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Práticas de gestão associadas à filosofia Lean Construction

RC: 84045
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-civil/lean-construction

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

CAMPOS, Igor Aureliano Miranda Silva [1]

CAMPOS, Igor Aureliano Miranda Silva. Práticas de gestão associadas à filosofia Lean Construction. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 04, Vol. 14, pp. 170-188. Abril de 2021. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-civil/lean-construction, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-civil/lean-construction

RESUMO

A melhoria da qualidade dos serviços, o aumento da produtividade e a racionalização dos processos construtivos são temáticas contemporâneas sempre almejadas pelas construtoras brasileiras, principalmente nos períodos de retração da economia. No contexto de uma obra de um conjunto habitacional, de que modo as empresas podem utilizar as próprias ferramentas de gestão para buscar a racionalização dos processos? Este trabalho tem o objetivo de descrever como a interação entre o planejamento de obras, as ferramentas da qualidade e a modificação nos sistemas construtivos poderá trazer melhorias ao sistema de produção das unidades habitacionais, alinhada com os princípios da filosofia Lean Construction. A metodologia parte de um estudo de caso simples, realizado em um canteiro de obras destinado à construção de 120 unidades habitacionais. Foram utilizados, como fontes de evidência, a observação direta da rotina dos operários, os documentos da qualidade e os projetos executivos. Por fim, os resultados obtidos demonstraram que são possíveis a redução do tempo do ciclo de atividades e da geração de resíduos, bem como a eliminação de etapas. Contudo, as implementações de mudanças nos sistemas construtivos são adequadas ao contexto da repetição dos projetos com a mesma tipologia, além da necessidade de uma estrutura administrativa consolidada pela construtora, disponibilizando os agentes da qualidade e demais funcionários da equipe técnica.

Palavras-chave: Habitação de interesse social, Racionalização, Planejamento, Qualidade.

1. INTRODUÇÃO

A busca pela racionalização de processos na construção civil poderá ser alcançada a partir da interação das ferramentas já existentes nos sistemas de gestão das construtoras. Por racionalização na construção civil, entende-se como o estudo dos métodos da produção, com o objetivo de reduzir o tempo de trabalho e conseguir melhor produtividade e rentabilidade (RIBEIRO E MICHALKA JÚNIOR, 2003).

A padronização dos procedimentos de execução de serviços pode contribuir para a racionalização, sendo que esta vertente se encontra no âmbito dos sistemas de gestão da qualidade das construtoras brasileiras, as quais se utilizam de financiamento do governo federal para produzir habitações de interesse social.

Ainda nesse contexto, Mariz e Picchi (2013) propõem a padronização por meio de um método em que se destacam as etapas de organização do layout de trabalho, cálculo dos funcionários necessário e distribuição do trabalho entre os funcionários. Já Fazinga e Saffaro (2012) destacam que se faz necessária a estabilidade na execução de cada pacote de serviço, e que, para isso, a variabilidade no fluxo deve ser minimizada pela forma de transporte e armazenagem dos kits de recursos.

Outro aspecto que favorece a racionalização é que tais empresas possuem – ainda que de forma precária – um sistema de gestão de planejamento das obras. Dessa forma, as práticas relacionadas aos sistemas de gestão da qualidade e do planejamento podem interagir com a filosofia Lean Construction.

Pelos argumentos relatados, se tais construtoras possuem os referidos sistemas de gestão, as práticas realizadas em seus canteiros de obra de conjuntos habitacionais poderiam exemplificar modelos de racionalização na construção civil?

Apresentar exemplos de serviços que contemplam possibilidades de aprimorar processos construtivos, integrando as ferramentas da qualidade e planejamento, é relevante para o estudo do tema racionalização, ainda mais quando está inserido no âmbito da produção de habitações populares.

Outro aspecto importante dentro dessa perspectiva de aprimoramento de processos é compreender o papel dos membros da equipe técnica, visto que esses profissionais irão monitorar o emprego das ferramentas de gestão e a garantia de implementação das mudanças nos sistemas construtivos.

Diante do exposto, esta pesquisa tem o objetivo de exemplificar práticas de processos construtivos, em uma obra de conjunto habitacional, que favoreçam a racionalização e estejam alinhadas com a filosofia da construção enxuta, analisando o uso das ferramentas do planejamento e do sistema de gestão da qualidade de uma construtora.

A estratégia metodológica utilizada foi o estudo de caso simples, realizado em uma obra de um conjunto habitacional composto de 120 unidades de 58,87m², cuja coleta de dados ocorreu a partir da observação direta de um grupo de atividades, da análise de documentos e do relatório fotográfico.

2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 PRINCÍPIOS LEAN CONSTRUCTION

A utilização de práticas relacionadas à filosofia Lean Construction remonta ao início dos anos 90, quando Lauri Koskela identificou que as peculiaridades do Sistema Toyota de produção seriam aplicáveis à construção civil, relacionando 11 princípios, dos quais se destacam: a redução de tempo do ciclo, eliminação de atividades que não agreguem valor, redução de desperdícios, necessidade de transparência e melhoria contínua dos processos. Ressalta-se também que, nesse mesmo período, desenvolvia-se no Brasil a aplicação dos conceitos de gestão da qualidade, cujas normativas e orientações acabaram por convergir ou favorecer a realização de práticas da filosofia lean.

Considerando que um empreendimento de engenharia é composto por diversas fases, a própria mentalidade lean pode se estender de forma mais ampla, desde a fase dos projetos, dos suprimentos — considerando a relação com os fornecedores —, das aplicações e até do uso da edificação, sendo esta última a que apresenta maior concentração de estudos (PICCHI, 2003).

Quanto ao setor da produção, este deve ser aprimorado continuamente para que o objetivo seja atingido. Deve-se ter o envolvimento tanto dos diretores da construtora quanto da equipe de execução, de modo a abordar temas como: quantidade de operários, balanceamento de equipes, redução de estoques e tomadas de decisão baseadas em critérios de planejamento e não de medição de obra. Esse princípio, denominado Kaizen, traduzido como melhoria contínua, pode favorecer também empresas que já disponham de um sistema de gestão da qualidade implementado (VIVAN; ORTIZ; PALIARI, 2015).

Em todas as atividades, deve-se identificar parcelas denominadas atividades produtivas, atividades auxiliares e atividades improdutivas. Essa metodologia é utilizada com o objetivo de realizar o mapeamento de fluxo de valor, a partir do qual deve-se possibilitar condições para que se amplie o tempo destinado às atividades de fluxo e, para isso, as práticas que envolvem planejamento e gestão da produção são de grande relevância (NERY; ZATTAR; OLIVEIRA, 2017). Amaral et al. (2018) evidenciou, por meio de estudos realizados em construtoras na cidade de Goiânia (GO), melhores avaliações quanto à aplicação do lean também naquelas que tinham bem estruturados os sistemas de gestão de segurança do trabalho, de custos e recursos humanos.

A forma de agregar valor às atividades produtivas passará pela: reformulação dos procedimentos de execução, mudança de comportamento dos próprios operários, maior assistência da equipe de auxílio à produção e, até mesmo, modificação de etapas de uma atividade, com objetivo de reduzir o tempo total do ciclo. Assim, como exemplo, a razão unitária de elevação de 1 m² de alvenaria foi reduzida utilizando os seguintes passos: transporte de blocos em paletes ao invés de uso de girica, projeto de alvenaria racionalizado, uso de vergas pré-moldadas e concreto pronto para cintas (AMARAL et al., 2017).

Dessa maneira, os preceitos da construção enxuta podem favorecer até mesmo a prática da construção sustentável, pois o uso de pré-fabricados permite maior qualidade no produto, menos retrabalho e desperdício no canteiro. Assim, a aplicação da mentalidade lean pode ser incorporada em diversas fases da edificação, desde a concepção da edificação, passando pelo projeto, suprimento, construção e uso, com maior ocorrência em estudos realizados na fase da construção (ALMEIDA; PICCHI, 2018).

A implementação da mentalidade lean em construtoras deverá permear diversos setores além da obra ou da fase da construção, e seus resultados dependerão de um amadurecimento dos sistemas de gestão, em que os profissionais envolvidos nas mudanças de procedimentos deverão ter uma postura participativa e decisiva, a fim de que se obtenha o sucesso nas propostas estabelecidas.

2.2 PROGRAMA DE QUALIDADE

A implantação do sistema de gestão da qualidade deve ser vista como um amplo conjunto de ações e processos que permitirão integrar diversos atores da cadeia produtiva de um empreendimento. Souza e Abiko (1997) destacam a importância da criação de um comitê da qualidade, elaboração do plano de gestão e realização do diagnóstico da empresa. Esses autores destacam ainda a formalização de procedimentos de inspeção dos principais materiais e a elaboração de Planos de Qualidade de Obra (PQO) que abordem as especificidades de cada empreendimento.

A necessidade de implantação do programa de qualidade nas construtoras deve ser vista como um meio de se evitar danos à imagem da empresa, ao ofertar produtos de qualidade inferior, por exemplo. Nessa seara, destaca-se o conceito de custos da qualidade, identificado como gastos os quais a empresa deve se dispor a pagar para reduzir a não conformidade do produto. Assim, é apresentada a importância do treinamento das equipes — terceirizadas ou diretas — e dos estudos detalhados relacionados aos processos e investimentos em equipamentos (LUZ et al., 2011).

A fim de que ocorra a efetiva implantação dos procedimentos da gestão em diversas instâncias de uma empresa, mudanças nos aspectos organizacionais, e até culturais, demonstram ser benéficas. No âmbito das obras, o mestre de obras é considerado uma figura, por vezes, paternalista e gerencial, por isso novos modelos surgiram, nos quais se elimina a figura do mestre de obras e ocorre a distribuição de profissionais com formação técnica e engenheiros residentes na obra. Tal mudança foi apontada como favorável para uma melhor cobrança dos procedimentos de serviços (COSTA; TOMASI, 2014).

Berr e Formoso (2012) defendem que o sistema de gestão da qualidade deve produzir informações de maneira sistemática e expedita. Nesse aspecto, esses autores ressaltam a necessidade da utilização de instrumentos de coleta de dados e da definição de indicadores de desempenho da qualidade, tais como: conformidade dos serviços, número de pacotes de trabalhos não concluídos etc. E, a partir das informações coletadas, medidas corretivas podem ser aplicadas, desenvolvendo, ainda mais, o sistema de gestão da qualidade.

As práticas de padronização e controle da qualidade poderão contribuir para a redução de retrabalhos e desperdícios, contudo, deve-se estabelecer tanto aos prestadores de serviço terceirizados quanto aos colaboradores internos ações de treinamento e uma rotina de monitoramento dos serviços (KLEIN; CORREIO, 2018).

2.3 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE OBRAS

As ações que serão desenvolvidas em uma obra, para serem monitoradas, devem ter como norte os princípios do planejamento. Previamente à execução, faz-se necessário identificar as partes que compõem o escopo da obra, as atividades que tenham maior relevância sob os aspectos de custos, complexidade de realização e, ainda, utilizar de ferramentas que sejam mais adequadas a esse monitoramento, dentre outras apontadas pela literatura.

Mattos (2010) apresenta o planejamento a partir do cumprimento de um roteiro de etapas, sendo estas: a identificação das atividades, elaboração de estrutura analítica de projeto (EAP), determinação do tempo de duração dessas atividades, relação de precedência entre elas, montagem de um diagrama de rede, identificação do caminho crítico e montagem de cronograma.

No escopo do planejamento, um dos objetivos é o cumprimento dos prazos da obra e, para isso, deve-se identificar o conjunto de atividades que integram o caminho crítico, visto que, na circunstância de ocorrerem atrasos em algumas dessas atividades, os prazos globais da obra podem ser comprometidos. Além disso, a sequência estabelecida para os pacotes de trabalho deve ser executada sem rearranjos, buscando evitar a interrupção das atividades (FIREMAN, 2012).

Como forma de comunicação das atividades previstas no planejamento, faz-se necessária a aplicação de ferramentas que possibilitem o controle e forneçam informação às equipes de campo. Relacionado a obras repetitivas, como é o caso de habitações de interesse social, destaca-se o método das linhas de balanço. Com essa ferramenta, ao mesmo tempo que se estabelecem os objetivos de produção, podem ser discriminados as dimensões das equipes, o ritmo de produção e o sequenciamento das atividades. Sua visualização é de fácil entendimento e possibilitará, no decorrer da obra, o acompanhamento da evolução dos serviços, relacionando-os ao previsto (CAMPOS; AZEVEDO, 2016).

No campo de interação das atividades relacionadas ao planejamento, como utilização das ferramentas de monitoramento, estratégia de comunicação às equipes e tomadas de decisão no canteiro, está a figura do engenheiro civil. Nesse contexto, esse profissional é visto como um gerente de projetos, cabendo a ele coordenar pessoas e recursos, de acordo com os planos estabelecidos; garantir que o escopo do projeto seja atendido; assegurar que os prazos e custos sejam cumpridos e atender aos critérios de qualidade em relação aos produtos do projeto (PMBOK, 2013).

A realização do escopo completo da obra estará, assim, inserida em um contexto amplo, visto como um sistema produtivo.

2.4 CANTEIRO DE OBRAS

A disposição dos espaços destinados a estações de trabalho, as áreas de vivência, assim como a interação entre pessoas, equipamentos e materiais, sob a égide da Norma Regulamentadora–18, são aspectos que permeiam todo o escopo para um bom arranjo do canteiro de obras. Outrossim, a equipe de administração local, associada ao planejamento e destinação de áreas para a correta segregação dos resíduos da construção, é outro elemento relevante dentro dessa vertente temática.

Negligenciar o planejamento prévio do canteiro de obras pode desencadear situações gravíssimas de conflitos no decorrer do andamento dos serviços. Mattos (2020) ressalta a necessidade de prever, com antecedência, o arranjo do canteiro, destacando que a falha nessa tarefa pode resultar em várias consequências: aumento das distâncias, conflitos nas ações de carga e descarga de materiais e interferências nos fluxos de serviços. Esse autor também destaca que o estudo do layout pode ser ampliado até o nível de dimensionar os equipamentos como gruas e cremalheiras.

As especificidades da mão de obra da construção podem ser levadas em conta no momento de inserir informações nos canteiros. Medeiros et al. (2016), a partir da pesquisa em 16 canteiros de obra de empresas na cidade de João Pessoa (PB), identificaram um importante detalhe: devido à existência de operários ainda não alfabetizados nas obras, a afixação de fotografias dos operadores nos respectivos equipamentos era realizada, de modo que todos pudessem ter ciência de quem era o responsável por aquele equipamento. Os autores chamaram a atenção para o uso de critérios de dimensionamento das proteções coletivas das aberturas.

Quanto à equipe de administração local, deve-se evidenciar, no contexto dos controles dos serviços, a presença dos agentes da qualidade. Finger, Gonzales e Kern (2015) chamam a atenção para a necessidade de qualificação dos agentes da qualidade, de modo que estes tenham conhecimento do campo de ação e que o número de profissionais seja proporcional ao tamanho do projeto, assim, as distâncias a serem percorridas pelos referidos agentes serão determinantes também para o dimensionamento dessa equipe.

Reconhecida como uma fonte geradora de resíduos sólidos, a construção civil e o canteiro de obras devem estar inseridos em um sistema de gestão ambiental. Desse modo, Thomas e Costa (2017) apresentam recomendações de planejamento do espaço da obra, implementação de práticas ambientais e formas de monitoramento e controle, indicando, respectivamente, a necessidade de um plano detalhado, a previsão de comunicação visual, o treinamento de operários e a definição de responsáveis pelo monitoramento das ações ambientais.

3. MÉTODO

Esta pesquisa pretendeu abordar a realidade de uma obra de habitações de interesse social imergindo na rotina das atividades que se desenvolveram no canteiro e explorando as interações entre mão de obra, projetos, sistemas construtivos e documentos, de forma a permitir a compreensão do sistema de gestão da qualidade e do planejamento, bem como as possibilidades de aplicação de ferramentas da filosofia da construção enxuta.

A metodologia empregada foi o estudo de caso simples, cujos dados foram oriundos de fontes diversas: observações in loco, análise de documentos e de projetos — características que são apontadas como pertinentes à estratégia metodológica do estudo de caso (YIN, 2005).

Quanto ao enfoque, tratou-se de uma pesquisa qualitativa, com a complementação da revisão da literatura nas demais etapas do estudo, inclusive, nos resultados e discussões. Em relação à abordagem, enquadra-se como descritiva, visto que buscou especificar as propriedades e características dos processos relacionados a essa obra (SAMPIERI; COLADO; LUCIO, 2013).

Caracterização do objeto da pesquisa

A obra em questão faz parte do Programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, constituída por 120 unidades habitacionais de 58,87m². O sistema construtivo foi convencional, tendo fundações tipo radier, alvenaria de bloco cerâmico, laje de forro em concreto armado pré-moldada, revestimento de paredes em chapisco, reboco em massa única e pintura interna em tinta PVA sobre emassamento com duas demãos.

A pintura externa era texturizada sobre selador acrílico, cobertura em telha de barro com estrutura metálica, portas e janelas externas em aço, para pintura, e vidro. As portas internas são de madeira, com batentes metálicos e acabamento de fábrica, além de piso cerâmico em todos os ambientes. Os serviços de infraestrutura não fazem parte do escopo desta pesquisa nem da obra, pois já existiam, no local, pavimentação asfáltica, rede de energia elétrica e de água.

Delineamento da pesquisa

Figura 1 – Delineamento

Fonte: produzido pelo autor (2020).

Plano de coleta de dados

As informações foram coletadas por meio da observação direta da rotina de trabalho dos operários, da análise de projetos e dos detalhes executivos, a partir do acompanhamento das inspeções dos serviços e registros fotográficos.

Análise dos dados

A partir dos dados coletados, buscaram-se as semelhanças e a relação existente entre as informações, de modo que o conceito de racionalização possa ser identificado e uma tabela com os aspectos mais significativos relacionados ao sistema de gestão da qualidade, planejamento e princípio da filosofia Lean Construction seja elaborada, buscando a convergência das informações.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

O uso de fundações tipo radier permitiu eliminar a etapa de contrapiso, visto que a própria fundação já servia de base para o assentamento de piso cerâmico com argamassa colante industrializada. Dessa forma, a limpeza da obra foi facilitada desde o início das atividades, beneficiando a fase de marcação e conferência de alvenaria, conforme figura 2.

Figura – 2 Execução de fundação tipo radier e elevação de alvenaria

Fonte: acervo particular do autor (2020).

Ressalta-se que a execução dessa tipologia de fundação requereu terraplanagem dos lotes, lançamento do controle de compactação de material de jazida e nivelamento dos platôs, a fim de que fosse permitido o desenvolvimento das etapas de lançamento de lastro de brita, instalação dos kits sanitários e, por fim, a concretagem. Outro ponto a se destacar é que o ciclo de produção e as equipes envolvidas permitiam a concretagem de até quatro unidades habitacionais por dia.

Como contraponto, no ritmo de produção, está a intrínseca relação com a qualidade, pois as equipes de concretagem devem primar por uma atenção especial na fase de sarrafeamento, de modo a evitar possíveis embaciamentos ou desnivelamentos, eliminando, com isso, um tipo de não conformidade recorrente nas construções de habitação popular com fundações do tipo radier (THOMAZ, 2001).

A subdivisão do serviço de alvenaria em etapas de marcação da primeira fiada, elevação e empeno permitiu a conferência das dimensões com o projeto executivo de locação e demais procedimentos de padronização. Além disso, eram posicionados os gabaritos de madeira contornando aberturas para instalação de quadros de distribuição de luz e caixas de ares-condicionados.

Foi realizado o procedimento de posicionar os blocos cerâmicos convencionais com os furos na posição vertical, em fiadas coincidentes com a passagem de eletrodutos. Desse modo, o procedimento minimizou a necessidade de rasgos para posterior inserção dos eletrodutos, conforme figura 3.

Figura 3 – Execução de alvenaria de bloco cerâmico convencional

Fonte: acervo particular do autor (2020).

O treinamento das equipes nessa etapa demonstrou-se de grande relevância até as três primeiras unidades, visto que os profissionais recrutados, em sua maioria, nunca haviam trabalhado dessa forma e acabavam se atrapalhando ao posicionar os eletrodutos nos pontos corretos. Devido a esse fato, a presença da equipe técnica se fazia necessária naquela unidade habitacional a cada início de nova equipe no canteiro.

Outro detalhe que se apresentou favorável também nessa etapa foi a entrega dos kits de eletrodutos já cortados nos comprimentos adequados, em tomadas altas, baixas e médias, conforme utilizavam. Os kits eram preparados no almoxarifado, bem como transportados amarrados e numerados de acordo com os pontos de inserção. O uso dos blocos na vertical foi possível somente aos blocos quadrados que não interferiam na amarração das fiadas quando redirecionados.

As lajes de concreto armadas para forro foram confeccionadas no canteiro sobre uma plataforma especificamente preparada com superfície em acabamento liso, conforme figura 4. Após a remoção, a face, que ficava voltada para o interior dos ambientes, necessitava apenas de pintura, dispensando revestimento de chapisco e reboco. Foram eliminados também os escoramentos e fôrmas de fundo, e o tempo de remoção das lajes adotado era inferior a 24 horas.

Cada unidade habitacional recebia, então, duas placas pré-moldadas em concreto, içadas por meio de um caminhão munck com um gabarito metálico adaptado especificamente às dimensões das unidades.

Figura 4 – Confecção da laje pré-moldada

Fonte: acervo particular do autor (2020).

Artefatos de concreto pré-moldados: vergas, contravergas, caixas de gordura e inspeção foram produzidas no canteiro, utilizando-se de fôrmas metálicas com vibradores acoplados. Da mesma maneira, as instalações ou elementos que seriam posicionados nesses artefatos foram definidos previamente em projetos. Assim, nos locais em que se identificavam interferências de eletrodutos com as vergas, projetavam-se furos, permitindo a passagem desses elementos. Nos projetos de confecção, as peças eram identificadas por numeração e kits com o conjunto necessário para as unidades habitacionais. Os kits de vergas e contravergas eram, então, transportados e distribuídos sobre os radiers previamente ao início da elevação de alvenaria. As caixas de inspeção foram confeccionadas também sob medida quanto à posição das aberturas para entradas e saídas de tubos PVC.

Figura 5 – Caixas de inspeção e de gordura

Fonte: acervo particular do autor (2020).

Orientação específica por pacotes de trabalho: todo início de atividade era realizado a partir de novos treinamentos das equipes, assim, os profissionais que executavam a alvenaria de bloco cerâmico e iriam iniciar a atividade de reboco eram submetidos a treinamentos referentes aos procedimentos do novo serviço, que eram registrados em atas. A contratação de mão de obra por administração direta — sem a figura do empreiteiro — permitiu uma maior proximidade e interação entre os profissionais e a equipe técnica.

Na sequência, é apresentado o quadro 1, em que são apontados os aspectos da gestão da construtora relacionados aos procedimentos da qualidade, às práticas de planejamento, aos princípios da filosofia Lean Construction e aos benefícios identificados no processo de construção.

Quadro 1 – Interações entre mentalidade enxuta e sistemas de gestão da qualidade e planejamento

Serviços

 

Fundação tipo radier

 

Procedimentos da qualidade 1 – Padronização dos procedimentos de execução de serviço, existência de FVS específicas com definição de padrão de acabamento da superfície, tolerâncias de nivelamento, procedimentos de locação, controle tecnológico com rastreabilidade e mapeamento do concreto utilizado.
Práticas do planejamento / Projetos

 

1 – Uso de fôrmas metálicas desmontáveis.

2 – Necessidade de projeto executivo para posicionamento de pontos de instalações hidráulicas e sanitárias.

3 – Subdivisão das etapas e equipes específicas de escavação de viga de bordas, montagem de fôrma e lançamento de lastro, montagem de armaduras e concretagem.

4 – Paginação de corte de telas soldadas utilizadas como armaduras.

Princípios Lean / racionalização 1 – Eliminação de etapas.

2 – Redução do tempo de ciclo.

3 – Reutilização de sobras dos painéis de telas soldadas utilizadas como armaduras.

Benefícios identificados 1 – Serviu de plataforma de trabalho durante a execução das demais etapas.

2 – Eliminou a etapa de contrapiso.

3 – Permitiu maior facilidade de manter a unidade limpa e organizada.

4 – Serviu de apoio aos andaimes e demais equipamentos de forma mais segura.

 

Serviços

 

Alvenaria de bloco cerâmico

 

Procedimentos da qualidade 1 – Necessidade de equipes da qualidade presentes em cada unidade habitacional para instruir sobre os pontos de inserção dos eletrodutos, geralmente, até a terceira unidade habitacional de cada equipe, a fim de evitar erros.

2 – Procedimentos de execução e FVS específicos, com tolerâncias de desaprumos e espessura de argamassas.

Práticas do Planejamento / Projetos 1 – Definição de equipes específicas: somente de marcação de primeira fiada, de elevação de alvenaria até o nível da cinta de respaldo e de alvenaria de empeno.

2 – Necessidade de elaboração de projetos de paginação de alvenaria com marcação dos pontos de inserções, aberturas, posicionamento de gabaritos, níveis e posições de vergas e contravergas.

3 – Prévio abastecimento das unidades habitacionais com os kits de vergas e contravergas, bem como a identificação, com tinta spray, no radier dos pontos de tomadas e interruptores.

Princípios Lean / racionalização 1 – Padronização dos serviços com dimensões de aberturas, pontos de locação de eletrodutos e alturas de vergas.

2 – Maior transparência com instruções no local de trabalho e posicionamento de projetos executivos nas unidades em execução.

3 – Redução do número de passos com diminuição de cortes na alvenaria.

Benefícios identificados 1 – Reduziu consideravelmente os rasgos posteriores.

2 – Reduziu a produção de resíduos da construção.

3 – Reduziu erros no processo de execução.

 

Serviços

 

Laje pré-moldada

 

Procedimentos da qualidade 1 – Identificação das lajes produzidas por números, com rastreabilidade e mapeamento na fase de montagem, localizando as lajes nas unidades habitacionais com controle tecnológico do concreto utilizado.

2 – Treinamento das equipes específicas para concretagem e montagem, neste último caso, com relevância para o encaixe e procedimentos de segurança na fase de içamento.

Práticas do Planejamento / Projetos 1 – Execução de plataforma para concretagem com acabamento superficial, realizada com acabamento liso e dimensões necessárias para concretagem de, no mínimo, quatro lajes.

2 – Projeto executivo de fôrma com locação de pontos de aberturas nas lajes para passagem de eletrodutos, tubo de ventilação e encaixe das duas partes das lajes.

3 – Necessidade de confecção de gabarito metálico para acoplamento no caminhão munck de modo a realizar o içamento e montagem das casas.

 

Princípios Lean / racionalização 1 – Redução do tempo de ciclo, pois as lajes eram confeccionadas e montadas em 48 horas.

2 – Eliminação de etapas. Se comparadas a outros processos executivos, iriam requerer montagem de fôrmas no fundo e colocação de escoramentos.

3 – Padronização, uma vez que as dimensões das lajes e aberturas eram definidas em projeto executivo e produzidas em único lugar.

Benefícios identificados 1 – Acelerou a execução das demais etapas (alvenaria de empeno) e processo de medição de obra.

2 – Eliminou a necessidade de escoramentos.

3 – Eliminou a necessidade de revestimentos na face inferior da laje.

4 – Simplificou as fôrmas utilizadas, pois eram necessárias somente as fôrmas laterais na espessura da laje.

 

 

Serviços

 

 

Artefatos de concreto pré-moldados

 

Procedimentos da qualidade 1 – Distribuição de vergas e contravergas numeradas como pré-requisito para início do serviço de alvenaria de bloco cerâmico.
Práticas do Planejamento / Projetos 1 – Definição de equipe específica para os pacotes de trabalho: confecção dos artefatos pré-moldados e montagem das caixas de inspeção e gordura.

2 – Elaboração de projetos executivos das caixas com as posições das aberturas para os tubos de PVC, das vergas e contravergas com pontos para passagens de eletroduto.

3 – Distribuição das caixas e vergas por kits nas unidades habitacionais.

4 – Disponibilidade de fôrmas e mesas vibratórias específicas para as dimensões das peças pré-moldadas.

Princípios Lean / racionalização 1– Eliminação de etapas, visto que, no momento de instalar os tubos PVC nas caixas, não se realizavam mais aberturas para inserção.
Benefícios identificados 1 – As vergas pré-moldadas agilizaram a execução da alvenaria.

2 – As aberturas nas vergas eliminaram conflitos para passagem de eletrodutos.

3 – As caixas pré-moldadas com aberturas para posicionamento de tubos PVC eliminaram a necessidade de quebras e consequentes danos das peças.

4 – Eram direcionados para os pontos específicos de utilização.

Fonte: produzido pelo autor (2020).

Quanto aos fatores que favoreceram a racionalização e mentalidade enxuta seguem representados nas etapas a seguir descritas:

Figura 6. Etapas.

Fonte: produzido pelo autor (2020).

5. CONCLUSÕES

A presente pesquisa permitiu identificar as oportunidades de implantar a mentalidade enxuta em obras habitacionais de interesse social, desde que haja uma análise prévia e minuciosa dos projetos e insumos.

Outro fator determinante para que se obtenha sucesso nessa empreitada diz respeito à definição da equipe de inspeção, formada predominantemente por técnicos em edificações, estagiários de engenharia e encarregados, profissionais estes que, nem sempre, estão integrados e adaptados à cultura da empresa.

O investimento na qualidade dos projetos executivos adaptados às necessidades da obra deve ser aprimorado, podendo atualmente avançar mediante a utilização de recursos tecnológicos, como a plataforma BIM e outros recursos de softwares, que auxiliem na compatibilização dos projetos.

Ainda que a maioria das práticas apresentadas são passíveis de realização somente em função da natureza de repetição e do grande número de unidades construídas, além do emprego da mesma tipologia de projetos, a utilização dos blocos de dimensões quadradas e com furos na vertical, o uso dos gabaritos de abertura para vãos de alvenarias e outras melhorias nos projetos são práticas que podem ser aplicadas também em construções de unidades isoladas, de modo a permitir o emprego da mentalidade enxuta (Lean Construction) e da racionalização.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Eduardo Lavocat Galvão de; PICCHI, Flávio Augusto. Relação entre construção enxuta e Sustentabilidade. Revista Ambiente Construído, Porto Alegre-RS, v. 18, n. 1 p. 91-109. jan/mar/2018.

AMARAL, Tatiana Gondim do; RESENDE, Fabiana Barbosa de; CAMARGO FILHO, Carlos Augusto Bouchid de. Aplicação do MFV e Caracterização das atividades de Fluxo do Processo de execução de alvenaria convencional. Revista Eletrônica de Engenharia Civil (REEC), Goiânia-GO, v. 13, n. 2. p. 210-227. jul/ 2017.

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[1] Engenheiro civil, especialista em Estruturas de Concreto Armado e Fundações. Mestrando em Construção Civil.

Enviado: Fevereiro, 2021.

Aprovado: Abril, 2021.

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Igor Aureliano Miranda Silva Campos

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