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Laserterapia fracionado não ablativo associado à luz intensa pulsada no tratamento de cicatriz de queimadura e avalição histopatológica

RC: 35133
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

PEREIRA, Mariana Guimarães [1], REIS, Carmélia Matos Santiago [2]

PEREIRA, Mariana Guimarães. REIS, Carmélia Matos Santiago. Laserterapia fracionado não ablativo associado à luz intensa pulsada no tratamento de cicatriz de queimadura e avalição histopatológica. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 08, Vol. 05, pp. 05-13. Agosto de 2019. ISSN: 2448-0959

RESUMO

A queimadura é um dos traumas mais devastadores que atinge o homem, podendo gerar incapacidades e transtornos sociais graves. Cicatrizes de queimadura resultam em um tegumento, muitas vezes, com diferentes padrões de relevo, textura e pigmentação. O tratamento de queimaduras sempre foi um desafio quanto à sua gravidade como pelas suas múltiplas complicações. A laserterapia vem sendo utilizada no processo de cicatrização de feridas em pacientes vítimas de queimaduras com resultados promissores. O caso deste estudo foi relatar a resposta do LASER não ablativo (NAFL)1340nm associado à luz intensa pulsada (LIP) 540nm aplicados em diferentes áreas de uma mesma cicatriz e critérios histopatológicas: fibras elásticas e colágenas da cicatriz antes e após a laserterapia, concluindo, assim, melhora no aspecto clínico da cor, espessura e irregularidade e nas características histológicas.

Palavras chave: queimadura, cicatriz, laserterapia.

INTRODUÇÃO

Indivíduos que sofreram queimaduras extensas apresentam além de alterações físicas, também psicológicas. A melhora da qualidade da pele pós-queimadura, geralmente seca, descamativa, discrômica e inelástica, pode contribuir para a melhora da autoestima e da qualidade de vida dos pacientes.8

Diferentes técnicas são estudadas no tratamento das cicatrizes pós-queimaduras. Dentre essas, a laserterapia vem ganhando destaque nas últimas décadas. Em cicatrizes pós-traumáticas ou patológicas, relata-se melhora da textura, do tônus e da aparência da pele, com baixa incidência de discromia, concluindo os autores tratar-se de tecnologia segura e efetiva para o tratamento de cicatrizes.4

Em cicatrizes dismórficas, observou-se 35,6% de redução da profundidade, ou seja, melhora no “volume” e irregularidade de superfície7. Em dois casos de sequelas de queimaduras, o uso do LASER promoveu relaxamento da contratura e melhora de irregularidades de superfície, textura e cor. 1,7

Dados da literatura revelam que cicatrizes hipertróficas, volumosas de espessura, respondem menos favoravelmente ao LASER não ablativo que as cicatrizes atróficas. 2,4 Entretanto, não há padrão ouro de LASER definido para cicatriz de queimadura em virtude da heterogeneidade de suas características na maioria dos casos. 8

RELATO DE CASO

Paciente A.D.L., masculino, 25 anos, natural e procedente de Brasília-DF, acidentou-se com chama do fogão de sua residência aos 10 anos, o que levou a queimaduras de segundo grau em face e região cervical. Na época atendido na unidade de queimados até cicatrização das feridas. Evoluiu com sequelas caracterizadas por cicatrizes dismórficas em face e pescoço, com áreas de retração e menor amplitude em região cervical. Paciente procurou serviço público de dermatologia para tratamento das cicatrizes. Realizado fotos padronizados e biópsias de controle. Iniciado laserterapia com sessões mensais, no total de seis e acompanhamento ambulatorial. Houve melhora da distensibilidade do pescoço e diminuição das áreas de retração, permitindo maior amplitude do movimento. Paciente não estava em uso de outras modalidades terapêuticas, como malhas ou emolientes.

DISCUSSÃO

Na atualidade, a queimadura é uma das principais consequências de acidentes que induzem lesões de tecidos orgânicos. Pode ser produzida por agentes químicos, elétricos, térmicos e radioativos. O grau da injúria, determinada por consequência destes traumas, assume proporções variadas dependendo do tempo de exposição, da extensão da área lesada e do agente causal.3

Injúrias por queimaduras produzem desafios fisiológicos, psicológicos, funcionais e sociais. Do ponto de vista psicossocial, o indivíduo queimado se vê condicionado pela exigência da beleza física exterior e pela sua própria exigência interna, inconformado com a cicatriz na sua pele, o que interfere em sua autoimagem, causando, muitas vezes, distúrbios psicológicos acentuados, como depressão.2,9

A cicatrização inicia-se com a fase inflamatória. A fase inflamatória tem início em três a cinco dias. Há uma agregação das plaquetas e depósito de fibrina, formando um coágulo sobre a lesão. A fibrina forma uma rede onde as células podem subir e se infiltrar no local.21 Os neutrófilos, linfócitos e macrófagos migram sobre a rede de fibrina com o objetivo de remoção de tecidos desvitalizados 3-5

A fase reparadora ou de maturação, a terceira fase da cicatrização, tem início por volta da terceira semana após o ferimento e se estende por até dois anos, dependendo do grau, extensão e local da lesão. Essa fase aumenta a força tênsil da cicatriz.20-23

De acordo com Anderson e col.(2013), o LASER fracionados são mais eficazes no tratamento de cicatrizes por queimadura atróficas, hipertróficas e mistas na melhora aparente da cicatriz, principalmente quanto à sua cor, maciez e elasticidade.

Segundo Donelan e col.(2013),um intervalo mínimo de tratamento de 1 a 3 meses da sessão de laser fracionado é sugerido. Os tratamentos são contínuos até um platô terapêutico. Neste estudo, foram selecionadas cicatrizes acima de um ano, estáveis, sem tratamento paralelo cirúrgico ou clínico. Programadas seis sessões com intervalo de 30 dias.

LASERS fracionados estão evoluindo nas modalidades de tratamento para cicatrizes de queimaduras. Dois tipos de técnicas de laser fracionados estão disponíveis: não-ablativo laser fracionado (Nafl) cria colunas de tecido coagulado e deixa a barreira da pele intacta4, enquanto ablativo LASER fracionado (AFL) rompe a epiderme e vaporiza canais verticais na pele [5,6]. Ambas as técnicas com capacidade de remodelação do colágeno, com potencial cicatricial no tecido. Os lasers ablativos fracionados têm demostrados bons resultados no tratamento da cicatriz, mesmo em indivíduos de fototipos mais altos pela escala de Fiztpatrick25.

Segundo RAPINI e col. (2012), cicatrizes maduras apresentam colágeno mais denso, hialinizados e com poucos fibroblastos ( mais esclerose); fibras colágenas estão ausentes nas cicatrizes queloidianas ou em pequena quantidade nas cicatrizes hipertróficas.

Ozog e col. (2013) demonstraram que cicatrizes de queimaduras tratadas com laserterapia aumentaram níveis de colágeno tipo III e diminuição do colágeno tipo I. Padrão de deposição de colágeno semelhante a pele fetal pode explicar o aparecimento clínico melhorado de cicatrizes.

Estudo realizado com luz intensa pulsada (LIP) no tratamento de cicatrizes após queimaduras, com mais de seis meses de evolução, no ambulatório de Cosmiatria do Instituto de Dermatologia Prof. Azulay da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, no período de marco de 2012 à marco de 2013, revelou melhora clinica em todos os parâmetros avaliados, tais como nas discromias, plicabilidade e redução de áreas hipertróficas. Também foi observada a melhora de cicatriz hipertrófica em todos os casos tratados. Quanto às discromias, houve resposta mais expressiva no eritema em comparação à coloração marrom das cicatrizes12,13

O tratamento com LASER oferece remoção de tecido cicatricial e remodelação de novo colágeno via ferimento e cicatrização da ferida, mesmo que por extensas superfícies de cicatriz de queimadura4.10.16. Outras modalidades de LASERS têm sido tentadas, com níveis variados de sucesso. LASER fracionado pode ser particularmente bem adequado para o tratamento de cicatrizes de queimaduras devido à profundidade de penetração que atinge21. Os dispositivos fracionados podem ser usados em qualquer lugar no corpo, embora seja recomendado diminuir a potência em locais do corpo fora do rosto, especialmente em áreas mais finas da pele, tais como o pescoço4

Fibras colágenas. H1 – pré LASER; H2 – pós LASER.

Fonte: Franceschi, 2016.

Figura 1: D1 – pré LASER; D2 – pós LASER.

Fonte: Pereira, 2016.

CONCLUSÃO

O tratamento com LASER fracionado melhorou o aparência de cicatrizes maduras de queimaduras e em uma melhora significativa na arquitetura do colagéno após o tratamento.

A natureza minimamente invasiva da terapia à LASER fracionada e sua eficácia promissora comparada com as tecnologias anteriores oferece uma oportunidade para integrá-la a outros procedimentos no tratamento cicatrizes.

Nosso estudo, houve uma melhora quantitativa na arquitetura do colágeno e diminuição da fibrose, como um aumento de fibras elásticas. Dados corroborados pela avaliação clínica.

É importante continuar a identificar novas abordagens e estratégias de gestão para as deformidades de queimaduras. Os melhores resultados serão alcançados pela colaboração multidisciplinar, da tecnologia inovadora e, uma combinação de tratamentos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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[1] Sócio titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD); Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia SBD/AMB; Residência médica em Dermatologia no Hospital Regional da Asa Norte, Brasilia-DF; Especialização em Saúde da Família pela Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE; Graduação em Medicina pela Universidade Estadual de Pernambuco.

[2] Doutorado em Medicina (Dermatologia) Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Brasil. Mestrado em Medicina (Dermatologia). Universidade Federal Fluminense, UFF, Brasil. Especialização – Residência médica. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ, Brasil. Residência médica em: Dermatologia; Especialização em Curso de Especialização Em Dermatologia. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ, Brasil. Graduação em Medicina – Universidade Federal da Bahia, UFBA, Brasil.

Enviado: Agosto, 2019.

Aprovado: Agosto, 2019.

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Mariana Guimarães Pereira

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