REVISÃO INTEGRATIVA
VAZ, Andressa de Souza [1], SILVA JUNIOR, Sergio Vital da [2], MASCENA, Guilherme Veras [3]
VAZ, Andressa de Souza. SILVA JUNIOR, Sergio Vital da. MASCENA, Guilherme Veras. Identificação das principais comorbidades em pacientes acometidos pela Covid-19: revisão integrativa da produção científica brasileira. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 09, Ed. 11, Vol. 01, pp. 231-260. Novembro de 2024. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/acometidos-pela-covid-19, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/acometidos-pela-covid-19
RESUMO
Estudos apontam para elevada prevalência de comorbidades em pacientes acometidos pela covid-19, destacando-se principalmente a obesidade, diabetes mellitus e doenças cardiovasculares. Essas condições são frequentemente associadas a desfechos mais graves da infecção por SARS-CoV-2, incluindo maior risco de hospitalização, necessidade de ventilação mecânica e mortalidade. A presente investigação é um estudo descritivo, do tipo revisão integrativa da produção científica brasileira, sobre a identificação das principais comorbidades em pacientes acometidos pela covid-19. Foram seguidas as etapas: composição da pergunta; descrição metodológica da seleção dos estudos, recuperação, análise e julgamento dos dados dos estudos e captação dos dados e descrição da síntese constituída. A pesquisa nas plataformas Medline, BVS, LILACS e Scielo por meio do Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior apontou 365 artigos em português. Para este manuscrito, foram selecionados, inicialmente, 32 estudos, sendo que, posteriormente, após leitura na íntegra, 25 publicações foram selecionadas para compor a amostra, considerando-se os critérios de elegibilidade e a busca reversa. Nenhum estudo utilizou o método misto em suas investigações. A covid está associada principalmente às comorbidades obesidade, diabetes mellitus e doença cardiovascular. Torna-se necessário que que mais estudos sejam realizados e divulgados à comunidade científica, aprofundando o conhecimento e desenvolvendo estratégias mais eficazes para lidar com esse agravo. Diante disso, conclui-se que a mitigação dos riscos associados a essas comorbidades pode levar a uma redução significativa nas complicações e mortalidade relacionadas à covid-19, melhorando assim os resultados para os pacientes afetados.
Palavras-chave: Covid-19, Comorbidade, Medicina, Medicina Baseada em Evidências, Revisão.
1. INTRODUÇÃO
A pandemia de covid-19, que tem o SARS-CoV-2 como agente etiológico, emergiu como um importante desafio para a saúde global atualmente. Desde sua eclosão em dezembro de 2019, a doença tem afetado milhões de pessoas em todo o mundo, exacerbando os sistemas de saúde, desencadeando crises econômicas e causando um número alarmante de mortes. Uma característica relevante da covid-19 é o acometimento de comorbidades pré-existentes, que desempenham um papel crucial na gravidade e no desfecho da doença (Souza Filho et al., 2021).
Esta análise pretende explorar as comorbidades mais comuns entre os pacientes afetados pela covid-19, examinando sua interação complexa com o vírus e seu impacto na progressão da doença. Ao compreender-se melhor essa relação, pode-se aprimorar a gestão clínica, otimizar as estratégias de prevenção e fornecer suporte mais eficaz aos pacientes. (Teixeira et al., 2023).
As comorbidades são condições médicas pré-existentes que coexistem com uma doença primária, neste caso, a covid-19. Estas podem variar desde doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, até condições imunossupressoras e respiratórias. Estudos epidemiológicos têm consistentemente demonstrado que pacientes com comorbidades apresentam um risco aumentado de complicações graves e mortalidade relacionada à covid-19 (Rosa; Lavareda Filho; Linhares, 2022).
Entre as comorbidades mais frequentemente associadas à covid-19 estão as doenças cardiovasculares, diabetes mellitus, hipertensão arterial, obesidade, doenças pulmonares crônicas e comprometimento imunológico. Essas condições não apenas aumentam a suscetibilidade à infecção pelo SARS-CoV-2, mas também influenciam a resposta do hospedeiro ao vírus, a progressão da doença e a eficácia dos tratamentos (Tomaz; Borilli; Pereira, 2023).
A interação entre as comorbidades e a resposta imune do hospedeiro desempenha um papel crucial na determinação da gravidade da covid-19. A hipertensão arterial e as doenças cardiovasculares estão associadas a uma resposta inflamatória exacerbada, que pode contribuir para a tempestade de citocinas observada em pacientes gravemente enfermos. Da mesma forma, a diabetes mellitus compromete a resposta imune, tornando os pacientes mais suscetíveis a infecções virais e aumentando o risco de complicações (Souza et al., 2021).
Além disso, a obesidade, por si só, está associada a um estado pró-inflamatório crônico e disfunção imunológica, o que pode amplificar a resposta inflamatória desencadeada pela infecção pelo SARS-CoV-2. O comprometimento imunológico, seja devido a doenças autoimunes, imunossupressão medicamentosa ou câncer, também aumenta o risco de infecção grave e complicações relacionadas à covid-19, uma vez que o sistema imunológico do paciente não pode montar uma resposta eficaz contra o vírus (Ventura et al., 2022).
O reconhecimento precoce e o manejo adequado das comorbidades são essenciais para mitigar o impacto da covid-19 nos pacientes. No entanto, isso apresenta desafios significativos, especialmente em populações vulneráveis com múltiplas condições médicas. A gestão integrada de pacientes com comorbidades requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo médicos de várias especialidades, enfermeiros, farmacêuticos e outros profissionais de saúde (Niquini et al., 2020).
Além disso, a pandemia exacerbou disparidades de saúde preexistentes, com comunidades socioeconômicas desfavorecidas e minorias étnicas enfrentando um risco desproporcional de morbidade e mortalidade relacionadas à covid-19. A falta de acesso a cuidados de saúde adequados, condições de moradia superlotadas, empregos que exigem interação pública e barreiras linguísticas contribuem para essa disparidade e tornam a gestão das comorbidades ainda mais desafiadora (Jardim et al., 2022).
Nesse sentido, as comorbidades desempenham um papel central na epidemiologia e na gravidade da covid-19. Compreender a interação complexa entre as condições médicas pré-existentes e a infecção pelo SARS-CoV-2 é crucial para melhorar os resultados clínicos e mitigar o impacto da pandemia. A gestão eficaz das comorbidades requer uma abordagem integrada e multidisciplinar, bem como ações direcionadas para abordar as disparidades de saúde existentes. Ao enfrentarmos esses desafios com resiliência e colaboração, podemos avançar na luta contra a covid-19 e proteger a saúde de indivíduos em todo o mundo (Macêdo Júnior et al., 2021).
O presente estudo torna-se oportuno, no sentido de que informações acerca da prevalência de comorbidades em pacientes acometidos pela covid-19 sejam disponibilizadas. A partir deste olhar e deste conhecimento, torna-se possível subsidiar a tomada de decisões de profissionais da área da saúde e correlatas, prevenindo, e possibilitando, o efetivo controle dos fatores que possam exacerbar a prevalência de comorbidades em pacientes acometidos pela covid-19.
Infere-se, pois, que, apesar da elevada incidência de comorbidades em pacientes acometidos pela Covid 19, da morbidade e da possível mortalidade decorrentes da doença e os efeitos negativos que o agravo pode configurar ao indivíduo, há pouca produção científica acerca dessa temática.
Diante do exposto, a presente revisão busca respostas para o seguinte questionamento: qual a prevalência de comorbidades em pacientes acometidos pela Covid 19?
No intuito de responder à questão proposta, a presente obra tem por objetivo contextualizar o estado da arte sobre a prevalência de comorbidades em pacientes acometidos pela Covid 19.
2. MÉTODO
A presente investigação trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, do tipo revisão integrativa sobre a prevalência de comorbidades em pacientes acometidos pela Covid 19. A revisão da literatura é um método que aborda estudos de diversas metodologias, sendo analisados de forma sistemática e com alto rigor metodológico em sua avaliação, permitindo que o leitor avalie o conhecimento desenvolvido sobre o tema evidenciado (Rocha et al., 2017).
Um estudo de revisão deverá subsidiar a discussão da compilação de dados científicos existentes em uma área da ciência, demonstrando, assim, o “estado da arte”, bem como possibilitando evidenciar possíveis controvérsias e lacunas no conhecimento produzido (Vieira, Hossne, 2015).
Para o desenvolvimento dessa pesquisa, foram seguidas as etapas de construção da revisão integrativa da literatura descritas a seguir: 1 – Composição da pergunta para desenvolvimento da revisão integrativa, 2 – Descrição metodológica da seleção dos estudos que irão compor a amostra, 3 – Recuperação, análise e julgamento dos dados referentes aos estudos inclusos na revisão integrativa da literatura e 4 – Extração dos dados e descrição da síntese constituída a partir do conhecimento construído e publicado (The Joanna Briggs Institute, 2014).
Inicialmente, a busca de estudos sobre a temática em enfoque foi realizada no mês de agosto de 2024 nas plataformas Medline, BVS, LILACS e Scielo por meio do Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Para a busca dos estudos, foram utilizados os descritores em Ciências da Saúde (DeCS/MeSH) no idioma português: “covid-19” e “comorbidades”.
Para sistematizar a pesquisa, foi aplicado o operador booleano AND, para busca no portal Capes. Ao utilizar os descritores foram localizados 365 estudos. Para o período de busca, foi delimitado o recorte temporal entre 2019 e 2024.
Para evidenciar a produção científica brasileira acerca da identificação das principais comorbidades em pacientes acometidos pela covid-19 aplicaram-se os filtros: produção nacional: sim, revisado por pares: sim, idioma: português.
Posteriormente, a fim de selecionar a amostra, foram adotados critérios de elegibilidade, sendo considerados os estudos que discorressem acerca das comorbidades em pacientes adultos acometidos pela Covid 19, que estivessem disponíveis na íntegra, on-line e em qualquer idioma. Foram excluídos da análise editoriais por não demonstrarem rigor e acurácia estatística em suas avaliações além de estudos que apresentassem apenas o resumo do estudo.
Os estudos pré-selecionados em outros idiomas foram traduzidos para o português, no intuito de viabilizar a catalogação das variáveis da amostra. Depois de realizada leitura minuciosa dos títulos, resumos e métodos dos artigos, em conformidade com os critérios de elegibilidade, compuseram a amostra (no primeiro momento) 32 estudos, publicados em periódicos, os quais foram organizados e agrupados em uma pasta de arquivo no sistema operacional da Microsoft Windows 10. Após análise dos textos na íntegra foram selecionados para compor a amostra 19 artigos.
Para ampliar a busca, objetivando a saturação dos dados, foi realizada a busca reversa, a qual consiste em observação do referencial bibliográfico utilizado pelos estudos selecionados para compor a amostra (Teixeira et al., 2024).
Foram incluídos outros seis artigos, passando, então, a constituir como amostra da presente investigação, um total de 25 estudos. A sequência de recuperação dos estudos nas bases de dados da plataforma do Portal de Periódicos Capes está disposta na Figura 1.
Figura 1. Algoritmo de recuperação dos estudos nas bases de dados da plataforma do Portal de Periódicos Capes. Brasil, 2024
A leitura dos artigos durante as etapas de composição da amostra foi realizada em pares concernentes ao recomendado pelo método Preferred Reporting Items for Systematic Reviewsand Meta-Analysis (PRISMA), garantindo a executabilidade do protocolo de revisão e os critérios de inclusão e exclusão (Moher et al., 2009).
Posteriormente, procedeu-se o levantamento dos dados contidos no material empírico mediado por um instrumento construído pelos autores no Microsoft Word 2010, composto pelas seguintes informações: características dos estudos (autoria, título, ano de publicação e país de desenvolvimento do estudo primário e periódico de divulgação) e abordagem metodológica dos estudos (Tipo de Estudo, Objetivos, Comorbidades evidenciadas, principais discussões e conclusões do estudo). Posteriormente, os resultados foram analisados à luz da literatura pertinente ao tema investigado.
Não houve apreciação por um Comitê de Ética em Pesquisa, pois este estudo aborda dados de domínio público disponíveis na literatura científica. Contudo, todas as prerrogativas éticas no tocante à citação da autoria dos documentos foram rigorosamente seguidas (Costa et al., 2017).
3. RESULTADOS
A pesquisa na base de dado da plataforma de periódicos da Capes resultou em 365 artigos. Após a fase da leitura dos títulos e resumos, selecionaram-se 19 estudos, sendo que posteriormente, após a leitura na íntegra, foram selecionadas 25 publicações, para compor a amostra, considerando-se os critérios de elegibilidade.
No que se refere à caracterização das publicações incluídas nessa revisão integrativa da literatura, foram evidenciados: a autoria, o ano de publicação, país de origem da investigação e o periódico de divulgação da obra, dispostos no Quadro 1.
Quadro 1 – Distribuição das obras segundo autoria, ano de publicação e pais de desenvolvimento do estudo primário e periódico. Brasil, 2024
Autoria e título | Ano de Publicação e pais de desenvolvimento do estudo | Periódico de divulgação das obras | |
1. |
Souza Filho ZA, Nemer CRB, Teixeira E, Neves ALM, Nascimento MHM, Medeiros HP, Panarra BACS, Lima PAV, Gigante VCG, Oliveira VLG. Fatores associados ao enfrentamento da pandemia da covid-19
por pessoas idosas com comorbidades |
Brasil, 2021. | Esc Anna Nery |
2. |
Teixeira EG, Machado AV, Lopes Neto D, Costa LS, Garrido PHS, Aguiar Filho W, Soares RS, Santos BR, Cruz EA, Contrera MA, Delgado PGG. Comorbidades e saúde mental dos trabalhadores da saúde no Brasil. O impacto da pandemia da covid-19.
|
Brasil, 2023. | Ciência & Saúde Coletiva |
3. |
Rosa RRPA, Lavareda Filho RM, Linhares JEBS. Influência das comorbidades para a ocorrência de óbitos por covid-19 em 2020: razão de chances no estado do Amazonas. | Brasil, 2022. | HU Revista |
4. |
Tomaz J, Borilli DK, Pereira DKS. a influência da vacinação em pacientes com comorbidades e reincidentes ao vírus da covid-19. | Brasil, 2023. | Revista Foco |
5. |
Souza IV, Scod RBL, Siqueira VLD, Cardoso RF, Caleffi-Ferracioli KR. Comorbidades e óbitos por covid-19 no Brasil. |
Brasil, 2021. | Revista Uningá |
6. |
Ventura MWS, Diógenes MS, Albuquerque NLS, Lima GA, Oliveira PM, Alexandre ICU, Pascoa LM, Lima FET. Análise comparativa das características demográficas, sintomatologia e comorbidades de adultos e idosos notificados e confirmados com covid-19 nas capitais brasileiras.
|
Brasil, 2022. | Rev Min Enferm. |
7. |
Niquini RP, Lana RM, Pacheco AG, Cruz OG, Coelho FC, Carvalho LM, Villela DAM, Gomes MFC, Bastos LS. SRAG por covid-19 no Brasil: descrição e comparação de características demográficas e comorbidades com SRAG por influenza e com a população geral. | Brasil, 2020. | Cad. Saúde Pública |
8. |
Jardim BC, Migowski A, Corrêa FM, Silva GA. covid-19 no Brasil em 2020:
impacto nas mortes por câncer e doenças cardiovasculares.
|
Brasil, 2022. | Rev Saude Publica. |
9. |
Macêdo Júnior AM, Fonseca MC, Cazuza EP, Santos MC,Gurgel JAR, Silva CDD, Nicoletti GP. | Brasil, 2021. | Rev o Mundo da Saúde |
10. |
Almeida LV, Garcia-Araujo A, Lopez M, Rocha DS, Mendes RG, Borghi-Silva A, Dibai-Filho AV, Dibai DB. Results and effects of patients who have recovered from covid-19:
identifying the relationship with risk factors and comorbidities.
|
Brasil, 2022. | Ciência & Saúde Coletiva |
11. |
Gaviria-Salinasa L, González-Zapatab LI, Bohorquez-Largoc V, Estrada-Restrepod A. Doenças cardiometabólicas e
mortalidade por covid-19 no início da pandemia na Colômbia. |
Colômbia, 2021. | Rev. Med |
12. |
Carvalho MC, Melo RA, Fernandes FECV, Góis ARS, Mattos RM, Teles RBA. Prevalência e fatores associados aos óbitos pela covid-19: estudo transversal. | Brasil, 2023. | Online Braz J Nurs |
13. |
Püschel VAA, Fhon JRS, Nogueira LS, Poveda VB, Oliveira LB, Salvetti MG, Lemos CS, Bruna CQM, Lima FR, Silva ABP, Carbogim FC. Fatores associados à contaminação e internação hospitalar por
covid-19 em profissionais de enfermagem: estudo transversal. |
Brasil, 2022. | Rev. Latino-Am. Enfermagem |
14. |
Bergantini LS, Ichisato SMT, Salci MA, Birolim MM, Santos MLA, Höring CF, Rossa R, Facchini LA. Fatores associados a hospitalizações e óbitos de gestantes paranaenses por covid-19: estudo transversal. | Brasil, 2024. | Rev Bras Epidemiol |
15. |
Nascimento IB, Barboza EZ, Fleig R. covid-19 e o impacto de pacientes diabéticos e obesos durante o confinamento | Brasil, 2023. | Medicina (Ribeirão) |
16. |
Silva GDM, Souza AA, Castro MSM, Miranda WD, Jardim LL, Sousa RP. Influência da desigualdade socioeconômica na distribuição das internações e dos óbitos por covid-19 em municípios brasileiros, 2020: um estudo ecológico. | Brasil, 2023. | Epidemiologia e Serviços de Saúde. |
17. |
Leite MAP, Cavalcanti LS, Nova FA LV, Pereira RR, Lima ISA, Pontes M L F. Fatores associados a morbimortalidade por covid-19 em idosos: revisão de escopo. | Brasil, 2022. | Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental. |
18. |
Duarte MMS, Haslett MIC, Freitas LJA, Gomes NTN, Silva DCC, Percio J, Wada MY, Fantinato FFST, Almeida WAF, Silva DA, Gava C, França GVA, Macário EM, Baêta KF, Malta JMAS, Alves AJS. Descrição dos casos hospitalizados pela covid-19 em profissionais de saúde nas primeiras nove semanas da pandemia, Brasil, 2020. | Brasil, 2020. | Epidemiol. Serv. Saúde. |
19. |
Nascimento JS, Bezerra LP, Ramos RES. Prevalência e aspectos epidemiológicos da covid-19 na 9ª Região de Saúde de Alagoas. | Brasil, 2020 | Journal of Health & Biological Sciences. |
20. |
Castro PFA, Lima GA, Mello PRRO, Chagas MVB, Lima CS, Dias RS, Silva LDC. Caracterização sociodemográfica e clínica de pessoas idosas com sequelas da covid-19 | Brasil, 2020. | Rev enferm UERJ. |
21. |
Deng Y, Xie W, Liu T, Wang S, Wang M, Zan Y, Meng X, Deng Y, Xiong H, Fu X. Associação da Hipertensão com a Gravidade e a Mortalidade de Pacientes Hospitalizados com covid-19 em Wuhan, China: Estudo Unicêntrico e Retrospectivo. |
China, 2021. |
Arq Bras Cardiol |
22. |
Souza PHL, Corrêa JCF, Uehara L, Kishima LK, Bertolini BR, Segheto W, Ritti-Dias RM, Corrêa FI. Associação entre diabetes mellitus e evolução para intubação ou morte para os indivíduos hospitalizados com covid-19. | Brasil, 2023. | Conscientiae Saúde. |
23. |
Machado AG, Batista MS, Souza MC. Características epidemiológicas da contaminação por covid-19 no estado da Bahia. | Brasil, 2021. | Rev Enferm Contemp. |
24. |
Silva JC, Sousa GGS, Oliveira RA, Santos LFS, Rolim ILTP, Pascoal LM, Bezerra JM, Santos FS, Costa ACPJ, Santos Neto M. Caracterização clínico-epidemiológica e autocorrelação espacial dos casos de covid-19 no estado do Maranhão. | Brasil, 2024. | Hygeia. |
25. |
Oliveira CCM, Paula FC, Lopes NRL, Vasconcelos R. Perfil dos pacientes internados por covid-19: a importância da vigilância epidemiológica hospitalar.
|
Brasil, 2022. | Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, |
Fonte: Autores, 2024.
O material empírico oriundo da busca realizada para a revisão integrativa evidencia: O Brasil apresenta produção científica acerca da prevalência de comorbidades em pacientes acometidos pela covid-19 com 23 estudos identificados.
No que se refere ao ano de divulgação dos estudos, observa-se que em 2022 e em 2023 houve cinco publicações em cada ano. Concernente aos periódicos de divulgação das obras destaca-se o jornal Ciência & Saúde Coletiva, que publicou dois artigos referentes à temática em discussão.
Quadro 2 – Distribuição dos estudos incluídos na revisão integrativa, segundo tipo de estudo, objetivos, comorbidades evidenciadas, principais discussões, conclusões do estudo. Brasil, 2024
Tipo de Estudo | Objetivos | Comorbidades evidenciadas | Principais discussões | Conclusões do estudo | |
1. | Estudo transversal com abordagem quantitativa. | Identificar fatores associados ao enfrentamento da pandemia da covid-19 por pessoas idosas com e sem comorbidades. | Hipertensão arterial, diabetes mellitus, neoplasias, asma, hipotireoidismo, além de outras doenças pulmonares, cardiovasculares e osteoarticulares. | Os idosos que não apresentam comorbidades e com menor adesão aos fatores associados ao enfrentamento da pandemia da covid-19 estão mais susceptíveis e vulnerabilizados durante a pandemia de covid-19. | Os idosos com comorbidades pensam na possibilidade de ser infectado pelo novo coronavírus, concordam mais com as medidas de distanciamento social e se informam mais. |
2. | Estudo transversal com abordagem quantitativa. | Analisar condições de vida e de saúde mais prevalentes dos trabalhadores da saúde, comorbidades pré-existentes autorrelatadas pelos participantes no questionário online e queixas conexas à saúde mental decorrentes da pandemia. | Hipertensão arterial, obesidade, doenças crônicas respiratórias, diabetes mellitus e depressão/ansiedade. | Ter respostas efetivas para a atenção integral à saúde superando o sofrimento e a devastação humanitária. O manejo da pandemia deveria ser amplamente conhecido para preservar a vida, sustentado nos princípios da bioética, de beneficência, não maleficência, autonomia e justiça. | o SUS foi vital e estratégico no enfrentamento da pandemia. Contudo, trabalhadores mais susceptíveis adoeceram e morreram pela covid-19 gerando forte pressão sobre a força de trabalho que enfrentou grande risco ocupacional, exposição desprotegida, controle ineficiente de infecções, sucateamento dos serviços, sobrecarga de trabalho e comorbidades pré-existentes. |
3. | Estudo caso-controle pareado com abordagem quantitativa. | Utilizar ferramentas de Data Science para analisar se o acometimento por covid-19 no Amazonas aumentava o risco de ocorrência de óbitos em pacientes que desenvolveram SRAG e concomitantemente apresentavam alguma comorbidade associada. | Doença cardiovascular crônica, diabetes mellitus e obesidade. | A comorbidade mais letal foi a doença renal crônica, enquanto a mais prevalente foi a doença cardiovascular crônica, demonstrando o impacto que acometimentos do sistema cardiovascular tem sobre os desfechos da covid-19. | O acometimento por covid-19 aumentou a chance de ocorrência de óbitos em indivíduos com comorbidades que desenvolveram SRAG em 2020 no Amazonas, além de explicitar o impacto negativo dos acometimentos cardiovasculares sobre a progressão da covid-19. |
4. | Estudo observacional quantitativo e qualitativo. | Avaliar por meio de um estudo observacional quantitativo e qualitativo o cenário existente na cidade de Toledo PR, do quadro de saúde dos pacientes que possuem comorbidades como diabetes e hipertensão e que apresentaram reincidência a infecção da covid-19, antes e após a imunização pela 2ª dose da vacina. | Hipertensão arterial sistêmica e diabetes. | Observou-se que quando existe o acometimento por mais de uma doença o grau de intensidade da infecção viral torna o paciente mais vulnerável, podendo integrar mais doenças e acometer outros órgãos elevando-se a uma condição mais grave, o que se observou nas análises pelo índice de internamento mais elevado. | As comorbidades associada a doença da covid-19 em grupos de idade superior a 60 anos, aumentam o fator de risco para desencadear complicações relacionados com a infecção viral. Isso devido a população idosa apresentar um grau de suscetibilidade maior da doença por inúmeros fatores associados à idade e a fragilidade do sistema imunológico, e com isso, ficando mais expostas ao risco de patologias. |
5. | Estudo retrospectivo, descritivo e com abordagem quantitativa. | Descrever os casos de pacientes com covid-19 que evoluíram para óbito no Brasil, evidenciando idade, sexo e presença de comorbidades. | Cardiopatias, diabetes, obesidade, doenças neurológicas, doenças renais e pneumopatias. | O mau prognóstico da covid-19 está diretamente associado à presença de uma ou mais comorbidades, entre as quais destacam-se as cardiopatias. | Aspecto importante a ser considerado é a idade dos pacientes, uma vez que a vulnerabilidade do paciente idoso à covid-19 é agravada na presença de comorbidades e que o sexo parece ter também relação com a mortalidade da doença. |
6. | Estudo ecológico com abordagem quantitativa. | Comparar o perfil demográfico, a sintomatologia e as comorbidades de adultos e idosos notificados com covid-19 nas capitais brasileiras e no Distrito Federal – DF. | Doenças cardíacas e diabetes. | Como principal sintoma dentre os avaliados, a dispneia se caracterizou como a de maior prevalência em todos os agrupados por regiões brasileiras, e as comorbidades mais prevalentes foram as doenças cardíacas e a diabetes. | Verificou-se que os homens foram os principais afetados pela covid-19 no Brasil, com a ressalva do predomínio do sexo feminino em quatro das cinco regiões brasileiras. |
7. | Estudo ecológico com abordagem quantitativa. | Descrever os pacientes hospitalizados por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em decorrência da covid-19 (SRAG-COVID), no Brasil, quanto às suas características demográficas e comorbidades até a 21a Semana Epidemiológica de 2020. | Diabetes mellitus, doença cardiovascular, doença renal crônica e pneumopatias crônicas e asma. | A idade mais avançada, o sexo masculino e a presença de comorbidades são fatores associados à hospitalização por covid-19, e são potenciais marcadores de gravidade da doença. | A elevada proporção, em relação ao perfil da população geral brasileira, de indivíduos idosos e de 40 a 59 anos ou com comorbidades (diabetes mellitus, DCV, DRC e pneumopatias crônicas) entre os hospitalizados por SRAG-COVID aponta que estes podem apresentar casos mais graves da doença. |
8. | Estudo ecológico com abordagem quantitativa. | Analisar o impacto da pandemia de covid-19 sobre a mortalidade por câncer e por doenças cardiovasculares (DCV) como causa básica e comorbidade no Brasil e em suas regiões em 2020. | Câncer e doenças cardiovasculares. | O crescimento do número de óbitos citados como comorbidade tanto para câncer como para DCV merece atenção especial e indica necessidade de monitoramento do impacto da covid-19 entre pacientes com essas morbidades. | O excesso de óbitos por câncer e doenças cardiovasculares como comorbidade em 2020 pode indicar que a covid-19 teve um importante impacto entre pacientes portadores dessas condições. |
9. | Estudo transversal, de natureza qualitativa e quantitativa. | Investigar a experiência da pandemia da covid-19 no município de Natal – RN, considerando a faixa etária dos pacientes acometidos pela doença e suas possíveis comorbidades, através dos indicadores epidemiológicos. | Angina, doença arterial coronariana, cardiomiopatia, insuficiência cardíaca, síndrome coronariana aguda, doença cerebrovascular, doença da artéria periférica, doença cardíaca reumática, trombose venosa profunda, diabetes, obesidade, doença renal crônica, problemas psiquiátricos. | Ocorrência de uma progressão no número de casos, com prevalência para faixa etária economicamente ativa, e que o maior número de óbitos ocorre em idosos. Sendo, portanto, medida essencial os cuidados preventivos para tentar controlar o número de casos e óbitos por covid-19. | Faz-se necessário enfatizar cada vez mais as medidas de profilaxia para evitar o contágio do novo coronavírus, como o uso devido de máscaras, lavagem das mãos e o distanciamento social. |
10. | Revisão de literatura. | Revisar as condições clínicas e funcionais de pacientes que se recuperaram da covid-19. | Hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus E obesidade. | Pacientes que seriam mais gravemente enfermos durante sua internação hospitalar apresentam maior prejuízo da capacidade funcional, pior difusão pulmonar e sintomas de fadiga, sendo assim a população-alvo para disciplinas de recuperação a longo prazo. | Para melhorar a reabilitação pós-hospitalização de pacientes após alta por covid-19, deve-se considerar a necessidade de trabalho multiprofissional na reabilitação, o reforço das políticas públicas para garantir a equidade e melhoria de acesso ao sistema público de saúde e treinamento da equipe de saúde frente às novas demandas e realidades gerados pelo covid-19. |
11. | Estudo descritivo quantitativo. | Descrever as características sociodemográfico e morbidade nas mortes ocorridas na Colômbia por covid-19 em 19 de maio de 2020. | Hipertensão, diabetes mellitus, DPOC, doença cardiovascular, obesidade e patologias cardiometabólicas. | É necessário avaliar o impacto real nos hábitos alimentares da população saudável e com morbidades, por isso devem ser desenvolvidas ações de todos os setores (legislativo, educacional, informativo e comunicativo, entre outros) que favorecem a produção, disponibilidade e consumo alimentar sustentável | Doenças cardiometabólicas e a obesidade aumenta o risco de morrer de SARS-CoV-2. |
12. | Estudo descritivo quantitativo. | Avaliar a prevalência e os fatores associados aos óbitos pela covid-19 em Pernambuco. | Doenças hepáticas, doenças renais; sobrepeso ou obesidade | Importância dos setores públicos na intervenção desses determinantes para garantir a redução da contaminação pelo SARS-CoV-2 e os seus desfechos associados com a saúde. | Maior prevalência de pacientes não idosos e do sexo masculino, além da presença de comorbidades, especialmente de doenças cardíacas e diabetes, e necessidade de hospitalização |
13. | Estudo descritivo quantitativo. | Identificar fatores associados à contaminação e internação hospitalar por covid-19 em profissionais de enfermagem. | Doença cardiovascular, Hipertensão arterial sistêmica, Insuficiência cardíaca,
Cardiopatia congênita, Arritmia, Síndrome coronariana, Doença respiratória, Asma, Bronquite, DPOC, Diabetes, Neoplasia, Imunossupressão por medicamento, Doença autoimune, Fumante e Obesidade. |
Foi estabelecida uma relação
entre contaminação e falta de EPI. Acredita-se que o risco ocupacional imposto pela falta desses equipamentos deve ser evitado e a disponibilização de EPI adequado deve receber especial atenção no manejo local da pandemia. |
Habitar o mesmo domicílio que outras pessoas com a doença e usar transporte público aumentou o risco de contaminação pelo novo coronavírus. Os fatores associados à internação hospitalar dos profissionais contaminados foram a presença de fatores de risco para doença, a gravidade e o tipo dos sintomas apresentados. |
14. | Estudo descritivo quantitativo. | Analisar os fatores associados à hospitalização em enfermaria e unidade de terapia intensiva (UTI), e ao óbito pela covid-19 em gestantes com caso confirmado | Cardiopatia, diabetes, obesidade. | Identificação de mulheres vulneráveis pela equipe envolvida na assistência materno-infantil possibilita a elaboração de estratégias de intervenção que possam prevenir ou amenizar os agravos decorrentes da covid-19. | A idade materna avançada, o final do período gestacional e comorbidades foram fatores associados a quadros graves de covid-19. |
15. | Revisão de literatura. | Identificar os aspectos relacionados à obesidade e ao diabetes de acordo com os fatores clínicos, sociais e as dificuldades de condicionamento físico na rotina de confinamento durante a covid-19. | Diabetes | A circunstância de adaptação à pandemia do novo coronavírus predispõe ao sedentarismo. Os exercícios reduzidos e o estresse mental geraram desfechos de pacientes com agravamento da hiperglicemia. | Entendimento específico sobre a abordagem imunomoduladora e de inibidores enzimáticos é de importância na atenção primária ao paciente. |
16. | Estudo ecológico com abordagem quantitativa. | Analisar a influência da desigualdade socioeconômica na distribuição da covid-19 nos maiores municípios brasileiros (> 100 mil habitantes), controlando, pelo efeito da infraestrutura hospitalar, comorbidades e outras variáveis. | Diabetes, hipertensão arterial, doenças respiratórias crônicas, doenças cardiovasculares e tumores malignos. | As consequências da pandemia de covid-19 foram mais graves na população em pior condição socioeconômica, confirmando a hipótese do estudo, de que a infraestrutura hospitalar, a distribuição por sexo e por faixa etária, e a presença de comorbidades não são suficientes para explicar a ocorrência e a distribuição, tanto de internações como de óbitos por covid-19 no Brasil. | Condições socioeconômicas afetaram o adoecimento e morte por covid-19 no Brasil. |
17. | Revisão de literatura. | Identificar as evidencias cientificas sobre os fatores que estão associados a morbimortalidade por covid-19 em idosos | Doença cardiovascular, doenças endócrinas, hipertensão, pneumopatias, doença renal crônica, doença renal aguda, doença neurológica, doença cerebrovascular, doença hepática, câncer e obesidade | A presença de comorbidades, idade avançada, sexo masculino, alterações laboratoriais, dentre outros fatores que podem ser preditivos de piores desfechos clínicos. | A população idosa foi uma das mais afetadas pela pandemia e que alguns fatores contribuem para pior prognóstico. |
18. | Estudo descritivo de tipo série de casos. | Descrever os casos hospitalizados pela covid-19 em profissionais de saúde no Brasil. Métodos: Estudo descritivo de tipo série de casos; foram incluídos aqueles com adoecimento entre 21 de fevereiro e 15 de abril de 2020, registrados no Sistema de Informação de Vigilância da Gripe (SIVEP-Gripe). | Cardiopatas, hipertensão, diabetes e asma. | Foram descritos os primeiros profissionais de saúde hospitalizados, notificados e confirmados para covid-19 no Brasil. Os casos ocorreram, predominantemente, entre o sexo feminino, adultos jovens, profissionais da medicina e da enfermagem, que apresentaram febre, tosse e dispneia e relataram cardiopatia, diabetes mellitus e asma mais frequentemente. | O perfil dos profissionais de saúde hospitalizados por covid-19 é semelhante ao da população quanto à idade e comorbidades; porém, diferente quanto ao sexo. As áreas profissionais mais acometidas foram a enfermagem e a medicina. |
19. | Estudo ecológico com abordagem quantitativa. | Verificar a taxa de prevalência e realizar uma caracterização epidemiológica dos casos de covid-19 na 9ª Região de Saúde de Alagoas, incluídos todos os casos registrados até 30 de setembro 2020. | Doença cardiovascular, doença respiratória crônica, hipertensão, diabetes e asma | Prevenção para que novas pessoas não se infectem é de suma importância, uma vez que a inexistência de profilaxia e de tratamento específico é um grande problema para saúde pública. | os resultados auxiliam na adoção de medidas e práticas preventivas, levando em consideração a taxa de prevalência da doença, dando importância, assim, aos municípios prioritários neste momento. |
20. | Estudo documental quantitativo | Descrever as características sociodemográficas e clínicas de pessoas idosas com sequelas da covid-19. | Hipertensão arterial, obesidade, diabetes mellitus, doenças cardíacas e respiratórias. | Conhecer as condições de saúde e estilo de vida possibilita a adoção de estratégias mais adequadas para o enfrentamento dessa condição clínica e ainda pouco abordada que é a síndrome pós-covid-19. Identificar essas pessoas pode ajudar na estratificação de risco, permitindo uma abordagem direcionada e específica para a prevenção de eventos fatais. | O envelhecimento, a presença de comorbidades e hospitalização são condições associadas a mortalidade por covid-19. |
21. | Estudo de caso unicêntrico e retrospectivo | Investigar a associação entre a hipertensão e a gravidade/mortalidade de pacientes hospitalizados com covid-19 em Wuhan, China. | Hipertensão, diabetes, doença cardiovascular e doença no fígado. | A mortalidade hospitalar em pacientes com hipertensão é muito maior do que em pacientes normotensos. | A hipertensão está altamente associada à gravidade ou mortalidade da covid-19. Um tratamento agressivo deve ser considerado para pacientes hipertensos com covid-19, principalmente com relação a lesões cardíacas e dos rins. |
22. | Estudo transversal, observacional, quantitativo com dados dos prontuários. | Analisar a associação entre DM e evolução para intubação e óbito em indivíduos internados com covid-19. | Diabetes. | Pacientes infectados com covid-19 parecem manifestar evolução mais grave quando apresentam comorbidades, como a Diabetes Mellitus (DM). No entanto, dados da população brasileira ainda são pouco disponíveis. | Na presente amostra a DM não foi associada com a evolução clínica para intubação e óbito. |
23. | Estudo ecológico com abordagem quantitativa. | Caracterizar o perfil epidemiológico dos casos confirmados e óbitos por covid-19 no estado da Bahia. | Hipertensão arterial, diabetes, doença cardiovascular, doença renal crônica, obesidade, doença respiratória crônica, neoplasias, doenças do sistema nervoso, demência, tabagismo, imunodeficiências, doenças hematológicas, doença hepática, doença endócrina, glaucoma e osteoartrose. | Percebe-se um crescente no número de casos confirmados pelo novo Coronavírus na Bahia, expandindo-se para cidades do interior do estado, o que exige um maior combate à disseminação do vírus. | É necessário fortalecer as medidas de enfrentamento à pandemia da covid-19 no estado da Bahia de forma a prevenir a ocorrência de novas transmissões e consequentemente aumento no número de casos e de óbitos por essa doença. |
24. | Estudo ecológico com abordagem quantitativa. | Descrever as características clínico-epidemiológicas e a autocorrelação espacial da covid-19 no estado do Maranhão. | Hipertensão arterial, diabetes, doença cardiológica, doença respiratória, obesidade, doença neurológica, doença renal, doença oncológica, tabagismo, dependência química, mal formação. | Observou-se autocorrelação espacial positiva das taxas de incidência na primeira e segunda onda da doença, sendo identificados clusters de alto risco, estatisticamente significantes, principalmente na região centro-sul do estado. | Os achados desta pesquisa podem auxiliar a gestão, os sistemas e os serviços de saúde na implementação de medidas direcionadas à mitigação e ao controle da doença, subsidiando a redução de disparidades de saúde e desigualdades sociais no estado do Maranhão. |
25. | Estudo observacional, retrospectivo e com abordagem quantitativa. | Descrever o perfil dos casos hospitalizados por covid-19 em hospital de emergência do município do Rio de Janeiro, bem como fatores associados ao óbito hospitalar. | Diabetes mellitus, doença cardiovascular, neoplasia, obesidade e doença respiratória. | Nesse estudo o percentual expressivo de pacientes que precisaram ir para a UTI, ou tiveram uso de suporte ventilatório, método utilizado quando o paciente infectado atinge um nível de comprometimento dos pulmões que causa debilidade respiratória severa, mostra a gravidade dos casos hospitalizados e a dimensão da demanda tecnológica no sistema de saúde. | O estudo reforça a importância da vigilância epidemiológica, em âmbito hospitalar, principalmente para as doenças em que o sistema passivo de vigilância pode não ser capaz de reportar adequadamente, como no caso da covid-19. |
Fonte: Autores, 2024.
No Quadro 2, observa-se ainda que dentre os estudos que compuseram a amostra não houve nenhuma investigação com abordagem qualitativa ou mista (quantitativa e qualitativa) e que a maioria dos estudos primários desenvolveu a investigação baseado num acompanhamento temporal do tipo transversal.
De acordo com os artigos que foram incluídos na amostra da presente Revisão, observa-se que a covid está associada principalmente às comorbidades obesidade (presente em 15 estudos) diabetes mellitus (presente em 22 estudos) e doença cardiovascular (presente em 28 estudos) conforme disposto na Tabela 1.
Tabela 1 – Distribuição dos estudos incluídos na revisão integrativa segundo comorbidades evidenciadas. Brasil, 2024
4. DISCUSSÃO
O fato de o Brasil liderar a produção científica sobre a prevalência de comorbidades em pacientes com covid-19 é uma reflexão interessante sobre o papel da pesquisa médica e científica em um contexto de crise de saúde global (Ucatto; Freitas; Marzzoni, 2020).
A compreensão das comorbidades associadas à covid-19 é crucial para melhorar o manejo clínico da doença, identificar grupos de risco e desenvolver estratégias de prevenção mais eficazes. Portanto, o investimento em pesquisa nessa área é fundamental para orientar as políticas de saúde pública e as práticas clínicas (Niquini et al., 2020).
Por outro lado, essa liderança também pode evidenciar desafios específicos enfrentados pelo Brasil no contexto da pandemia. Isso inclui a alta prevalência de comorbidades na população brasileira, como diabetes, hipertensão e obesidade, que podem aumentar o risco de complicações da covid-19. Além disso, pode refletir a necessidade urgente de compreender melhor como essas comorbidades interagem com o vírus e influenciam o curso da doença (Almeida et al., 2022).
Embora seja positivo que o Brasil esteja produzindo conhecimento significativo nessa área, é importante ressaltar a importância da colaboração internacional em pesquisa. A pandemia de covid-19 destacou a necessidade de compartilhar dados e experiências entre países para enfrentar desafios comuns de saúde global (Gaviria-Salinas et al., 2021). Portanto, é essencial que os pesquisadores brasileiros trabalhem em colaboração com pares de outros países para obter uma compreensão mais abrangente das comorbidades associadas à covid-19.
A ausência de estudos com abordagem qualitativa ou mista em uma amostra de pesquisa pode ter implicações significativas para a compreensão e interpretação dos resultados. Enquanto os estudos quantitativos tradicionalmente se concentram em números, estatísticas e padrões, os estudos qualitativos exploram a complexidade e a subjetividade das experiências humanas, permitindo uma compreensão mais profunda de fenômenos sociais, psicológicos e culturais (Itokazu; Medeiros, 2024). O método misto é uma abordagem de pesquisa que combina métodos quantitativos e qualitativos para obter uma compreensão mais abrangente de um fenômeno (Luz et al., 2024).
É importante reconhecer que os estudos quantitativos e qualitativos têm abordagens distintas, mas complementares, na pesquisa. Enquanto os estudos quantitativos são frequentemente associados à objetividade e à generalização de resultados, os estudos qualitativos destacam a riqueza dos dados descritivos e a compreensão contextual (Conde; Carvalho, 2023).
A associação entre a covid-19 e comorbidades específicas como obesidade, diabetes mellitus e doenças cardiovasculares como evidenciada na presente revisão tem sido amplamente estudada e documentada ao longo da pandemia. Esses fatores de risco têm um impacto significativo na gravidade da doença e nos desfechos clínicos dos pacientes infectados pelo SARS-CoV-2 (Souza Filho et al., 2021).
A obesidade, presente em 15 estudos recuperados por esta revisão, tem sido consistentemente identificada como um fator de risco importante para a gravidade da covid-19. Indivíduos obesos apresentam um risco maior de desenvolver formas graves da doença, necessitando de hospitalização, ventilação mecânica e apresentando uma maior taxa de mortalidade (Carvalho et al., 2023).
Os mecanismos que explicam essa relação incluem a inflamação crônica de baixo grau associada à obesidade, a disfunção imunológica, e as dificuldades mecânicas respiratórias devido ao excesso de peso. Além disso, a obesidade pode contribuir para outras comorbidades, como diabetes e hipertensão, que também aumentam o risco de complicações da covid-19 (Püschel et al., 2022).
O diabetes mellitus, identificado em 22 estudos, é outra comorbidade que tem um impacto significativo na evolução da covid-19. Pacientes diabéticos apresentam um risco aumentado de hospitalização, complicações graves e mortalidade (Nascimento; Barboza; Fleig, 2023).
A hiperglicemia crônica em diabéticos pode comprometer a resposta imune, aumentando a suscetibilidade a infecções. Além disso, o controle inadequado da glicemia pode ser exacerbado durante a infecção, agravando ainda mais a condição dos pacientes. A inflamação e o estresse oxidativo são outros fatores que contribuem para a gravidade da covid-19 em diabéticos (Souza et al., 2023).
As Doenças Cardiovasculares (DCV), presentes em 28 estudos recuperados, são a comorbidade mais frequentemente relatada em associação com a covid-19. Pacientes com DCV preexistentes têm um risco significativamente maior de desenvolver complicações graves, incluindo insuficiência cardíaca, arritmias e morte (Bergantini et al., 2024).
A infecção pelo SARS-CoV-2 pode agravar as condições cardiovasculares existentes devido à resposta inflamatória intensa e ao estresse hemodinâmico. Além disso, a covid-19 pode levar à miocardite, tromboembolismo e outras complicações cardíacas que complicam ainda mais a gestão de pacientes com DCV (Silva et al., 2023).
Essas comorbidades não apenas aumentam individualmente o risco de complicações graves da covid-19, mas também frequentemente coexistem, exacerbando ainda mais os riscos. Por exemplo, a obesidade é um fator de risco para o desenvolvimento de diabetes mellitus e doenças cardiovasculares, criando um ciclo vicioso de risco aumentado (Leite et al. 2022).
Do ponto de vista clínico, é crucial identificar pacientes com essas comorbidades e gerenciar agressivamente suas condições subjacentes para melhorar os desfechos da covid-19. Estratégias de prevenção, como a vacinação prioritária, intervenções de saúde pública para controle de peso, manejo rigoroso do diabetes e tratamento de doenças cardiovasculares, são essenciais para reduzir a morbidade e mortalidade associadas à covid-19 (Duarte et al., 2020).
A importância da medicina e do papel do médico se torna ainda mais evidente diante da associação da covid-19 com comorbidades como obesidade, diabetes mellitus e doenças cardiovasculares. O profissional médico desempenha um papel crucial na identificação precoce dessas condições e na implementação de estratégias de prevenção e tratamento personalizado. Ao monitorar e gerenciar essas comorbidades de forma eficaz, os profissionais de saúde podem reduzir significativamente o risco de complicações graves em pacientes infectados pelo SARS-CoV-2. Além disso, a equipe de saúde é responsável pela educação em saúde dos pacientes sobre a importância de manter um estilo de vida saudável, controlar a glicemia e a pressão arterial, e aderir aos tratamentos prescritos para minimizar o impacto dessas condições na evolução da covid-19 (Rolim et al., 2022).
Além do manejo clínico individual, a medicina tem um papel central na promoção de políticas de saúde pública que abordem as comorbidades associadas à covid-19. Médicos e pesquisadores contribuem para o desenvolvimento de diretrizes baseadas em evidências para a vacinação prioritária de grupos de risco e para a implementação de programas de intervenção comunitária que incentivem a perda de peso, a alimentação saudável e a atividade física regular (Santos, 2020).
5. CONCLUSÕES
Para responder à questão motivadora da execução dessa revisão integrativa da literatura, que possibilita sintetizar o conhecimento existente acerca prevalência de comorbidades em pacientes acometidos pela covid-19, foi realizado levantamento do material disponível referente a publicações brasileiras de artigos.
Os achados da presente investigação indicam que de acordo com a produção científica brasileira, a COVID-19 está fortemente associada a comorbidades como obesidade, diabetes mellitus e doenças cardiovasculares. Essas condições preexistentes parecem aumentar a gravidade e o desfecho clínico da infecção pelo coronavírus. A compreensão dessa relação é vital para a implementação de estratégias de manejo clínico eficazes e para a priorização de recursos de saúde pública.
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Material recebido: 01 de junho de 2024.
Material aprovado pelos pares: 18 de outubro de 2024.
Material editado aprovado pelos autores: 11 de novembro de 2024.