo usada como ferramenta estratégica e de competitividade. Porém, apesar de diversos estudos sobre essa temática, ainda são poucos os que correlacional as vantagens e desvantagens quando a colaboração se dá entre empresas de grande e pequeno porte. Dentro dessa ótica, esse estudo teve como pergunta norteadora: quais as vantagens e desvantagens existentes na colaboração entre pequenas e grandes empresas? Para melhor dissertar acerca do tema, tem-se como objetivo geral realizar uma breve reflexão sobre algumas vantagens e desvantagens, expressas na literatura, decorrentes da colaboração entre pequenas e grandes empresas. A metodologia selecionada foi revisão de literatura, onde as bibliográficas selecionadas foram baseadas em livros de diferentes autores e bases de dados online confiáveis, dentre elas, a Scielo e o Google Acadêmico. Por fim, constatou-se que a colaboração entre uma pequena e grande empresa tende a elevar a confiança do pequeno empreendedor, dando mais credibilidade, validação e viabilidade a sua ideia. Além disso, a literatura, ainda aponta a geração de empregos; apoio financeiro mediante a situações de crise; e a ampliação de fornecedores e clientes, devido ao relacionamento com a grande e conhecida empresa. Com relação as desvantagens, apontou-se a perda de: algum poder de decisão, a capacidade de ser criativo e seu apelo em cidade pequena.

Palavras-chave: empreendedorismo, gestão, competitividade, pequenas e grandes empresas.

1. INTRODUÇÃO

O mundo dos negócios, a cada dia, se torna mais competitivo e, devido a diferentes fatores, as empresas acabam optando por mudanças. Nesse contexto, Chiavenato (2004), defende que a competitividade de uma nação depende da capacidade de sua indústria de inovar e melhorar. Portanto, quais as vantagens e desvantagens existentes na colaboração entre pequenas e grandes empresas? Para responder à pergunta norteadora, este estudo teve como objetivo geral realizar uma breve reflexão sobre algumas vantagens e desvantagens, expressas na literatura, decorrentes da colaboração entre pequenas e grandes empresas.

De acordo com Dornelas (2014), uma organização empreendedora é proativa na obtenção de inteligência sobre clientes e concorrentes; é inovadora, reconfigurando seus recursos para formular uma resposta estratégica; e implementa a resposta, o que implica algum grau de risco e incerteza. A perspectiva gerencial do empreendedorismo, portanto, enfatiza os fatores organizacionais como facilitadores do sucesso ou fracasso dos empreendimentos (DORNELAS, 2014).

A fim de entender o processo que leva à colaboração entre pequenas e grandes empresas, o presente estudo propõe uma breve reflexão, com base em livros de diferentes autores e bases de dados online confiáveis, dentre elas, a Scielo e o Google Acadêmico, sobre algumas vantagens e desvantagens existentes na colaboração entre pequenas e grandes empresas.

2. O EMPREENDEDORISMO

Ações empreendedoras se desenvolvem por meio de questões econômicas e sociais, em busca de oportunidades para gerar lucros e resoluções para problemas sociais. Em outras palavras, o empreendedorismo organizacional pode ser visto como uma combinação de dois conceitos: lucratividade e competitividade. Sendo assim, por vezes é visto como um conceito binário de qualificações (GARCIA, 2011).

Nesse contexto, uma organização empreendedora está em busca de benefícios organizacionais, mostrando que o empreendedorismo é muitas vezes um relacionamento viável para todos. Compreende-se, portanto, que o empreendedorismo é um entendimento de como as oportunidades trazem à existência a eficiência de funções laborais executadas posteriormente, criando e explorando consequências psicológicas, sociais e organizacionais (BAGGIO; BAGGIO, 2014).

Pode-se dizer, que as estratégias de gestão de negócios estão fundamentalmente ligadas aos princípios básicos do mercado: de conseguir que as pessoas tenham seus empregos mais adequados, estabelecendo certos padrões, delegação de funções e melhorando o fluxo de caixa da empresa. Para Garcia (2011), estratégias de gestão de negócios podem ser vistas a partir de várias abordagens, como a abordagem de organização industrial, ou a abordagem sociológica baseada em interações humanas e fortes relações humanas entre o nível mais baixo e mais alto de autoridade gerencial.

Ressalta-se, ainda, que há também uma hierarquia de estratégias que pode ser dividida em estratégia funcional e estratégia operacional, de modo que as estratégias funcionais incluem estratégias de marketing, estratégias de desenvolvimento de produtos, estratégias de recursos humanos, estratégias financeiras e estratégias de tecnologia da informação em oposição à estratégia operacional (GARCIA, 2011).

O empreendedorismo pode unir a aprendizagem pessoal e organizacional, principalmente quando se elabora um planejamento estratégico de ações (SEVILHA JR, 2013), pois entende-se que o planejamento estratégico às vezes dependerá de vários fatores externos, como as políticas do governo e outras razões externas, como uma crise de mercado (ORSO, 2008).

As implementações de estratégias, portanto, lidam com a alocação de recursos e atribuem responsabilidades ou tarefas a indivíduos ou grupos específicos para a consecução dos objetivos planejados (SILVA, 2015). Também se preocupam em avaliar a eficiência e a eficácia do processo da estratégia de gestão de negócios, ou seja, avançar para as metas estabelecidas, ajustes no processo, se necessário, e documentação e integração do processo.

À medida que a sociedade muda, as novas tecnologias evoluem e a concorrência aumenta. Várias forças exercem extrema pressão sobre todas as instituições para se tornarem mais dinâmicas, especialmente quanto à competitividade. Essas pressões incluem o rápido desenvolvimento da disponibilidade de informações, as expectativas de um tempo de resposta mais rápido para os problemas, uma maior demanda pelo envolvimento das partes interessadas nos processos de tomada de decisão, um portfólio de financiamento em mudança e a parceria entre organizações (CHIAVENATO, 2004).

3. VANTAGENS E DESVANTAGENS EXISTENTES NA COLABORAÇÃO ENTRE PEQUENAS E GRANDES EMPRESAS

De acordo com Melo Neto (2002), a possibilidade de colaboração entre uma pequena e grande empresa, é uma experiência emocionante e muito importante para o pequeno empreendedor.

Se uma empresa maior mostra interesse por um novo conceito de empresa de pequeno porte, isso dá ao pequeno empreendedor mais confiança e credibilidade à sua ideia, em termos de validação e viabilidade. No entanto, é importante para uma pequena empresa analisar as vantagens e as desvantagens em se decidir por colaborar com uma grande empresa (MELO NETO, 2002).

Uma vantagem de colaborar com uma grande empresa é a maior disponibilidade de recursos para investimento nas empresas de pequeno porte. Quando uma grande empresa opta por colaborar com um empreendedor, é por interesse em apoiar o novo conceito de negócio, para que ele produza mais lucros ao longo do tempo. Obviamente, o investimento de uma grande empresa é em troca de uma parte da nova empresa. A despeito disto, esta parceira pode ajudar o pequeno empreendedor a alcançar um nível de lucro que ele não atingiria por conta própria (RESENDE, 2019).

Um empreendedor novo e desconhecido se beneficia caso a grande empresa já tenha estabelecido uma reputação admirável na comunidade empresarial e fora dela. Quando outras partes, como fornecedores e clientes, descobrem o relacionamento do empreendedor com a grande e conhecida empresa, esses terceiros podem se sentir mais confortáveis em fazer negócios com o pequeno empreendedor. Além disso, representantes de grandes empresas, às vezes, atuam como mentores de pequenos empreendedores (RIBEIRO, 2005).

Uma das desvantagens mais importantes que um empreendedor deve enfrentar ao colaborar com uma grande empresa é a perda de algum poder de decisão e a capacidade de ser criativo. Em muitos casos, o empresário deve consultar representantes da empresa maior para prosseguir com as principais decisões. Por exemplo, quando um músico independente se associa a uma grande gravadora, ele pode ter que desistir de algumas de suas próprias ideias criativas em troca de cumprir a visão da gravadora (RESENDE, 2019).

Em alguns casos, trabalhar com uma grande empresa faz com que uma pequena operação perca seu apelo em cidade pequena. Alguns pequenos empreendedores obtêm sucesso conectando-se diretamente com os clientes e estabelecendo vínculos pessoais com eles. Porém, se uma grande empresa se associar a um tipo de operação bem-amada, menor, “mãe e pai”, isso poderá causar uma desconexão entre clientes antigos e as pequenas empresas, pois alguns clientes podem pensar que, quando um pequeno empreendedor colabora com uma grande empresa, isso equivale a se vender (MENEZES, 2003).

As vantagens microeconômicas são baseadas na exclusividade, mantida por uma hierarquia interna. Neste contexto, um importante benefício decorrente da associação entre pequenas e grandes empresas é a possibilidade de receber apoio financeiro, pois os empréstimos são fornecidos com condições extremamente favoráveis e os empreendedores já estabelecidos apoiam a fundação de novas empresas. Além disto, cumpre destacar que o estabelecimento de novas empresas oferece um ambiente de oportunidades de emprego para os trabalhadores (MELO NETO, 2002).

Outra vantagem que pode ser destacada é o apoio financeiro aos membros da comunidade em situações de crise, especialmente em tempos de recessão econômica, onde os empréstimos bancários apresentam um alto risco devido a juros altos. Tais empréstimos costumam levar a empresa pequenas ao limiar da falência. Os empréstimos comunitários, portanto, fornecidos pelas grandes empresas parceiras, sem juros, podem estabilizar as empresas em um período de recessão e preservar os locais de trabalho (RESENDE, 2019).

Outro benefício é baseado na ética comercial, pois ela apoia os investimentos em produção e capital humano, enquanto os investimentos em ativos financeiros não são promovidos. É por isso que os lucros são canalizados para as duas primeiras formas de investimento, pois, leva-se em consideração que para a economia, ambos são essenciais para o desenvolvimento futuro. O país que sofre com déficit de empreendedores com boa formação e falta de investimento no setor de produção, sofre com relação ao sucesso (RIBEIRO, 2005).

Uma desvantagem para a economia está relacionada ao princípio do mercado em relação à seleção de empresas não lucrativas. As empresas não lucrativas podem permanecer no mercado, enquanto as empresas cujos proprietários não estão inseridos em redes semelhantes terão que fechar. Outra desvantagem se baseia na exclusividade da comunidade (SEVILHA JR., 2013).

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para uma economia em desenvolvimento melhorar suas atividades comerciais, sustentar-se para um maior desenvolvimento e melhorar a qualidade de seus produtos e serviços, são necessários alguns mecanismos que melhorem suas operações. Dentre eles, o presente artigo discutiu algumas vantagens e desvantagens decorrentes da parceria entre pequenas e grandes organizações, levando em consideração que uma organização empreendedora está em busca de benefícios organizacionais, mostrando que no empreendedorismo há um relacionamento viável de colaboração para todos.

Por fim, retomando a questão norteadora deste estudo, que visou abordar, brevemente, as vantagens e desvantagens existentes na colaboração entre pequenas e grandes empresas, constatou-se que a colaboração entre uma pequena e grande empresa eleva a confiança do pequeno empreendedor, dando mais credibilidade, validação e viabilidade a sua ideia. Dentre as vantagens elencadas na literatura, destacou-se a geração de empregos; apoio financeiro mediante a situações de crise; e a ampliação de fornecedores e clientes, devido ao relacionamento com a grande e conhecida empresa. Com relação as desvantagens, apontou-se a perda de: algum poder de decisão, a capacidade de ser criativo e seu apelo em cidade pequena.

REFERÊNCIAS

BAGGIO, A. F.; BAGGIO, D. K. Empreendedorismo: Conceitos e definições. Rev. de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia, 1(1): 25-38, 2014 – ISSN 2359-3539. Disponível em: https://seer.imed.edu.br/index.php/revistasi/article/viewFile/612/522> Acesso em 10 mai. 2021

CHIAVENATO, I. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. São Paulo: Saraiva, 2004.

DORNELAS. J. C. de A. Empreendedorismo transformando ideias em negócios. 5. ed. Rio de Janeiro. Editora Elsevier, 2014.

GARCIA, S. Comunicação Empresarial. – São Paulo: Editora Sol. 2011.

MENEZES, L. C. M. Gestão de Projetos. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2003.

MELO NETO, F. Empreendedorismo social. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.

ORSO, J. B. Plano de negócios: Dona Graciosa. 2008. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/18081/000653154.pdf> Acesso em: 10 mai. 2021.

RESENDE, N. Como funciona a etapa de empreender. 2019. Disponível em: <https://inovacao.com.br/como-funciona-a-etapa-de-empreender/> Acesso em: 10 mai. 2021

RIBEIRO, A. L. Gestão de Pessoas. 7. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2005.

SEVILHA JR. V. Empreendedorismo de Sucesso. São Paulo: Brasport, 2013.

SILVA, R. D. Planejamento estratégico – missão, visão, valores. Sua importância para a estrutura do seu negócio, 2015. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/planejamento-estrategico-missao-visao-valores-sua-importancia-para-a-estrutura-do-seu-negocio/91374/> Acesso em 10 mai. 2021.

[1] Pós-graduado em Engenharia de Suprimentos – Faculdade UniBF, Graduado em Engenharia de Produção – Centro Universitário Facens. ORCID: 0000-0001-7609-6801

Enviado: Abril, 2022.

Aprovado: Abril, 2022.

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Andrews Ulisses Feitoza

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