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Revisão integrativa: importância da orientação de técnicas de primeiros socorros para leigos

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CONTEÚDO

REVISÃO INTEGRATIVA

ARANHA, Ana Lucia Batista [1], BARSOTTI, Gabrielle de Macedo [2], SILVA, Mirelly Pedroso da [3], OLIVEIRA, Natalia Maia de [4], PEREIRA, Thais Queiroz [5]

ARANHA, Ana Lucia Batista. Et al. Revisão integrativa: importância da orientação de técnicas de primeiros socorros para leigos. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 05, Vol. 06, pp. 218-242 Maio de 2019. ISSN: 2448-0959

RESUMO

Introdução: A população deve conhecer de fato as técnicas corretas de primeiros socorros, tendo em vista que na maioria dos casos, as pessoas que estão em situação de emergência, nos momentos iniciais, não são os profissionais da área de saúde, se torna então fundamental esse conhecimento para salvar vidas e prevenir sequelas.Objetivo: Identificar a importância da orientação de técnicas de primeiros socorros para leigos. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que utilizou como base de dados a biblioteca virtual de saúde (BVS), a identificação, seleção, elegibilidade e inclusão das fontes, foram encontradas nas seguintes bases: MEDLINE, SCIELO, LILACS, BDENF, Revistas UNIMONTES, UNG E FACENA. Descritores utilizados sugeridos pelos DeCS, foram “Suporte básico de vida”, “Primeiros Socorros” e “Educação em saúde”. Resultados: Foram encontrados, após os cruzamentos dos descritores a soma de cento e quarenta e três (143) artigos na BVS, e sete (7) em revistas eletrônicas. Cento e trinta e quatro (134) foram excluídos, pois não abordavam a temática e/ou não tinham a data de publicação necessária. Após leitura, dois (2) artigos foram excluídos, pois não eram relevantes ao tema. Totalizando no final, a soma de 14 artigos incluídos nessa revisão. Discussão: Ficou evidente a importância da incorporação do ensino de primeiros socorros em todos os segmentos populacionais. Um estudo mostra que 94,5% dos entrevistados já vivenciaram pelo menos uma situação de urgência, porém, a maioria relatou que não soube como proceder. Tornando assim de suma importância, o ensino das técnicas de primeiros socorros, para que as mesmas sejam efetivas evitando possíveis danos e aumentando a chance de sobrevida das vítimas. Considerações Finais:O desenvolvimento desse presente estudo possibilitou a conclusão, que a capacitação da população na temática de primeiros socorros, é de extrema importância para a diminuição da taxa de morbimortalidade do país.

Palavra-chave: Suporte Básico de vida, Primeiros Socorros, Educação em saúde.

INTRODUÇÃO

Esse trabalho tem como objetivo a identificação da importância da orientação de técnicas de primeiros socorros para leigos, já que grande parte da população não tem o devido conhecimento, bem como dos serviços que estão disponíveis a eles. Surgiu assim o interesse na realização desse trabalho. Muitas vezes, o espírito de solidariedade, sem treinamento adequado, não basta, é preciso que a população conheça e utilize os procedimentos necessários de primeiros socorros, possibilitando a prestação de socorro rápido, preciso e eficiente até a chegada de um serviço especializado.

A população deve conhecer de fato as técnicas corretas de primeiros socorros, tendo em vista que na maioria dos casos, as pessoas que estão em situação de emergência, nos momentos iniciais, não são os profissionais da área de saúde, se torna então fundamental esse conhecimento para salvar vidas e prevenir sequelas. (JESUS; SOUSA, 2015).

É importante saber que a falta de atendimento de primeiros socorros eficientes são os primeiros motivos de mortes e danos irreversíveis às vítimas. Os erros em um atendimento inicial fazem com que um grande número de indivíduos fique economicamente inativo, por conta de sequelas. Os momentos subsequentes a um acidente, principalmente as duas primeiras horas, são os mais críticos e importantes para garantir a recuperação de sobrevivência das pessoas envolvidas. (ALMEIDA et al, 2016)

Os primeiros socorros se referem ao atendimento que se presta à pessoa que está ferida ou adoece repentinamente. Inclui o reconhecimento das condições que colocam a vida em risco e a tomada de atitudes necessárias para manter os sinais vitais em equilíbrio, até que se tenha um atendimento qualificado por profissionais da saúde. (NETO et al, 2017)

De acordo com PEREIRA et al, 2015:


“O atendimento de primeiros socorros pode ser realizado por qualquer cidadão que possua conhecimento das técnicas básicas. No entanto, um atendimento avançado somente poderá ser prestado por um socorrista que possui treinamento amplo e detalhado sobre essas técnicas, e que exerce uma atividade regulamentada pelo ministério da saúde, segundo a portaria nº 824 de junho de 1999.”

É de vital importância que todos tenham acesso às informações sobre os principais acidentes, como preveni-los e o que fazer diante das situações que exigem cuidados imediatos a fim de minimizar complicações decorrentes de medidas inadequadas. O atendimento de primeiros socorros pode ser realizado por qualquer pessoa que tenha conhecimento das técnicas básicas. (PEREIRA et al, 2015)

“Por isso, fica evidente a importância de se ampliar o acesso à informação e garantir que as pessoas sejam capacitadas para agir frente a uma emergência.” (JESUS; SOUSA, 2015)

OBJETIVO GERAL

Identificar a importância da orientação de técnicas de primeiros socorros para leigos.

REFERENCIAL TEÓRICO

De acordo com NOVAES E NOVAES (1994), citado por STADLER et al (2015, p. 1)

Os Primeiros Socorros têm sua origem no ano de 1859 na Suíça com Jean Henry Dumant que teve o apoio de Napoleão III teve como ideia inicial instruir pessoas das comunidades locais para que dessem atendimento aos feridos sem distinção de nacionalidade dizendo “São irmãos, todos irmãos”.

Podemos definir como primeiros socorros o primeiro atendimento dado a uma pessoa ferida, isto inclui uma análise da situação em que isso ocorre e quais decisões devem ser tomadas para manter as funções vitais, até a chegada de ajuda especializada. (DIXE; GOMES, 2015.)

São condutas iniciais que qualquer pessoa, mesmo não sendo um profissional pode realizar, com o objetivo de ajudar indivíduos em risco de morte. (NETO et al, 2017)

No Brasil, os acidentes são a terceira causa de morte (12%), eles incluem quedas, hemorragias, fraturas, afogamentos, envenenamentos, queimaduras, asfixia, infarto agudo do miocárdio (IAM) e acidente vascular encefálico (AVE). O prognostico de uma emergência está ligado ao atendimento inicial eficaz, já que a primeira hora de um trauma é de suma importância. A capacitação de todos em técnicas de primeiros socorros é de suma importância, pois tais acidentes podem acontecer em qualquer lugar e hora. (JESUS; SOUSA, 2017)

Os primeiros socorros são constituídos pela intervenção,podem ser realizados por qualquer pessoa fora do ambiente hospitalar para atender um indivíduo em situação de emergência.

Sendo assim, deve-se educar a população, visando minimizar potenciais danos à saúde da vítima. As informações de como agir corretamente frente essas situações, devem ser divulgadas, trazendo segurança e conhecimento para que a população possa agir corretamente, nos momentos de espera da ajuda especializada. A educação em saúde, torna-se então, crucial para que os desfechos sejam positivos, frente essas situações. (NETO et al, 2017.)

A pessoa que presta os primeiros socorros, deve agir frente a protocolos e um treinamento adquirido, visando não agir de forma imprudente, causando assim mais danos a vítima. Apesar das técnicas necessárias para um socorrista, fica evidente que tanto profissionais, como leigos podem executar os primeiros socorros. Atualmente, existem diversas diretrizes da American Heart Association sobre o tema. E cursos de treinamento em primeiros socorros são oferecidos à população pelo Movimento Internacional Cruz Vermelha, em todo o mundo. (JESUS; SOUSA, 2015)

De acordo com o Ministério da saúde (2006), citado por FALKENBERG et al (2014)

Define educação em saúde como:
Processo educativo de construção de conhecimentos em saúde que visa à apropriação temática pela população […]. Conjunto de práticas do setor que contribui para aumentar a autonomia das pessoas no seu cuidado e no debate com os profissionais e os gestores a fim de alcançar uma atenção de saúde de acordo com suas necessidades.

A educação em saúde pode ser definida como uma troca de conhecimento entre profissionais da saúde e a sua população. É um processo que demanda tempo e disposição. A prevenção de acidentes e o ensino de técnicas de primeiros socorros devem ser implantadas em todos os setores da sociedade, em uma educação permanente. (PEREIRA et al, 2015)

No ambiente educacional, onde há uma grande concentração de crianças, é muito suscetível a acidentes, podendogerar prejuízos e sequelas para a vida adulta, por isso é importante o educador saber as técnicas de primeiros socorros, e passar esse conteúdo às crianças de maneira lúdica.Pensando que essa criança ao saber como agir diante situações de emergências, será um interlocutor para outras pessoas da sociedade, reduzindo assim a mortalidade diante de algumas situações que só necessitavam de um primeiro atendimento eficaz. (COELHO, 2015)

A necessidade da educação em primeiros socorros para leigos, tem com intenção de salvar vidas, porém, o conhecimento de habilidades e atitudes a serem tomados em situações de emergências demandam recursos educacionais como palestras, treinamentos, atividades práticas e teóricas. (NETO et al, 2017)

Envolve os profissionais de saúde que devem valorizar a prevenção e promoção a saúde, os gestores que devem apoiar a ideia, e a população que deve aumentar seus conhecimentos, sua segurança e autonomia frente a sua saúde, como também de toda população. (FALKENBERG et al, 2014)

A educação e o treinamento em primeiros socorros pode ser útil para melhorar a morbidade e a mortalidade. A recomendação da American Heart Association é de que ambos sejam disponíveis a todos. As evidências mostram que a educação em primeiros socorros pode aumentar a probabilidade de sobrevivência das pessoas que se encontram em situações de emergências. (AHA, p. 30, 2015.)

MÉTODO

Realizou-se um estudo que consiste em uma pesquisa bibliográfica desenvolvida, através do método da Revisão Integrativa. A revisão integrativa envolve a sistematização e publicação dos resultados de uma pesquisa bibliográfica, sendo uma metodologia específica de pesquisa em saúde que sintetiza um assunto ou referencial teórico para maior compreensão, através disso os resultados se tornam úteis na assistência à saúde. (FERREIRAet al, 2017.)

As seguintes etapas para análise e seleção dos artigos foram seguidas:

  • Formulação da pergunta norteadora (Qual a importância do ensino de Primeiro Socorros para leigos?).
  • Localização e seleção dos artigos.
  • Coleta de dados.
  • Análise dos artigos segundo ano de publicação, relevância com o tema, nível de evidência.
  • Discussão dos resultados;

Os artigos apresentados pela literatura sobre o tema proposto foram coletados na internet e a busca ocorreu no mês agosto de 2018, a partir das bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS): MEDLINE, Scielo, LILACS, BDENF. E os periódicos das revistas, UNIMONTES, UNG e FACENE.
Os descritores utilizados na busca dentro da biblioteca virtual de saúde foram: “Suporte Básico de Vida”, “Primeiros Socorros” e “Educação em saúde”, sugeridos pelos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) da BVS. Houve o cruzamento dos descritores “Educação em saúde” and “Primeiros socorros” com o filtro idioma. E houve o cruzamento dos descritores “Educação em saúde” and “Suporte básico de vida” com o filtro idioma.

FLUXOGRAMA

Fonte: Própria dos autores

FLOWCHART

Fonte: Própria dos autores

RESULTADOS

No cruzamento dos descritores “Educação em saúde” and “Primeiros socorros” com o filtro idioma, foram encontrados oitenta artigos (80), após leitura foram selecionados seis (6), um (1) descartado por ser vídeo, totalizando cinco artigos (5). No cruzamento dos descritores “Educação em saúde” and “Suporte básico de vida” com o filtro idioma, foram encontrados sessenta e três (63), após leitura foram selecionados três artigos (3), um (1) descartado por não estar na íntegra, totalizando dois artigos. Foram usados os seguintes critérios para inclusão: Textos publicados na íntegra em bases virtuais em saúde, o estudo contemplou publicações do ano de 2014 até 2018, em português, selecionando os mais atuais e pertinentes para a realização da pesquisa e estruturação dos resultados. Os critérios de exclusão foram: Artigos publicados antes de 2013, artigos que não tinham o texto completo e não estavam no idioma português. Os artigos selecionados, foram adicionados no QUADRO 1, para melhorar visualização.

QUADRO I

 

5.2 TABLE I

DISCUSSÃO

PRIMEIROS SOCORROS

Primeiros socorros, podem ser definidos como o contato inicial de ajuda prestado por uma pessoa a vítima de trauma ou mal súbito. Tem como intuito manter as funções vitais e evitar uma piora nas condições que se apresentam, aplicando técnicas até a chegada de uma ajuda especializada. (OLIVEIRA, 2016.)

Não é prestado apenas por profissionais da área da saúde, qualquer cidadão com conhecimentos básicos pode prestar esse tipo de serviço objetivando atenuar o sofrimento e risco de vida dessa vítima. (NETO, 2017.)

Reconhecer situações que coloquem em risco à vida do ser humano pode ser um dos princípios das técnicas de primeiros socorros. Mesmo que o domínio dessas técnicas só seja adquirido com o tempo e com uma prática efetiva, o entendimento da necessidade da ajuda imediata a uma vítima, e um conhecimento básico das condutas necessárias, como quais os números de emergências deve-se ligar, é algo que todo cidadão deveria ter, seja um adulto ou criança. É algo que pode determinar à morte, ou sobrevida da vítima. (MESQUITA et al, 2017.)

São procedimentos de elevada importância para todos os segmentos populacionais. Levando em conta que situações de risco podem acontecer nos mais diversos lugares, horários e com qualquer pessoa, exige assim que esse conhecimento de primeiros socorros seja difundido para toda a população. (JESUS; SOUSA, 2015.)

Se torna necessário em todas as faixas etárias e para qualquer indivíduo, indiferente de seu segmento social e profissional, pois a necessidade dessas habilidades pode vir de variados grupos da população. (JESUS; SOUSA, 2015.)

Em situações de urgência e emergência, tornam-se necessárias técnicas de socorros que sejam efetivas, realizadas com agilidade, destreza e segurança, para evitar possíveis danos e aumentar a chance de sobrevida desses indivíduos. (MARQUES et al, 2014.)

Apesar de sua importância, as técnicas de primeiros socorros ainda são pouco divulgadas para a população. Esse fato pode ser percebido quando diversas chamadas são feitas solicitando uma ambulância para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, que, entretanto, não justificam seu envio, pois as técnicas de primeiros socorros poderiam ser prestadas por qualquer cidadão, com o devido conhecimento. (MESQUITA et al, 2017.)

É de conhecimento comum, que os primeiros socorros podem ser prestados tanto por profissionais da saúde quanto por pessoas leigas que estão devidamente treinadas. Porém, o ensino dessas técnicas são menos difundidas dependendo da classe econômica e social do indivíduo, mesmo sabendo-se que esses procedimentos podem apresentar uma diminuição da morbimortalidade da população vítima de algum acidente, ou mal súbito. (JESUS; SOUSA, 2015.)

Estudos revelam, que a frequência com que leigos necessitam prestar socorros às vítimas está entre 10,7 e 65,0%, onde cerca de 83,7% são realizados de forma incorreta. (NETO et al, 2017.)

Nesse caso, a maneira que as pessoas se portam em situações de urgência e emergência antes da chegada da ajuda especializada, na grande maioria determina como será a recuperação da vítima, e em alguns casos a diferença entre a vida e a morte de uma pessoa. (OLIVEIRA et al, 2018.)

Durante a primeira hora após o acidente, a vítima possui grandes chances de recuperação, justificando assim o início precoce de técnicas de primeiros socorros por pessoas leigas ou por profissionais especializados. (JESUS; SOUSA, 2015.)

O treinamento de população em primeiros socorros, e uma avaliação de risco em casos de emergência, pode ajudar de forma significativa para uma redução de agravos e mortalidade das vítimas. (CARDOSO et al, 2017.)

Qualquer cidadão que possua conhecimentos básicos das técnicas, pode realizar um atendimento de primeiros socorros. Entretanto, uma conduta mais avançada só deverá ser prestada por um profissional, que possui um treinamento mais amplo e detalhado e que exerça uma função regulamentada pelo Ministério da Saúde, segundo a Portaria nº 824 de junho de 1999. Apesar de sua importância, o conhecimento de primeiros socorros ainda é pouco espalhado entre a população, deixando assim prevalecer o desconhecimento sobre esse tema, fazendo com que às vítimas de situações de urgência e emergência tenham um atendimento inicial de socorros, voltado apenas pelo sentimento de solidariedade sem um treinamento, o que por muitas vezes piora o seu prognóstico. (PEREIRA et al, 2015.)

Treinar crianças e adolescentes para o conhecimento de técnicas de primeiros socorros, é a melhor maneira de capacitar futuros adultos, podendo ajudar a redução de sequelas e óbitos decorrentes dos acidentes. Ressalta-se o quanto é importante a colocação desse tema nas escolas, devido ao fato de que as crianças/adolescentes podem ser consideradas agentes detentoras e disseminadoras de conhecimento, das técnicas corretas em situações de emergência. (MESQUITA et al, 2017.)

“Em relação às experiências anteriores em primeiros socorros, 94,5% (n=104) dos estudantes reportaram já ter vivenciado pelo menos uma situação de urgência, porém, a maioria relatou que não soube como proceder na ocasião.” (MARQUES et al, 2014.)

Tem-se o conhecimento de que a população ainda não possui informações necessárias para instituir o ensino de primeiros socorros nas escolas. No congresso nacional já se existe um projeto de lei (PL nº 1945/2015) que torna a inclusão de uma disciplina de primeiros socorros, obrigatória nos cursos de ensino superior e tecnólogo: contudo essa pauta ainda não chegou ao plenário da casa. (JESUS; SOUSA, 2015.)

O ensino da temática de primeiros socorros deveria ser disponibilizado amplamente para o público leigo, para que haja a diminuição do índice de acidentes e óbitos, além de garantir um atendimento mais seguro e mais adequado diante de casos que requerem um cuidado imediato. (PEREIRA et al, 2015.)

Apesar de sua importância, o ensino de primeiros socorros ainda é pouco passado entre a população em geral, seu aprendizado restringe-se geralmente a profissionais da saúde, ou aos que têm acesso ao ensino superior, hospitais e outras áreas que promovem tais cursos. (MARQUES et al, 2014.)

Outro importante fato para uma maior necessidade no ensino de primeiros socorros no país, se deve ao aumento nas ocorrências classificadas como “causas externas”. Elas são a terceira maior causa de morte, e na maioria das vezes, atinge indivíduos jovens e produtivos. São casos, que comumente, necessitam de técnicas de primeiros socorros. Com isso há inúmeros fatos e evidências que explicam a importância do tema e do impacto social no perfil de morbimortalidade do país. (JESUS; SOUSA, 2015.)

Inúmeros protocolos e guidelines internacionais sobre primeiros socorros incluem em suas pesquisas, orientações e informações direcionadas a população leiga e profissionais da área da saúde. Como as diretrizes da American Heart Association (AHA, 2015);

Algumas instituições ofertam cursos de primeiros socorros no mundo todo, como exemplo o Movimento Internacional da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho. Essas instituições, identificaram que aqueles que recebem a reanimação cardiopulmonar (RCP) por leigos com treinamento obtiveram 4 vezes mais chances de sobrevivência por 30 dias se compararmos com aqueles que não receberam tal suporte. Portanto, podemos concluir que a capacitação do leigo em primeiros socorros é de fundamental importância para salvar e prevenir sequelas, sendo esses benefícios expandidos para a sociedade que passará a contar com uma população instruída em primeiros socorros. (JESUS; SOUSA, 2015.)

EDUCAÇÃO EM SAÚDE

A educação em saúde é um instrumento de troca de saberes entre a população e o profissional de saúde. Esse instrumento tem como objetivo buscar a autonomia do indivíduo como transformador de sua realidade. Trata-se de um processo complexo, abrangendo o ser biológico e os seus contextos sociais. (PEREIRA et al, 2015.)

Sendo uma das principais estratégias para a promoção da saúde, uma vez que o processo educativo permite ao indivíduo que mude o pensamento sobre conceitos, mitos e práticas populares fundamentadas na sociedade, para um conhecimento científico dos mesmos relacionados à saúde e consequentemente à qualidade de vida. (MESQUITA et al, 2015)

A educação é um processo de construção que requer dedicação da parte do profissional da saúde e do leigo. Por isso, o trabalho de educação em relação aos primeiros socorros deve ser implementado entre todos os indivíduos da sociedade, numa perspectiva de educação continuada. (PEREIRA et al, 2015.)

Apesar do ensino em saúde ser antigo, ainda na atualidade vemos déficits em sua prática, tendo em vista que os serviços de saúde dão pouca ou nenhuma importância às ações educativas. (FERREIRA et al, 2017.)

Nos tempos atuais, reconhece que para melhorar o panorama da Saúde Pública, é necessário educar a população em massa, com o objetivo de promover campanhas a favor da saúde. (LIMA; JUNIOR, 2016.)

Nesta perspectiva, a educação em saúde deve ser o ponto principal do profissional de saúde, principalmente pelos enfermeiros que estão à frente no ensino de saúde. (FERREIRA et al, 2017.)

As ações de educação à população são instrumentos de grande importância para a intervenção em situações emergenciais presenciadas em seu cotidiano. (CARDOSO et al, 2017.)

Tornando assim o treinamento da população para o atendimento de situações de emergência fundamental. (LIMA; JUNIOR, 2016.)

Os estudos mostram que os cursos com prática junto a teoria apresentam melhores resultados, pois oferecem maior aprendizagem e fixação do conteúdo, ao contrário do que se observa nos cursos com somente a teoria. (CARDOSO et al, 2017.)

As ações educativas em saúde devem apontar o indivíduo como agente principal no processo de aprendizagem, facilitando assim, sua compreensão diante do tema de primeiros socorros. Nessa perspectiva, algumas técnicas, como dinâmicas de grupos e outros recursos educativos podem ser usados para abordar os temas escolhidos e experiências vividas, conferindo assim sentido à construção da aprendizagem. Para a eficácia da educação em saúde, se faz necessário uma construção do conhecimento básico do cotidiano associado à metodologia empregada, valorizando-se, as experiências cotidianas e o uso de múltiplas linguagens. (MESQUITA et al, 2017.)

Quanto mais cedo o público leigo é treinado melhor é a taxa de experiência nos cursos subsequentes, e alunos do ensino fundamental já possuem habilidades e capacidade cognitivas suficientes para aplicar corretamente as técnicas de primeiros socorros. (FERNANDES et al, 2014.)

O Ministério da Saúde destaca a importância do ensino dos primeiros socorros no período escolar. (LIMA; JUNIOR, 2016.)

As escolas são os meios ideais para inserção da população ao conhecimento das técnicas básicas de primeiros socorros, adolescentes normalmente são capazes de realizar compressão torácica com a mesma eficácia do que os adultos e estão normalmente presentes no cenário de uma emergência; no Brasil, cerca de 8,4 milhões de estudantes estão matriculados no ensino médio, destes, 86% estudando em escolas das redes públicas. No entanto, não existe uma legislação que assegure o treinamento de educação continuada nas escolas. (FERNANDES et al, 2014.)

No que diz respeito à opinião dos participantes quanto à importância de capacitação sobre prevenção de acidentes e primeiros socorros, 65 (97%) afirmaram sua relevância, mediante os relatos a seguir: “Para salvar vidas” (J.N.P.). “Saber o que fazer e o que não fazer” (A.L.). “Porque já passei por situações que precisava de primeiros socorros.” (A.M.F). (PEREIRA et al, 2015.)

A conduta que o indivíduo toma em qualquer situação de emergência costuma determinar como será a recuperação da vítima e, em alguns casos, pode significar a diferença entre a vida e a morte. Portanto, é fundamental que todos tenham acesso às informações sobre os principais acidentes e como agir diante das situações que exigem cuidados imediatos a fim de minimizar complicações decorrentes de medidas inadequadas. (PEREIRA et al, 2015.)

Diante da relevância que os acidentes representam na morbimortalidade brasileira, o ensino de primeiros socorros ao público leigo mostrou-se eficiente e pertinente para o público. (FERREIRA et al, 2017.)

Nos EUA, recomendou-se que as escolas estabelecessem uma meta para treinar todos os professores e estudantes em com ensino do suporte básico de vida, considerando a inclusão no currículo Escolar. (CARDOSO et al, 2017.)

A insistência de inserir o ensino de primeiros socorros no currículo escolar baseia-se no fato de que crianças e adolescentes instruídos no assunto, são propensos a discutir o treinamento com amigos e membros da família, aumentando a conscientização sobre primeiros socorros, concluindo com o aumento da porcentagem de pessoas treinadas na sociedade. (FERNANDES et al, 2014.)

Entretanto, as atividades educativas não estão sendo priorizadas devido a compreensão que os profissionais da saúde têm sobre a educação de saúde para leigos, ou porque as instituições visam apenas o número de atendimento, deixando as atividades primárias em segundo plano. Diversas vezes, essa falta de conhecimento, por parte da população, pode acarretar inúmeros problemas, como o estado de pânico ao ver o acidentado, a manipulação incorreta da vítima e ainda a chamada do socorro excessivamente. (FERREIRA et al, 2017.)

Sugere que ensino em primeiros socorros seja cada vez mais propagado e para além do âmbito da universidade, pois retrata um compromisso social. (MARQUES et al, 2014.)

Os resultados encontrados em vários estudos comprovam que a implementação de medidas de suporte básico de vida pelo público leigo reduz a taxa de morbimortalidade drasticamente. Assim, reforçando a necessidade da capacitação da população leiga em primeiros socorros, a fim de diminuir as taxas de mortalidade em situações de emergência no cenário extra-hospitalar. (DIXE; GOMES, 2015.)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento de presente estudo possibilitou a conclusão, que a capacitação da população na temática de primeiros socorros, é de extrema importância para a diminuição da taxa de morbimortalidade do país.

Qualquer pessoa, com conhecimentos básicos, pode prestar o atendimento de primeiros socorros até a chegada do suporte especializado. Sabe-se que em muitos casos o tempo é de extrema importância entre a vida e a morte de uma vítima, na maioria dos casos, a ajuda não chega a tempo no local do acidente, tornando assim necessário que pessoas leigas, saibam e prestam os primeiros socorros.

Esses procedimentos básicos quando são prestados de forma rápida e eficaz, podem evitar sequelas permanentes e até mesmo a morte das vítimas.

A educação de primeiros socorros deve ser difundida em todos os âmbitos da população, sendo indiferente a sua classe social e econômica. Provou-se através de diversos estudos que essas técnicas podem ser realizadas até mesmo por crianças em fase escolar,se tornam mais efetivas quando a pessoa leiga se sente confiante para poder realizá-las.

Com base nisso podemos afirmar e concluir que a difusão de tais conhecimentos dentro do âmbito social deve ser colocada em pauta nos sistemas de ensino e disponibilizada a toda população para que assim todos possam, caso necessário, salvar uma vida.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Quenfins, PONTES, Lucimar .Os desafios do APH- Atendimento Pré Hospitalar. 2016. Disponível em:https://www.iespe.com.br/blog/os-desafios-do-aph-atendimento-pre-hospitalar/. Acessoem: 21/09/2018.

AMERICAN HEART ASSOCIATION. Destaques da American Heart Association 2015. Atualizações das diretrizes de RCP e ACE. 2015. Disponível em: https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2015/10/2015-AHA-Guidelines-Highlights-Portuguese.pdf. Acesso em: 21/09/2018.

COELHO, Jannaina Pereira Santos Lima. O ensino de primeiros socorros nas escolhas e sua eficácia. Revista Científica do ITPAC, Araguaína, v.8, n.1, Pub.7, 2015. Disponível em: https://assets.itpac.br/arquivos/coppex/revista%20volume%208/artigo7.pdf. Acesso em: 15/09/2018.

CARDOSO, Rafael Rodrigues, et alSuporte básico de vida para leigos: Uma revisão integrativa. Revista UNIMONTES CIENTÍFICA. Montes Claros, v 19. n 2. p 158-167. jul/dez. 2017. Disponível em:http://ruc.unimontes.br/index.php/unicientifica/article/view/617/455. Acesso em: 21/09/2018.

SILVA,Larissa Graziela Sousa, et al. Primeiros socorros e prevenção de acidentes no ambiente escolar: Intervenção em unidade de ensino.Revista Enfermagem foco. v 8 (3). p 25-29. Setembro. 2017. Disponível em: http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/893. Acesso em 14/09/2018.

DIXE, Maria dos Anjos Coelho Rodrigues; GOMES, José Carlos Rodrigues. Conhecimento da população portuguesa sobre suporte básico de vida e disponibilidade para realizar formação. Revista da escola de enfermagem da USP. Portugal. v 49 (4). p 640-649. 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v49n4/pt_0080-6234-reeusp-49-04-0640.pdf Acesso em: 21/09/2018.

JESUS, Albertino do Amparo; DE SOUSA, Adriana Maria. Treinamento em primeiros socorros para o leigo.Revista extensão & cidadania. Vitoria da Conquista. v 3. n 5. p 47-59. Jan/Jun. 2015. Disponível em: http://periodicos.uesb.br/index.php/recuesb/article/viewFile/5765/pdf_306 Acesso em 10/09/2018.

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[1] Enfermeira. Mestre em Ciências e Enfermagem pela Universidade EEUSP e Pós-Graduada em Nefrologia. Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, SP, Brasil.

[2] Acadêmica do curso de Graduação em Enfermagem, Universidade Anhembi Morumbi UAM, São Paulo, SP Brasil.

[3] Acadêmica do curso de Graduação em Enfermagem, Universidade Anhembi Morumbi UAM, São Paulo, SP Brasil.

[4] Acadêmica do curso de Graduação em Enfermagem, Universidade Anhembi Morumbi UAM, São Paulo, SP Brasil.

[5] Acadêmica do curso de Graduação em Enfermagem, Universidade Anhembi Morumbi UAM, São Paulo, SP Brasil.

Enviado: Novembro, 2018

Aprovado: Maio, 2019

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Gabrielle de Macedo Barsotti

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