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Tratamento da mordida aberta anterior relacionada a hábitos

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CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

MEDEIROS, Mariângela de Sá Couto [1]

MEDEIROS, Mariângela de Sá Couto. Tratamento da mordida aberta anterior relacionada a hábitos. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 04, Vol. 06, pp. 99-118. Abril de 2021. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/odontologia/relacionada-a-habitos

RESUMO

A presente pesquisa estudará as formas de tratamento da mordida anterior relacionada a hábitos deletérios. Para tanto, no primeiro momento será investigado o conceito e apontamentos gerais sobre mordida aberta. Adiante, no segundo momento se estudará a mordida aberta decorrente da sucção digital, decorrente da sucção de chupeta, decorrente da sucção de lábio, decorrente da respiração bucal e decorrente da interposição lingual. Por fim, no último momento irá explorar o tratamento ortodôntico da mordida aberta, o procedimento orto-cirúrgico, a fonoaudiologia e a otorrinolaringologia associada ao tratamento. Neste mesmo capítulo ainda se apresentará a discussão da pesquisa bem como os resultados encontrados como forma de melhor tratamento.

Palavras-Chave: Mordida aberta anterior, Hábitos deletérios, Tratamento.

1. INTRODUÇÃO

A presente pesquisa pretende investigar quais as melhores e mais eficazes formas de tratamento para a mordida aberta anterior.

A partir dos estudos de Cirelli et al. (2001) sabe-se que esta é uma anomalia complexa de característica representativa e específica que possui um difícil tratamento, pois o controle da dimensão vertical em uma má oclusão exige um certo conhecimento do profissional de Odontologia e a cooperação do paciente, além do envolvimento de outras áreas, como a Fonoaudiologia.

De acordo com Siqueira et al. (2002) a mordida aberta anterior está relacionada frequentemente a algum hábito por meio do qual os dentes que estão em infra oclusão foram automaticamente impedidos de concluir sua erupção. Isso envolverá, consequentemente, um número variável de dentes conforme a interferência exercida pelo agente causador.

Tendo em vista a complexidade da maloclusão e a dificuldade encontrada pelos profissionais de odontologia para o tratamento, o objetivo desse estudo será realizar uma revisão da literatura sobre o tema além de analisar um caso concreto e descrevê-lo, com pretensão de apontar os resultados obtidos após o tratamento aplicado.

As questões que nortearam a presente pesquisa foram as seguintes:  que fatores determinantes provocam essa alteração patológica?  Qual a melhor e mais eficaz forma de tratamento para a questão?  Determinados hábitos como a sucção digital, sucção de chupeta, dentre outros podem ser apontados como principais causas da mordida aberta anterior?  Pode-se afirmar que havendo um diagnóstico e tratamento ortodôntico precoces reverterá todo o dano já instituído?

Como meios metodológicos a pesquisa em pauta assume o método bibliográfico e também empírico. Decidiu-se pela pesquisa bibliográfica, em abordagem descritiva a partir de fontes como livros, artigos, doutrina e literatura, todas disponíveis nas bibliotecas das grandes Universidades do Rio de Janeiro além de artigos e demais escritos coletados na internet.

Por fim, optou-se também pelo estudo empírico para que se pudesse demonstrar na prática os resultados obtidos diante de um tratamento já instituído.

2. PROPOSIÇÃO

A presente pesquisa objetiva promover um estudo, através de revisão da literatura e análise empírica, da mordida aberta anterior. Para tanto, serão avaliadas as seguintes questões:

– Que hábitos podem acarretar a mordida aberta?

– Qual é a prevalência da mesma na população?

– A simples eliminação desses hábitos poderá corrigir a maloclusão?

– A mordida aberta anterior poderá provocar alterações musculares facial?

– Quais são os tratamentos propostos?

– Será necessário o uso de acessórios ortodônticos?

– Por fim, em que situações haverá indicação de tratamento orto-cirúrgico?

3. REVISÃO DA LITERATURA

3.1 CONCEITO E APONTAMENTOS GERAIS SOBRE MORDIDA ABERTA

A mordida aberta é na verdade uma maloclusão que tem relação com a postura dos tecidos moles.

Nathoum (1977) dividiu a mordida aberta em duas categorias distintas: dentária e esquelética. Esse autor acredita que as mordidas abertas dentárias apresentam um desenvolvimento processual de toda a área basal, residindo o problema, exclusivamente, na falta de irrompimento dos dentes anteriores. Já as mordidas abertas esqueléticas apresentam displasias ósseas envolvendo a área da base apical.

Já Worms et al. (1971), afirmaram que a incidência das mordidas abertas diminui conforme o avanço da idade, apresentando uma predominância maior na fase pré-puberal, que possibilita uma correção espontânea em 80% dos casos na fase puberal, sendo que nesta fase são mais predominantes as mordidas abertas esqueléticas.

Moresca (1994) afirma que uma mordida aberta pode ser definida como a deficiência de um contato vertical normal entre os dentes oponentes numa região limitada, ou, como raramente ocorre, em todo o arco dentário. É a discrepância no sentido vertical que além do envolvimento dos incisivos, algumas vezes se estende nos caninos e com menor frequência aos pré-molares e molares. Geralmente altera o perfil, acarretando deficiência no aspecto estético do paciente, dificulta a apreensão e corte dos alimentos, além de prejudicar determinados fonemas, expondo o paciente a situações desagradáveis em seu ambiente. A mordida aberta é uma maloclusão multifatorial onde destaca-se hábitos deletérios, respiração bucal, função ou tamanho anormal da língua e ainda traumatismos e patologias congênitas adquiridas na região de pré-maxila.

Por seu turno esclarece Enlow (1993) que a curva dentoalveolar é um ajuste desenvolvimental comum que pode promover uma reparação intrínseca para uma mordida aberta anterior. Um conjunto de muitos fatores que fundamenta a base esquelética desse tipo de maloclusão.

A lição de Almeida (2003) ensina que a mordida aberta anterior (M.A.A.) é uma das maloclusões de maior comprometimento estético- funcional, além das alterações dentárias e esqueléticas. É uma discrepância de natureza vertical, apresenta um prognóstico de bom a deficiente dependendo de sua gravidade e da etiologia a ela associada.

A mordida aberta é uma maloclusão caracterizada pela falta de contatos dos arcos dentários, resultando em ausência localizada de oclusão, geralmente, na região anterior, podendo ser bilateral. A sua gravidade depende da intensidade, frequência, tempo e tipo de hábitos, além de características genéticas e grau de desenvolvimento esquelético. (ALMEIDA, 2003, p.17-30).

Advertem ainda Saber et al. (2010) que

a mordida aberta anterior pode ser definida como trespasse vertical negativo entre os dentes antagonistas, havendo a possibilidade de manifestar-se também na região posterior e, raramente, em quase todo o arco dentário.

A MAA acarreta alterações no aspecto estético do indivíduo, dificulta a apreensão e o corte dos alimentos, prejudicando também a articulação de determinados fonemas, alterações que podem levar o indivíduo a situações desagradáveis e criar condições psicológicas desfavoráveis para ele. (SABER ET AL, 2010, p.49).

Segundo Camargo (1997), os eventuais problemas com a oclusão devem ser notados desde o período pós-natal, e podem estar relacionados a distúrbios funcionais do sistema estomatognático (sucção, respiração, deglutição, mastigação, fala, e problemas musculares). Dentre todos os tipos de más oclusões, a mordida aberta anterior é de grande prevalência em crianças principalmente naquelas portadoras de hábitos bucais deletérios.

De acordo com Christensen e Fields (1996), a mordida aberta anterior se dá pela ausência de contato entre os incisivos superiores e inferiores, quando os demais dentes estão em oclusão.

Burford e Noar (2003) ainda arremata afirmando que a mordida aberta pode ser entendida como uma deficiência no contato vertical normal entre os dentes antagonistas, podendo aparecer em uma região limitada ou, em situações raras, em todo arco dentário. As mordidas abertas podem ser categorizadas em dois tipos: dental e esquelética.

Martins (1994) esclarece que a mordida aberta esquelética se caracteriza por um maior comprometimento ósseo, possuindo características como rotação no sentido anti-horário do processo palatino, aumento da altura facial anteroinferior e do ângulo goníaco, ramo mandibular curto e altura dentoalveolar posterior aumentada, tanto na mandíbula quanto na maxila.

Já Cardoso (2014) ensina que a mordida aberta anterior é uma má-oclusão que se caracteriza pela falta de contato entre os dentes da parte superior e inferior da região anterior do arco bucal. Etiologicamente, a mordida aberta anterior pode estar relacionada a hábitos bucais anormais, como: a sucção de dedo, a sucção de chupeta, a interposição lingual, a deglutição atípica e a respiração bucal.

Contudo, a lição de Cabrera e Enlow (1993) afirma que as determinantes genéticas e as funções do esqueleto craniofacial são atributos influenciadores da ortogênese craniofacial, conduzindo-as ao padrão de normalidade. No decorrer do crescimento dinâmico e do prosseguimento craniofacial, a respiração bucal, a deglutição atípica e outros hábitos deletérios, quando exposto de forma crônica, podem resultar no desenvolvimento de desvios nesse padrão.

Por fim, Moyers (1979) ensina que os ossos da face (particularmente a maxila e mandíbula) servem como base para os arcos dentários. Alterações no seu crescimento podem modificar as relações e funções oclusais, podendo ocasionar, má oclusão e/ou má função.

3.2 A MORDIDA ABERTA DECORRENTE DA SUCÇÃO DIGITAL

Conforme lição de Moyers (1979), a maioria dos hábitos de sucção digital, inicia-se muito precocemente na vida do ser humano e na maioria das vezes até os três ou quatro anos de idade são superados. Entretanto, o período do surgimento desse hábito é importante, pois pode estar ligado com a fome, satisfazendo o instinto de sucção, a insegurança ou até mesmo um desejo para atrair atenção.

Já para Carminatti (1998), tem-se, uma vestibularização dos dentes superiores anteriores e uma mordida aberta originada da interferência do dedo entre os arcos. O não contato dos dentes provoca uma rotação de mandíbula no sentido horário. A pressão do dedo não se faz somente sobre os dentes, mas também sobre o osso alveolar e palato, provocando uma pressão negativa intra-bucal e, como consequência, o palato se estreita e aprofunda.

Por fim, Mercadante (1998) descreve que a sucção digital ocasiona, na maior parte das vezes, uma mordida aberta anterior e distalização da mandíbula, provocada pela pressão exercida pela mão e braço, apresentando como resultado um estreitamento de ambos os arcos, superior e inferior. Tal hábito não produz somente deformidade por pressão sobre os arcos, mas também danifica a estabilidade do osso alveolar, impedindo o ligamento contato funcional dos dentes.

3.3 A MORDIDA ABERTA DECORRENTE DA SUCÇÃO DE CHUPETA

Christensen e Fields (1996), relataram que um hábito bucal podia causar diversas mudanças dentais, dependendo de sua intensidade, duração e frequência. A duração apresentava a função mais crítica no movimento dental produzido por um hábito digital. As evidências sugeriram que se requeria de 4 a 6 horas de força diária para provocar movimentação dentária.

Para Cervera (1995) o hábito de sucção da chupeta é uma necessidade fisiológica do recém-nascido, devido ao instinto de sucção, como um substituto do peito materno em uma situação não nutritiva, na tentativa de acalmar o bebê. Assim, a erupção dentária diminui essa necessidade, dando espaço à mastigação.

Henriques (2000) ensina que quando a criança succiona a chupeta, esta funciona como um verdadeiro “braços de força”, exercendo força sobre a superfície vestibular dos incisivos inferiores e lingual dos superiores, com o fulcro localizando-se próximo ao palato. Assim, os dentes anterossuperiores sofrem uma força para vestibular e apical, enquanto os dentes antagonistas são forçados para lingual e apicalmente, com consequente aumento do trespasse horizontal. A posição do polegar ou da chupeta no palato deixa a língua em uma posição mais inferior, gerando assim uma pressão entre as bochechas contra os dentes póstero- superiores ao mesmo tempo que o músculo Bucinador se contrai durante a sucção, causando o desequilíbrio entre a musculatura interna e externa. Deste modo, os molares superiores são pressionados para lingual, instituindo-se, com frequência, a mordida cruzada posterior e a conformação ogival do palato.

A lição de Reis ainda esclarece que:

As mordidas abertas funcionais podem ser provocadas pela posição da língua entre os dentes, por chupar o dedo ou uso prolongado da chupeta.

Em qualquer uma destas situações, haverá um obstáculo (a língua, o dedo ou a chupeta) impedindo a erupção completa dos dentes anteriores e produzindo uma deformação na estrutura óssea das arcadas.

Esta maloclusão interfere na capacidade de corte, mastigação e deglutição dos alimentos.

A articulação de fonemas também é comprometida, justamente na fase em que a criança está sendo alfabetizada.

Quanto à questão estética, vamos observar uma inversão da linha do sorriso que segue os bordos dos dentes superiores. Esta linha é importantíssima para a harmonia do sorriso e nas mordidas abertas funcionais a curva fica invertida prejudicando a harmonia. (REIS, 2007).

E o mesmo autor ainda afirma que a maioria dos autores concorda que os hábitos de sucção digital e chupeta têm uma grande atuação na etiologia da mordida aberta anterior. Neste caso, esta deformidade apresenta caráter dentoalveolar, já que a abertura da mordida se limita à região de sucção. Devido ao uso de chupeta essa abertura apresenta-se na forma circunferencial e circular, já que a sucção do polegar acaba provocando a inclinação dos incisivos superiores para vestibular e inferiores para o lingual. Durante a sucção, o dedo ou a chupeta interpõem-se entre os incisivos dando forma a mordida aberta pelo comportamento esquelético, limitando a erupção destes dentes, ao passo que os dentes posteriores continuam a desenvolver-se no sentido vertical. Por causa da geometria dos maxilares, 1mm de alongamento posteriormente abre a mordida cerca de 2mm anteriormente.

Por fim, conforme Carminatti (1998), o uso prolongado da chupeta, pode ocasionar uma mordida aberta a nível de incisivos, podendo produzir, posteriormente, uma mordida cruzada unilateral, consequência da falta de mastigação e trituração em movimentos laterais e falta do desgaste das cúspides dos molares e caninos decíduos.

3.4 A MORDIDA ABERTA DECORRENTE DA SUCÇÃO DE LÁBIO

Moyers (1979) considera que, na maioria dos casos, é o lábio inferior que está envolvido e que o resultado desse hábito é a labioversão dos dentes superiores anteriores, mordida aberta e linguoversão dos incisivos inferiores.

Porém, de acordo com Cervera (1995) os hábitos de lábio podem ser ativos ou passivos. Os ativos se caracterizam pelos seguintes hábitos: morder os lábios, deslizar o mesmo sobre os dentes, apoiá-lo fortemente nos dentes, etc. Já os passivos correspondem às posições de apoio no dente superior.

3.5 A MORDIDA ABERTA DECORRENTE DA RESPIRAÇÃO BUCAL

Marchesan (1998) destaca que, quando a criança começa a respirar pela boca, a língua posiciona-se de várias formas na cavidade oral para proteger as tonsilas palatinas e a orofaringe, deixando assim de realizar o seu papel de modelar os arcos dentários. Assim, a língua propiciará o crescimento maxilar antecipadamente, levando a uma Classe II e dificultando o crescimento mandibular. Além disso, a mesma poderá intervir entre as arcadas, mantendo-as separadas, de modo a ocasionar uma mordida aberta anterior.

Segundo Prastes (1997) a persistência da respiração oral durante a fase do crescimento do indivíduo pode provocar alterações oclusais, sendo a de maior prevalência, a mordida aberta anterior.

3.6 A MORDIDA ABERTA DECORRENTE DA INTERPOSIÇÃO LINGUAL

Kuramae et al. (2001), chamaram a atenção para o fato de a deglutição com interposição de língua ser o resultado direto da alimentação imprópria, de forma artificial como a mamadeira.

Já conforme Mcneill (2000), a mordida aberta anterior simétrica ocorre geralmente devido a uma postura lingual interdental baixa. A língua posiciona-se geralmente entre os dentes, impedindo o procedimento contínuo de erupção que na maioria das vezes tem contatos relativamente homogêneos entre as arcadas antagonistas, na posição de máxima intercuspidação. O resultado de uma mordida aberta assimétrica anterior é causado por uma postura habitual de um dedo ou outro objeto entre os dentes. A mordida aberta lateral (simétrica ou assimétrica) é uma consequência de um costume postural no que diz respeito a interposição de língua e/ou do tecido da bochecha entre os dentes posteriores.

Proffit (2002) apresentou a deglutição com interposição lingual como uma alteração útil quando se observa a mordida aberta ou sobressaliência.  De acordo com a sua avaliação, quase todas as pessoas que possuem a mordida aberta apresentam uma interposição lingual, não sendo a recíproca verdadeira. Quando cessada a ação de sucção, a mordida tende a se fechar naturalmente (nas fases precoces da dentição mista), mas, apesar disso, a posição da língua entre os dentes anteriores persiste.

Já Larsson (1978) afirma que outra causa apontada para a instalação da MAA é de fato a interposição lingual, também chamada de deglutição atípica, reversa ou infantil. Ainda que o tecido ósseo seja a segunda substância mais dura do organismo, ele também pode ser muito maleável quando exposto a forças suaves. Porém, uma sucção digital prolongada pode modificar o processo de crescimento do osso alveolar, com constrição lateral da maxila por causa do aumento da tonicidade da musculatura peribucal e do posicionamento inferior da língua, gerando assim, além da MAA, na maioria dos casos, uma mordida cruzada posterior, palato profundo, extrusão dos dentes posteriores e deslocamento anterior da maxila como um todo.

E Tomita et al. (2000), esclarece que a interposição da língua sobre os arcos dentários, durante a fonação, deglutição e, ainda, durante o repouso ou a postura, representa um desequilíbrio funcional, denominada de pressionamento lingual atípico. Existente em 100% dos casos com mordida aberta anterior.

A interposição lingual pode ser entendida como um hábito primário, determinando, desta forma, um pior prognóstico. Assim como também pode atuar como um hábito secundário. Tal atuação, origina uma adaptação do espaço, presente, causado principalmente pela sucção digital e/ou pela chupeta, portanto, atua mais como um agravador da mordida aberta do que como a sua devida causa. A interposição lingual também pode acontecer em casos de hipertrofia das amígdalas palatinas. O contato entre a porção posterior da língua e as amígdalas hipertrofiadas acaba gerando uma dolorosa sensação e a língua acaba sendo projetada, em um movimento de reflexo, para frente e para baixo, interpondo-se entre os incisivos, de modo a contribuir no desenvolvimento de uma mordida aberta anterior. Logicamente, deve existir a predisposição genética, não significando que toda criança com amígdalas hipertróficas tenha mordida aberta anterior.

E concluindo Tomita, Bijella & Franco (2003) afirmam que o hábito de sucção de chupeta foi o mais importante na associação da má-oclusão, seguido da sucção digital. Para que o crescimento craniofacial e dentário assuma uma morfologia correta, é fundamental que as funções estejam normais. A interposição da língua costuma estar relacionada à respiração bucal e pouca tonicidade da musculatura de lábios e língua. Normalmente será necessário recorrer à fonoaudiologia para corrigir estes problemas.

3.7 TRATAMENTO ORTODÔNTICO DA MORDIDA ABERTA

A lição de Barreto et al. (2003) esclarece que o tratamento precoce, geralmente, soluciona essas anomalias sem a precisão de um tratamento ortodôntico. Nos casos em que isso não é eficiente (pois já se estabeleceu a má-oclusão), realiza-se tratamento ortodôntico em associação ao fonoaudiólogo.

Monguilhott (2003) esclarece que o tratamento pode ser feito nas fases de dentição decídua, mista e permanente.

Fastlichit (1970) afirma ainda que notou melhora em um curto espaço de tempo na correção da mordida quando, ao tratamento ortodôntico, foi associada uma mudança favorável na vida do paciente.

Já conforme Junqueira (2000), em geral, o tratamento nos casos de mordida aberta na dentição decídua, consiste em retirar possíveis maus hábitos bucais através de aparelhos ou de orientações aos pais e ao paciente. Alguns profissionais utilizam ainda o desgaste de dentes para estabilizar a oclusão.

Goto et al. (1994) afirmam que a maloclusão caracterizada pela mordida aberta pode ser um dos mais difíceis problemas de se corrigir através do tratamento ortodôntico restando a correção cirúrgica ou compensação ortodôntica.

A lição de Lopez (1994) esclarece que a extração dentária pode ser uma alternativa para solucionar casos de mordida aberta anterior. A extração de incisivo inferior em casos limítrofes e a de primeiros ou segundos pré-molares bem como segundos molares, seriam alternativas de tratamento para situações limitadas, não-rotineiras, com características específicas. Porém a extração de primeiros molares não é frequentemente observada na literatura ortodôntica como alternativa de tratamento deste tipo de má oclusão.

A lição de Park (2003) afirma que a intrusão de dentes posteriores com o uso de mini implantes para ancoragem máxima, garante um resultado satisfatório e estável sem a necessidade de intervenção cirúrgica.

3.8 TRATAMENTO ORTO- CIRÚRGICO

Ozawa (1998) expõe que a indicação da cirurgia ortognática depende da severidade da mordida aberta, grau de envolvimento esquelético, estética facial, idade do paciente e bom senso clínico.

E por fim, Matos (2007) afirma que a combinação da cirurgia ortognática com o tratamento ortodôntico consiste em três fases: uma fase de tratamento ortodôntico pré-cirúrgico para alinhamento e nivelamento dos arcos dentários, uma fase cirúrgica para correção da mordida aberta anterior e uma fase pós-cirúrgica para a intercuspidação e contenção.  Atualmente existem várias técnicas de tratamentos cirúrgicos que podem ser realizadas na mandíbula, na maxila, ou na maxila e mandíbula conjuntamente.

3.9 FONOAUDIOLOGIA ASSOCIADA AO TRATAMENTO

Alexander (1999) citou que a postura e função inadequadas da língua pode ser a maior causa da recidiva da mordida aberta anterior, pois sem a correção desse hábito, o paciente aumenta grandemente as chances de recidiva. O autor relata que uma simples série de exercícios para a musculatura peribucal e língua podem ser a solução para maior estabilidade do tratamento ortodôntico.

Matos (2006) adverte que para aumentar a estabilidade do tratamento ortodôntico da mordida aberta anterior quando o mau posicionamento lingual persistir ao final da correção da má oclusão, torna-se necessária uma terapia funcional de reeducação muscular, realizada pelo fonoaudiólogo, concomitantemente ou após o término do tratamento ortodôntico.

Assim, Ferrugini et. al. (2002) conclui que para o fonoaudiólogo, é de extrema importância entender os conceitos relacionados ao crescimento e desenvolvimento craniofacial.

3.10 OTORRINOLARINGOLOGIA ASSOCIADA AO TRATAMENTO

A lição de Ribeiro (2002) ensina que em casos de mordida aberta com respiração bucal se faz necessário o tratamento associado com o otorrinolaringologista pois a respiração oral pode ter várias etiologias como desvio do septo nasal, hipertrofia de cornetos, hipertrofia de tonsila faríngea e/ou palatinas entre outras.

4. CASO CLÍNICO

No afã de se obter uma resposta mais concreta, confeccionou-se um estudo de caso sobre a questão, cujo histórico resume-se no seguinte:

Paciente adulto, classe I dentária e esquelética, portador de mordida aberta anterior, apinhamento superior e inferior e 1° molar superior direito cruzado.

Como tratamento optou-se pela seguinte estratégia: extração dos 1° pré-molares superiores e inferiores bilateralmente. Manutenção do 1° molar superior direito cruzado, haja vista o tal descruzamento implica numa acentuação da má-oclusão. A técnica usada foi Straight Wire. O tempo do tratamento foi de trinta meses.

Após a retirada optou-se por fazer uma contenção do tipo Hawley na arcada superior além de uma contenção do tipo fixa inferior de canino a canino.

Orientou-se o paciente a usar o Hawley por 24h no dia durante os primeiros seis meses, e após isso, este prazo foi sendo reduzido conforme os resultados observados.

Obteve-se como resultado a redução da biprotrusão, em decorrência da diminuição do ângulo nasolabial. Obteve-se também o fechamento da mordida aberta anterior, além do nivelamento e alinhamento dos dentes.

Por fim, obteve-se:

– Adequação do tamanho mesiodistal dos dentes

– Fechamento de todos os espaços;

– Normalidade de sobremordida;

– Linha média coincidente;

– Simetria nas arcadas superior e inferior;

Quanto aos resultados estéticos, observou-se grande melhora no perfil do paciente pois a redução da biprotrusão é evidente, conquista do selamento labial, aumento do ângulo nasolabial e boa linha de sorriso.

Quanto ao aspecto esquelético, observou-se grande melhora maxilomandibular, em decorrência do melhor posicionamento dos dentes em suas bases ósseas.

Quanto à estética dentária, observou-se:

–  Manutenção do relacionamento entre os caninos em classe I bilateral;

– Manutenção do relacionamento entre os molares do lado esquerdo em chave de oclusão;

– Obtenção de relacionamento molar de classe II no lado direito;

– Retração com discreta extrusão dos incisivos superiores;

– Correção do apinhamento na arcada superior e inferior;

– Fechamento dos espaços em ambas as arcadas.

Todas essas modificações promoveram o fechamento da mordida aberta anterior.

5. DISCUSSÃO

O presente trabalho buscou apresentar quais são os fatores determinantes que provocam a mordida aberta anterior, alteração patológica que resulta em considerável modificação no aspecto estético do paciente, além de causar-lhe diversas dificuldades cotidianas relacionadas à mastigação e à fala, bem como pretendeu discutir as mais variadas formas de tratamento para o caso.

Dificilmente encontramos estudos publicados sobre o tratamento desta maloclusão em adultos. A maioria dos autores os fazem com pacientes em crescimento. Segundo Goto et al. (1994) porque a mordida aberta anterior em adultos pode ser, talvez, a mais difícil de se obter sucesso com o tratamento ortodôntico.

Quando o tratamento orto-cirúrgico não é a escolha do paciente, este necessita ter mais paciência e colaboração pois o tratamento será mais longo.

Autores como Subtelny E Sakuda (1964) e Epker E Fish (1977) afirmaram que as grades transpalatinas não são capazes de corrigir a mordida aberta anterior, exceto em casos de classe I e padrão de crescimento ósseo favorável.

A estabilidade é o fator mais importante na decisão do tipo de tratamento pois é uma maloclusão difícil de controlar. Goto et al. (1994) reitera que tratamentos com extrações dentárias são instáveis pelo fato de os dentes anteriores sofrerem retração e assim invadirem o espaço da língua.

Já Janson et al. (2003) e Vaden (2005) defendem que as exodontias geram maior estabilidade pois a retração com perda de ancoragem gera o fechamento da mordida, diminui o uso de elásticos verticais intermaxilares e com isso a extrusão dos elementos anteriores.

Denny et al. (2007) afirmam que o tratamento com extrações, na sua maioria, promove o selamento labial. Por consequência da retração dos incisivos superiores e inferiores como afirmam GOTO et al. (1994).

Para Logan (1973) e De Castro (1974) a exodontia de primeiros pré-molares e segundos pré-molares, assim como de segundo molares, são uma possibilidade de tratamento em casos limitados e com características específicas.

Entretanto Telles et al. (1995) ratificam que para um tratamento eficaz da mordida aberta anterior é indicado exodontia de 4 pré-molares nos pacientes com classe I e II de Angle, cuja conduta objetiva a mesialização de dentes posteriores rotacionando a mandíbula no sentido anti-horário, logo, fechando a mordida.

6. CONCLUSÃO

A mordida aberta anterior se dá sempre que se verifica a ausência de contato entre os dentes superiores e inferiores em um determinado segmento da arcada.

Como se observou, são os hábitos deletérios os principais fatores etiológicos da mordida aberta anterior.

Esses hábitos acabam por provocar sérias alterações na face, comprometendo com isso o equilíbrio muscular e a aparência do portador de mordida aberta anterior.

Quando o hábito é removido precocemente, a mordida aberta é fechada espontaneamente não necessitando, portanto, de tratamento ortodôntico.

Todavia, quando isso não acontece, indispensável será o tratamento ortodôntico como solução para a questão. Em sua dinâmica, na maioria das vezes, será necessário promover algumas extrações dentárias, que produzirão em conjunto com o uso do aparelho, resultados bastante satisfatórios, ressaltando, contudo, que este resultado será eminentemente dentário, pois não produzirá efeitos realmente relevantes no aspecto esquelético.

Este tratamento ortodôntico, será relativamente longo, contudo, produzirá um resultado melhor do que aquilo que antes se apresentava.

Por fim, vale citar que o tratamento cirúrgico é indicado para pacientes adultos que têm mordida aberta esquelética haja vista que a simples compensação ortodôntica não será suficiente para dar garantia de estabilidade da estética facial.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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[1] Especialista em Ortodontia. Pós-graduanda em Saúde da Família. Cirurgiã- Dentista graduada pela UFF.

Enviado: Fevereiro, 2021.

Aprovado: Abril, 2021.

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Mariângela Sá Couto Medeiros

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