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Analise Técnica de Viabilidade de Implantação de Restaurante em Instituição Pública

RC: 11225
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CONTEÚDO

NETO, Alberto Antônio Tuma [1]

ROSA, Daniel de Souza [2]

SOUZA, Ênio Neves de [3]

GARCIA, Fabiano de Aguiar [4]

MEDEIROS NETO, Gracindo da Rocha [5]

NECKER, Helder Sumeck [6]

VALADARES, Otávio César de Paiva [7]

CÂMARA, Patrícia Trabuco [8]

ASCUI, Rogério Roman [9]

NETO, Alberto Antônio Tuma; et.al. Analise Técnica de Viabilidade de Implantação de Restaurante em Instituição Pública. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Edição 07. Ano 02, Vol. 02. pp 58-90, Outubro de 2017. ISSN:2448-0959

RESUMO

O Estudo de Viabilidade permite que análises e avaliações sejam realizadas sob ponto de vista técnico, legal e econômico e que promove a seleção e recomendação de alternativas para a concepção dos projetos. Permite verificar se o programa, terreno, legislação, custos e investimentos são executáveis e compatíveis com os objetivos do órgão. É necessário nesse momento realizar uma estimativa de custos, visando subsidiar a tomada de decisão para analise da relação custo benefício, o prazo para a elaboração dos projetos e para a execução da obra, a origem dos recursos para realizá-los, a verificação quanto à previsão legislações orçamentárias. Os estudos de viabilidade objetivam eleger o empreendimento que melhor responda ao programa de necessidades, sob os aspectos técnico e socioeconômico, por isso a necessidade de se estudar todas as questões acima citadas. No aspecto técnico, devem ser avaliadas as alternativas para a implantação do projeto. A avaliação ambiental envolve o exame preliminar do impacto ambiental do empreendimento, de forma a promover a perfeita adequação da obra com o meio ambiente. A análise socioeconômica, por sua vez, inclui o exame das melhorias e possíveis malefícios advindos da implantação da obra.

INTRODUÇÃO

Após realização de análise técnica, prova de carga na estrutura, medição de deformações verticais, analise e soluções de reparo das patologias estruturais, propôs condições de uso, carga máxima de ocupação, reparo estrutural de patologias encontradas.

O presente artigo tem por objetivo apresentar propostas de layout e analisar com apresentações de subsídios técnicos para a tomada de decisão de promover reforma e/ou ampliação do Refeitório.

Para fundamentar este relatório, visitas foram realizadas nas dependências da Subestação e local de provável implantação do refeitório.

Inspecionando o estado do prédio, verificam-se alguns problemas estruturais, com fissuras e rachaduras, inclusive nas vigas; problemas elétricos, com fiação exposta e ressecada e com longo tempo de uso.

Verifica-se ainda, que, o lugar para o qual está destinado ao refeitório necessita de adequações, pois apresenta ambientes com pouca ventilação e iluminação natural, problemas hidráulicos e sanitários, baixo “pé direito” (altura piso/teto) e ambientes cruzando o fluxo de alimentos e saída de lixo. Ademais, para a adequação do refeitório, para estabelecimento das áreas mínimas a serem disponibilizadas para fins de funcionamento de um restaurante, faz-se necessário a demolição e construção de novas paredes de alvenaria bem como diversos rasgos na alvenaria existente para embutir e estabelecimento de caminhos para a fiação elétrica.

Para reforço dos problemas encontrados nas dependências do antigo restaurante, concernentes ao funcionamento de um refeitório, citam-se os problemas encontrados em inspeções do DVISA – Departamento de Vigilância Sanitária, onde se constatou: Ausência de sanitário para deficientes, Ausência de tela nas aberturas do restaurante, Ausência de ralo sifonado, Ventilação insuficiente, Ausência de equipamentos para climatização, Ausência para lavatório para lavagem das mãos, Fiação elétrica exposta, Ausência de lavatório exclusivo para utensílios, Luminária sem proteção contra queda e explosão das lâmpadas, Pisos, parede e forro se, revestimento em material liso, resistente, impermeável e lavável, apresentando desgaste, Paredes encobertas de gordura, Tubulação de gás com ferrugem, etc.

Visando atender solicitação da Administração Pública, elaborou-se análise técnica abordando projeto para reinstalação de um restaurante, sendo abordadas as situações pertinentes.

ANÁLISE

SITUAÇÃO ATUAL DA ÁREA

No presente momento a área destinada ao restaurante esta desocupada, sendo utilizada por empresa prestadora de serviços de encarregada da manutenção predial.

O prédio foi inaugurado em 28 de junho de 1990, com projeto do Arquiteto Severiano Mario Porto, passou por problemas de fissuras e deformações verticais ocasionando um processo Patológico nas vigas e lajes, após ensaios laboratoriais e “in loco” foram propostas ações corretivas e restrições de uso e ocupação.

O prédio é construído com estrutura em concreto armado, dividia em três partes por juntas de dilatações tonando-as não solidárias, vedações em alvenaria de ½ vez, esquadrias de alumínio, piso em Korodur, pintura em tinta acrílica, possuindo dois pavimentos, tendo área = 1.294,33m² e perímetro = 173,65m, cada pavimento.  A Fachada é composta em concreto armado com estrutura independente do prédio principal, conforme Figura 01 e 02.

Segundo Souza (1998), vida útil de um material ocorre no período em que suas propriedades permanecem acima dos limites mínimos especificados, sendo de vital importância para os planejamentos de manutenção e orçamentos reais de uma obra. Desse modo, desempenho pode ser designado como sendo o comportamento em serviço de cada produto, ao longo da vida útil.

Thomaz (2001), lista quanto as falhas de projeto problemas relacionados a declividade e diâmetros, associados a colocação em local improprio de caixa de passagem. Desse modo, facilitando o acúmulo de detritos sólidos e gerando dores de esgoto em locais inapropriados.

Figura 01 – Perspectiva lateral e fundos mostrando a estrutura de concreto da fachada, brises e pavimentos. 
Figura 01 – Perspectiva lateral e fundos mostrando a estrutura de concreto da fachada, brises e pavimentos.
Figura 02 – Perspectiva lateral e fundos mostrando a estrutura de concreto da fachada, brises e pavimentos.
Figura 02 – Perspectiva lateral e fundos mostrando a estrutura de concreto da fachada, brises e pavimentos.

ÁREA DE REFEITÓRIO

Encontra-se em bom estado de conservação, piso pintado em tinta epóxi, paredes e teto pintado em tinta acrílica semibrilho, luminárias de sobrepor com aletas reflexivas, de acordo com as Figura 03 e 04. Contudo há um desnível de piso de aproximadamente 3cm na metade do salão. Área = 144.07m², Perímetro = 54.20m, pé direito = 2,88m.

Figura 3 – Vista do refeitório e acessos as áreas de cozinha.
Figura 3 – Vista do refeitório e acessos as áreas de cozinha.
Figura 4 – Vista do refeitório e esquadrias de acesso externo.
Figura 4 – Vista do refeitório e esquadrias de acesso externo.

ATENDIMENTO

Apresenta piso desgastado, balcão inox danificado, pé direito em 2,10m, paredes pintadas em tinta acrílica semibrilho, eletroduto e tomadas aparentes, luminárias de sobrepor, forro em placa de gesso, tendo canaleta com grelha para drenagem de limpeza, conforme apresentado nas Figuras 5, 6, 7 e 8.

Figura 5 – Vista do piso e balcão em inox de Atendimento.
Figura 5 – Vista do piso e balcão em inox de Atendimento.
Figura 6 – Vista do balcão, tampo em inox e canaleta de drenagem.
Figura 6 – Vista do balcão, tampo em inox e canaleta de drenagem.
Figura 7 – Grelha de drenagem e piso em Korodur.
Figura 7 – Grelha de drenagem e piso em Korodur.
Figura 8 – Tubulação elétrica aparente
Figura 8 – Tubulação elétrica aparente
  • BAR

Paredes com revestimento em azulejos branco danificado com trincas furos e quebrados, Tubulação elétrica aparente e luminárias de sobrepor sem proteção, de acordo com as Figuras 9, 10, 11 e 12.

Figura 9 – Tubulação elétrica aparente dificulta a limpeza e favorece a proliferação de fungos e bactérias.
Figura 9 – Tubulação elétrica aparente dificulta a limpeza e favorece a proliferação de fungos e bactérias.
Figura 10 – Luminárias de sobrepor sem proteção.
Figura 10 – Luminárias de sobrepor sem proteção.
Figura 11 – Perfurações e trincas no revestimento de parede.
Figura 11 – Perfurações e trincas no revestimento de parede.
Figura 12 – Perfurações e trincas no revestimento de parede.
Figura 12 – Perfurações e trincas no revestimento de parede.
  • CORREDOR

Piso com falhas de uniformidade, apresentando uma provável caixa de passagem dentro do ambiente do restaurante, o revestimento de parede está danificado e possui tubulação e caixas elétricas aparentes, demonstrado nas Figuras 13 e 14.

Figura 13 – Piso danificado e tubulação elétrica aparente.
Figura 13 – Piso danificado e tubulação elétrica aparente.
Figura 14 – Revestimento de parede danificado e luminárias elétricas de sobrepor.
Figura 14 – Revestimento de parede danificado e luminárias elétricas de sobrepor.

LAVAGEM

Piso danificado com presença de fungos, ralos e caixas sifonadas apresentam problemas de retorno de odores, tubulações embutidas com vazamentos, revestimento de parede com trincas e furos, bancadas inox danificadas.

Figura 15 – Piso danificado e com presença de fungos.
Figura 15 – Piso danificado e com presença de fungos.
Figura 16 – Piso danificado e caixas sifonadas com problemas de retorno de odores.
Figura 16 – Piso danificado e caixas sifonadas com problemas de retorno de odores.
  • SALA DO CHEFE

Em bom estado de conservação.

  • ANTIGA SALA DO BASA

Local reservado para funcionar a área quente do restaurante, sendo necessário passar por adaptações para embutir tubulação elétrica, hidráulica, sanitária e gás. Outra questão, adaptar os suportes das coifas para evitar carga na estrutura, recomposição reboco e pintura, de acordo com as Figuras 17 e 18.

Figura 17 – Piso em korodur.
Figura 17 – Piso em korodur.
Figura 18 – Parede somente com reboco e pintura.
Figura 18 – Parede somente com reboco e pintura.
  • COZINHA

Revestimento de parede totalmente danificado, coifa de cocção danificada e dutos instalados de forma incorreta, piso furos e trincas, ventilação natural e iluminação abaixo do recomendado. As tubulações elétricas, gás e água foram executados aparentes. Área = 68.10m², Perímetro = 34.08m e pé direito de 2,85m, demonstrados nas Figuras 19, 20, 21 e 22.

Figura 19 – Revestimento de parede e piso danificado.
Figura 19 – Revestimento de parede e piso danificado.
Figura 20 – Coifas e dutos danificados.
Figura 20 – Coifas e dutos danificados.
Figura 21 – Coifa e dutos danificados, tubulação aparente de elétrica.
Figura 21 – Coifa e dutos danificados, tubulação aparente de elétrica.
Figura 22 – Parede, piso e instalações danificadas
Figura 22 – Parede, piso e instalações danificadas
  • PRÉ-PREPARO

Revestimento cerâmico de parede com furos e trincas sendo necessário embutir tubos e instalações elétricas. Problemas de falta de caixa sifonada e drenagem danificada. Necessária demolição de tanque de água existente.

Figura 23 – Área ocupada por limpeza e pintura da manutenção.
Figura 23 – Área ocupada por limpeza e pintura da manutenção.
Figura 24 – Parede, piso e instalações danificadas
Figura 24 – Parede, piso e instalações danificadas
  • AR CONDICIONADO

Apresenta pontos de infiltração com presença de fungos, cabeamento elétrico exposto, contudo não funciona para armazenamento de maquinas de condicionadores de ar, segundo apresentado nas Figuras 25, 26, 27 e 28.

Figura 25 – Cabeamento elétrico exposto e presença de infiltração
Figura 25 – Cabeamento elétrico exposto e presença de infiltração
Figura 26 – Cabeamento elétrico exposto.
Figura 26 – Cabeamento elétrico exposto.
Figura 27 – Piso desgastado e paredes pintadas.
Figura 27 – Piso desgastado e paredes pintadas.
Figura 28 – Quadro de energia de sobrepor.
Figura 28 – Quadro de energia de sobrepor.
  • LAVAGEM

Ligações sanitárias improvisadas e piso danificado, revestimento de parede trincada e avarias, conforme Figura 29.

Figura 29 – Piso danificado e caixa sifonada com problema.
Figura 29 – Piso danificado e caixa sifonada com problema.
  • WC DE FUNCIONARIOS DO RESTAURANTE

Totalmente danificando necessitando de reparos totais, demonstrado nas Figuras 30, 31, 32 e 33.

Figura 30 – Utilizado como local de banho.
Figura 30 – Utilizado como local de banho.
Figura 31 – Portas, pia e instalações com avarias.
Figura 31 – Portas, pia e instalações com avarias.
Figura 32 – Infiltrações no piso e problemas de desnível.
Figura 32 – Infiltrações no piso e problemas de desnível.
Figura 33 – Área de ventilação e iluminação natural insuficiente.
Figura 33 – Área de ventilação e iluminação natural insuficiente.
  • WC DOS USUÁRIOS DO RESTAURANTE

Utilizado para vestiário pelos funcionários da empresa de manutenção, porem necessita de reforma no piso, caixa sifonada, portas e instalações hidrossanitárias, segundo Figuras 34, 35, 36 e 37.

Figura 34 – Caixa sifonada, vaso em bom estado e porta danificada.
Figura 34 – Caixa sifonada, vaso em bom estado e porta danificada.
Figura 35 – Mictório necessitando de divisórias e portas danificadas.
Figura 35 – Mictório necessitando de divisórias e portas danificadas.
Figura 36 – Reveestimento de parede danificado e tampo de marmore com avarias e manchado.
Figura 36 – Reveestimento de parede danificado e tampo de marmore com avarias e manchado.
Figura 37 – Área utilizada como vestiário
Figura 37 – Área utilizada como vestiário
  • LAVATÓRIO

Piso danificado, revestimento de parede com trincas e furos, apresentando problemas nas instalações hidrossanitárias, tubulação elétrica aparente, compreendendo as Figuras 38, 39, 40 e 41.

Figura 38 -  Porta de acesso do , piso com avarias e tubulações aparentes.
Figura 38 –  Porta de acesso do , piso com avarias e tubulações aparentes.
Figura 39 – Revestimento de parede danificada e problemas hidrossanitários.
Figura 39 – Revestimento de parede danificada e problemas hidrossanitários.
Figura 40 – Chapa de aço utilizada na recuperação estrutural.
Figura 40 – Chapa de aço utilizada na recuperação estrutural.
Figura 41 – Luminária aparentes sem proteção nas lampadas.
Figura 41 – Luminária aparentes sem proteção nas lampadas.
  • ÁREA EXTERNA

Dutos de exaustão instalados entre a parede externa e a estrutura de fachada, cantoneiras de suporte em vigas. Apresenta as instalações de dutos de exaustão da cozinha danificados e em desacordo das normas vigentes, equipamento de água quente danificado e sem uso, motores e sistema de exaustão forçada sem manutenção e hidrantes e sistema de combate a incêndio sem manutenção, de acordo com as Figuras 42, 43, 44, 45, 46, 47 e 48.

Figura 42 – Dutos de exaustão, com eletrocalha.
Figura 42 – Dutos de exaustão, com eletrocalha.
Figura 43 -  Corrosão do sistema de duto e de aquecimento de água.
Figura 43 –  Corrosão do sistema de duto e de aquecimento de água.
Figura 44 – Reservatório térmico com corrosão.
Figura 44 – Reservatório térmico com corrosão.
Figura 45 - Reservatório térmico com corrosão.
Figura 45 – Reservatório térmico com corrosão.
Figura 46 – Motores elétricos de exaustão.
Figura 46 – Motores elétricos de exaustão.
Figura 47 - Motores elétricos de exaustão
Figura 47 – Motores elétricos de exaustão
Figura 48 – Mangueira e hidrante de combate a incêndio, necessitando de manutenção.
Figura 48 – Mangueira e hidrante de combate a incêndio, necessitando de manutenção.

APRESENTAÇÃO DE DUAS SUGESTÕES DE LAYOUT

Atendendo solicitação da Superintendência de Administração – SAD, foram elaboradas duas sugestões de Layout para uma possível implantação de restaurante no Prédio, informa-se, que se trata de um ANTEPROJETO, sendo necessário o desenvolvimento de projetos mais detalhados e consulta à DVISA para procedimento de um projeto completo.

No primeiro, utilizou-se á área do restaurante antigo acrescido da área onde funcionava a antiga agencia do banco BASA, resultando uma Área = 505.59m², Perímetro = 96.20m, a altura de piso/teto varia de 2,10m a 2,88m, conforme Anexo A.

No segundo, exclui-se a área referente ao banheiro dos usuários do restaurante, sendo que, considerou-se que os usuários do restaurante utilizariam o banheiro do térreo que dista 12m da entrada do restaurante, porém, se faz necessário a adequação para atender a norma de acessibilidade vigente (Área = 405.87m², Perímetro = 99.83m), conforme Anexo B.

Ao se analisar o estado de conservação e durabilidade leva-se em consideração que a construção data da década de 90, portanto, perfazendo em torno de 27 anos de construção deve-se considerar a deterioração de todos os sistemas, portando segundo Thomaz (2001), do ponto de vista da durabilidade das instalações pode haver um comprometimento pela ação de roedores, corrosão de caixas de entrada, quadros bases, acrescentando, também, a exposição ao sol ou altas temperaturas de fios ou cabos elétricos, atuação de sobrecorrentes por tempo prolongado e excesso de fios no mesmo eletroduto.

Apesar de se tratar de um anteprojeto, buscaram-se todos os subsídios visando atender as normas e resoluções que abordam à instalação e funcionamento de restaurantes.

Outra questão pertinente é a alteração do projeto de fachada com modificação de pelo menos três esquadrias para adequação a norma de iluminação e ventilação natural.

RECOMENDAÇÕES E IMPLICAÇÕES TÉCNICAS CONSTRUTIVA

Existe um histórico de patologias e problemas relacionados à edificação no em que apesar de visualmente causar estranheza em ensaio realizado no local a estrutura de laje suportou a carga de projeto, porém demonstrando deterioração de alguns elementos estruturais, sendo necessária a atuação visando manter a vida útil e reposição das características construtivas de projeto.

De acordo com Souza,

A análise da deterioração possibilita o julgamento de um produto (estrutura ou material), podendo-se admitir que seja considerado satisfatório quando ficar caracterizada uma relação positiva entre seu custo inicial, sua curva característica de deterioração, sua vida útil e seu custo de reposição ou recuperação. (Souza, 1998, p. 17)

Analisando a situação atual ainda encontra patologias construtivas que requerem muito cuidado com qualquer alteração, reforma e ocupação da edificação, porém não implicando problemas sérios, sendo necessário acompanhamento e aplicação de medidas profilaxivas.

Dessa forma, apesar de serem possíveis pequenas intervenções na parte do térreo deve-se agir com cautela, evitando qualquer perfuração ou suporte instalados em vigas lajes e pilares para não acorrer acréscimos de carga nos elementos estruturais.

De acordo com Marcelli,

As fissuras quase sempre são indício ou sintoma de que algum problema está acontecendo com a edificação; esse problema pode ser de natureza simples, não implicando maiores cuidados, a não ser o de manutenção corretiva, ou ser o aviso de uma situação que se não for cuidada a tempo e de forma correta poderá levar a uma situação crítica. (Marcelli, 2007, p. 137)

Dentre as patologias encontradas a principal foram fissuras em vigas indicando ruptura de cisalhamento e flexão, conforme Figuras 49, 50, 51, 58 e 59. Outra patologia encontrada se deve a oxidação da armadura de aço de pilares, de acordo com as figuras 52, 55 e 56. Nas Figuras 53 e 54, demonstram fissuras em lajes que se propagam até o piso superior e na Figura 57, pode-se observar a presença de fungos proveniente de infiltração.

Segundo Souza (1998),

O registro das grandes estruturas é fundamental para sua manutenção. Com base no cadastramento da estrutura é possível manter-se um efetivo controle das atividades rotineiras de inspeção, programar e registrar, adequadamente, os reparos ou reforços porventura necessários durante suas vidas (Souza 1998, p.234).

Figura 49 – Fissura 90º em viga.
Figura 49 – Fissura 90º em viga.
Figura 50 – Fissura 90º em viga
Figura 50 – Fissura 90º em viga
Figura 51 – Fissura em 45º em meio de viga.
Figura 51 – Fissura em 45º em meio de viga.
Figura 52 – Desagregação de concreto em pilar.
Figura 52 – Desagregação de concreto em pilar.
Figura 53 – Fissuras em isso se propagando a partir dos pilares.
Figura 53 – Fissuras em isso se propagando a partir dos pilares.
Figura 54 – Fissuras em isso se propagando a partir dos pilares.
Figura 54 – Fissuras em isso se propagando a partir dos pilares.
Figura 55 -  Fissura em concreto ao longo da armadura longitudinal.
Figura 55 –  Fissura em concreto ao longo da armadura longitudinal.
Figura 56 -  Esfacelamento do concreto e oxidação de estribo e armadura longitudinal.
Figura 56 –  Esfacelamento do concreto e oxidação de estribo e armadura longitudinal.
Figura 57 – Fungos proveniente de infiltrações.
Figura 57 – Fungos proveniente de infiltrações.
Figura 58 – Fissura 90º em viga de concreto
Figura 58 – Fissura 90º em viga de concreto
Figura 59 – Fissura em 45º em viga.
Figura 59 – Fissura em 45º em viga.

Desta forma, recomenda-se de recomposição do elemento estrutural danificado com aplicação de graute e verificação de diminuição de secção das armaduras transversais e longitudinais. Contudo, nas vigas indica-se a aplicação de adesivo estrutural base epóxi com chapas de aço, quando as fissuras se demonstrarem ativas.

RECOMENDAÇÕES E IMPLICAÇÕES TECNICAS ELETRICAS

Âmbito da Reforma: Verifica-se que as instalações elétricas são notoriamente antigas e que, por isso, não é possível mais garantir a confiabilidade e segurança das instalações existentes. Acontece que, visando garantir a segurança dos frequentadores deste possível refeitório a ser instalado, deve-se proceder a uma reforma predial não somente para as instalações elétricas dos cômodos que contemplarão o refeitório, mas também deve ser previsto uma reforma em sentido lato sensu. Caso contrário, não há como garantir a plena segurança das instalações elétricas.

Plantas Elétricas: Verifica-se pelas plantas encontradas no arquivo localizado na COADM, que, ao longo do tempo, diversas alterações elétricas de projeto foram sendo executadas sem a devida formalização em plantas.  Boas práticas de projeto determinam que acerca de que para qualquer alteração realizada em campo a mesma deve ser também registrada nos documentos de modo que seja possível a consulta para fundamentar ações a posteriori (plantas as built).

Análise da Economicidade do local: Esta nota técnica ateve-se tão somente aos problemas e implicações técnicas encontradas nas dependências do. A análise técnica, quanto ao princípio da economicidade, pertence ao âmbito da alta administração.

Considerações Técnicas

Subestação (Situação Atual):

Hoje, pertencente ao grupo A subgrupo tarifário Setor Público, dispõe de três transformadores de 500 KVA, situado na subestação principal, em atividade, sendo dois ativos e um inativo, e, na subestação, em inatividade, um transformador de 300 KVA situado na subestação.

No bojo da análise da capacidade do Sistema ativo atual da Subestação Principal de suportar as novas cargas elétricas a serem, analiso duas situações hipotéticas. Tal necessidade de análise consubstancia-se no fato de que é necessário um estudo detalhado da quantidade de cargas elétricas ligadas atualmente na Subestação e, com isso, determinar a capacidade de reserva da Subestação Principal. Sendo assim, considerando somente a utilização dos transformadores atualmente existentes, segue a análise das situações.

Situação hipotética 1: Sistema Atual (500 + 500 KVA) sem reserva

A inserção de novas cargas elétricas poderá implicar na ativação do terceiro transformador de 500 KVA, sendo este superdimensionado, haveria maior consumo de energia reativa em relação à energia ativa, acarretando um baixo fator de potência. A título de esclarecimento, em síntese é afirmado que baixos fatores de potência (excesso de energia reativa) inviabilizam a plena utilização de uma instalação elétrica condicionando a instalação de novas cargas a investimentos que poderiam ser evitados se valores mais altos de fator de potência fossem conseguidos. O “espaço” ocupado pela energia reativa poderia ser então utilizado para o atendimento de novas cargas. Acontece que este “espaço” ocupado pela energia reativa acarreta também em ônus nas contas de consumo de energia elétrica se o valor do fator de potência for inferior a 0,92.  Cito o artigo 76 da resolução normativa nº 418, de 23 de novembro de 2010:

Art. 76 O fator de potência da unidade consumidora, para fins de cobrança, deve ser verificado pela distribuidora por meio de medição permanente, de forma obrigatória para o grupo A e facultativa para o grupo B.

Cito ainda a Norma técnica da Eletrobrás Amazonas Energia, código MPN-DC-01/NDEE-01, com vigência a partir de 04/11/2014:

5.8.7.2 Memória de cálculo da demanda provável em kVA e kW (considerando, no mínimo, fator de potência 0,92); esse cálculo, de responsabilidade exclusiva do Responsável Técnico RT (responsável técnico) pelo projeto bem como o fator de demanda deve contemplar todas as cargas e seu regime mais severo de funcionamento contínuo;

Diante desta exigência e, considerando a ativação do terceiro transformador de 500KVA, é certo que será necessário investir no incremento do banco de capacitores instalado, conforme foto abaixo, na Subestação Principal, pela empresa responsável pela manutenção predial preventiva e corretiva do prédio de modo a manter o valor do fator de potência de, no mínimo, 0.92. A análise da capacidade dos transformadores é realizada sem prejuízo da analise de substituição dos alimentadores. A informação passada é que esses alimentadores foram instalados em 1997.

Figura 60: Banco de Capacitores 
Figura 60: Banco de Capacitores
Figura 61: Banco de Capacitores (painel de comando) 
Figura 61: Banco de Capacitores (painel de comando)

Situação hipotética 2: Sistema Atual (500 + 500 KVA) com reserva

Consideremos agora a situação em que os dois transformadores ativos de 500 KVA sejam suficientes para a alimentação das novas cargas elétricas. Neste caso, não necessitaria, a priori, de uma adequação do banco de capacitores localizado na Subestação Principal. A análise da capacidade dos transformadores é realizada sem prejuízo da analise de substituição dos alimentadores. A informação passada é que esses alimentadores foram instalados em 1997 e, portanto, não é possível afirmar a perfeita integridade dos cabos alimentadores.

Figura 62: Transformador de 500 KVA da Subestação.
Figura 62: Transformador de 500 KVA da Subestação.
Figura 63: Suporte de Manobra, Isoladores e componentes.
Figura 63: Suporte de Manobra, Isoladores e componentes.

A figura mostrada na sequência consiste no quadro geral de força. Como já mencionado para os alimentadores, as informações recebidas é que a instalação desses componentes elétricos foi realizada em 1997. Não há como precisar o grau de integridade dos componentes e somente um estudo detalhado para determinação das condições físicas de todas as partes integrantes deste sistema.

Figura 64: Disjuntor Geral do Quadro de Força
Figura 64: Disjuntor Geral do Quadro de Força
Figura 65: Quadro de Força
Figura 65: Quadro de Força

Implicações e dificuldades para implantação

Alimentação Geral: Atualmente, existem cabos alimentadores, provenientes da subestação principal, que atende aos equipamentos instalados e em uso no prédio. Trata-se de uma instalação relativamente deteriorada, com disjuntores com longo tempo de utilização e cabos antigos. Não há como precisar o grau de integridade dos componentes e somente um estudo detalhado para determinação das condições físicas de todas as partes integrantes deste sistema.

Recomendação: Visando a garantia das novas instalações, é recomendável cabos alimentadores novos, utilizando encaminhamentos existentes, diretamente da subestação principal, para atender as demandas energéticas que por ventura serão geradas com a adição de novas cargas elétricas para funcionamento do refeitório.

Figura 66: Alimentadores do  prédio.  
Figura 66: Alimentadores do  prédio.
Figura 67: Alimentadores junto ao Quadro de Força do prédio.
Figura 67: Alimentadores junto ao Quadro de Força do prédio.

Taxa de Ocupação das Calhas: Nota-se pelas fotos a seguir que, partes do encaminhamento feito por calhas, encontram-se totalmente ocupadas, existindo a necessidade, em caso da troca dos alimentadores, da ampliação da capacidade dos encaminhamentos.

Figura 68: Calha do chiller
Figura 68: Calha do chiller
Figura 69: Calha sobre o Quadro QD1.
Figura 69: Calha sobre o Quadro QD1.

Quadro do Antigo Refeitório – QD1

O quadro de Distribuição abaixo aparenta uma certa idade de uso e não se pode garantir a eficiência dos seus componentes. Este quadro, localizado dentro do antigo refeitório, possui circuitos que não estão identificados. A sua alimentação é dada por meio de 8 cabos, derivados do quadro de força, sendo dois para cada fase, conforme mostrado na foto de detalhe, além do condutor Neutro, de Proteção e, ainda, a cordoalha de aterramento.  Importante frisar que os disjuntores, do tipo NEMA, são relativamente antigos, e, como já afirmado, não é possível afirmar o grau de segurança das instalações.

Figura 70 - Quadro de Distribuição QD1 Antigo Refeitório.
Figura 70 – Quadro de Distribuição QD1 Antigo Refeitório.
Figura 71 - Detalhe do Quadro de Distribuição.
Figura 71 – Detalhe do Quadro de Distribuição.

Quadro de Distribuição QD2 Derivado do QD1

O quadro de Distribuição abaixo aparenta uma certa idade de uso e não se pode garantir a eficiência dos seus componentes. Este quadro, localizado dentro do antigo refeitório, possui circuitos que não estão identificados. Importante frisar que os disjuntores, do tipo NEMA, são relativamente antigos, e, como reiterado, não é possível afirmar o grau de segurança das instalações.

Figura 72:  Quadro de Distribuição QD1 Antigo Refeitório.
Figura 72:  Quadro de Distribuição QD1 Antigo Refeitório.

Distribuição Elétrica: Como dito anteriormente, alimentadores dedicados ao atendimento das instalações e equipamentos do refeitório serão estabelecidos.

Recomendação: A distribuição elétrica basear-se-á nas disposições do layout. É necessário o levantamento de todos os equipamentos e a identificação dos seus consumos para a especificação das tomadas.

Instalações elétricas (Tomadas): As instalações elétricas existentes são antigas, aparentes e expostas, necessitando de substituição total dos circuitos

Figura 73: Conduletes das antigas instalações.
Figura 73: Conduletes das antigas instalações.
Figura 74: Instalações elétricas expostas.
Figura 74: Instalações elétricas expostas.

Recomendação: Visando atendimento das normas aplicáveis a instalação de refeitórios, é preferível e recomendável que as instalações elétricas sejam embutidas, de modo a facilitar a higienização dos ambientes e permitir ganhos estéticos ao empreendimento. Diversos pontos de tomadas gerais (TUG´s) e específicas (TUE´s) serão eliminados e/ou redistribuídos, conforme layout a ser definido pela Administração.

Diversos rasgos na alvenaria existentes serão realizados para embutir as instalações elétricas até então aparentes.

Instalações elétricas (Iluminação): Luminárias do tipo calha sem proteção contra queda e explosão das lâmpadas estão dispostas por toda a planta do antigo refeitório.

Figura 75: Luminárias do Salão
Figura 75: Luminárias do Salão
Figura 76: Luminária do ambiente de produção
Figura 76: Luminária do ambiente de produção

Recomendação: Recomenda-se adotar, para o dimensionamento da iluminação artificial, as seguintes proporções: Refeitório – O nível de iluminação artificial recomendado para a área do refeitório é de 150W/6m², para um pé-direito máximo de 3,00m, dando preferência às lâmpadas do tipo LED, devido a durabilidade, eficiência luminosa e baixíssimo consumo. Para lâmpadas fluorescentes recomenda-se a proporção de, aproximadamente, 50W/6m² (para pé-direito de, no máximo, 3 metros); Cozinha, Recepção, Pré-Higienização e Estocagem – O nível de iluminação artificial recomendado para a área de cocção é de 40W/4m² (para pé-direito de, no máximo, 3 metros).

Instalações elétricas (motores):

O Sistema de Exaustão e Ventilação da antiga cozinha do refeitório possui 02 motores dos quais não se possui nenhuma informação acerca do funcionamento e por isso, não há como garantir a eficiência para atuar no sistema de exaustão do novo restaurante a ser possivelmente instalado. Será necessário a revisão ou até mesmo a substituição dos referidos motores. Isto porque eles tem papel fundamental no sistema que tem como objetivo promover a remoção e tratamento dos vapores e gases decorrentes do processo de cocção dos alimentos, mantendo o ambiente da cozinha livre de fumaça e odores, bem como proporcionar uma renovação de ar constante mantendo a temperatura interna dentro dos limites de conforto térmico desejáveis, para um melhor desempenho dos funcionários, de acordo com as normas da ABNT NBR 14518, que regulamenta a instalação de Sistemas de Ventilação para Cozinhas Profissionais. Segue abaixo a foto dos referidos motores.

Figura 77: Motores do Sistema de Exaustão do
Figura 77: Motores do Sistema de Exaustão do

Instalações Elétricas (Refrigeração)

As instalações elétricas bem como todo o sistema de refrigeração, incluindo os dutos, sobre o forro de gesso, devem ser totalmente substituídos. Aparelhos de refrigeração mais econômicos devem ser adquiridos.

Figura 78: Condicionador existente no Salão do Refeitório.
Figura 78: Condicionador existente no Salão do Refeitório.
Figura 79: Detalhe da ligação elétrica do aparelho.
Figura 79: Detalhe da ligação elétrica do aparelho.

Malha de aterramento: Conforme mencionado, como não foram apresentadas plantas elétricas referentes às atuais instalações elétricas existentes no prédio, não foi possível afirmar nem mesmo sobre a existência, localização e monitoramento da malha de aterramento. Foram encontradas duas hastes isoladas no lado direito do prédio.

Figura 80 – Haste de Aterramento
Figura 80 – Haste de Aterramento

Recomendação: É provável que deva ser estabelecida uma nova malha de aterramento para a proteção dos aparelhos que serão ligados no refeitório, objetivando a proteção dos equipamentos a serem ligados no refeitório bem como dos usuários, evitando choques elétricos diretos e indiretos.

Previsão de PROJETOS AS BUILT: Após a conclusão dos serviços, deverá ser feito o projeto as built do arquitetônico e das instalações (elétrica, gás, hidrossanitário e de combate a incêndio e pânico).

ORÇAMENTO PRELIMINAR PROPOSTO

Preparou-se um orçamento estimado, que considerando margem de erro de 20% a 15%.

  • A PARTE CIVIL ABRANGEU:
  1. Equipe Técnica: previsto a contratação de engenheiro especialista em estrutura para acompanhamento e atuação nas profilaxias de problemas estruturais, devido à complexidade de instalações elétricas e hidrossanitária previu-se a contratação de engenheiro Civil Pleno e engenheiro eletricista.
  2. Demolições e retirada: devido às condições desgastadas de piso, revestimento de parede e instalações hidrossanitária, decidiu-se pela demolição e retirada. Visando diminuir o impacto na estrutura optou-se por minimizar a demolição de alvenaria, ficando em torno de 38,88m².
  3. Vedações e alvenaria: Procedeu-se acréscimo de 126,32m² alvenaria, salienta-se que tais paredes ficam abaixo da laje e não acarretaria sobrecarga, mas sim, auxiliaria aliviando a distribuição das cargas das lajes e vigas do pavimento superior.
  4. Revestimento e Piso: Previu-se a troca do piso devido o desgaste excessivo, remendos e danos, sendo refeito os rodapés, pois não pode haver arestas ou cantos que acumulem sujeira.
  5. Instalações hidrossanitária: devido a problemas de odores, caixa sifonada, vazamentos e pontos de água e esgoto modificados, recomenda-se mudar toda a instalação para ficar embutida em parede e piso.
  6. Instalação de gás: Colocação de central de gás com mudança total da tubulação deixando embutida em parede e piso.
  7. Esquadrias: Visando adequar ao layout proposto previu-se a troca de algumas portas, alem de adaptação das esquadrias de fachada.
  8. Louças e metais: Previu-se a troca de metais e louças que se apresentam danificadas e adequações ao novo layout.
  9. Pintura: Considerou a pintura total com espaços sendo em tinta epóxi, acrílica e esmalte sintético.
  10. Recuperação estrutural: Objetivando atender ao exposto no item III (Recomendações e implicações técnicas – Engenharia civil), previram-se serviços de recuperação estrutural com utilização de chapa de aço para reforço estrutural, grout para recomposição de elementos construtivos, adesivo a base epóxi para preenchimento de fissuras e trincas.
  11. Dutos de exaustão e peças inox: Devido à deterioração dos dutos existente e das peças em inox da cozinha, fez-se cotação para a instalação.

Seguindo os serviços e materiais quantificando, em nível de orçamento preliminar, obteve-se um valor de materiais e mão de obra, com BDI incluso, de R$ 597.424,49 (Quinhentos e Noventa e Sete Mil, quatrocentos e Vinte e Quatro reais e Quarenta e Nove Centavos), no valor exposto não constam as instalações elétricas que serão pormenorizadas abaixo.

  • A PARTE ELETRICA ABRANGEU:

Os investimentos no âmbito das instalações elétricas e refrigeração estão relacionados e concentrados, principalmente, ao estudo discriminado nas situações hipotéticas analisadas anteriormente acerca dos transformadores e alimentadores necessários. O transformador instalado deve atender à potência ativa total dos equipamentos utilizados, mas, devido à presença de potência reativa, sua capacidade deve ser calculada com base na potência aparente das instalações. Outro aumento relacionado está na criação de vários circuitos de alimentação das cargas elétricas adicionais e seus sistemas de proteção e controle dos equipamentos que, cresce com o aumento da energia reativa, aumento da capacidade dos TC’s, TP’s, etc. Da mesma forma, para transportar a mesma potência ativa, sem o aumento das perdas, a seção dos condutores deve aumentar à medida que o fator de potência diminui. O investimento na ampliação do banco de capacitores, visando corrigir este fator de potência ao valor determinado pela legislação, não está descartado.

Diante de todos os problemas e implicações que foram expostos neste relatório, a estimativa de custos para adequação dos sistemas elétricos e de refrigeração, excetuando a compra de equipamentos de cozinha industrial, é de R$ 350.000,00 (Trezentos e Cinquenta mil reais), já aplicado o BDI.

  • ESTIMATIVA TOTAL DO CUSTO DE IMPLANTAÇÃO DO RESTAURANTE:

Perfazendo um valor total, parte civil somado com elétrica, de R$ 947.424,49 (novecentos e quarenta e sete mil, quatrocentos e vinte e quatro reais e quarenta e nove centavos).

O orçamento baseou-se em anteprojeto e consiste em uma analise preliminares podendo sofrer alterações quando realizados os projetos executivos.

CONCLUSÃO

Observa-se que existem duas implicações na utilização, primeiro, à situação quanto ao problema estrutural, devido existência de restrições de uso e ocupação do imóvel, devendo ser tomadas as medidas propostas, sendo possível realizar as adequações necessárias.

Outra questão, diz respeito à notificação da DVISA que interditou o restaurante, os ajustes propostos, no anteprojeto, atenderiam ao exigido, no âmbito das duas propostas de layout para o restaurante. Salienta-se que foi realizada uma análise preliminar e que, para confirmação do layout e orçamento, somente será possível com a elaboração do Projeto básico.

A análise das implicações elétricas abrangeu desde a subestação até os circuitos finais, podendo ser necessário uma ampliação do banco de capacitores. Em seguida, provavelmente será necessária a substituição dos cabos alimentadores, componentes do quadro geral e de distribuição. Proceder-se-á ainda, na substituição de todo cabeamento existente, criação de outros circuitos, substituição para lâmpadas do tipo LED e retirada das instalações aparentes. Os motores do sistema de exaustão e suas respectivas proteções serão substituídos.

Quanto ao sistema de refrigeração, o local possui ventilação insuficiente, aparelho de refrigeração em péssimo estado, fiação elétrica exposta e antiga. Provavelmente, será necessária a implantação de uma malha de aterramento.

Ante o exposto informa-se que há dois fatores que contribuem para um custo elevado de reforma, o primeiro o alto grau de desgaste em parte das edificações deixando acúmulo de serviços de reparo, e o segundo, a grande quantidade de patologias resultadas de problemas construtivos.

REFERÊNCIAS 

BONATTO, Hamilton. Licitações e Contratos de Obras e Serviços de Engenharia. Belo Horizonte: Fórum. 2010. p. 198.

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Obras públicas: recomendações básicas para a contratação e fiscalização de obras públicas. Tribunal de Contas da União. – 2. ed. Brasília: TCU, SECOB, 2009.

MARCELLI, Maurício. Sinistros na construção civil: causas e soluções para danos e prejuízos em obras / Maurício Marcelli. – São Paulo: Pini, 2007

SOUZA, Vicente Custódio de; Patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto / Vicente Custódio Moreira de Souza e Thomaz Ripper. – São Paulo: Pini, 1998.

THOMAZ, Ercio Tecnologia, gerenciamento e qualidade na construção / Ercio Thomaz. – São Paulo: Editora Pini, 2001.

[1] Bacharel em Engenharia Civil. Universidade Federal do Amazonas – Campus Manaus

[2] Bacharel em Engenharia Elétrica. Universidade Estadual do Amazonas – Campus Manaus

[3] Bacharel em Engenharia Civil. Instituto Tecnológico de Aeronáutica

[4] Bacharel em Engenharia Civil. Universidade Estadual do Amazonas – Campus Manaus

[5] Bacharel em Engenharia Civil. Centro Universitário Luterano de Manaus

[6] Bacharel em Engenharia Ambiental. Universidade Federal de Rondônia – Campus Ji-Paraná

[7] Bacharel em Engenharia Civil. Universidade Federal do Amazonas – Campus Manaus

[8] Bacharel em Engenharia Elétrica. Universidade Federal da Bahia – Campus Salvador

[9] Bacharel em Engenharia Elétrica. Universidade Federal do Amazonas – Campus Manaus

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Alberto Antônio Tuma Neto

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