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Sintomas associados a perda auditiva em idosos: uma revisão bibliográfica

RC: 30683
278
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/perda-auditiva

CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

OLIVEIRA, Igor Farias Furtado de [1], DIAS, Cláudio Alberto Gellis de Mattos [2], FECURY, Amanda Alves [3], ARAÚJO, Maria Helena Mendonça de [4], OLIVEIRA, Euzébio de [5], DENDASCK, Carla Viana [6] TAVARES, Renata da Silva Cardoso Rocha [7]

OLIVEIRA, Igor Farias Furtado de. Et al. Sintomas Associados A Perda Auditiva Em Idosos: Uma Revisão Bibliográfica. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 05, Vol. 10, pp. 52-64, Maio de 2019. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/perda-auditiva

RESUMO

O processo de envelhecimento é um fenômeno contemporâneo que dá origem à problemas que necessitam ser estudados e compreendidos. A longevidade leva a um maior tempo de atividade social e econômica e fatores que atrapalhem ou impossibilitem estas atividades podem causar desconforto a cidadãos idosos. Umas das principais alterações sensoriais encontradas nesta fatia da população é conhecida como presbiacusia, que é a perda auditiva associada ao envelhecimento. O objetivo deste trabalho foi fazer uma revisão bibliográfica sistemática e atual acerca dos sintomas associados à perda auditiva em idosos, identificando os tipos de perda auditiva, as queixas audiológicas e os impactos psicossociais ocasionados. O estudo caracteriza-se como pesquisa bibliográfica em motores de busca como Periódicos Capes (Web of Sciencie, Scopus, Scielo), onde os descritores utilizados para captação de artigos científicos em inglês e português para pesquisa foram: audiometria (audiometry); Idoso (elderly); perda auditiva (hearing loss), e foram pesquisados e utilizados preferencialmente artigos dos últimos cinco anos (2013 a 2017). A deficiência auditiva no idoso é fenômeno complexo, onde há uma alteração significativa no limiar audiométrico do indivíduo, bilateral e de maneira simétrica, suas maiores implicações são na discriminação ou compreensão da fala, é lenta e ocorre de forma progressiva. Os problemas que se apresentam em virtude da perda auditiva não se restringem à comunicação, as pessoas apresentam concomitantemente à diminuição da acuidade auditiva sintomas como zumbido e isolamento, e são também vítimas de impactos psicossociais importantes, e como consequência um declínio na sua qualidade de vida. Assim parece plausível a correlação entre a perda auditiva e o acometimento de diferentes tipos de impactos psicossociais em idosos com esta deficiência. Ressalta-se que a implantação de serviços eficientes de saúde, com atuação de equipes multidisciplinares e recursos que pudessem atender a população idosa de maneira digna, poderiam minimizar significativamente os efeitos da perda auditiva

Palavras-chave: Idoso, Presbiacusia, Impacto psicossocial.

INTRODUÇÃO

A população mundial bem como a brasileira tem apresentado ao longo dos anos um aumento em sua expectativa de vida. O processo de envelhecimento é um fenômeno contemporâneo que dá origem à problemas que necessitam ser estudados e compreendidos. A longevidade leva a um maior tempo de atividade social e econômica e fatores que atrapalhem ou impossibilitem estas atividades podem causar desconforto a cidadãos idosos (SILVA; DAL-PRÁ, 2014; MELO et al., 2017; RIBAS et al., 2014).

O conceito de idoso, pela legislação brasileira (Estatuto do Idoso, lei federal 10.741/2003), caracteriza desta forma a pessoa maior de 60 anos (BRASIL, 2013; PICININI et al., 2015).

Umas das principais alterações sensoriais apontadas pelos autores para esta fatia da população é conhecida como presbiacusia, que é a perda auditiva associada ao envelhecimento. Trata-se de um fenômeno de alta prevalência em que ocorre a degeneração da periferia do sistema auditivo, geralmente de maneira simétrica, atingindo primeiro frequências mais altas (LIMA; MIRANDA-GONSALEZ, 2016; SAMELLI et al., 2016; BOGER et al., 2016).

Os indivíduos com presbiacusia apresentam uma diminuição na inteligibilidade da fala e consequentemente uma grande dificuldade em se comunicar, e por isso apesar de ser pouco percebida pelas outras pessoas, é uma doença que limita e algumas vezes incapacita (FERREIRA et al., 2017).

A deficiência auditiva causa muitos efeitos negativos, pois não se trata apenas de uma questão sensorial, ela gera frustrações e provoca mudanças impactantes na vida do indivíduo, além de estar associada à muitas queixas audiólogicas como zumbido, também pode limitar traz consigo muitos fatores associados, isso acontece porque ela pode gerar alguns sintomas importantes associados. Pode-se destacar dentre eles os de cunho emocional e social (AIROLDI et al., 2013).

OBJETIVO

Fazer uma revisão bibliográfica sistemática e atual acerca dos sintomas associados à perda auditiva em idosos, identificando os tipos de perda auditiva, as queixas audiológicas e os impactos psicossociais ocasionados.

MÉTODO

Pesquisa bibliográfica em motores de busca como Periódicos Capes (Web of Sciencie, Scopus, Scielo), onde os descritores utilizados para captação de artigos científicos em inglês e português para pesquisa foram: audiometria (audiometry); Idoso (elderly); perda auditiva (hearing loss). Foram pesquisados e utilizados preferencialmente artigos dos últimos cinco anos (2013 a 2017).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A audição tem uma função importante no processo de comunicação humana, ela possibilita ao indivíduo trocas de experiências por meio da linguagem e proporciona, desta maneira a interação social entre as pessoas (LUNELLI, 2015).

No sistema auditivo dos idosos ocorrem diversas mudanças tanto orgânicas como fisiológicas. Essas alterações nas porções periféricas e centrais podem interferir significativamente em habilidades tais como detectar e compreender a fala. Este processo pode ser agravado na presença de perdas auditivas (LESSA et al., 2013).

Perda auditiva é definida como uma redução total ou parcial na capacidade de ouvir. Pode ser provocada por diversos motivos como fatores ambientais e genéticos e na maioria das vezes é indolor e gradual, desenvolvendo-se lentamente ;(SILVA; DAL-PRÁ, 2014).

O envelhecimento provoca no corpo diversas alterações nos mais variados sistemas, principalmente nos órgãos sensoriais. No que se refere ao sentido da audição, o aumento da idade causa uma deficiência auditiva chamada presbiacusia. Trata-se de uma alteração com alta prevalência na população idosa (BOGER et al., 2016).

A presbiacusia, é uma doença degenerativa neurossensorial, podendo apresentar tanto alteração no sistema vestíbulo-coclear como no sistema nervoso central (MARTINS et al., 2015). É o declínio da função auditiva associado ao processo de envelhecimento. Origina-se na orelha interna ou ao longo das vias neurais. As lesões são geralmente irreversíveis levando ao déficit sensorial e às distorções dos sons (DIDONÉ et al., 2014).

A deficiência auditiva no idoso é fenômeno complexo, onde há uma alteração significativa no limiar audiométrico do indivíduo, bilateral e de maneira simétrica, suas maiores implicações são na discriminação ou compreensão da fala, é lenta e ocorre de forma progressiva (FIGUEIREDO, 2015).

O diagnóstico dessa doença pode ser feito por fonoaudiólogos ou médicos e é comumente realizado por exame de audiometria tonal. Tal exame objetiva determinar o tipo e o grau da perda auditiva. Um exame complementar denominado audiometria vocal (ou logoaudiometria) pode ser utilizado, possibilitando avaliar a detecção e discriminação da fala. Isso indica o grau de prejuízos para a comunicação (COSTA-GUARISCO et al., 2017).

Alguns trabalhos pesquisaram a perda auditiva no idoso ou presbiacusia e suas variáveis. Etcheverria (2014) verificou através de um estudo a existência de associação entre a presença e o grau de perda auditiva com a sintomatologia depressiva em um grupo de idosos. Os indivíduos foram avaliados através da audiometria tonal e a escala de depressão geriátrica para observar a presença de sintomatologia depressiva. Na amostra de 96 idosos foi detectada perda auditiva em 64 (66,7%). Concluíram então que a idade exerceu influência significativa sobre a presença de perda auditiva (ETCHEVERRIA et al., 2014).

Um trabalho realizado por pesquisadores do Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da UFMG verificou a reprodutibilidade e acurácia do teste do sussurro como metodologia de triagem auditiva em idosos para presbiacusia. Um grupo de 210 idosos com idades entre 60 e 97 anos foram submetidos ao teste do sussurro com dez expressões diferentes e ao exame de referência audiometria tonal limiar. Foram calculados a sensibilidade, a especificidade, o valor preditivo positivo, o valor preditivo negativo e a acurácia do teste. O teste foi repetido em 20% das orelhas por um segundo examinador com a finalidade de avaliar a reprodutibilidade interexaminador. Expressões com melhores resultados foram sapato” (AUC = 0,918; RIE = 0,877), “janela” (AUC = 0,917; RIE = 0,869), “parece que vai chover” (AUC = 0,911; RIE = 0,810) e o “ônibus está atrasado” (AUC = 0,900; RIE = 0,810). Concluíram ser viável incluírem tais expressões no teste para triagem (LABANCA et al., 2017)

Outro trabalho propôs verificar o desempenho de idosos em tarefas de reconhecimento de fala, utilizando um grupo com 49 indivíduos e com idades entre 62 e 88 anos, que apresentavam grau moderado de perda auditiva. Os participantes foram divididos em dois grupos, com e sem alteração em teste de rastreio de alteração cognitiva. O limiar de reconhecimento de fala foi pesquisado nas situações de ruído frontal, ruído à esquerda, ruído à direita e silêncio. Um software calculou a média ponderada das condições de teste (ruído composto). O grupo sem alteração no teste de rastreio apresentou desempenho melhor no reconhecimento de fala, no ruído, e no silêncio quando comparado ao grupo com alteração. No grupo com alteração no teste de rastreio, a idade se correlacionou com o desempenho no reconhecimento de fala no silêncio, porém isso não aconteceu nas situações com presença de ruído. No grupo sem alteração, a idade não se correlacionou com o reconhecimento de fala no ruído em nenhuma das situações. Concluíram que nos idosos pertencentes ao grupo com resultados alterados no teste de rasteio tiverem pior desempenho quando precisaram reconhecer a fala em silêncio e no ruído, bem como a idade influenciou o desempenho de fala no silêncio (PINTO, 2017).

Um estudo realizado para caracterizar o perfil de idosos com e sem tontura, onde foram observados 87 idosos, foi realizado exame para determinar o limiar, e o resultado em 72,4% foi de presença de perda auditiva neurossensorial em grau leve à moderado com piora nas frequências a partir de 4000 Hz em ambos os grupos, o que caracteriza o predomínio da presbiacusia independente do grupo pesquisado (MARTINS et al., 2015).

Samelli et al., 2016 buscaram caracterizar a audição periférica e central em idosos. Foram avaliados 83 idosos entre 60 e 85 anos com audição normal ou perda auditiva neurossensorial, divididos em 3 grupos, de acordo com os limiares de 3 a 6 kHz: G1 – média de 0 a 39 dBNA (80 orelhas); G2 – média de 40 a 59 dBNA (48 orelhas); G3 – média de 60 a 120dBNA (38 orelhas). Para tanto utilizou-se o questionário Hearing Handicap Inventory for the Elderly (HHIE), Audiometria Tonal, Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico (PEATE) e de Longa Latência. Os resultados indicaram diferenças significativas com relação a idade, aumento das latências e interpicos no PEATE e piora da pontuação do questionário conforme piora do limiar auditivo. Os pesquisadores concluíram que idosos apresentam comprometimento auditivo em ambas as vias.

O trabalho de Costi et al.(2014) apresentou como objetivo analisar a perda auditiva, o resultado de avaliação audiológica e a ocorrência de utilização de aparelhos auditivos em um grupo de idosos. Entre os 53 indivíduos participantes a média de idade foi de 71 anos. Mais da metade dos indivíduos relatou ouvir bem, entretanto 83% deles apresentou perda auditiva, corroborando os dados sobre a deterioração progressiva da sensibilidade auditiva causando presbiacusia.

A presbiacusia pode ser tratada com uso de aparelho de amplificação sonora individual (AASI) (GARCIA et al., 2017). Há mais de uma década a população do país conta com uma política que garante acesso à atenção auditiva, onde o atendimento ao deficiente quanto ao diagnóstico, tratamento e adaptação aos aparelhos de amplificação são realizados (COSTA-GUARISCO et al., 2017).

Um trabalho analisou o perfil dos pacientes atendidos em um programa governamental de concessão de aparelhos de amplificação sonora individual. A amostra contou com 1572 pessoas. Os dados demonstraram que, destas, 830 (52,8%) eram idosos que apresentavam perda auditiva. Os autores acreditam no potencial do estudo epidemiológico da presbiacusia como ferramenta no conhecimento ambiental, genético e relacionados ao gênero, gerando estratégias e novos métodos de intervenção para esta condição (GRESELE et al., 2013).

Com intuito de verificar a satisfação em idosos adultos usuários de aparelhos de amplificação sonora individual, um estudo acompanhou-os via hospital público. Idosos de ambos os sexos foram solicitados a atribuir uma nota de 1 a 10 para sua audição antes e após a adaptação de AASI. O resultado obtido com a amostra de 27 indivíduos nesta condição levou a conclusão de satisfação com o uso do aparelho, sendo que quanto maior a perda auditiva, mais os benefícios do uso de AASI foram percebidos (PICININI et al., 2017).

Outra pesquisa analisou a percepção de um grupo de idosos a respeito ade seu handicap auditivo antes e após o uso do aparelho auditivo. Aplicaram um questionário a 29 idosos, com perguntas referentes às consequências emocionais causadas pela perda auditiva e sobre os efeitos sociais dessa perda. Após a colocação do aparelho, sua adaptação e meses de utilização o questionário foi novamente respondido. Verificou-se a existência de diferenças significativas entre os handicaps médios antes e após a protetização. Desta forma, houve diminuição significativa do handicap auditivo após uso da prótese auditiva no grupo estudado, concluindo-se que os idosos aproveitaram de maneira positiva o ASSI e isso impactou, também positivamente, sua qualidade de vida (GUARINELLO et al., 2013).

Pacientes com presbiacusia normalmente procuram atendimento especializado quando apresentam queixas, principalmente dificuldade de compreensão de fala. Há casos em que esta ajuda só é procurada quando indivíduos próximos do paciente se queixam do problema (SOUTH-PAUL et al., 2014).

A terceira idade normalmente é marcada por aparecimento de problemas fisiológicos crônicos como, por exemplo, a perda auditiva. A literatura mostra que além da diminuição do limiar auditivo a perda se encontra associada a outras alterações (ou queixas) como zumbido, vertigem ou tontura e dificuldade de ouvir em lugares com ruídos (CASTELHANO, 2015).

A percepção interna de um som sem que exista uma fonte externa para ele é a condição que caracteriza o zumbido. Essa percepção normalmente causa impacto negativo na vida de quem a possui. Nos últimos dez anos é descrito um aumento significativo desta queixa audiológica, chegando a atingir um número pouco maior que 25% da população do planeta. Indivíduos idosos, com mais de 60 anos, são o grupo de mais de 30% dos acometidos por essa condição (CHAMOUTON; NAKAMURA, 2017).

Segundo a Classificação de Sintomas Vestibulares da Bárány SocietyThe International Society for Neuro-Otology tontura e vertigem são termos com diferentes significados. Tontura é a alteração na sensação de orientação espacial, onde a falsa ou distorcida sensação de movimento está ausente. Vertigem é a sensação de estar se movimentando sem movimento. Estas queixas podem estar presentes em 60% da população idosa com 85 anos ou mais (SCHIMCHAK, 2017).

A dificuldade de ouvir em lugares com ruídos está comumente presente em vários casos de presbiacusia, onde o relato de ouvir mas não entender provavelmente está associada a uma diminuição na habilidade de compreensão da fala (AIROLDI et al., 2013)

Em um estudo com 210 indivíduos idosos, com idade média de 76 anos (desvio padrão: 8, mínima de 60 e máxima de 97 anos), totalizando 420 orelhas avaliadas. As queixas de perda auditiva perfizeram 79,5% do total de indivíduos; as de zumbido 75,9% e as de tontura 58,6%. A perda auditiva foi comprovada em 289 orelhas (68,8%) (LABANCA et al., 2017).

Em consonância com Labanca et al. (2017), uma análise de perda auditiva e queixas relacionadas à tontura, zumbido e distúrbios da comunicação em uma população de idosos utilizou 468 registros de idosos com idade média de 72,7 anos, cadastrados no período de 2011 a 2015 em um serviço de reabilitação auditiva. Em 77,7% dos prontuários houve o registro de perdas classificadas como moderada a moderadamente severa, do tipo simétrica (80,6%) e bilateral (96,8%). A queixa de ouvir e não compreender foi encontrado em 64,7% dos idosos, seguida pela queixa de zumbido (45,1%) e tontura (20,3%) (GARCIA et al., 2017).

Em uma conferência Neves (2016) apresentou um trabalho cujo objetivo foi avaliar as características dos zumbidos apresentados por idosos e descrever suas principais causas. A amostra continha 104 idosos com idades entre 60 e 85 anos. Os principais fatores etiológicos do zumbido encontrados na mostra foram a perda auditiva induzida por ruído (15,4% dos casos), a presbiacusia (15,4%), as alterações metabólicas (6,7%) e a otite média (5,8%). A conclusão foi que os idosos avaliados apresentaram zumbido com elevado loudness e pitch em frequências altas. Essa apresentação condiz com a definição de zumbido apresentada por Chamouton; Nakamura (2017).

Outro trabalho confirmou o impacto do zumbido em idosos praticantes e não praticantes de exercício físico. Nesta pesquisa foram avaliados 38 idosos com zumbido utilizando o Tinitus Handicap Inventory, divididos em dois grupos com 19 componentes cada, denominados: praticante (G1) e não praticante (G2) de exercício físico. Observou-se que o impacto do zumbido nos idosos do G1 foi menor. O gênero influenciou os achados na comparação intergrupos, e a idade exerceu influência somente no G1. A conclusão foi que o impacto do zumbido é menor nos idosos praticantes de atividade física (ARIZOLA; TEIXEIRA, 2015).

Uma avaliação da percepção do nível de qualidade de vida em 189 sujeitos portadores de zumbido com e sem perda auditiva, com idade média de 51,06 anos foi realizada. Distribuídos em quatro grupos. Grupo 1: sujeitos com limiares auditivos normais sem queixa de zumbido; Grupo 2: sujeitos com limiares auditivos normais com queixa de zumbido; Grupo 3: sujeitos com perda auditiva neurossensorial sem queixa de zumbido; Grupo 4: sujeitos com perda auditiva neurossensorial com queixa de zumbido, os níveis de qualidade de vida por meio do World Health Organization Quality Of Life – WHOQOL – breve e aspectos psicoemocionais e funcionais dos portadores de zumbido por meio do Tinnitus Handicap Inventory -THI, foram investigados. Concluíram que o zumbido interfere na qualidade de vida dos indivíduos que possuem limiares auditivos preservados ou alterados (ROCHA et al., 2017). Este trabalho também corrobora a ideia de Chamouton; Nakamura (2017).

Martins et al., (2015) e Bruniera et al., (2015) relacionam a perda auditiva e a dificuldade de equilíbrio (tontura). Uma caracterização do perfil auditivo de idosos com tontura submetidos à Reabilitação Vestibular e a comparação com resultados obtidos nas avaliações auditivas de idosos sem tontura foram realizadas. O grupo com 87 idosos, sendo 35 no grupo com tontura e 52 no grupo sem tontura foram submetidos à anamnese, audiometria tonal limiar e vocal. A perda auditiva neurossensorial de grau leve e moderada esteve presente em 72,4% da amostra, com piora dos limiares de audibilidade por via aérea a partir de 4000Hz em ambos os grupos. O zumbido foi a queixa mais frequente observada na amostra. Concluíram que o perfil auditivo de idosos com tontura não se diferencia daquele encontrado em idosos sem tontura, sendo observada com maior frequência a perda auditiva neurossensorial leve bilateral de configuração descendente (MARTINS et al., 2015).

Verificou-se também que a perda auditiva pode influenciar no equilibro postural, através de uma amostra com 29 pacientes com diagnóstico de vertigem periférica, com idade entre 45 e 64 anos. A pesquisa diagnóstica para avaliação da audição consistiu de anamnese audiológica e audiometria tonal liminar. Embora não tenham sido encontradas diferenças que possam caracterizar correlação entre perda auditiva e equilíbrio entre os pacientes, houve pior desempenho no equilíbrio postural das mulheres com vertigem associada à perda auditiva, no parâmetro mediolateral (BRUNIERA et al., 2015).

Sobre as alterações do equilíbrio corporal e as queixas mais comuns do idoso investigou-se os efeitos da reabilitação vestibular no equilíbrio corporal de um grupo de idosos com queixa de tontura, através do Inventário de handicap de tontura. Foi utilizado um grupo com dez idosos com idade média de 68,9 anos. Os idosos com queixa de tontura apresentaram pontuação elevada no DHI quanto aos aspectos físicos, funcionais e emocionais na condição pré-RV. Esses valores diminuíram após o programa de reabilitação vestibular. As queixas de tontura também diminuíram após a aplicação do programa (PAZ-OLIVEIRA et al., 2014), confirmando a definição de Schimchak (2017).

Lunelli (2015), realizou um estudo para avaliar a audição periférica de idosos. Participaram 19 idosos ativos com idade variando entre 62 e 87 anos, participantes de grupos de terceira idade da cidade de Florianópolis-SC. Foi utilizado um questionário com 17 perguntas sobre saúde auditiva e foi realizada uma avaliação audiológica básica. Ocorreu predominância de perda auditiva do tipo neurossensorial (87,5%). O grau da perda auditiva variou de normal a profundo. A configuração mais evidente foi descendente (68,42%), perda auditiva simétrica (53%), com curva timpanométrica do Tipo A (92,10%) e reflexos acústicos parcialmente presentes (42%). As questões “Você tem dificuldade para ouvir em ambientes ruidosos?” (84,21%), “Ficar em ambientes ruidosos incomoda?” (63,15%) e “Você acha que as pessoas falam muito rápido?” (57,89%) tiveram estes resultados. As respostas indicam possível associação entre a perda auditiva e dificuldade de ouvir em lugares com ruídos. Este estudo corrobora a definição de Airoldi et al. (2013).

Em avaliação dos efeitos da perda auditiva no reconhecimento de sentenças com um grupo de idosos, foi feito uma análise dos efeitos auditivos realizada através do teste de Listas de Sentenças em Português (LSP), no qual foi pesquisado o Limiar de Reconhecimento de Sentenças no Silêncio (LRSS) e a relação sinal/ruído (S/R). A amostra contou com 30 idosos separados em dois grupos (sem perda auditiva e com perda auditiva leve). O resultado demonstrou a influência da perda auditiva leve no reconhecimento de sentenças no silencio e no ruído (BRUCKMANN e PINHEIRO, 2016), o que indica paridade com os achados de Lunelli (2015).

Algumas projeções indicam que o Brasil será sexta maior população idosa do mundo até 2025. Segundo o National Institute on Deafness and Other Communication Disorders (NIDCD), 30 a 35% dos adultos com idades entre 65 e 70 anos apresentam algum grau de perda auditiva e essa porcentagem sobe para 40 a 50% nos indivíduos com mais de 75 anos. Infelizmente, um grande número de pessoas idosas não recebe o tratamento adequado para deficiências auditivas o que pode afetar negativamente as atividades de vida diária, causando efeitos psicossociais (GARCIA et al., 2017a).

Os problemas que se apresentam em virtude da perda auditiva não se restringem à comunicação, as pessoas que sofrem desta diminuição da acuidade auditiva são também vítimas de impactos psicossociais importantes, e como consequência um declínio na sua qualidade de vida (CASTELHANO et al., 2015).

Um idoso com deficiência auditiva tem algo muito além do que uma dificuldade para ouvir. Ele vive frustrações como a falta de habilidade de compreender o que as pessoas falam, e por isso incapacidade de manter diálogos com familiares e amigos. Isso pode acarretar várias implicações psicossociais junto às pessoas do seu convívio diário (SILVA; ALMEIDA, 2016).

Apesar de invisível a deficiência auditiva configura-se não apenas por limitar a capacidade de percepção, localização e discriminação dos sons. Pode ser uma doença importante que gera alterações emocionais e econômicas. A dificuldade sensorial pode influenciar nas relações interpessoais e de comunicação, causando privação nas pessoas e levando ao isolamento e ao comprometimento da qualidade de vida (RIBAS et al., 2014).

As modificações fisiológicas decorrentes do processo de envelhecimento podem afetar a qualidade de vida do idoso. Entre essas mudanças está a diminuição da acuidade auditiva, denominada presbiacusia, que pode interferir significativamente na vida cotidiana do idoso, causando impactos psicossociais (CHIOSSI et al., 2014). A velhice, portanto, pode vir acompanhada de implicações psicossociais decorrentes de deficiências sensoriais. A deterioração da função auditiva pode levar ao isolamento, frustração, depressão, irritabilidade e sentimento de solidão, além de mudanças biológicas que afetam a saúde como um todo (SILVA; ALMEIDA, 2016).

Para Figueiredo (2015), dificuldades na comunicação devido ao déficit auditivo, que muitas vezes é subvalorizado na sociedade atual, levam a um progressivo isolamento social e consequentemente a uma redução importante na qualidade de vida do idoso. Numa fase inicial da presbiacusia, os indivíduos observam apenas queda na acuidade auditiva e dificuldade em algumas funções comunicativas. Com o tempo, são incapazes de ouvir bem em ambientes muito populosos, e deixam progressivamente de frequentar locais públicos e participar de conversas entre a família e amigos.

Segundo a Academia Brasileira de Otologia (ABO) 70% do idosos apresentam perda auditiva. Isso dificulta a vida social e causa isolamento, o que associado a perda do papel social, leva ao sofrimento. No estado do Rio Grande do Sul o censo de 2010 indica viver o maior número de pessoas com idade superior a 60 anos e com expectativa de vida de 75,5 anos. A capital, Porto Alegre, tem o maior número de moradores com idade superior a 80 anos. A saúde psicossocial do idoso, portanto, deve ser acompanhada com estratégias que evitem o sofrimento, visto que o exemplo do sul do Brasil poderá ocorrer em todo o país, com o tempo (GOMES, 2015).

Etcheverria et al. (2014) verificaram através de um estudo a existência de associação entre a presença e o grau de perda auditiva com a sintomatologia depressiva em um grupo de idosos. Os indivíduos foram avaliados através da audiometria tonal e a escala de depressão geriátrica para observar a presença de sintomatologia depressiva. Na amostra de 96 idosos foi detectado perda auditiva em 64 (66,7%). Conclui-se então que a idade exerceu influência significativa sobre a presença de perda auditiva, o que condiz com a ideia sobre fisiologia apresentada em Chiossi et al. (2014).

Foi realizada uma análise sobre as repercussões sociais na vida de idosos que adquiriram deficiência física na velhice, identificando e discutindo as mudanças, desafios e adaptações que ocorreram após esta aquisição. Foram avaliados 22 idosos de um Centro Especializado em Reabilitação Física e Auditiva que apresentavam deficiência física adquirida, através de questionário sociobiodemográfico e a entrevista. Concluíram que a aquisição da deficiência física na velhice gerou dependência, isolamento social, tristeza, afastamento do trabalho e preconceito, mas foi possível se adaptar e superar tal situação (VALENÇA et al., 2017). Este trabalho reforça o encontrado por Silva; Almeida (2016).

Boger et al. (2016) analisaram a associação entre perda auditiva e baixa autoestima em indivíduos idosos, por meio de revisão bibliográfica. Sobre a instalação da perda auditiva em caráter irreversível, a literatura científica cita uma série de consequências, como a depressão e a demência que, associadas à perda auditiva, agravam as condições de saúde em idosos. Concluíram, portanto, que existe associação entre a perda auditiva e a baixa autoestima em idosos e quanto maior o grau da perda auditiva mais evidente podem ser os sintomas, o que mais uma vez condiz com Silva; Almeida (2016).

Chiossi et al., (2014) anteriormente à Silva e Almeida (2016) obtiveram conclusões idênticas sobre impacto social em idosos. Na primeira verificaram através de um artigo a auto percepção de idosos ativos sobre o impacto de mudanças vocais e auditivas senescentes em sua vida diária e a influência desta autopercepção na qualidade de vida. Realizaram um estudo transversal com 72 idosos de uma Universidade Aberta à Terceira Idade paulistana, onde foram aplicados os questionários HHIE-S; IDV e WHOQoL-Old. Foi utilizada a correlação de Pearson adotando-se como significante o p-valor de 0,05. O impacto das dificuldades auditivas na vida diária foi percebido por 45,8%, e a desvantagem vocal moderada ou severa, por 9,7% dos idosos. A autopercepção de impacto auditivo na vida diária correlacionou-se com o índice de desvantagem vocal. A qualidade de vida foi influenciada negativamente pelo aumento de dificuldades auditivas e vocais no cotidiano. O perfil da amostra é típico da velhice bem-sucedida, com a aceitação das mudanças senescentes e os achados sugerem impacto da restrição da participação decorrente da voz e audição na qualidade de vida.

Ribas et al. (2014) avaliaram através de um estudo a qualidade de vida em idosos com e sem presbiacusia, comparando com um grupo de normouvintes. Participaram 51 pessoas de ambos os gêneros, divididos em dois grupos, 36 presbiacúsicos usuários de prótese auditiva e 15 sujeitos normouvintes. Os resultados demonstraram que apesar dos dois grupos terem limitações físicas em função da idade foi observado diferença significativa no aspecto de qualidade de vida, e mesmo os presbiacúsicos declarando que sua vida melhorou após o uso da prótese auditiva, referem comprometimento na autoestima, relações interpessoais e convívio social.

Coelho et al., (2017) analisaram a restrição à participação auditiva, segundo fatores sociodemográficos, clínicos e assistenciais de adultos e idosos atendidos em um Ambulatório de Audiologia e no Serviço de Saúde Auditiva de um hospital de ensino. Um grupo com 152 indivíduos adultos e idosos respondeu os questionários Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB), Caracterização do Usuário, Hearing Handicap Inventory for Adults (HHIA) e Hearing Handicap Inventory for Elderly (HHIE). Os dados analisados quanto a restrição à participação auditiva em adultos e idosos. Os resultados mostram associação entre gênero feminino e percepção da restrição à participação auditiva; entre classe socioeconômica e grau de percepção da restrição à participação auditiva; e entre grau de perda auditiva e grau da restrição a participação auditiva. A conclusão é que existe associação estatística entre o grau da perda auditiva e o grau da restrição à participação auditiva relatada pelos indivíduos. Esta constatação segue a mesma linha de conclusão dos artigos anteriores como Ribas et al., (2014) e Chiossi et al., (2014) sobre impacto psicossocial em idosos.

A avaliação audiológica considerada ideal para fazer o diagnóstico da perda auditiva exige equipamentos de alto custo, profissionais especializados, além de ambientes adequados, o que dificulta o oferecimento deste serviço na atenção básica à saúde, tornando, muitas vezes o diagnóstico tardio. Esse é um dos motivos pelo qual muitos idosos não são diagnosticados e passam a sofrer as consequências da perda auditiva como a depressão, o isolamento e a dificuldade de se comunicar (COSTA-GUARISCO et al., 2017).

Assim, corroborando Ribas et al. (2014), Chiossi et al. (2014) e Silva e Almeida (2016), é plausível a correlação entre a perda auditiva e o acometimento de diferentes tipos de impactos psicossociais em idosos com esta deficiência.

CONCLUSÕES

A perda auditiva no idoso tem alta prevalência e apresenta concomitantemente ao déficit de audição alguns sintomas como zumbido, isolamento e perda da qualidade de vida.

A perda, na grande maioria, se enquadra na presbiacusia, com comprometimento primeiro nas frequências altas, é progressiva e bilateral, dificulta a compreensão implicando diretamente na comunicação verbal.

Dentre as queixas, e as mais citadas foram zumbido, a dificuldade de ouvir em locais ruidosos, a diminuição da capacidade de discriminação auditiva, tonturas ou vertigens e, consequentemente, a diminuição na qualidade de vida.

Associado às queixas auditivas foram observados muitos impactos psicológicos e sociais na vida do idoso portador de presbiacusia verificando-se que a grande maioria reconhece os achados como o isolamento, sintomas depressivos, dificuldade de se comunicar e a preferência por não frequentar lugares públicos em virtude do déficit auditivo.

Diante do impacto na qualidade de vida do idoso, ressalta-se a importância da implantação de serviços eficientes de saúde, com atuação de equipes multidisciplinares e recursos que pudessem atender a população idosa de maneira digna, visando minimizar significativamente os efeitos da perda auditiva como também orientando essa população e seus familiares.

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[1] Fonoaudiólogo, Especialista em Audiologia do Centro de Atendimento ao Surdo (CAS) do Estado do Amapá.

[2] Biólogo, Doutor em Teoria e Pesquisa do Comportamento, Professor e pesquisador do Curso

[3] Biomédica, Doutora em Doenças Topicais, Professora e pesquisadora do Curso de Medicina do Campus Macapá, Universidade Federal do Amapá (UNIFAP).

[4] Médica, Mestra em Ensino em Ciências da Saúde Professora e pesquisadora do Curso de Medicina do Campus Macapá, Universidade Federal do Amapá (UNIFAP).

[5] Biólogo, Doutor em Doenças Topicais, Professor e pesquisador do Curso de Educação Física da, Universidade Federal do Pará (UFPA).

[6] Téologa, Doutora em Psicanálise, pesquisadora do Centro de Pesquisa e Estudos Avançados- CEPA.

[7] Fonoaudiólogo, Mestra em Profissional em Gestão e Desenvolvimento Regional, Professora da Faculdade UnYLeYa.

Enviado: Maio, 2019

Aprovado: Maio, 2019

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Carla Dendasck

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