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Estudo de caso de demolição, escavação e estabilidade de solo através de arrimo de subsolo

RC: 31520
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

CASTILHO, Bruno Silva de [1]

CASTILHO, Bruno Silva de. Estudo de caso de demolição, escavação e estabilidade de solo através de arrimo de subsolo. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 06, Vol. 01, pp. 67-83 Junho de 2019. ISSN: 2448-0959

RESUMO

A etapa de demolição, escavação e estabilidade de solo através do muro de arrimo é um dos momentos de maior preocupação com as edificações vizinhas, nesta etapa de construção são geradas vibrações no solo que se propagam gerando fissuras, trincas e rachaduras, o muro de arrimo pode ser feito através dede contenção. Esta metodologia construtiva que é amplamente empregada na construção civil, porém devido a variabilidade de terrenos e a escassezde mão de obra qualificada aliado a falta de planejamento e controle na execução dos serviços, vem ser tornado um grande desafio para construtores e clientes, isso devido ao constante aparecimento de patologias decorrentes a falhas no processo de especificação e execução. Nesse contexto essa pesquisa objetiva identificar as principais causas de falhas construtivas executado em um condomínio residencial na cidade de Belém, no estado do Pará. Foi observadovárias fissurasnas casas das laterais direitas e esquerdas, não apresentando na edificação de travessão de fundos. Diante daanálise dos ensaiosatravés de mapeamento topográficos foi observado movimentações no muro de arrimo e edificações com fundação rasa.

Palavras-chave: estabilidade, patologias, cortina de contenção.

1.INTRODUÇÃO

Estudo feito em uma obra na região metropolitana de Belém surgiu após a verificação de uma anomalia nas edificações vizinhas e processos de embargo de obra. O problema apareceu após três meses dado a demolição completa e dois meses após a escavação parcial do terreno e no momento e finalização de cortina de contenção.

Inicialmente todos os indícios levavam para um possível vazamento de agua subterrâneo dado os tubos das casas serem ainda de barro-cerâmica. Após estudo de engenharia qualificada dos projetistas de fundação e de topografia e estabilidade, foi verificado que o arrimo com 100% de sua etapa concluída ainda sofria pequenas variações de deslocamento para o interior do terreno.

Diante desse cenário, torna-se relevante o entendimento dos principais fatores que geram essa patologia nas edificações vizinhas, a fim de criar ferramentas e metodologias de prevenção e controle da mesma, evitando que isso cause prejuízos financeiros e acidentes, vamos inicialmente fazer uma descrição de conceitos relevantes para análise do estudo.

A demolição da edificação vizinha foi muito bem-sucedida e com maquinários e supervisão não houve geração de vibrações afim de provocar qualquer movimentação as edificações vizinhas, o impacto das edificações demolidas se reduziu muito quando se descolou as paredes até então germinadas com o uso de máquinas de porte pequeno e vibrações mínimas, como furadeiras e marteletes de pequeno impacto, nesta etapa foi utilizado uma blindagem de aço afim de proteger a mão de obra executante.

As patologias incidentes nas edificações vizinhas comprometem a imagem da engenharia e arquitetura do país, uma falha nesse sistema leva uma grande desvalorização do imóvel afetado, gerando um desconforto visual e tensões de possíveis colapsos de edificação, ou seja, o vizinho de uma obra desse porte será diretamente afetado com prejuízos materiais e morais, uma vez que seu imóvel sofre uma desvalorização natural e seu bem estar é afetado pelos ruídos e pensamentos de suposto colapsividade de estrutura, no caso em estudo ainda agravou devido a estrutura afetar a estanqueidade de sua propriedade gerando um custo ainda maior para manutenção, reparos e pagamentos de maquinários danificados pela incidência da água da chuva.

1.1 NORMAS QUE EMBASAM A DEMOLIÇÃO, ESCAVAÇÃO E ARRIMO NA CONSTRUÇÃO CIVIL.

1.1.1 Segundo a NR – 18 ítem 18.5 diz que toda demolição deve ser programada e dirigida por profissional legalmente habilitado, ou seja, inscrito no conselho de classe, o conselho deve estar em dia com os pagamentos e registrado em uma anotação de responsabilidade técnica, ART.

1.1.2 Segundo a NR – 18 ítem 18.6.6 – Para elaboração do projeto de execução das escavações a céu aberto, serão observadas as condições exigidas na NBR 9061/85 – Segurança de escavação a céu aberto da ABNT, que tem como documento do estudo de caso o sub ítem 3.1 – Cortinas – Elementos estruturais destinados a resistir às pressões laterais devidas à terra e a água.

1.1.3 A norma da ABNT que embasa a cortina de contenção é a NBR 11682 – Estabilidade de encostas; onde tem o objetivo de estudar as condições exigíveis no estudo e controle da estabilidade de encostas naturais e de taludes resultantes de cortes.

Figura 01 – Apresenta a Residência 1

Fonte: Foto produzido pelo autor (Bruno, 2017)

Figura 02 – Apresenta a Residência 2

Fonte: Foto produzido pelo autor (Bruno, 2017)

Figura 03 – Apresenta a Residência 3

Fonte: Foto produzido pelo autor (Bruno, 2017)

1.2 SOBRE AS RESIDÊNCIAS 1, 2 E 3

A Residência 1 tem 02 (dois) pavimentos em estrutura de concreto armado e fechamento em alvenaria, possuindo no pavimento térreo um pátio/garagem, sala de estar, sala de jantar, suite, lavabo, escada de acesso ao segundo pavimento, copa/cozinha, área de serviço com banheiro de serviço e área gourmet e no pavimento superior uma suíte máster com closet, banheiro e sacada, mais 02 (duas) suítes e hall com escada de acesso ao pavimento térreo, ocupando 100% de área lateral, ou seja, construção germinada aos vizinhos de laterais direita e esquerda, pela lateral direita há uma estrutura a ser preservada, componente do nosso estudo de recalque, que vamos chamar de Academia Saúde e Sinergia, pela lateral esquerda imóvel também a ser demolido, aqui identificado como Residência 2.

A Residência 2 tem 02 (dois) pavimentos em estrutura de concreto armado e fechamento em alvenaria, possuindo no pavimento térreo um pátio/garagem, sala de jantar, quarto, banheiro social e escada de acesso ao segundo pavimento, copa/cozinha, área de serviço com banheiro de serviçoe no pavimento superior três quartos, uma suíte e escada ao pavimento térreo, ocupando 100% de área lateral, as residências serão também demolidas, pela sua lateral esquerda Residência 3 e pela sua lateral direita Residência 1.

A Residência 3 tem 02 (dois) pavimentos em estrutura mista de concreto armado e metálica com fechamento em alvenaria, possuindo no pavimento térreo um pátio/garagem, sala de estar, sala de jantar, suite, lavabo, escada de acesso ao segundo pavimento, copa/cozinha, área de serviço com banheiro de serviço e área de churrasqueira e no pavimento superior uma suíte máster com closet, banheiro e sacada, mais 01 (um) quarto e hall com escada de acesso ao pavimento térreo, ocupando 100% de área lateral, ou seja, construção germinada aos vizinhos de laterais direita e esquerda, pela lateral direita imóvel será demolido, aqui identificado como Residência 2 e pela lateral esquerda imóvel a ser preservado, no nosso estudo de caso conhecido como a casa do sr. Ricardo Pontieri Augusto.

1.3 OBJETIVO GERAL

Diante desse cenário, torna-se relevante o entendimento dos principais fatores que geram essas patologias nas residências vizinhas, são fissuras e trincas em paredes, rachaduras no piso e lajes, afastamento de telhas e fissuras em calhas de concreto. O acompanhamento dessa movimentação e a observância do processo de transformação de fissuras em trincas e mais tarde em rachaduras, torna a moradia e utilização do imóvel constrangedor e preocupante para quem o precisa, pois, pela lateral esquerda temos a utilização de uma residência unifamiliar e pela lateral direita temos uma estrutura de academia para sustento ao longo dos anos com cliente fidedignos que por se sentirem inseguros abandonaram, causando tanto para um quanto para outro prejuízos irreparáveis, o nosso objetivo é criar base para as edificações futuras, a fim de criar ferramentas e metodologias de prevenção e controle das mesmas, evitando que isso cause prejuízos financeiros e acidentes.

O objetivo geral do trabalho é caracterização física e acompanhamento topográfico na microestrutura, através de estação totalleica – TS 02 power R500 5”.Foi utilizado três medições, a primeira medição foi realizada dia 13 de Julho de 2017, a segunda 28 de Agosto de 2017 e a terceira 04 de setembro de 2017, foi contratado a empresa Foktimob. E topografia Ltda quem realizou e assinou os laudos que embasam o estudo foi o técnico agrimensor Álvaro TomióOshikiri, registrado sob número do Crea 140 – TAD e foi observado através do laudo que estava gerando uma patologia. Essa patologia foi o motivador do artigo.

2. MANIFESTAÇÃO PATOLÓGICA

Ao investigar uma manifestação patológica ocorrida nas duas residências vizinhas a construção da primeira etapa de obra de um edifício residencial de 28 pavimentos de alto padrão localizado em Belém-PA, foi constatado por moradores e frequentadores da academia e pela equipe técnica do condomínio, o aparecimento de fissuras e trincas nas edificações vizinhas, que por sua vez algumas evoluíram a rachaduras com descolamento de cerâmicas de piso e abertura de rejuntes.

No primeiro laudo de topografia fica evidenciado que comparado com os pontos de inicialmente locação do terreno, também levantado pelo mesmo profissional e tendo em sua base de dados, que houve um deslocamento dos muros laterais e fundo para a direção interna do terreno e alertando para mais medição a cada 15 dias, como se pode ver no laudo abaixo.

Figura 04 – Laudo Técnico de topografia 1

Figura 04 – Laudo Técnico de topografia 1
Fonte: Laudo produzido pelo autor (Tomió, 2017)

Figura 05 – Laudo Técnico de topografia 2

Fonte: Laudo produzido pelo autor (Tomió, 2017)

Figura 06 – Laudo Técnico de topografia 3

Fonte: Laudo produzido pelo autor (Tomió, 2017)

Após evidenciado o primeiro laudo do muro e constatado que houve um deslocamento interno, houve uma necessidade de reunião entre o gestor da obra, Eng Bruno Castilho, projetistas de fundação Edickson Paes e estrutura Archimino Athaíde,o executante responsável pela empresa Geofort Gerson Pessoa e o dono da gestora de administração da obra Fernando Marroquim, ficou decidido acompanhamento concomitante de muro e vigas de coroamento do muro de arrimo a cada sete dias, o que gerou um novo laudo de viga que veremos abaixo para termos de esclarecimento do recalque sofrido tempo a tempo.

Figura 07 – Laudo Técnico de topografia 4

Fonte: Laudo produzido pelo autor (Tomió, 2017)

Estes 3 (três) laudos de muro e por fim este laudo da viga de coroamento geraram um mapa das linhas de movimentação ponto a ponto, fica evidente a movimentação para o interior do terreno tanto dos muros das laterais como da cortina de contenção. Os pontos onde sofreram as movimentações são centralizados onde há uma maior incidência de esforços das residências vizinhas, estão destacados onde houve a movimentação como se pode ver no projeto abaixo, figura 08.

Figura 08 – Projeto de locação

Fonte: Projeto produzido pelo autor (Tomió, 2017)

Figura 09 – Projeto de deslocamento lateral direita

Fonte: Projeto produzido pelo autor (Tomió, 2017)

Figura 10 – Projeto de deslocamento fundos

Fonte: Projeto produzido pelo autor (Tomió, 2017)

Figura 11 – Projeto de deslocamento lateral esquerda

Fonte: Projeto produzido pelo autor (Tomió, 2017)

3. MÉTODO DE EXECUÇÃO DO MURO DE ARRIMO

3.1 MURO DE ARRIMO DO TIPO CORTINA DE CONTENÇÃO

Projetada pela empresa Acathaíde, Eng° Kimico, foi direcionada para execução na ordem de demolição da estrutura atual, limpeza grossa do terreno com escavação maquinizada até a altura cota de subsolo deixando uma faixa de berma de proteção de 1,5m para os terrenos vizinhos, o corte desta foi feito e evidenciado em etapas desconexas ponto a ponto, até que ela estivesse toda executada e unida por completa.

 

Figura 12 – Projeto de cortina de contenção

Fonte: Projeto produzido pelo autor (Kimico, 2017)

Ficou estabelecido em projeto o estado inicial com a berma de proteção em solo natural a uma altura de escavação (-256 Cm) a etapa de construção foi a retirada da faixa de berma metro a metro em sua largura com isolamento de 5 trechos subsequentes, ou seja, 5 metros de faixa de berma, contudo se deu início a outra etapa de construção, preparar a base da cortina de contenção, chamada de blocos e alavancas a uma escavação manual para gerar o menor impacto possível na área de divisa dos terrenos, para chegar a esta etapa com êxito foi necessário a instalação de uma bomba submersa para a cota (-356cm).

Do material utilizado para esta etapa, foi madeirite plastificado com travessas de ancoragem de peças 6” x 8” e laterais fechadas a 25cm de largura, para este projeto, foi fatiada em 107 etapas desta execução com três equipes, cada equipe responsável pela execução de 1 faixa completa.

Figura 13 – Foto de cortina de contenção em execução 3 equipes

Fonte: Foto produzido pelo autor (Bruno, 2017)

Figura 14 – Foto do detalhe de uma faixa de cortina de contenção

Fonte: Foto produzido pelo autor (Bruno, 2017)

Figura 15 – Foto da evolução da cortina de contenção

Fonte: Foto produzido pelo autor (Bruno, 2017)

Figura 16 – Foto da cortina de contenção 100% executada

Fonte: Foto produzido pelo autor (Bruno, 2017)

4. RESULTADOS

4.1 LATERAL DIREITA – ACADEMIA SAÚDE E SINERGIA

Depois de toda metodologia aplicada, cuidados, verificações, acompanhamentos, reuniões com vários setores de engenharia houveram fissuras ocasionadas pela movimentação acima citada de muro e viga na cortina de contenção, que geraram fissuras que evoluíram a trincas e rachaduras em paredes e pisos, levando também a afastamentos de telhas na edificação da lateral direita, gerando um processo de embargo temporário da obra.

Este embargo é público e de número processual 0823416-74.2017.8.14.0301, movida pelo proprietário Luso Sales Solyno Junior, na 6a Vara Civel e empresarial da capital, que o juiz plantonista deferiu os pedidos em forma de liminar, após 10 dias de paralisação total de obra saiu a tutela antecipada recursal desembargando a obra para dar início as perfurações de fundação, salvo nesta tutela o laudo de dois engenheiros diretamente ligados a construção do edifício.

Archimino C. de Athayde Neto sob registro CREA 1861 – D PA/AP que deixou registrado:

a) A abertura de fissuras está se encerrando concomitantemente à estabilização dos maciços de terras com o muro de arrimo.

b) Não há riscos na execução das fundações no sistema de hélice-contínua.

Edickson Pedro Fonseca Paes sob registro CREA 47877-D /RJ que deixou registrado:

“Inicialmente, a construtora realizou a escavação do terreno, deixando uma berma de equilíbrio, em seguidas foram abertos nichos na berma, e, ao mesmo tempo, construindo o muro de contenção em estrutura de concreto armado.

Naturalmente, neste tipo de obra, ocorre pequenos deslocamentos na massa de solo, devido ao deslocamento da massa de solo. Dependendo da proximidade e da natureza estrutural dos prédios vizinhos, podem ocorrer danos, notadamente fissuras nessas estruturas, principalmente durante a construção da cortina.

As medidas obtidas pela topografia dão conta de que não está ocorrendo deslocamentos significativos nas estruturas, o que leva-nos a concluir que os efeitos da escavação já se fizeram sentir, estando em regime de equilíbrio.

Assim sendo, nada impede da obra prosseguir com a execução das fundações, neste caso, estaca hélice contínua monitorada, que como se sabe, não provoca vibrações a vizinhança.

Postulado tudo isso é evidente que ocorreram perdas significativas à todas as partes envolvidas, o vizinho da lateral direita perdeu clientes em sua academia por desconforto de fissuras e trincas antes não registradas, a obra como construtora, com o embrago e resultado de tempo e dinheiro para com a paralisação, os executores de fundação e arrimo, já que as máquinas e equipes ficaram sem produtividade e o relacionamento entre obra e vizinho abalada de forma definitiva.

4.2 LATERAL ESQUERDA – RESIDÊNCIA DO SR. RICARDO PONTIERE AUGUSTO

Depois de toda metodologia aplicada, cuidados, verificações, acompanhamentos, reuniões com vários setores de engenharia houveram fissuras ocasionadas pela movimentação acima citada de muro e viga na cortina de contenção a residência do sr Ricardo também sofreu diversas fissuras, trincas e evoluíram para rachaduras de pisos, paredes e lajes.

Foram feitas várias intervenções de água de calha, acompanhamento de fissuras, registros para grampeamento de estrutura. Houve um termo de acordo assinado por ambos que veremos abaixo na íntegra.

“TERMO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL

RICARDO PONTIERI AUGUSTO, brasileiro, casado, aposentado, inscrito no CPF sob o nº. 673.041.338-72, RG 3517143-1, PC-SP, residente e domiciliadoa Rua dos Caripunas, nº 1552, ora denominado 1º ACORDANTE e ASSOCIAÇÃO DOS PROPRIETARIOS DE UNIDADES AUTÔNOMAS DO EDIFICIO RESIDENCIAL PIAZZA ROMANI, inscrita no CNPJ sob o nº. 24.819.389/0001-60, sito à Rua dos Caripunas, nº 1588, denominada 2ª ACORDANTE, em decorrência de danos ocasionados ao imóvel do 1ª acordante situado à Rua dos Caripunas, 1552, conforme relatório técnico de 10/07/2017, pelo presente TERMO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL, doravante denominado naturalmente de TERMO, que será regido pelo Código Civil, sem prejuízo de outras interpretações que a Lei autorizar, as partes acima identificadas, pautadas nos princípios que regem o Direito Brasileiro,resolvem pôrfim à demanda acima identificada, utilizando o instituto da conciliação extrajudicial para que se produzam os respectivos efeitos, nos seguintes termos:

CLÁUSULA PRIMEIRA: O 2º ACORDANTE efetuará o reparo de todos os danos ocasionados ao imóvel do 1º ACORDANTE, em termo de:

Paragrafo 1º. Danos estruturais e tubulações e movimentação do solo – Discriminados na vistoria técnica preliminar ocorrida em 10/07/2017 pelo engenheiro Archimino C. Athayde Neto, bem como posteriores a este, realizando todos os reparos e recomendações ali contidas.

Paragrafo 2º. Atualização do relatório mencionado no §1º considerando o surgimento de novas fissuras e afundamentos do terreno surgidos após aquela data.

Paragrafo 3º. Danos colaterais à movimentação estrutural – descolamentos de revestimentos de pisos, revestimentos de paredes, empenamentos de portas e janelas, infiltrações de água.

Paragrafo 4º. A recuperação e consertos em geral serão integrais e sem ressalvas a possíveis intercorrências conexas à idade do imóvel.

Paragrafo 5º. Após a contratação da empresa que realizará os reparos, será anexado ao acordo um descritivo dos consertos e restaurações a serem realizados e Cronograma correspondente, que deverão ser aprovado pelos Acordantes.

CLAUSULA SEGUNDA: Durante a execução dos reparos acima expostos, será fornecido ao 1ª ACORDANTE residência familiar a ser definida, para que este utilize-a durante o prazo para consecução do serviço, o qual estima-se que irá durar o prazo de 60 dias.

Paragrafo 1º. Caso haja necessidade de extensão deste prazo, por intercorrências durante os reparos, o 1º acordante será comunicado do fato e da nova estimativa para entrega de seu imóvel.

Paragrafo 2º. O 1ª acordante disporá do imóvel a ser locado durante todo o período de consecução do serviço.

Paragrafo 3º. É garantido ao 1º acordante que o imóvel que será alugado terá o mesmo padrão da residência do mesmo, preferencialmente em localização próxima.

Paragrafo 4º. A 2ª acordante custeará as despesas de mudança e instalação no imóvel a ser locado.

Paragrafo 5º. Durante a execução dos reparos, a 2ª acordante isolará o máximo possível os bens remanescentes do 1º acordante, realizando registro fotográfico do estado do imóvel após a saída do 1º acordante, responsabilizando-se pela guarda e segurança do que ali se encontrar.

Paragrafo 6º. Os materiais a serem empregados no reparo necessário não poderão ser de qualidade inferior aos existentes atualmente no imóvel, sendo, sempre que possível, consultado o 1º acordante para escolha entre opções disponíveis.

Paragrafo 7º. O prazo previsto neste caput terá inicio tão logo se encontre o imóvel que irá ser locado para o 1ª acordante e seja realizada a sua mudança, estando o seu imóvel livre para a entrada dos prestadores de serviço para execução dos serviços.

Paragrafo 8º. Será de escolha do 2º acordante a empresa que irá ser contratada para execução dos serviços, mediante ciência e aprovação do 1º acordante, e a mesma cumprirá os prazos aqui estabelecidos, fornecendo, quando de sua contratação, cronograma geral de obras.

CLAUSULA TERCEIRA: Dada a imprevisibilidade inerente aos processos de movimentação de solos e de estruturas, não fica totalmente excluída a possibilidade de recidivas. Portanto, possíveis danos que surgirem no imóvel até cinco anos após a concessão do habite-se serão reparados pelo 2º Acordante nos termos do presente acordo.

CLÁUSULA QUARTA: Com a reparação supracitada, o 1ª ACORDANTE dá plena, geral, irrestrita e irrevogável quitação quanto a tudo o que diz respeito ao incidente ocorrido com seu imóvel, descrito no cabeçalho do presente TERMO.

CLÁUSULA QUINTA: As partes envidarão todos os esforços aos seus alcances para comporem amigavelmente eventuais dúvidas oriundas da interpretação e aplicação deste TERMO, sempre buscado entendimentos equilibrados. Em caso de litígio, fica eleito o Foro da Comarca de Belém/PA, com a expressa renúncia a qualquer outro por mais privilegiado que possa ser.

E, por estarem cientes das cláusulas e condições acima expostas, 1ª ACORDANTE e 2º ACORDANTE, assinam o presente em 02 (duas) vias de iguais teores e formas, juntamente com 02 (duas) testemunhas.

Belém/PA, 04 de outubro de 2017.”

Este acordo redigido pela advogada Ana Paula Cavalcante Nicolau da Costa, registrada sob o numero OAB/Pa 14.886, e da parte associação de propietarios de unidades autonomas do edificio residencial Piazza Romani e revisado e alterado pelo proprietario sr. Ricardo Pontiere, gerando um desconforto para todos os lados.

4.3 TRAVESSÃO DE FUNDOS – EDIFICAÇÃO MULTIFAMILIAR

Apresentaram fissuras, trincas e evoluíram para rachaduras ao longo do muro de divisa, porém como a edificação foi assentada sobre fundação profunda, não houve movimentações capazes de geral fissuras na edificação principal, o muro foi consertado com grampeamentos e rebocos novos e entregue ao condomínio, não gerando um desconforto com este vizinho.

5. CONCLUSÃO

A partir dos resultados obtidos neste trabalho, através do ensaio topográfico, acompanhamento a cada sete dias de movimentação mínima através de estação total, acompanhamento diário de evoluções de fissuras, foi possível concluir que as movimentações que geram a cortina de contenção no seu primeiro momento diminuem com a estabilização do solo, e que as estruturas vizinhas se

REFERÊNCIAS

Artigo sem referencias bibliográficas científicas.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5682: Contratação e supervisão de demolição.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9061: Segurança de escvação a céu aberto.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11682: Estabilidade de taludes.

NORMA REGULAMENTADORA – NR 18: Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção.

[1] Especialista Em Avaliação E Perícias Técnicas, Bacharel Em Engenharia Civil.

Enviado: Março, 2019.

Aprovado: Junho, 2019.

 

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Bruno Silva de Castilho

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