REVISTACIENTIFICAMULTIDISCIPLINARNUCLEODOCONHECIMENTO

Revista Científica Multidisciplinar

Pesquisar nos:
Filter by Categorias
Administração
Administração Naval
Agronomia
Arquitetura
Arte
Biologia
Ciência da Computação
Ciência da Religião
Ciências Aeronáuticas
Ciências Sociais
Comunicação
Contabilidade
Educação
Educação Física
Engenharia Agrícola
Engenharia Ambiental
Engenharia Civil
Engenharia da Computação
Engenharia de Produção
Engenharia Elétrica
Engenharia Mecânica
Engenharia Química
Ética
Filosofia
Física
Gastronomia
Geografia
História
Lei
Letras
Literatura
Marketing
Matemática
Meio Ambiente
Meteorologia
Nutrição
Odontologia
Pedagogia
Psicologia
Química
Saúde
Sem categoria
Sociologia
Tecnologia
Teologia
Turismo
Veterinária
Zootecnia
Pesquisar por:
Selecionar todos
Autores
Palavras-Chave
Comentários
Anexos / Arquivos

A importância do pensamento numérico matemático

RC: 63508
336
1/5 - (1 vote)
DOI: ESTE ARTIGO AINDA NÃO POSSUI DOI
SOLICITAR AGORA!

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

ANGELO, Jamisson da Silva [1]

ANGELO, Jamisson da Silva. A importância do pensamento numérico matemático. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 10, Vol. 24, pp. 61-67. Outubro de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/numerico-matematico

RESUMO

O presente artigo abordou a questão da importância do pensamento numérico matemático. Para tanto, trouxe inicialmente um contexto histórico sobre o assunto adentrando no que preconiza a Base Nacional Curricular Comum (BNCC)  no tocante à formatação do pensamento numérico, o qual deve ser estimulado desde os anos iniciais, o que acaba exigindo que a preparação docente contemple o desenvolvimento de habilidade e competências para esta tarefa. Assim, o objetivo do presente estudo foi o de descrever o que é pensamento matemático, como é preconizado pela BNCC e sua importância. Para esta tarefa empregou-se como procedimento metodológico a pesquisa bibliográfica composta por materiais acadêmicos científicos cuja publicação não excedeu 8 anos. Assim, pode-se concluir pelo presente estudo que o pensamento matemático surge do conhecimento tanto da origem como da própria evolução dos conceitos matemáticos, sendo necessário que seja estimulado pelas escolas para que o aluno amplie sua cognição matemática por meio da generalização, podendo usufruir dessa capacidade no seu dia a dia.

Palavras-Chaves: Pensamento numérico, BNCC, educação matemática.

INTRODUÇÃO

Tem-se que a matemática está em muitos campos, sendo muito abrangente; todavia, muitas pessoas a veem apenas como contas e fórmulas ensinadas na escola, e não percebem ou não enxergam sua praticidade no dia a dia.

Deste modo, verifica-se que o ensino da matemática do século XXI para jovens e crianças, sendo indispensável para formar o indivíduo, tem se tornado um desafio atualmente para os educadores, seja para solucionar problemas, realizar cálculos ou contar objetos, então resume-se o fato em apenas um: o mundo foi transformado pelo pensamento matemático, e também tem a capacidade de inspirar inovação no âmbito da educação.

Vivendo em um mundo complexo, deve-se desenvolver e incentivar atividades que possam solucionar problemas, ter o conhecimento de informações numéricas para poder opinar sobre diferentes assuntos, fazer inferências, tomar decisões, bem como desenvolver capacidades de trabalho coletivo e comunicação.

Logo, este estudo tem como objetivo realizar a descrição do pensamento matemático com relação à preconização da Base Nacional Curricular Comum (BNCC), conceito da matemática, e também o preparo docente para implementar a BNCC. Para esta finalidade, utilizou-se uma pesquisa com materiais secundários como metodologia, priorizando trabalhos científicos e acadêmicos com a presença dos seguintes termos: ensino matemático; BNCC; educação matemática e pensamento matemático.

O PENSAMENTO MATEMÁTICO

No presente estudo, defende-se o estímulo do pensamento criador para que haja uma formação intelectual plena, visto que esse pensamento poderá ser compreendido como o próprio potencial da pessoa, contribuindo assim para a formação do conhecimento matemático e lógico com base na ação da criança.

Verifica-se que a história sobre o desenvolvimento do ser humano está vinculada, de maneira direta, ao processo de conscientização própria no âmbito do pensamento em todas as áreas de conhecimento, englobando também o pensamento organizado matemático (CARVALHO, 2017).

De acordo com a BNCC, relaciona-se intimamente a formação do pensamento numérico com os modos de agrupas e quantificar objetos e números; desta maneira, torna-se primordial compreender os objetivos do ábaco com o intuito de fornecer aos discentes um raciocínio eficiente para solucionar problemas (BARBOSA, 2019).

Diante deste panorama, nota-se que a matemática pode ser entendida como uma área de conhecimento criadora e criativa ao mesmo tempo. Considerada criadora porque muitas áreas de conhecimento precisam da matemática para firmar e erguer seus fundamentos; e criativa porque pode ser desenvolvida por cada pessoa, etapa por etapa, de modo similar ao desenvolvimento da mesma na história científica (DURO; CENCI, 2013).

Com base no estudo de Vaz (2016, p. 65), verificou-se que muitos docentes ainda seguem o modelo de ensinar como se aprendeu, mesmo em uma era com diversos meios de comunicação, ou seja, uma era tecnológica em pleno século XXI. Esses docentes ensinam com o foco na memorização e repetição, como se estivessem no século XIX, insistindo na visão de que sinônimo de aprendizagem está relacionado ao número de páginas solucionadas pelos discentes. Entretanto, identificou-se por pesquisadores do âmbito educacional que o ensino da notação matemática é essencial e que precisa “ser e estar embasado no pensamento matemático, valorização do raciocínio e melhor entendimento dos conceitos”.

Desta maneira, com o objetivo de formar nas crianças um pensamento matemático criativo, deve-se assegurar, pela abordagem didática escolar, que a criança possa vivenciar de modo integral o processo que teve como consequência o entendimento matemático, ou seja, com a possibilidade de desenvolver o raciocínio matemático e lógico. Então, não será apresentado para a criança um conhecimento final e reduzido, mas sim um conhecimento que possa motivá-la para o conhecimento que será desenvolvido, um momento em que a criança consiga confrontar as hipóteses que foram experimentadas e formadas anteriormente, isto é, uma problemática em que sua resolução passa a demandar a formação de novas relações (FONSECA, 2017).

Diante deste panorama, a BNCC (BRASIL, 2017) tem prioridade e avança para desenvolver o pensamento matemático, desde a denominada unidade temática numérica, que está centrada no desenvolvimento do pensamento numérico até a unidade temática relacionada à álgebra, que “possui como objetivo formar um tipo de pensamento particular, o pensamento algébrico” (p. 267). De fato, deve-se estimular o pensamento algébrico desde as séries iniciais (do primeiro ao quinto ano), inserindo-se “as ideias de propriedades da igualdade, generalizações de padrões e regularidade” (p. 268). E nos últimos anos do Ensino Fundamental (do sexto ao nono ano), esse pensamento algébrico precisa ser ampliado, aprofundado e retomado. Neste momento, os discentes precisam entender os significados distintos das variáveis numéricas.

Cinco unidades temáticas são apresentadas pela BNCC, tais como: álgebra; números; geometria, probabilidade e estatística e grandezas e medidas. Referem-se suas indicações ao pensamento matemático, com destaque para as habilidades que terão de ser realizadas pelos discentes das últimas sérias do Ensino Fundamental.

Nota-se que isso é importante visto que atualmente os exercícios que estão presentes nos livros, são na maioria das vezes contextualizados, ou seja, empregam situações de entendimento fácil para os discentes; no entanto, a base desses exercícios é fundamentada em ações mecânicas, fazendo com que os discentes tenham pouco entendimento das propriedades indicadas no texto, ou pouca contribuição para formar o pensamento matemático (BECK, 2019).

Com relação ao preparo docente diante desta realidade, estabeleceram-se Diretrizes Nacionais pelo Conselho Nacional da Educação (CNE) juntamente com a Câmara de Educação Superior (CES) para os cursos de Licenciatura, Matemática e Bacharelado pelo Parecer CNE/CES 1.302/2001. Neste documento, torna-se evidente a clareza sobre as características que precisam estar presentes no profissional que irá se formar em licenciatura, bem como sobre a formação que precisa ser realizada pela Licenciatura com relação à formação docente para o Ensino Básico (BERTOLUCCI, 2020).

Também pode-se especificar neste documento quais são as competências e habilidades que o docente de matemática precisa desenvolver, isto é, o profissional formado em Licenciatura, como buscar desenvolver trabalhos que tenham mais foco nos conceitos do que em algoritmos, fórmulas e técnicas, assim como criar estratégias de ensino que valorizem a flexibilidade, autonomia e criatividade do pensamento matemático dos discentes (BERTOLUCCI, 2020).

Com base no estudo de Loss (2016, p. 31), verifica-se que para a prática docente falta uma proposta de metodologia que possa direcionar os discentes a desenvolver um entendimento em todas as áreas de conhecimento. Portanto, tornam-se essenciais os fundamentos práticos e teóricos para que uma proposta de aprendizagem significativa possa ser construída. “Transmitir as informações e conteúdos sem um link das experiências dos discentes e da própria vida será o único resultado alcançado no dia a dia da escola, se esses requisitos não forem empregados”.

Para que a ideia de número possa ser construída, foi destacado pela BNCC que “é fundamental sugerir ampliações sucessivas no âmbito numérico através de situações relevantes. Precisam ser priorizados significados, registros, operações e usos para o estudo dos campos numéricos” (BRASIL, 2017, p. 268).

Deste modo, precisam ser reformulas as novas ideias para a formação curricular em matemática com o objetivo de fornecer oportunidades para as crianças de situações de aprendizado, desde a tenra idade escolar, para que as mesmas possam desenvolver o pensamento algébrico como uma maneira para intensificar e/ou promover o pensamento matemático (LIMA, 2018).

Logo, torna-se essencial esse pensamento matemático visto que, quando uma pessoa não recebe o estímulo para desenvolver e criar o conhecimento matemático e lógico, tem-se que o resultado é a solidificação de uma visão matemática que enfatiza a repetição e memorização do conteúdo pela criança em diversos momentos, ou seja, permanece subjacente o trabalho que é desenvolvido na matemática para a educação infantil.

CONCLUSÃO

De fato, tem-se que o pensamento matemático engloba tanto a contextualização quanto a sistematização do entendimento das matemáticas. Desenvolve-se este pensamento após o conhecimento sobre a evolução e origem das ferramentas e conceitos que fazem parte do universo matemático.

Diante deste contexto, nota-se que o papel da escola é fornecer aos discentes experiências que possam ter a capacidade de promover o desenvolvimento do pensamento matemático para que sejam capazes de estender seus esquemas cognitivos, isto é, tenham a possibilidade de desenvolver a generalização. Com este movimento, haverá a possibilidade de que certo conhecimento possa ser empregado em situações distintas das que foram vivenciadas antes, proporcionando aos discentes que consigam empregar o que foi aprendido na escola em situações diárias.

Logo, por conseguinte, o pensamento matemático engloba o conhecimento de como é desenvolvida certa técnica ou conceito. Assim, a pessoa terá consciência de suas dificuldades e entenderá como explorar adequadamente o seu uso.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, Ana Jéssica de Sousa. O uso do ábaco como uma possibilidade pedagógica nos anos iniciais do Ensino Fundamental. 2019. Monografia (Licenciatura em Pedagogia) – Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, 2019.

BECK, Miguel Melendo. Campo aditivo no conjunto dos números inteiros: um estudo a partir da teoria dos campos conceituais. 2019. Dissertação (Mestrado em Ensino de Matemática) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2019.

BERTOLUCCI, Giovana Aparecida. A construção dos números reais na formação inicial do professor de matemática: conhecimentos específicos e a prática docente. 2020. Dissertação (Mestrado em Ensino e Processos Formativos) – Universidade Estadual Paulista. Ilha Solteira, 2020.

BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC/ Secretaria de Educação Fundamental, 2017.

CARVALHO, Rosélia José da Silva. Investigando a apropriação dos nexos conceituais do sistema de numeração decimal no clube de matemática. 2017. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Goiás. Goiânia, 2017.

DURO, Mariana Lima; CENCI, Danielle. Linguagem matemática nos anos iniciais: a construção do número segundo Piaget. Tear: Revista de Educação Ciência e Tecnologia, Canoas, v.2, n.1, 2013.

FONSECA, Bárbara Meirelles. A construção do número na educação infantil: lúdico como recurso metodológico. 2017. Monografia (Licenciada em Pedagogia) – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2017.

LIMA, José Roberto de Campos. Pensamento Algébrico no currículo do Ciclo de Alfabetização: estudo comparativo de duas propostas. 2018. Dissertação (Mestrado em Educação  Matemática) – Universidade Católica de São Paulo. São Paulo, 2018.

LOSS, Adriana Salete. Anos Iniciais: Metodologia para o Ensino da Matemática. 2.ed. rev. e atual. Curitiba: Appris, 2016.

VAZ, R. F. N. Divisão de frações: explorando algoritmos não usuais. Educação Matemática em Revista. Sociedade Brasileira de Educação Matemática. n° 52. Julho/2016, p. 59-66.

[1] Pós Graduado em proeja pelo IFMT. Pedagogo – formado pela UFMT, também graduado em História – pela Universidade UNIDERP.

Enviado: Outubro, 2020.

Aprovado: Outubro, 2020.

1/5 - (1 vote)
Jamisson Da Silva Ângelo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

POXA QUE TRISTE!😥

Este Artigo ainda não possui registro DOI, sem ele não podemos calcular as Citações!

SOLICITAR REGISTRO
Pesquisar por categoria…
Este anúncio ajuda a manter a Educação gratuita