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Estudo de caso: cliente adoecido por Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

RC: 39436
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CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

ROCHA, Rosiane Rosa [1], BRASILEIRO, Marislei Espíndula [2]

ROCHA, Rosiane Rosa. BRASILEIRO, Marislei Espíndula. Estudo de caso: cliente adoecido por Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 10, Vol. 07, pp. 161-173. Outubro de 2019. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/doenca-pulmonar

RESUMO

Objetivo: propor a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) para um paciente adoecido por DPOC, conforme a literatura. Método: revisão de literatura, sendo realizada a leitura de artigos e livros, verificando se continham as informações necessárias para a pesquisa. Foi possível construir o relato de caso a seguir levando-se em consideração os sinais e sintomas mais comuns, citados pelos autores. Resultados: dispneia, dor torácica. Dor aguda relacionada a agentes físicos, evidenciada por relatos verbais de dor. Ventilação espontânea prejudicada relacionada a fatores metabólicos, evidenciada por: dispneia e uso aumentado da musculatura acessória. Avaliar a intensidade da dor e descrever as características da dor. Auscultar o tórax, observando a presença/ caráter dos sons respiratórios, presença de secreções. Conclusão: partindo desse caso é possível ilustrar outros casos e prestar uma assistência de qualidade mais humanizada por parte da equipe de enfermagem.

Descritores: Doença pulmonar, Assistência de Enfermagem, humanização.

1. INTRODUÇÃO

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) tem como característica sua piora gradativa de diminuição do fluxo aéreo. Tornando um problema pulmonar quase que irreversível. A diminuição do fluxo está relacionada com o feedback dos pulmões a uma reação inflamatória, provocada por partículas ou gases nocivos. A bronquiectasia, fibrose cística e asma são doenças que diminuem o fluxo aéreo, pórem são reversíveis (MARTINS, HERLON SARAIVA et al, 2014; NETTINA et al, 2014).

A DPOC está relacionada com uma reação dos pulmões contra as inflamações provocadas por componentes invasores ao organismo. Por causa da sua reversibilidade a asma não é considerada DPOC, e sim a bronquite crônica e o enfisema (NETTINA et al, 2014).

A DPOC é considerada um problema de saúde pública, significativo. Sendo destacada como a quarta causa de doença e morte nos Estados Unidos evidenciada em quinto lugar em 2020 em todo o mundo. As mulheres e os afro-americanos são os mais vulneráveis (KUMAR, et al, 2010).

Estima-se que, mais de cinquenta milhões de pessoas no mundo e mais de sete milhões no Brasil são adoecidos de DPOC, onde são realizadas mais de 175 mil internações por ano (MARTINS, et al, 2014). Segundo o Departamento de Informações do SUS, por consequência da DPOC ocorrem três óbitos de brasileiros a cada hora; e por ano morrem 40 mil (BRASIL, 2014).

É importante lembrar que o enfisema e a bronquite crônica são as únicas enfermidades consideradas como DPOC, onde portadores apresentam lesões sobrepostas em acinar (enfisema) e em brônquios (bronquite). As duas tem uma nítida ligação com o hábito de fumar. Entretanto são características que as diferenciam das demais doenças pulmonares como a bronquiectasia e a asma (KUMAR, et al, 2010).

Segundo Nettina, et al, (2014), os microrganismos que atravessam a barreira de proteção, provocam a lesão da mucosa das vias respiratórias, causando a descamação celular, produzindo assim excesso de exsudado nos alvéolos e brônquios. O fluxo de neutrófilos aumenta a atividade intra-alveolar para inibir a infecção, causando o edema intersticial, provocando o estreitamento e obstrução alveolar, diminuindo a troca gasosa resultando na hipoxemia.

Compreende-se que os fumantes ativos e passivos estão mais propícios a adquirir a DPOC. No entanto, há outros fatores que predispõem a doença, como a poluição do ar incluindo a hábito de cozinhar em local fechado. Ela também pode ser adquirida através da genética pela carência de α1-antitripsina (α1-AT) (MARTINS, et al, 2014).

A bronquite crônica normalmente leva um tempo para se desenvolver com frequência de tosse produtiva três vezes ao ano, decorrente por dois anos. Há uma formação de secreção nas vias aéreas, consistente e viscosa, à medida que a patologia persiste há presença de sibilos e dispneia. O início do enfisema é igualmente progressivo, onde o doente manifesta desconforto respiratório como dispneia ao executar alguma tarefa que lhe exige esforço. Pouca tosse a não ser se houver infecção respiratória; tórax em barril provocado pela congestão do ar (NETTINA, et al, 2014).

A exacerbação da DPOC se torna evidente pelo agravamento do quadro clínico. Sendo caracterizada pelo aumento da dispneia, progressão na formação de secreções e secreções purulentas. Perante isso, passa a ser principal motivo de internação. Tem sua apresentação de forma leve, quando dispõe de uma característica mais febre, infecção das vias aéreas, taquicardia, taquipnéia e aumento da tosse. Sua forma moderada se dá quando dispõe de duas características. Na sua forma grave dispõe de todas as características (MARTINS, et al, 2014).

Em casos leves ou moderados da DPOC, há uma percepção mínima diante da anamnese e exame fisco, podendo assim não definir um diagnóstico preciso. No entanto o examinador deve ficar atento aos sinais no momento do exame, é comum encontrar na ausculta pulmonar ruídos adventícios presentes; murmúrios vesiculares diminuídos, bulhas pulmonares hipofonéticas. Geralmente na inspeção do tórax, expiração forçada, tórax em forma de barril. Apresenta taquicardia e taquipnéia. Na ausculta cardíaca detectam-se bulhas cardíacas abafadas, sopro de tricúspide. Na inspeção do pescoço encontra-se sinal de Kussmaul. Há também cianose com início nas extremidades, edema de membros inferiores por conta da hipertensão pulmonar. Na palpação abdominal observa-se hepatomegalia dolorosa. Baqueteamento não e considerada uma possível DPOC, pode sim ser qualquer outra doença do sistema respiratório (MARTINS, et al, 2014).

Segundo, Martins, et al, (2014), na forma leve da DPOC há uma possibilidade da radiografia de tórax não apresentar alterações anormais. Todavia, no caso da forma grave pode ser notada a presença de enfisema nos lobos superior; já na carência de α1-AT a presença do enfisema se localiza nos lobos inferiores. A tomografia computadorizada do tórax dá uma percepção mais precisa nos diagnósticos das bronquiectasias e avaliação de grandes bolhas. E em pacientes internados é realizado a gasometria para avaliação da saturação de oxigênio. Para detecta a hipertensão pulmonar, arritmias ou isquemia realiza-se o eletrocardiograma. Em pacientes com menos de cinquenta anos de idade e casos da doença na família, não sendo tabagista, com presença da patologia na base do pulmão é recomendado à avaliação dos níveis séricos α1-AT.

De acordo com Nettina, et al, (2014), por ser uma doença irreversível o tratamento da DPOC consiste em minimizar os danos provocados pela mesma, oferecendo assim uma melhora na qualidade de vida dos doentes. Deixar de fumar é a melhor maneira de interromper, a progressão da patologia; para reduzir a dispneia e broncoespasmos, são utilizados os broncodilatadores inalatórios; faz-se o uso de corticosteroides por via respiratória (inalação) em doentes que apresentam sintomas.

Para esses pacientes o enfermeiro deverá fazer uma coleta de dados completa, buscando informações sobre hábitos de fumar (passivo ou ativo), qual a ocupação, se tem exposição a agentes nocivos, investigar história da patologia na família e quando iniciou a dispneia. Observar e anotar os episódios de escarro pulmonar, suas características fisiológicas como (quantidade, cor e consistência). Realizar a inspeção respiratória, observando os achados, entre eles o uso da musculatura acessória e músculos do abdome, avaliar o diâmetro do tórax se é de barril ou de pombo. Realizar a ausculta pulmonar em busca de achados como murmúrios vesiculares diminuídos ou ausentes, observar se há bulhas cardíacas diminuídas. Avaliar a saturação de oxigênio, frequência cardíaca e frequência respiratória se apresentar dispneia, analisar quanto aos valores normais do paciente tanto em repouso quanto em esforço. Verificar nível de consciência, utilizando a escala de coma de Glasgow (NETTINA, et al. 2014).

Segundo autor supracitado para intervir, é de extrema importância que o enfermeiro promova educação em saúde, ensinando ao paciente sobre a patologia, e o que esperar com o tratamento e como conviver com o diagnóstico. Destacar o valor que tem em parar de fumar, pois, o tabaco é o principal causador de DPOC e também evitar a exposição à poeira a produtos químicos (p. ex; amônia, tintas, etc.), evitar odores fortes.

Conscientizar que o paciente se torna nervoso e estressado devido à falta de ar constante; ensiná-lo a conviver com esses fatores emocionais da melhor maneira possível, pois a falta de ar estimula a falta de ar. Auxiliar nas técnicas de relaxamento para que assim diminua os problemas emocionais. Reeducá-lo, a respirar e a realizar tarefas de forma mais calma, para economizar energia; esses esforços produzem a angústia respiratória. Utiliza oxigênio durante as refeições, realizar dietas em pequenas porções, várias vezes ao dia, pois um aumento do volume do estomago pode aumentar o desconforto respiratório (NETTINA, et al. 2014).

Considerando-se que a DPOC é irreversível, e que proporciona ao adoecido desconfortos constantes, a meta do seu tratamento consiste em apenas aliviar os sintomas, impedir a evolução da doença, melhorar a tolerância ao exercício prevenir e tratar as complicações e exacerbação. Este estudo torna-se relevante, pois é necessário o conhecimento da DPOC pelos profissionais de saúde, para que possam oferecer uma assistência de enfermagem mais humanizada ao adoecido por DPOC. De acordo com a Resolução COFEN 358 de 2009, as instituições públicas e privadas prestadoras dos serviços da Enfermagem, deverão implantar a Assistematização da Assistência de Enfermagem bem como o Processo de Enfermagem (CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM 2009). Adequando-se os cuidados a SAE- Sistematização da Assistência de Enfermagem, espera-se contribuir para que os profissionais docentes possam utilizar os resultados para o ensino e preparo de novos profissionais na área da saúde, bem como fomentar novas pesquisas.

2. OBJETIVOS

Propor a Sistematização da Assistência de Enfermagem SAE para um paciente adoecido por DPOC, conforme a literatura.

3. MATERIAIS E MÉTODO

Compreende-se que existe um método para que o pesquisador trilhe um caminho e chegue ao resultado; precisamente o estudo utilizou a abordagem estudo de caso clínico e método de revisão literária descritivas.

A revisão de literatura fora elaborada utilizando-se: literaturas pertinentes ao período de cinco anos; livros, sites (data SUS), Nanda International nursing diagnoses: definitions and classification, eleventh edition; Classificação dos Resultados de Enfermagem (NOC) e Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC). Foi feita a leitura de vários livros, verificando se continha as informações necessárias para a pesquisa.

Com base dos estudos acima, foi possível construir o relato de caso a seguir levando-se em consideração os sinais e sintomas mais comuns, citados pelos autores: Martins, et al, (2014) e Nettina, et al, (2014); Barros (2016) e Garcez (2018).

4. PROPOSTA DE SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

4.1 COLETA DE DADOS

Paciente, em média 75 anos, sexo feminino, brasileira, fumante há mais ou menos 40 anos, trabalhou 35 anos como cozinheira. Devido o clima da região onde vive, fica exposta a poeira, consume comida cozida no fogão a lenha. Cardiopata; há mais ou menos 1 ano iniciaram os sintomas da DPOC, faz uso oxigenoterapia constante.; História da doença na família, filho e esposos são fumantes passivos. Queixas de fraqueza, tremores, dispneia, dor torácica, dor e edema em membros inferiores (MMII), febre. Apresenta escarro pulmonar em grande quantidade. Radiografia de tórax nota presença de enfisema nos lóbulos superiores. Tomografia computadorizada do tórax apresenta bronquiectasia. Ansiedade devido à falta de ar.

4.1.1 EXAMES FÍSICOS

Cabeça: consciente, orientada, verbalizando, responde aos comandos, glasgow 15; normocorada; Couro cabeludo íntegro, cabelos limpos e secos, sem presença de anormalidades; Sobrancelhas sem alterações;

Olhos: inspeção abertura espontânea, simétricos, edema em pálpebra inferior direita e superior esquerda, conjuntiva palpebral rósea, pupilas isocóricas, foto reagente, mobilidade visual sem anormalidade, na palpação sem presença de nódulos ou lesão;

Nariz: inspeção, simétrico, sem deformidade e sem batimentos de asa, mucosa nasal íntegra sem presença de anormalidade nem desvio de septo; palpação dos seios paranasais sem anormalidade;

Cavidade auditiva: inspeção do pavilhão auricular tamanho normal, sem presença de alterações;

Cavidade oral: lábios sem alteração, mucosa íntegra rósea, sem halitose, gengiva íntegra, em uso de prótese dentaria, língua e tonsilas palatinas íntegras, orofaringe sem processo inflamatório;

Pescoço: inspeção, sinal de Kussmaul, palpação gânglios e sem alteração.

Tórax: inspeção estática, tórax em forma de barril, inspeção dinâmica dispneica, respiração profunda em uso da musculatura acessória;

Palpação: traqueia simétrica em ambos os lados, sem presença de massas e outras alterações, mobilidades discreta; parede tórax sem anormalidade sem dor.

Percussão: sons hipersonoro. Ausculta pulmonar: Ruídos adventícios (RA) sibilos em ápice e roncos em base, 26 inspiração por minuto;

Ausculta cardíaca: Bolhas cardíacas abafadas; sopro em tricúspide.

Abdome: inspeção, flácido e distendido; Ruídos hidroaéreo presente; Percussão som timpânico em região epigástrica e flanco esquerdo e em flanco direito submaciço. Hepatomegalia dolorosa. MMI: Edemaciados, cianose em extremidades (BARROS, 2016).

4.2 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM (GARCEZ, 2018)

Domínio 12: Conforto

Classe 1: Conforto físico

Dor aguda relacionada a agentes físicos, evidenciada por relatos verbais de dor.

4.2.1 RESULTADO ESPERADO (MOORHEAD ET AL., 2010)

O paciente deverá relatar que a dor foi aliviada\ controlada. Em até 2 horas.

4.2.2 INTERVENÇÕES (BULECHEK, BUTCHER, DOCHTERMAN, 2010)

Avaliar a intensidade da dor e descrever as características da dor, incluindo localização, intensidade (valor atribuído a partir da escala), qualidade (queimação, pontada, choque, etc.), inicio, duração, variação, ritmo, e fatores precipitantes.

Administra analgésico a critério médica, em dosagem máxima de acordo com a necessidade, de modo a manter um nível aceitável de dor.

Controlar os efeitos ambientais capazes de influenciar a resposta ao desconforto (p. ex; temperatura, iluminação, ruídos). Proporcionar ambiente calmo, atividades mais calmantes. Identificar maneiras de evitar / minimizar a dor (p. ex: posição de conforto).

Monitorar a intensidade da dor, após a administração do analgésico. Comunicar ao médico caso não alcance resultado esperado.

4.3 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM (GARCEZ, 2018)

Domínio 4: Atividade/ repouso

Classe 4: Respostas cardiovasculares\ pulmonares

Ventilação espontânea prejudicada relacionada a fatores metabólicos, evidenciada por: dispneia e uso aumentado da musculatura acessória.

4.3.1 RESULTADOS ESPERADO (MOORHEAD ET AL., 2010)

O paciente deverá apresentar uma respiração adequada para a sustentação da vida. Em até 30 minutos.

4.3.2 INTERVENÇÕES (BULECHEK, BUTCHER, DOCHTERMAN, 2010)

Auscultar o tórax, observando a presença/ caráter dos sons respiratórios, presença de secreções.

Verificar saturação do oxigênio pelo oximetria de pulso e sinais vitais de 2\2h. Avaliando e anotando estado respiratório quanto à frequência, ritmo, profundidade e ao esforço. Comunicar ao médico qualquer alteração.

Conscientizar o paciente sobre a necessidade e a importância da ventilação não invasiva. Administrando oxigenoterapia sob máscara de Venturi ou cateter nasal, conforme prescrição médico ou se necessário.

Elevar a cabeceira da cama conforme adequada para promover facilidade psicológica e fisiológica para uma máxima de inspeção.

Ajudar o paciente sempre que necessário a assumir o controle da situação por meio de treinamento de respirações mais lentas/ mais profundas uso, de técnica de respiração com os lábios franzidos e assim por diante.

4.4 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM (GARCEZ, 2018)

Domínio 11: Segurança/ proteção

Classe 2: Lesão física

Risco de integridade da pele prejudicada, relacionada com os extremos da idade.

4.4.1 RESULTADO ESPERADO (MOORHEAD ET AL., 2010)

Irá minimizar ou / eliminar o risco para pele prejudicada durante o tempo de internação hospitalar.

4.4.2 INTERVENÇÕES (BULECHEK, BUTCHER, DOCHTERMAN, 2010)

Orientar o paciente e a família a respeito da rotina de cuidados com a pele. Evitando água quente e usar sabonete suave no banho, manter a pele limpa, seca e hidratada.

Inspecionar as áreas onde há risco de lesão na pele. Se o paciente é restrito ao leito realizar a mudança de decúbito a cada 2 horas. Protegendo as proeminências ósseas em cada troca de posição.

Identificar fatores de risco para integridade da pele. Mantendo as unhas limpas e cortadas. E roupas de cama limpas, secas e sem dobras.

4.5 DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM (GARCEZ, 2018)

Domínio 11: Segurança/ proteção

Classe 1: Infecção

Risco de infecção; pelo risco aumentado de ser invadido por organismos patológico. Relacionado por: Doença crônica e procedimentos invasivos.

4.5.1 RESULTADO ESPERADO (MOORHEAD ET AL., 2010)

Será identificado intervenções para prevenir/ reduzir o risco para infecções; durante o tempo de internação hospitalar.

4.5.2 INTERVENÇÕES (BULECHEK, BUTCHER, DOCHTERMAN, 2010)

Manter técnica de esterilização em procedimentos invasivos (p. ex; IV cateter urinário, aspiração pulmonar). Monitorizando assim as portas de entrada para infecções.

Observar sinais e sintomas de septicemia (infecção sistêmica): febre, calafrios, nível de consciência alterado, cultura de sangue positivo.

Observar fatores de risco para a ocorrência de infecções (p. ex: hospedeiros comprometidos, integridade da pele, exposição ambiental).

Avaliar os locais e a inserações de cateter (venoso, urinário), quanto o aparecimento de sinais flogístos (dor, calor, hiperemia, edema e disfunção orgânica). Anotarem as características da área. E comunicar ao médico algumas anormalidades.

Enfatizar técnicas adequadas de assepsia das mãos de parte de todos as que prestam cuidados entre terapia/paciente, antes e após contato com o paciente. Uma defesa de primeira linha contra infecções hospitalares/ contaminação cruzada.

4.6 CUIDADOS COM MEDICAÇÕES

O enfermeiro deve orientar o paciente quanto às reações adversas provocadas pela medicação, e que as mesmas deveram ser comunicadas ao médico. Deve-se ter cuidado na administração das medicações juntamente com outras; Ter grande atenção e a utilização dos seis certos, evitando assim reações letais; Alertar ao paciente a não dirigir, subir em grande altura, ficar em locais de risco, pois, a medicação provoca sono; Orientar o paciente ao uso de protetor solar durante a terapia, devido a fotossensibilidade; Para evitar que a medicação não alcance o resultado esperado não deve ser utilizado juntamente com antiácido, e o ideal é administra-la 1 hora antes das refeições e 2 horas após as refeições (SILVA, 2011).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pesquisas para realização de trabalhos acadêmicos são sempre construtivas para quem trabalha com Educação em Saúde, especialmente para o papel de cuidar desenvolvido pelo enfermeiro. A DPOC caracteriza perigo a saúde de grande parte da população brasileira, ainda mais, aqueles que tem fatores de risco proeminentes. A intervenção e cuidados básicos de Educação em Saúde são capazes de modificar essa realidade; a saúde é um bem garantido a todos pela Constituição Federal e zelar por esse direito é dever dos profissionais de saúde diretamente envolvidos no processo do cuidado.

Percebe-se, que para prestar um cuidado humanizado, visando qualidade, segurança e redução dos eventos adversos são necessários e de grande importância, traçar um plano de assistência e cuidado. Se elaborado uma SAE adequada, o doente de DPOC pode ser facilmente assistido pela a enfermagem e suprir suas necessidades de acordo com os três níveis de saúde, com o objetivo da promoção, proteção, recuperação e reabilitação da sua saúde.

Partindo desse pressuposto, o indivíduo receberá uma assistência de qualidade mais humanizada por parte da equipe de enfermagem. Assim sendo, fortalecerá os serviços de saúde voltada para a atenção ao adoecido por DPOC.

REFERÊNCIAS

BARROS. A. L. B. L., Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. DATASUS. Brasília-DF, 2014. Disponível: http://datasus.saude.gov.br/noticias/atualizacoes/564-bronquite-cronica-causa-40-mil-mortes-a-cada-ano-revela-dados-do-datasus. Acessado em 29-09-2018.

BULECHEK. G. M., BUTCHER. H. K., DOCHTERMAN. J. M.; Classificação das intervenções de enfermagem (NIC). tradução OLIVEIRA. S. I. et al. 5. ed . Rio de Janeiro : Elsevier, 2010.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN nº 358, de 15 de outubro de 2009. Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de enfermagem e a Implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorra o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providências. Disponível em: <http//WWW.cofen.gov.br/resoluo-cofen-3582009_2384.html>. Acessado em 12 jul.2019.

GARCEZ, R. M. NANDA –I: definições e classificação- 2018-2020. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2018.

KUMAR. et al. Robins e Cotron. Bases patológicas das doenças. Tradução Fernandes. P.D. et al. 8ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

MARTINS, H. S, et al.Emergências clínicas abordagem prática 9. ed. Revisada e atualizada. São Paulo: Manoel, 2014.

MOORHEAD. S., et al. Classificação dos resultados de enfermagem (NOC): tradução Garcez. R. M. et al. 4. ed. – Rio de Janeiro : Elsevier, 2010.

NETTINA, S.M- Prática de enfermagem. Tradução PAULO, A.F.D, et al. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.

SILVA, M.T; SILVA, S.R.L.P.T. Cálculo e administração de Medicamento na Enfermagem. 3. ed. São Paulo: Martinari, 2011.

[1] Graduada em enfermagem, Faculdade JK, em 2017.

[2] Doutora em ciências da Saúde.

Enviado: Setembro, 2019.

Aprovado: Outubro, 2019.

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Rosiane Rosa Rocha

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