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Obesidade e sua relação em escolares de 8 e 9 anos: Estudo comparativo

RC: 32125
335
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

SOUSA, Antonio Aldemir Marinho da Costa [1], NETO, Luiz Torres Raposo [2], COSTA, Roberta Oliveira da [3]

SOUSA, Antonio Aldemir Marinho da Costa. NETO, Luiz Torres Raposo. COSTA, Roberta Oliveira da. Obesidade e sua relação em escolares de 8 e 9 anos: Estudo comparativo. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 06, Vol. 06, pp. 47-62. Junho de 2019. ISSN: 2448-0959

RESUMO

A obesidade na contemporaneidade tornou-se o problema de saúde pública onde cada vez mais crianças se enquadram nas estatísticas, por isso vários estudos vêm sendo elaborado para tentar encontrar soluções eficazes para essa patologia. Deste modo, a presente pesquisa teve como objetivo realizar um estudo comparativo entre alunos com idade de 8 a 9 anos, em escolas da rede pública e privada que possui aulas de Educação Física, investigando se há diferença no índice de massa corporal (IMC), entre esses grupos. A pesquisa foi realizada no município de Maranguape-CE região metropolitana de Fortaleza, ocorrendo em quatro escolas, onde duas pertencem à rede pública e duas particular, todas localizadas no mesmo bairro. Participaram da pesquisa 100 crianças, 50% são estudantes das escolas públicas e 50% das escolas privada, sendo 57% alunos do terceiro ano do fundamental e 43% do quarto ano do fundamental, 50% do sexo feminino e 50% masculino. Para a coleta de dados foram utilizados peso (kg) e a estatura (m) e realizado relação desses dados para a obtenção do índice de massa corporal do indivíduo (IMC). Diante desses dados obtidos, os principais resultados apontam que na escola pública apresenta, 62% eutrófico, já a escola particular 46%, no sobrepeso a escolar particular apresenta 14% e privada 38%, obesidade apresentou-se mais expressiva na escola pública com 16% e na privada com 8%, obesidade acentuada com 8% na escola pública e 2% na escola privada. Não foram identificados alunos com magreza acentuada ou magreza nas escolas privada, e foram constatados 4% de Magreza e 2% de Magreza acentuada nas escolas públicas. Conclui-se que existe diferença acentuada no perfil nutricional de crianças destas escolas, onde os números das escolas particulares são bem alarmantes com relação ao sobrepeso. Portanto, vale ressaltar a importância de novas pesquisas a serem efetuadas com proposito de obter mais informações referentes ao índice de massa corporal (IMC) das crianças, de forma que se possam fazer ações, com a finalidade de identificar os fatores causadores e quais soluções a serem tomadas.

Palavras-chave: Obesidade infantil, escola pública, escola particular.

INTRODUÇÃO

A obesidade ao longo dos anos vem se tornando um problema de saúde pública, onde anualmente os gastos designados a esta comorbidade, configura-se em um contexto bastante elevado. Assim, essa patologia se apresenta de forma multifatorial, ou seja, em suas relações genéticas, socioambientais que influenciam diretamente na resposta fisiologia e no comportamento do corpo dos indivíduos.

Podemos destacar que pessoas obesas, além de serem acometida por várias doenças como: hipertensão, diabetes e níveis elevados do colesterol, frequentemente apresentam dificuldades no convívio social e sua autoestima tem bastante oscilação (LUDWIG; COLS, 2011).

De tal modo, é notório que hoje as pessoas estão mais sedentárias, o motivo dessa decorrência são os tempos modernos, pois, várias atividades comuns do dia-a-dia não precisam de tanto esforço físico como antigamente, época essa que para sobreviver era primordial o movimento do corpo e consequentemente um gasto energético maior, tendo assim um equilíbrio entre o consumo e o gasto de energia.

Portanto, é fundamental nos primeiros anos de vida definimos como serão os hábitos alimentares e a rotina de atividades física dos seres humanos, pois, isso será marcante para manutenção da saúde na vida adulta, possibilitando uma maior resistência contra patologias causadas pelo excesso de peso e o sedentarismo.

Diante dos fatos citados acima sobre obesidade e má alimentação a Educação Física escolar tem uma enorme relevância na conscientização e na criação de hábitos saudáveis, possibilitando aos alunos a praticar exercícios, atividades essas que serão imprescindíveis na manutenção do corpo saudável na fase adulta, onde o corpo necessita de um equilíbrio maior entre o consumo e o gasto de energia.

É sabido, que as atividades físicas praticadas por crianças, sendo elas bem trabalhadas possibilitam grandes descobertas, dando capacidade de criar, inventar e reelaborar conceitos e ideias sobre o movimento do corpo e suas ações. Além disso, é um espaço que promovem situações diferenciadas com o corpo, descobrindo seus limites e enfrentando desafios.

Diante de todas as preocupações que gira em torno da obesidade infantil, visto que ela é uma doença crônica não transmissível (DCNT), surgem quietações para o desenvolvimento da seguinte temática: qual a relação entre obesidade em escolares do ensino fundamental de 8 e 9 anos de escolas públicas e privadas?

Deste modo, a presente pesquisa teve como objetivo realizar um estudo comparativo entre alunos com idade de 8 a 9 anos, em escolas da rede pública e privada que possui aulas de Educação Física, investigando se há diferença no índice de massa corporal (IMC), entre esses grupos.

Em pesquisas em sites de plataforma de estudos acadêmicos foram verificados vários artigos sobre o tema proposto, todavia, nenhum foi ambientado no município de Maranguape-CE, outro fato que justifica tal estudo é uma observância significativa na obesidade em escolares do ensino fundamental na cidade onde foi feito o estudo.

Este trabalho tem como relevância conscientizar, de modo geral conscientizar e combater a obesidade com uma e educação de qualidade que seja estimulada desde a infância, e também mostrar a importância da atividade física e uma boa alimentação na fase escolar, não só para combater doenças que possam surgir, mas também para que as crianças tenham um estilo de vida saudável, mostrando que isso gerará saúde ao indivíduo.

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

A LBD nº 9.394/96 que se apresenta em consonância com a constituição Brasileira também chamada de carta magna, lei que rege nossos pais, torna a disciplina de Educação Física um componente curricular obrigatório na Educação básica, possibilitando a prática de atividades físicas na escola com orientação de um profissional (BRASIL, 2005).

De acordo com PCN´s, a Educação Física promovida no ensino fundamental é tem como premissa a aplicação de atividades corporais, formando convivências equilibradas e construtivas com os outros, reconhecendo e acatando as características físicas de si próprias e dos outros, sem distinguir por peculiaridades pessoais, físicas, sexuais ou sociais, adota atitudes de aceitação mútuas, dignidade e solidariedade em situações lúdicas e esportivas, repudiando qualquer espécie de violência (BRASIL, 1997).

Na escola o jogo, esporte, capoeira, ginástica e dança externado de maneira plausível, dialogada e proposital, é utilizado como forma de expressar a cultura do corpo, como forma de compreender e transformar o homem e as estruturas sociais (VENÂNCIO; DARIDO, 2012).

Ao longo da história a Educação Física teve grandes mudanças, onde cada período foi marcado por suas particularidades, como exemplo temos a época dos militares onde o grande objetivo era a educação do corpo, um físico saudável e equilibrado organicamente. Também existiram os médicos higienistas buscando modificar os métodos de higiene da população, na década de 30 os objetivos já eram outros, melhorar e fortalecer o trabalhador (BRASIL, 1997).

A Educação Física escolar como integrante curricular exigido na Educação Básica constitui uma representação social das atividades físicas e desportivas, tendo um significado relevante e primordial na nossa sociedade. Quando os alunos são bem orientados e sentem prazer nas aulas ministradas nos anos finais do fundamental e no ensino médio, eles acabam adquirindo uma disposição para a prática de atividade física fora da escola, e com isso diminuindo o sobrepeso e a obesidade quando adulto (SILVA, 2012).

Entendemos que a Educação Física Escolar é uma prática corporal cultural, com uma grande tradição respaldada em infalíveis valores que auxilia na manutenção da saúde. Ela ocorre historicamente num cenário, que demanda uma expectativa de diminuição da obesidade nas escolas. Sendo uma prática tradicional, ela possui certas características, muitas vezes inconscientes para seus atores (DAOLIO, 1993).

Para Neira (2009) as aulas de Educação Física devem ser variadas, proporcionando aos envolvidos, atividades motoras que buscam o desenvolvimento motor, suas habilidades e o conhecimento. Deste modo, todo e qualquer atividade física praticada no ambiente escolar envolvendo o corpo será um estímulo para as crianças tenham prazer em realizar exercício físico na vida adulta saindo assim do sedentarismo que no mundo atual é enorme.

Educação Física no ambiente escolar tem suas peculiaridades, e uma das bem significativas é a de conseguir envolver os alunos nos jogos praticados em equipe, onde o fato de ser em conjunto possibilita que os alunos incentivem uns aos outros, gastando assim o maior nível energético possível nas atividades praticadas dentro ou ate mesmo fora da escola (SCHUBERT et al., 2016).

OBESIDADE NA ESCOLA

Obesidade é uma patologia crônica, não transmissível, resultante da desarmonia entre a energia consumida e a utilizada, de origem multifatorial, incluindo, fatores genéticos, socioeconômicos, biológicos, psicológicos e ambientais, sendo ela caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no tecido, sob a forma de triglicerídeos (CORSO et al., 2012).

Segundo Paixão, Aguiar e Silveira (2016) a obesidade pode surgir em qualquer fase da vida dos seres humanos, entretanto, vem tendo um crescente significativa na população juvenil. Os mesmos afirmam que esse problema de saúde pode ser caracterizado como uma pandemia global decorrente de vários fatores e com maior prevalência em países desenvolvido e em desenvolvimento.

O fato é que a obesidade em crianças nas últimas décadas tem aumentado consideravelmente em níveis mundiais tornando-se uma epidemia preocupante nos últimos anos. Devido aos grandes índices de casos, vários estudos estão sendo desenvolvidos, muitos deles, focados na complexa gravidade das doenças decorrentes desse fenômeno (SANTOS; RABINOVICH, 2011).

De acordo com Araújo e Petroski (2001), a obesidade se tornou um problema de saúde pública de grande importância principalmente em crianças e adolescentes em fase escolar, pois, dificulta o processo de crescimento físico e aprendizagem motora do indivíduo. Sem contar com os problemas que vem se alastrando nas instituições de ensino, onde é como observar crianças com alto índice de massa corporal ter dificuldades de relacionamento com as outras, muitas vezes sofrendo até mesmo bule, servindo de objeto de brincadeiras indesejáveis pelos colegas de escola, afetando o psicológico e prejudicando seu desenvolvendo.

Na fase escolar no período da infância, crianças não possui controle sobre seus hábitos alimentar e na disponibilidade de alimentos em suas residências e constantemente sofrem influência do hábito alimentar e de atividade física dos pais e pessoas que vivem ao seu redor. Além disso, ela está sujeita a mudanças de comportamento devido a sua inclusão no ambiente escolar (FERNANDES, 2009).

De acordo com Pozzo, Cibinello e Fujisawa (2018) o pouco gasto de energia causado pelas atividades praticadas atualmente pelas crianças, como assistir televisão, jogos eletrônicos e até mesmo o estudar e a forma de como se locomoção para a escola, são fatos que contribui para o alto índice na obesidade infantil.

Um dos fatores determinantes para manutenção do corpo humano é a ingestão de alimentos oriundos de nutrientes saudáveis, fato este que cada vez se torna mais raro, isso ocorre perante a variedade de alimentos calóricos disponível no mundo moderno, trazendo grandes prejuízos ao poder público (MIZIARA, 2014).

De acordo com Anjos (2017), considerando os enormes gastos e as dificuldades encontradas pelas pessoas que necessitam de tratamento contra a obesidade, as cautelas preventivas são de punho fundamental no quadro epidemiológico nacional. Por este motivo, a identificação prematura do estado nutricional dos grupos mais vulneráveis permitirá melhor direcionamento das políticas de saúde pública, minimizando os riscos de doenças crônicas não transmissíveis ligadas à alimentação e ao estilo de vida na vida adulta.

As escolas deveriam atuar com mais ênfase no combate da obesidade infantil, onde segundo Paixão, Aguiar e Silveira (2016), todas as escolas deveriam dispor de aulas de Educação Física especificamente pensadas para os jovens obesos, pensando em possibilidades de conscientização e estimulando hábitos de vida saudável.

Apesar da obesidade, poder manifestar-se em qualquer momento da vida do ser humano, nos anos escolares principalmente na fase infantil é bastante comum esse índice ter um aumento significativo, isso ocorre por diversos motivos, como hábitos alimentares adquiridos no ambiente familiar, pelo ambiente escolar e por falta de incentivo a prática de exercício físico (GUIMARÃES et al., 2012).

PAPEL DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA OBESIDADE

Conforme Giugliano e Melo (2002), combater a obesidade na infância é necessário para que a mesma não venha se prolongar na adolescência e na vida adulta, podendo gerar grandes prejuízos à saúde do indivíduo. Logo, o profissional de Educação Física Escolar, e juntamente com os professores das diversas disciplinas, poderão promover eventos, com o intuito de conscientizar os pais e alunos a respeito da alimentação adequada combatendo então a obesidade. Portanto, a escola é um lugar importante onde o trabalho de prevenção pode ser realizado e, além disso, a criança pode ser um agente de mudança na família.

O movimento humano é mais que um singelo deslocamento do corpo no espaço, constitui-se em linguagem que possibilita as crianças agirem sobre o meio físico e atuarem no sobre o ambiente humano (NEIRA, 2009). As aulas de Educação Física devem propor atividades motoras, cujas trabalhem o indivíduo de forma integral, pois, através do movimento a criança se expressa, interage com o meio e evolui através dos conteúdos e “situações-problemas” propostas nas aulas, que permitem e estimulam o conhecimento e o aprendizado.

O gasto energético decorrente da atividade física apresenta grande variabilidade entre os indivíduos, representando de 15% a 50% do gasto diário de energia, sendo influenciado pela duração, pela intensidade, pela especificidade da atividade, além do nível de condicionamento e da alimentação do mesmo (POWERS; HOWLEY, 2000). Assim, atividade física pode promover elevação do gasto energético total no decorrer do exercício e durante a fase de recuperação ou, de forma crônica, em decorrência de alterações na taxa metabólica de repouso (HILL et al., 1995).

Segundo Venâncio e Darido (2012) a Educação Física escolar tem todas as possibilidades e competências de formar alunos capazes de levar para suas vidas fora da escola, conceitos que lhe ajudarão na manutenção da saúde tanto física como mental. Entretanto, isso só será possível se tivermos professores sabedores de suas responsabilidades e com intuito de fazer a diferença na vida dos seus alunos.

Schneider e Meyer (2006) As instituições de ensino juntamente com profissionais de Educação Física são capazes de realizar trabalhos importantes na prevenção da obesidade, integrando em seus curriculares programas de combate e conscientização tanto aos alunos como familiares dos riscos que essa patologia pode causar a saúde. É dever das escolas desenvolver ações complementares que objetive valorizar hábitos de vida saudáveis, contemplando o bem-estar de seus alunos, para que assim possam ter um ensino de qualidade.

METODOLOGIA

O estudo se classificará como um estudo de campo, descritivo de modo transversal com uma abordagem quantitativa. A pesquisa transversal consiste na coleta de dados que decorre em apenas um momento, buscando relatar e analisar a situação de uma ou mais variáveis em um determinado momento (FREITAS, 2000).

De acordo com a abordagem da pesquisa quantitativa, que tem suas raízes no pensamento positivista lógico, tende a enfatizar o raciocínio dedutivo, as regras da lógica e os atributos mensuráveis da experiência humana. Por outro lado, a pesquisa qualitativa tende a salientar os aspectos dinâmicos, holísticos e individuais da experiência humana, para apreender a totalidade no contexto daqueles que estão vivenciando o fenômeno (POLIT, BECKER; HUNGLER, 2004).

O cenário da pesquisa concedeu em quatro escolas, onde duas são da rede pública municipal e duas da rede privada, situadas no município de Maranguape-Ceará. Os colégios estão localizados no bairro do Novo Maranguape e trabalham com ensino infantil e fundamental, nos períodos da manhã e tarde. A pesquisa foi realizada no período de fevereiro a março de 2019.

A população foi composta por 830 alunos matriculados no ensino fundamental. Foi retirada amostra de 100 alunos, do ensino fundamental 3º ao 4º ano, com idades de 8 e 9 anos, no cálculo amostral, com nível de confiança de 95% com margem de erro de 9%, selecionados de forma aleatória. Os indivíduos participantes da amostra foram convidados a participar da pesquisa pelo autor do estudo em seu ambiente escolar, depois de devida autorização das instituições através do Termo de Anuência, posteriormente, autorização dos pais mediante assinatura do Termo de Consentimento Live e Esclarecido (TCLE), seguida de esclarecimentos aos escolares, os que concordarem em participar, foi entregue o Termo de Assentimento Live e Esclarecido (TALE) para assinatura.

Assim, participaram desta pesquisa 100 alunos, onde 50% eram de escola pública e 50% de escola particular, do total, 50% crianças do sexo feminino e 50 % do sexo masculino, sendo 57% estudantes do terceiro ano do fundamental e 43% do quarto ano do fundamental, com média de idades entre 08 a 09 anos, assim, 61% com 08 anos e 39% com 09 anos.

Como critério de inclusão, alunos do 3º e 4º anos do ensino fundamental, com assiduidade nas aulas de Educação Física. Ainda foram excluídos, os que faltaram no dia da coleta e porventura aqueles que não assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE.

Foram coletados, peso (kg) e a estatura (m), correlacionando esses dados para a obtenção do índice de massa corporal do indivíduo (IMC). Segundo Santos (1993) antropometria é uma ferramenta que possibilita coletar dados importantes para avaliar e acompanhar o estado nutricional dos jovens. A aplicação dos instrumentos foi realizada no cenário de pesquisa de cada participante, perante a disponibilidade de tempo do envolvido.

Foi realizada uma breve explicação de como seria aplicado o teste. Os indivíduos acompanhados com um responsável da escola tiveram o tempo que consideraram necessário para obtenção dos dados.

Os preceitos éticos (regidos pela resolução nº466/2012), do Conselho Nacional de Saúde que situam direitos e deveres de pesquisadores e pesquisados em pesquisas com seres humanos) foram priorizados pelo pesquisador. Como componente ético preceituado na pesquisa com seres humanos, a preservação do anonimato se estabelece em concordata (BRASIL, 2012).

Assim os dados obtidos através da antropometria foram interpretados sem interferência do pesquisador. Os resultados, quando se trataram das questões objetivas, foram analisados através da estatística descritiva e apresentados através de gráficos e quadros no programa Excel (2010) – Windows. Também foram comparados entre si e confrontados com a literatura específica da área.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir dos resultados adquiridos através do peso (kg) e a estatura (m) e correlacionado os dados para a obtenção do índice de massa corporal do indivíduo (IMC), foi escolhido como forma de representação o uso de gráficos que serão expostos de acordo com as informações coletadas no percurso da pesquisa. No primeiro gráfico apresenta-se aos índices encontrados na escola pública em relação: Magreza acentuada; Magreza; eutrófico; Sobrepeso; Obesidade; Obesidade Acentuada.

Gráfico 1 – Escola pública

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Os achados evidenciam, 62% apresentam eutrofia, 16% obesidade, 14% sobrepeso, 4% magreza, 2% respectivamente magreza e obesidade acentuada (Gráfico 1). Diante desses resultados obtidos, a grande maioria dos alunos das escolas públicas tem seu peso dentro dos padrões normais. Segundo o estudo sobre a Prevalência de Sobrepeso e Obesidade Entre Escolares da Rede Pública de Ensino do Município de Barro (2016), foram identificados números com proporções parecidas onde 68% dos dados coletados ficaram no peso ideal.

No trabalho publicado pela universidade federal de Fortaleza, Prevalência de Sobrepeso e Obesidade em Adolescentes de Escolas Públicas e Particulares da Cidade de Fortaleza-CE em 2015, objetivou mostra uma realidade alarmante em relação à saúde de crianças e adolescentes das escolas da rede pública (PAULA et al., 2014).

Trabalhos de pesquisas como esse é de fundamental importância para combater esse problema mundial relacionado à obesidade. Segundo a pesquisa de IMC de Jovens de 11 A 15 Anos Numa Escola Municipal na Cidade de Horizonte-Ceará, foi observado, que além de um grau bastante elevando de obesidade, identificou-se também uma magreza acentuado, fato que se apresentou nesta pesquisa (ASSIS; RAPOSO NETO; BORGES, 2015).

Para os autores, Granada e Goldsmitch (2008) as instituições escolares são espaços privilegiados para a promoção da saúde e exercem função basilar no desenvolvimento de hábitos, valores e estilos de vida, inclusive o da alimentação, em função dessas crianças e adolescentes passarem boa parte das horas de seus dias inseridos nesses locais.

No segundo gráfico apresenta-se aos índices encontrados na escola privada em relação: Magreza acentuada; Magreza; Eutrofia; Sobre peso; Obesidade; Obesidade Acentuada.

Gráfico 2 – escola privada

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Os resultados apresentados na escola privada, 48% eutrofia, 38% sobrepeso, 8% respectivamente para obesidade e obesidade acentuada. Podemos perceber, um sinal de alertar, onde o sobrepeso apresenta-se com um percentual significativo. Nos últimos 30 anos, as prevalências de sobrepeso e obesidade em populações adultas vêm acendendo não só em países desenvolvidos como também nos países em desenvolvimento (PEÑA; BACALLAO, 2000). Fato contatado em estudos com crianças e adolescentes, conferindo ao excesso de gordura corporal em proporções epidêmicas (FISBERG, 2004).

Contudo, é importante ressaltar que existem várias pesquisas correlacionando a obesidade dos alunos das escolas particulares com a situação socioeconômica dos pais, onde a alimentação dos filhos são ricas de substâncias com alto grau calórico, no estudo de Guimarães et al. (2012) em Florianópolis-SC se pode observar que as crianças se alimentar de fast food, fato típico de pessoas com um poder aquisitivo social elevado, fato que pode ser um influenciador direto no aumento do sobrepeso e consequentemente obesidade.

Miziara e Victore (2014) relata sobre a relevância de uma orientação familiar bem mais acentuada, pois, em suas entrevistas com pais e alunos averiguou-se que muitos ficam sem o monitoramento dos responsáveis quando o assunto é a hora das refeições, isso ocorre muitas vezes pela vida corrida nos tempos atuais, possibilitando uma alimentação de má qualidade.

Diante do disposto mostrado no gráfico titulado das escolas privada pode-se afirmar que mais da metade dos alunos não estão no seu peso ideal, onde foi verificado que 54% dos alunos se enquadram em sobrepeso, obesidade e obesidade acentuada.

No terceiro gráfico apresenta-se aos índices encontrados na escola pública e privada comparando essas relações de: Magreza acentuada; Magreza; Eutrófico; Sobre peso; Obesidade; Obesidade Acentuada.

Gráfico 3 – Comparativo entre escola pública e privada

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Diante dos dados coletados, obteve-se que quando comparados escolares, na escola pública apresenta 62% eutrófico, já a escola particular 46%, no sobrepeso a escolar particular apresenta 14% e privada 38%, obesidade apresentou-se mais expressiva na escola pública com 16% e na privada com 8%, obesidade acentuada com 8% na escola pública e 2% na escola privada. Não foram identificados alunos com magreza acentuada ou magreza nas escolas privada, e foram constatados 4% de Magreza e 2% de Magreza acentuada nas escolas públicas, refletindo assim uma diferença acentuada no perfil nutricional de crianças destas escolas.

Segundo, Barreto, Brasil e Maranhão (2007), ao determinar a dúplice prevalência de risco de sobrepeso e de excesso de peso em pré-escolares de escolas públicas e privadas na cidade de Natal, depararam 19,7% de excesso de peso nas crianças das escolas públicas e 32,5% nas escolas privadas, despontando que a prevalência de excesso de peso é bem maior nas crianças que frequentam a escola privada, confirmando com os dados do presente estudo.

Estudos também realizados nas cidades de, Salvador e Pelotas aferiram escolares de faixas etárias semelhantes, de instituições públicas e privadas, evidenciaram uma maior prevalência de sobrepeso e obesidade entre os alunos das escolas privadas. Essa maior prevalência da obesidade nas instituições privadas pode ser justificado pelo cooptação entre excesso de gordura corporal e níveis socioeconômicos mais elevados, o que ainda é esperado e encontrado em países em desenvolvimento (LEÃO, et al, 2003; VIEIRA, et al. 2008).

De acordo com Mello et al. (2009), a obesidade em escolares da rede particular, é bem maior do que da rede pública, onde em um de seus estudos ele associa isso a fatores a socioeconômicos e o estilo vida que levam as crianças atuais a uma redução ou ausência da prática do exercício, por interferência das tecnologias.

Miziara e Vectore (2014), afirma em sua pesquisa que um dos motivos que a obesidade infantil vem ganhando maiores proporções em crianças das escolas privadas e o melhor poder financeiro de suas famílias, proporcionando em suas dietas diversos alimentos ricos em colorias oferecidos tanto pelas propagandas em meios de comunicações como em redes sociais.

Pozzo, Cibinello e Fujisawa (2018) apresentam sobre capacidade funcional de exercício e hábitos de vida de crianças escolares, puderam verificar que os hábitos das crianças nos tempos de hoje são bem diferentes, principalmente no grupo onde os pais têm uma condição financeira melhor. Uns dos aspectos que eles abordaram e chegaram a essa conclusão fora às brincadeiras que as crianças praticam atualmente com gasto de energia reduzido e meios de transporte que as crianças utilizam no dia-a-dia, além do grande processo de evolução tecnológica.

Fazendo um comparativo com Silva (2004) onde em sua pesquisa realizada em recife, de sua amostra coleta, 14,5% tinham sobrepeso, ela era composta por crianças e adolescentes, já hoje os números são mais elevados, pois, no total desse estudo foram encontrados 26% de crianças com sobrepeso, isso mostra o quanto vem crescendo a obesidade em crianças e adolescentes.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo do presente estudo foi investigar através de dados coletados, obtido por meio de aferição do índice de massa corporal (IMC), se existe diferença no que diz a respeito a obesidade entre escolares de 8 e 9 anos da rede pública e particular da cidade Maranguape-CE. Diante dos dados coletados foi encontrado um grau de sobrepeso bem mais elevado na escola privada, entretanto, na escola pública apresentou-se em números maiores com relação à obesidade e obesidade acentuado maior do que na rede pública, fato que pode estar conexo diretamente ao estilo de vida contemporâneo adotado na atualidade.

Nesse estudo podemos afirmar o que o mundo atual tem ocasionado, chamado de pandemia da obesidade infantil, onde os números são alarmantes e cada vez mais vem crescendo crianças com diversas patologias causadas pela obesidade. Os gastos com esses tratamentos são bastante elevados, dinheiro esse que poderia ser aplicado em outros benefícios para as crianças.

Portanto, vale ressaltar a importância de novas pesquisas a serem efetuadas com proposito de obter mais informações referentes ao índice de massa corporal (IMC) das crianças, de forma que se possam fazer ações, com a finalidade de identificar os fatores causadores e quais soluções a serem tomadas.

REFERÊNCIAS

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[1] Graduando em Educação Física.

[2] Mestre em Ensino na Saúde Pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Graduado em Educação Física Licenciatura pela Universidade Estadual do Piauí (2002). É Mestre em Ensino na Saúde Pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Coordenadora do grupo de Iniciação Cientifica em Educação e Saúde – GINCES.

[3] Mestre em ciências morfofuncionais (UFC). Especialista em dança educação e graduada em Educação Física. Coordenadora do grupo de Iniciação Cientifica em Educação e Saúde – GINCES.

Enviado: Maio, 2019.

Aprovado: Junho, 2019.

 

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Roberta Oliveira da Costa

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