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Percepção do Ensino Médio de Nova Santa Rosa (PR) sobre desenvolvimento rural sustentável

RC: 61229
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao/desenvolvimento-rural

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

DINIZ, Antônio Marcos [1], STEFFENS, Sandy Patrícia dos Santos [2], AHLERT, Alvori [3]

DINIZ, Antônio Marcos. STEFFENS, Sandy Patrícia dos Santos. AHLERT, Alvori. Percepção do Ensino Médio de Nova Santa Rosa (PR) sobre desenvolvimento rural sustentável. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 10, Vol. 11, pp. 104-124. Outubro de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/desenvolvimento-rural, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao/desenvolvimento-rural

RESUMO

Temas como o Desenvolvimento Rural Sustentável estão presentes nos documentos escolares, mas ainda não fazem parte do cotidiano das escolas. O presente estudo investiga como o tema Desenvolvimento Rural Sustentável é percebido pelos alunos do Ensino Médio de uma escola do Município de Nova Santa Rosa – Paraná. Fundamentado com os estudos ambientais de Left (2010; 2015); Sahs (2004) e Sen (2010). Para a coleta de dados foi utilizado um formulário com 20 questões divididas em 3 categorias: Perfil dos respondentes, conhecimento a respeito do Desenvolvimento Rural Sustentável e conhecimentos sobre Educação Ambiental. Percebeu-se que infelizmente a maioria dos alunos não tem conhecimento a respeito dos temas, que as atividades relacionadas ao tema são pontuais e relacionadas a datas comemorativas, e que o tema da pesquisa deve ser melhor estudado para se entender o porquê o Desenvolvimento Rural Sustentável não faz parte das práticas escolares. Conclui-se que Educação Ambiental deveria estar presente em todas as escolas e dar conta de diversos assuntos em relação ao meio ambiente, contudo percebe-se que ela ainda não faz parte da grande maioria das escolas de Educação Básica

Palavras-chave: Ética, Desenvolvimento Rural Sustentável, Educação Ambiental.

1. INTRODUÇÃO

Estamos vivendo neste início de século XXI o que foi convencionado chamar de “era da informação” que faria parte da terceira revolução industrial, segundo Castells (2003) e Gidens (1991). Neste sentido, acreditamos ser importante retomar um pouco da história e, principalmente, a história da ciência, para encontrarmos os sentidos e significados da tensão que vivemos. Desde os anos 60 vários pesquisadores vêm trazendo à tona preocupações com a escassez de água, alimentos e bens naturais. Carson (1962) talvez tenha sido uma das primeiras pessoas a externar esta preocupação em seu livro “Primavera Silenciosa”, neste narra o que poderíamos chamar de previsões do que vivemos hoje, como a hegemonia dos agroquímicos na produção agrícola, presentes em nossa mesa, e que hoje se tornaram verdadeiros “coquetéis de agrotóxicos”, presentes na água da grande maioria das cidades.

Estudos apontam que a fome aumenta no mundo a cada ano. Segundo a FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura em um de seus relatórios do ano de 2018 o número de pessoas famintas no mundo subiu de 815 milhões no ano de 2016 para 821 milhões em 2017 (FAO, 2018). O mesmo relatório destaca que, além dos conflitos armados e crises econômicas, os fenômenos naturais extremos estão associados ao número de pessoas que passam fome no mundo. São eventos que a cada dia se tornam mais extremos. Ainda, segundo dados Centro para a Pesquisa sobre a Epidemiologia dos Desastres (CRED, 2018), secas, enchentes e incêndios florestais prejudicaram a vida de mais de 57 milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo reportagem do Jornal O Estado de São Paulo de 20 de setembro de 2017, a partir de dados da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, são desperdiçados no Brasil aproximadamente 41 toneladas de alimentos. Ainda, segundo a mesma reportagem, a coordenadora de Mudanças Climáticas do World Resources Institute, apud Viviane Romeiro, “A quantidade de alimentos desperdiçados na América Latina e Caribe poderia alimentar 30 milhões de pessoas”. Para melhor compreensão do conceito de desenvolvimento econômico vamos, inicialmente, nos reportar a Pereira (1968) que considera a melhoria do padrão de vida do cidadão de maneira automática, como forma primária de desenvolvimento, ou seja, numa sociedade com desenvolvimento a melhor medida seria o padrão de vida de seus cidadãos. Infelizmente, o que vemos em boa parte do mundo e no Brasil é que esse padrão diminui, não se efetiva para uma grande parcela da população. Já na década de 60, Furtado (1961) dizia que desenvolvimento econômico não poderia ser delimitado apenas num momento histórico restrito e de forma abstrata sem lhe atribuir uma importância histórica. Vivemos ainda hoje uma condição de subdesenvolvimento, mesmo sendo umas das dez maiores economias do mundo, segundo dados da Revista IstoÉ Dinheiro nº 1118 de 26 de abril de 2019. Como nos lembra Sen (2010), o desenvolvimento deve nos levar à melhora da vida e a expansão de nossas liberdades, para nos tornarmos seres mais completos. Trata-se de liberdades contra as privações como a fome, o não acesso à saúde, educação, o emprego digno, segurança, igualdade de gênero, bem como os direitos civis e políticos.

Ao nos depararmos com os mais diversos problemas e situações conflitantes que vivemos em relação ao desenvolvimento econômico e, principalmente, em relação à crise ambiental decorrente deste desenvolvimento, é imperativo que voltemos nosso olhar para as possíveis causas. Para auxiliar nesta tarefa recorremos a Leff (2015) que nos traz a ideia da racionalidade da modernidade, na qual tudo é transformado em código, com valor (preço) e submetidos às regras de mercado, sem nenhuma preocupação com a sustentabilidade do planeta Terra ou com as gerações futuras. Esta crise econômica que provém desta racionalidade também é chamada pelo mesmo autor de “crise da civilização”, que questiona a racionalidade e a tecnologia empregadas pela economia de mercado para consecução de produção e consequentemente de lucro acima de tudo, atitude que vem destruindo as reservas naturais da Terra, levando-nos a um quadro insustentabilidade ambiental.

O termo desenvolvimento sustentável surgiu no final dos anos 80 em algumas publicações, contudo, queremos inicialmente partir do que nos fala Sachs (2004) em seu livro “Desenvolvimento includente, sustentável, sustentado”, sustentando uma abordagem de desenvolvimento diferente da grande maioria dos economistas, ele diferencia desenvolvimento de crescimento, pois, o primeiro tem como objetivo, muito mais que apenas a multiplicação e acumulação de bens, alertando que o segundo item, crescimento também é importante, entretanto, ineficaz na melhora da qualidade de vida das pessoas. O ecodesenvolvimento, desenvolvimento sustentável nas palavras do mesmo autor seria “abordagem fundamentada na harmonização de objetivos sociais, ambientais e econômico” (Sachs, 2004, p. 54).  Deixa claro que ao alcançar o desenvolvimento uma nação deveria estar preocupada inicialmente com seu povo, o que nos lembra o primeiro dos ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável que é a erradicação da pobreza.

O resultado do desenvolvimento não pode ser traduzido em índices ou frios números que não revelam como está a vida do povo. Para Sen (2010) o desenvolvimento não pode ou deve ser medido apenas pela acumulação de riqueza ou pelo PIB – Produto Interno Bruto. Também Sachs (2004) diz que ao invés de elevar ao máximo o PIB seria melhor a promoção da igualdade e oferecer condições para aqueles que estão à margem da sociedade de capital, do lucro, como forma de redução da pobreza.

Qual o papel da Ética no desenvolvimento sustentável? Para podermos responder a esta questão se faz necessário inicialmente a determinação do que é a Ética. Segundo Leonardo Boff, o termo grego ethos significa “a casa do animal morada do humano”, sendo assim acreditamos que é de responsabilidade de nós todos, homens preservarmos nossa casa (BOFF, 1999, p. 11). Herbert de Souza também diz que ética “[…] conjunto de valores, de princípios universais que regem as relações das pessoas” (SOUZA, 1994, p. 13).

Fazendo um paralelo entre definições de pensadores atuais, concluímos elas se completam, pois os dois também concordam que ethos seja a nossa casa, em suas obras. Então, a relação que se dá entre os seres humanos e entre estes e a natureza, ou seja, todos os outros seres são regidos por sinais, por valores, por princípios que vão denotar a forma como nós deveremos viver essa relação. Se formos um pouco mais a fundo para entendermos o que é a Ética precisamos retornar um pouco na história para entendermos razoavelmente o que seria

Para entendermos como a Ética está presente em tudo o que fazemos em nossas vidas, em todas as relações que temos com as outras pessoas, com o ambiente, são necessárias uma análise desde a sua formação com os gregos, passando pela igreja e por fim nos grandes pensadores em diferentes épocas.

Mas a crise que vivemos não é uma crise apenas ambiental, uma crise civilizatória ou da racionalidade como nos apresenta Leff (2010), segundo esse pensador a crise ética tem suas origens no pensamento iluminista, mais precisamente nos inventores do método científico e método cartesiano.

O termo Desenvolvimento Sustentável representa uma tendência surgida a partir relatório  Burtland, também conhecido como Nosso Futuro Comum, um documento da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, que era comandada pela então ex-ministra da Noruega Gro Harlem Brundtland e foi assim delimitado: “O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que encontra as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades” (ONU, 2019).

Os momentos mais propícios ao desenvolvimento foram os pós-guerra, principalmente, nos anos 40, conforme Sachs (2004, p.30), a reconstrução da Europa, que estava toda devastada, visava “superar o atraso social e econômico”. Essa forma de desenvolvimento se estendeu por um longo período, alcançando-nos nos presente. Rostow (2016 apud NIEDERLE; RADOMSKY Org., 2016) nos traz uma ideia diferente em relação a desenvolvimento, pois segundo ele o desenvolvimento está intimamente ligado ao crescimento econômico com a industrialização ou modernização. O autor ainda sugere que os países em subdesenvolvimento chegariam ao desenvolvimento, fazendo exatamente o que já fizeram os países desenvolvidos, por considerar que o subdesenvolvimento é apenas “uma etapa atrasada”, do processo de desenvolvimento econômico e industrial. Em contraponto ao pensamento de Rostow (2016) temos o economista indiano Sen (2010) que acredita que o desenvolvimento apenas como crescimento econômico é um conceito falho e desenvolve junto com Haq (2006), o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano, que consiste basicamente na   expectativa de vida ao nascer, educação e PIB – Produto Interno Bruto-  per capita. (RELATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO, 2006). Os aspectos observados por Sen (2010) e Hag (2006) na construção Relatório de Desenvolvimento Humano foram muito além do estritamente econômico, a observação de demais itens relacionados ao bem-estar do indivíduo faz toda a diferença, o PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

Nas palavras de Sachs (2004) o desenvolvimento difere de crescimento econômico no ponto em que as metas do desenvolvimento vão muito além da simples multiplicação de riquezas de uns poucos em detrimento da pobreza da grande maioria. Segundo Sachs (2004, p. 13): “Igualdade, equidade e solidariedade estão, por assim dizer, embutidas no conceito de desenvolvimento”, fazem parte do desenvolvimento includente, tão bem descrito pelo mesmo autor. Acreditamos que desenvolvimento se refere muito mais à respeito aos humanos e demais seres, bem como ao ambiente. Segundo Boff (1999), um dos grandes expoentes contemporâneos, para uma sociedade sustentável é necessário o desenvolvimento que seja integral. Ressaltando que numa sociedade sustentável não haveria um simples não consumir, mas sim um consumir com responsabilidade. Com a preocupação com as gerações futuras.  Da mesma forma a Onu projeta uma série de ações com vistas à concretização dos Objetivos de Desenvolvimento sustentável, que tem como proposta inicial e principal erradicar a pobreza, a fome e promover a saúde e o bem-estar das pessoas. (ONU – AGENDA, 2030).

Nos anos dourados entre 1950 a 1975, acontece a “revolução verde”, com a modernização da agricultura e consequente aumento da produção de riquezas (CÁLCULO DOS ÍNDICES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO, 2006). No Brasil, o desenvolvimento rural foi, segundo Schneider (2010), compreendido como resultado de ações governamentais e de mecanismos internacionais propostas como forma de integração das populações rurais mais pobres aos avanços que o meio rural e a agricultura, em particular, alcançavam. O autor cita os “PDRIs” Planos de Desenvolvimento Integrado como exemplos de ações desenvolvidas principalmente em regiões como a Amazônia com vistas à sua colonização e também na região nordeste como meio de combate à seca.  Também destaca o desenvolvimento rural, assim como o conhecemos hoje, foi embasado apenas a partir da década de 1990, com o processo de estabilização econômica, a maior participação dos movimentos sociais, mais organizados e agora formando as Ongs – Organizações Não-governamentais de maneira organizada e “proativa” e também na mudança de consciência em relação ao ambiente e sua sustentabilidade, após a realização em 1992, da Conferência da ONU para o Meio Ambiente (SCHNEIDER, 2010)

Da mesma forma Veiga (2002) entende que a partir dos anos 90 existe uma intensa mudança no meio rural brasileiro com um desenvolvimento acontecendo em “dois projetos para o Brasil rural”, um deles ligado ao agronegócio que visa através de tecnologias o incremento do desenvolvimento, com aumento de produção, principalmente das commodities, com uma diminuição dos custos de produção e aumento da produtividade. Essa redução de custos incorre também numa diminuição da mão de obra no campo, que é substituída pelos equipamentos altamente tecnológicos. Também temos uma segunda opção que é a de potencializar o “desenvolvimento humano”, pela diversificação das economias locais, com destaque à “agrodiversidade”, que em seu entender é muito superior à especialização através da monocultura (VEIGA, 2002).

Segundo a 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável Solidário, o “conceito de desenvolvimento rural não é entendido como modernização agrícola, nem como industrialização ou urbanização do campo”, mas sim a associação ao conceito de desenvolvimento está associado à conceito de “criação de capacidades – humanas, políticas, culturais, técnicas etc.” (CONFERÊNCIA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL E SOLIDÁRIO, 2013 p.  13), no mesmo texto afirma-se que o rural não está “associado somente à questão agrícola, em tampouco configura o contrário de urbano ou o seu resíduo, diferentemente o que está no senso comum, o espaço rural é destacado de maneira positiva pela suas diferenças e funcionalidades” (CONFERÊNCIA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL E SOLIDÁRIO, 2013, p.13). Com vistas a entender como o Desenvolvimento Rural Sustentável está presente na Educação Básica nos propomos a investigar a Educação Ambiental, procurando responder à seguinte questão: Qual a percepção dos alunos de Ensino Médio sobre o Desenvolvimento Rural Sustentável?

2. MATERIAL E MÉTODOS

Este é um estudo exploratório que segundo Gil (2002) tem propósito   principal a descrição das particularidades de um grupo de indivíduos para o estabelecimento de variáveis.

A pesquisa foi realizada foi realizada no Colégio Estadual Marechal Gaspar Dutra e envolveu todos os alunos do Ensino Médio diurno do Estabelecimento.

O objetivo deste trabalho foi de caracterizar a percepção dos alunos do Ensino Médio do Estabelecimento sobre Desenvolvimento Rural Sustentável e Educação Ambiental. O Colégio é o único que oferece o Ensino Médio no Município que possui aproximadamente 8 mil habitantes. A pesquisa se caracteriza como quali-quantitativa, onde se tentou caracterizar a percepção dos alunos sobre Desenvolvimento Rural Sustentável.

3. COLETA DE DADOS

Como instrumento para coleta de dados foi utilizado um formulário gole docs. com 14 questões, 12 são questões fechadas, na qual os alunos escolhiam entre repostas sugeridas e duas questões abertas. As variáveis presentes no formulário são divididas em três categorias: perfil dos respondentes que visa caracterizar os respondentes quanto às seguintes variáveis – série em que estuda; local de moradia e profissão dos pais. Na segunda categoria, temos questões em relação ao conhecimento sobre Desenvolvimento Rural Sustentável com as seguintes variáveis: – conhecimento a respeito de DRS; conceito de DRS; importância do meio ambiente; ações cotidianas de cuidado com o meio ambiente; responsabilidade com o DRS e conceituação de meio ambiente. E por fim, a categoria cotidiano da escola em que estuda, com as seguintes variáveis: – atividades desenvolvidas nas aulas sobre DRS; disciplina que aborda o tema meio ambiente; assuntos relacionados ao meio ambiente que são trabalhados em aula; participação em atividade de Educação Ambiental; forma como são realizadas atividades de Educação Ambiental na escola; importância do conhecimento da Educação Ambiental com justificativa e responsabilidade pelo ambiente com justificativa.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Inicialmente foi realizado um questionamento em relação à série que os alunos estudam temos uma maior participação de alunos da primeira série representando 79 alunos com 47,9 % dos alunos contra 46 alunos ou 26,1% na segunda série e os mesmos 43 alunos na terceira série, como podemos ver no Gráfico 1. Estes dados são confirmados pela pesquisa do Instituto Unibanco – Quem são os jovens fora da escola de 2016, que traz dados do PNAD – IBGE. O estudo também traz como razões para a evasão dos alunos o trabalho seguido da gravidez na adolescência (INSTITUTO UNIBANCO, 2016)

A maioria dos alunos encontram-se em idade regular para o Ensino Médio, entretanto o que vemos é ainda uma grande defasagem em relação às matrículas no ensino Fundamental e Ensino Médio,

No Ensino Médio, o sistema educacional brasileiro segue incluindo mais jovens, mas ainda está longe da meta. Apesar de 91,5% dos jovens de 15 a 17 anos de idade estarem na escola, apenas 68,7% estão no Ensino Médio. A desigualdade social é marcante. A diferença na taxa líquida de matrículas entre brancos e pretos chega a 12 pontos percentuais. (TODOS PELA EDUCAÇÃO, 2019)

Gráfico 1- Série em que estão os participantes do estudo

Fonte: Elaboração do autor com os dados da pesquisa.

A segunda variável – local de moradia, demonstra uma discreta preponderância da residência em área urbana representado 97 alunos ou 58,8% contra 60 alunos ou 42,1%.  Mesmo o município sendo essencialmente agrícola, vemos uma pequena predominância urbana quanto ao local de residência, como nos mostra o Gráfico 2 a seguir.

Gráfico 2 – Local de Moradia

Fonte: Elaboração do autor com os dados da pesquisa.

Segundo dados do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, na pesquisa PNAD 2015, corrobora com os dados apresentando que 84,72% das pessoas moram em áreas urbanas e 15,28 % vem em áreas rurais (IBGE, 2015).

A realidade brasileira não é muito diferente do restante do mundo, as pessoas cada vez mais deixam o campo, as áreas rurais, para procurarem melhores condições de vida nas cidades, entretanto, às vezes, não encontram o que procuram e acabam em subempregos. De certa maneira, desde a metade do século passado, década de 50, as pessoas começaram a deixar a zona rural, caracterizando o êxodo rural. No passado, o êxodo rural contribuiu para a urbanização do Brasil. “No período 1950–1960, chegou a ser responsável por 17,4% do crescimento populacional das cidades, e foi muito importante nas duas décadas seguintes.” (ALVES; SOUZA; ROCHA, 2011, p. 81).

Na atualidade até mesmo os conceitos de rural e urbano mudaram e, muito, encontramos em muitas áreas urbanas pequenas produções e modos de vida rural, bem como nas áreas rurais também são encontradas atividades tipicamente urbanas que:

[…] tem destacado a recente valorização das regiões interioranas devido a diversos fatores como a biodiversidade, o patrimônio paisagístico e o estilo de vida. Concomitantemente, a urbanização acelerada transformou e continua transformando as parcelas do campo por meio da inserção de novas técnicas e pela de demanda crescente de alimentos e de recursos naturais. (IBGE, 2017, p. 11).

A população rural vai aos poucos diminuindo cada vez mais, o que traz algumas situações que merecem um olhar mais aprofundado, principalmente, os jovens têm deixado a área rural a procura de estudos e de uma vida mais confortável, o que torna cada vez mais difícil o trabalho rural, “o processo migratório dá indícios de um suposto envelhecimento da população rural que afeta a todos os países da América Latina” (HARTWIG, 2012, p.2).

A terceira variável – profissão dos pais apresenta uma variação bastante grande trazendo desde empresário, cabeleireiro, auxiliar de serviços gerais, dona de casa e pedreiro, contudo, com uma grande participação de destaque de agricultores com 43 respostas, caracterizando assim uma grande maioria dos alunos com pais agricultores, conforme a tabela a seguir, com destaque a número de repostas igual ou superior a 4 respostas.

Tabela 1- Profissão dos pais

Agricultor (a) 44 repostas
Dona de casa 16 respostas
Empregada doméstica 8
Suinocultor 7 respostas
Professor (a) 7
Empresário 5 respostas
Caminhoneiro 5 respostas

Fonte: Elaboração do autor com os dados da pesquisa.

Percebemos que grande parcela dos respondentes têm alguma ligação com o meio rural. Como o município é pequeno e está numa região essencialmente agrícola, a maioria das pessoas tem sua profissão ligada ao meio rural. Os empregos formais estão em queda com a atual situação,

Entre 2010 e 2016, o saldo de empregos formais da região Oeste do Paraná seguiu a tendência do que ocorreu no estado. Desde 2010, o saldo de empregos formais vem caindo, tanto em Oeste do Paraná quanto no estado do Paraná. O saldo foi negativo para ambos a partir de 2015, o que significa que houve mais desligamentos que admissões. (PANORAMA ODS: Oeste do Paraná em números, 2018).

A maioria dos empregos formais estão ligados à agricultura. Quanto a segunda categoria – conhecimento a respeito do Desenvolvimento Rural Sustentável, temos uma variável de grande importância para os objetivos da pesquisa, em relação ao conhecimento sobre Desenvolvimento Rural Sustentável. Vemos, segundo o gráfico a seguir, que 90 alunos, ou seja 54,5% dos alunos já ouviram falar, 69 alunos representando 41,8% do total de alunos nunca ouviram falar sobre DRS e apenas 6 alunos ou 3,6% dizem ter bastante conhecimento. Infelizmente, vimos a compreender que o artigo 225 parágrafo VI da constituição Federal de 1988, que trata da Educação ambiental nas escolas não está sendo cumprido.

A seguir, o gráfico 3 confirma este total descompasso entre a lei e o que realmente acontece nas escolas.

Gráfico 3 – Conhecimento do Desenvolvimento Rural Sustentável

Fonte: Elaboração do autor com os dados da pesquisa.

A quinta variável tratava sobre o cuidado com o meio ambiente, praticamente todos os alunos 160 acreditam ser importante o cuidado com o meio ambiente e apenas 5 discordam desta afirmação. Percebemos que cada vez mais os jovens tem se interessado pelos fatos relacionados com o Ambiente.

Os jovens constituem um fiel reflexo da população, manifestando sensibilidade pelos problemas ambientais gerados pelas atividades humanas. A reciclagem, as alterações climáticas, a poluição, o buraco de ozono, a contaminação da água potável, são temas ambientais sobre os quais, normalmente, se consideram informados. (PERES, 2011, p. 3)

Gráfico 4 – Cuidado com o ambiente

Fonte: Elaboração do autor com os dados da pesquisa.

Entretanto, ao perguntarmos sobre quais ações cotidianas havia para o cuidado deste meio ambiente tivemos estas repostas, conforme o gráfico a seguir:

Gráfico 5 – Ações cotidianas

Fonte: Elaboração do autor com os dados da pesquisa.

Podemos perceber que as atitudes cotidianas dos professores participantes não têm uma relação direta com a resposta anterior, pois com cuidado, com a economia de água e deslocamento a pé ou de bicicleta para a escola figuram como prioridade, representando 42,4%, e 39,4% respectivamente. Consideramos como de suma importância estes hábitos cotidianos, entretanto, eles não demonstram uma visão de consumo consciente, que segundo o Manual da Educação/Consumo sustentável (2005), analisa:

Consumo ético, consumo responsável e consumo consciente. Estas expressões surgiram como forma de incluir a preocupação com aspectos sociais, e não só ecológicos, nas atividades de consumo. Nestas propostas, os consumidores devem incluir, em suas escolhas de compra, um compromisso ético, uma consciência e uma responsabilidade quanto aos impactos sociais e ambientais que suas escolhas e comportamentos podem causar em ecossistemas e outros grupos sociais, na maior parte das vezes geográfica e temporalmente distantes. (CONSUMO SUSTENTÁVEL- MANUAL DE EDUCAÇÃO, 2005, p. 18).

Reconhecer que trocar o carro movido a combustível fóssil pela bicicleta, comprar somente o necessário e não utilizar embalagens que não possam ser recicladas e/ou reutilizar e reciclar as que podem ser recicladas são medidas urgentes que todos temos que tomar para o bem do planeta:

O tema foi incorporado como uma decorrência natural da consciência do impasse em que nos encontramos: ou se alteram os padrões de consumo ou não haverá recursos, naturais ou de qualquer outro tipo, para garantir o direito das pessoas a uma vida saudável. Não será possível garantir ao cidadão o direito de acesso universal sequer aos bens essenciais. (CONSUMO SUSTENTÁVEL- MANUAL DE EDUCAÇÃO, 2005, p. 18).

O consumo sustentável é premente na atualidade, mudanças de hábitos individuais impactam muito mais pelo exemplo que pelo discurso, quando o professor, personagem muito importante na vida de seus alunos, dos pais destes e consequentemente de toda sociedade em que está inserido, toma atitudes éticas e muda seus hábitos tornando-os mais sustentáveis, consegue pelas suas ações cotidianas convencer muito mais que pelo seu discurso, por mais retórico e inflamado que seja.

Em relação à responsabilidade pelo DRS, a grande maioria 142 alunos ou 42,1% acreditam que todos somos responsáveis; 15 pessoas acreditam ser os governantes os responsável pelo DRS e cuidado com o ambiente; 3 pessoas, ou seja, 1.8% veem os políticos como responsáveis e 5 acreditam ser os adultos responsáveis pelo DRS, conforme gráfico a seguir:

Gráfico 6 – Responsabilidade

Fonte: Elaboração do autor com os dados da pesquisa.

Em relação à forma como os alunos entendem o conceito de meio ambiente nos reportamos a Salvé (2005) para esta análise. A grande maioria dos alunos entende meio ambiente como natureza, que segundo a autora estes alunos que representam 57% dos alunos, ou seja, 94 alunos ainda entendem o ambiente como local de apreciação, de respeito e preservação. Em segundo luar temos os alunos que entendem o ambiente como local onde se vive como os locais de convivência dos mesmo a casa, a escola, “lugar onde se vive” (SALVÉ, 2005, p. 318).

Gráfico 7 – Entendimento sobre meio ambiente

Fonte: Elaboração do autor com os dados da pesquisa.

Para 22 alunos, conforme o gráfico 7, o ambiente é entendido como biosfera, vemos como nos lembra a mesma autora que esta visão é mais abrangente e significa a consideração da interdependência dos seres e destes com a Terra, aqui entendida como Gaia, um macro-organismo vivo. Para 4 alunos ou 2,4% representa um projeto comunitário, entendem o meio ambiente como um grande projeto cooperativo no qual todos podem e devem participar, sendo assim um “objeto compartilhado”. Para 3 alunos, ou 1,8%, ele é entendido como sistema nos lembra às ideias da biologia ligada às espécies, população, sistemas ecológicos (PERRONI; HERNANDEZ, 2011).  Três alunos consideram como recurso “para gerir, para repartir” (SALVÉ, 2005, p. 317), compreendem que não pode existir vida sem os ciclos de matéria e energia. E por fim, os últimos 1,8%, ou 3 alunos, compreendem o meio ambiente como problema que na maioria das vezes é gerado pelo próprio homem, pelo desmatamento, pela contaminação dos rios, solos e ar.

Na terceira categoria Cotidiano da escola em que estudo a primeira variável diz respeito ao trabalho dos professores sobre Desenvolvimento Rural Sustentável nas aulas. Vemos que 115 dos alunos respondentes afirmam que nenhum professor trabalhou nas aulas o tema da pesquisa, correspondendo a 69,7%. Apenas 50 alunos 30,3% tiveram em suas aulas alguma referência ao tema, demonstrando que infelizmente ainda os professores do Ensino Médio pouco abordam o Desenvolvimento Rural Sustentável em suas aulas.

Gráfico 8 – Desenvolvimento Rural Sustentável

Fonte: Elaboração do autor com os dados da pesquisa.

No que diz respeito às disciplinas que já abordaram algum assunto relacionado ao meio ambiente apresentamos no quadro abaixo apenas as disciplinas que apresentaram acima de 20 repetições, sendo que algumas também apareceram juntas. Percebe-se que a grande maioria das disciplinas ainda não incorporou em suas práticas os assuntos relacionados ao meio ambiente. Conforme tabela abaixo:

Tabela 1 – DRS nas disciplinas

Geografia 100 60%
Biologia  31 18,18%
Nenhuma 22 13,33%
Outras respostas 12 8,49

Fonte: Elaboração do autor com os dados da pesquisa.

Ainda em se tratando de assuntos sobre meio ambiente, foi questionado quais seriam os principais assuntos trabalhados nas aulas destas disciplinas que abordam o meio ambiente. Apresentamos na tabela 2, abaixo, os assuntos trabalhados. A soma das respostas pode ser maior que o número de respondentes, pois os mesmos poderiam escolher mais que um assunto. Podemos perceber que os assuntos escolhidos pelos alunos.

Tabela 2- Temas abordados nas disciplinas

Resíduos sólidos e líquidos e sua correta destinação 69 41,81%
Mudanças climáticas 51 30,90%
Biodiversidade 40 24,24%
Nenhuma das anteriores 17 13,30%
Poluição  10 6%
Energias renováveis 7 4,24%
Desenvolvimento Rural Sustentável 4 2,42%
Ética Ambiental 3 1,8%
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 1 0,6%

Fonte: Elaboração do autor com os dados da pesquisa.

Ainda sobre atividades de Educação Ambiental, foi perguntado sobre o formato das atividades sobre meio ambiente, somente em datas comemorativas? Infelizmente, a resposta afirmativa chegou a quase 70% dos alunos. Conforme gráfico 9 a seguir.

Gráfico 9 – Realização de atividades

Fonte: Elaboração do autor com os dados da pesquisa.

Sobre a importância da Educação Ambiental a grande maioria dos alunos acredita ser muito importante, conforme o gráfico 10.

Gráfico 10 – Importância da Educação ambiental

Fonte: Elaboração do autor com os dados da pesquisa.

Quando questionados sobre a razão da importância, muitas e bem diversas, são as justificativas da importância da Educação ambiental, registradas abaixo, entre outras:

      • A população precisa adquirir o conhecimentos para o cuidado do meio ambiente como um todo, saber quais as consequências maléficas e benéficas que a preservação do meio ambiente traz;
      • Acho importante que a relação do homem com o resto do meio ambiente seja responsável e consciente, por isso, o conhecimento nessa área é fundamental;
      • Acho importante que a relação do homem com o resto do meio ambiente seja responsável e consciente, por isso, o conhecimento nessa área é fundamental.
      • Nem tudo é renovável, e se algumas coisas entrarem em escassez, pode-se extinguir a espécie humana da terra;
      • Por que, sabendo o mínimo de conhecimento sobre o assunto podemos cuidar do ambiente em que estamos vivendo, não causando danos ao ambiente. (ENTREVISTADOS: FONTE DO PESQUISADOR, 2020).

A 19ª variável trata da responsabilidade em relação ao meio ambiente e praticamente todos os alunos se sentem responsáveis, conforme gráfico.

Gráfico 11 – Responsabilidade

Fonte: Elaboração do autor com os dados da pesquisa.

Na última variável que pedia uma justificativa da resposta anterior os alunos apresentam também as mais diversas respostas, das quais destacamos algumas:

      • Reconheço que devo fazer minha parte como todos devemos, tomando os devidos cuidados para a sua preservação
      • Sou responsável pelo ambiente em que vivo justamente por viver nele e por ter a necessidade de tomar decisões conscientes em relação a ele;
      • Sim, pois eu sou responsável pelo ambiente em que vivo… por mais que se tenha ações comunitárias para limpeza do meio urbano.
      • Porque depende das outras pessoas para cuidar do meio ambiente, não adianta fazer a minha parte se as outras pessoas não cuidam do seu próprio LIXO! (ENTREVISTADOS – FONTE DO PESQUISADOR, 2020).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Analisando as percepções dos alunos do Ensino Médio diurno do Município de Nova Santa Rosa – PR, demonstraram que os temas Desenvolvimento Rural Sustentável, Ética Ambiental e Educação Ambiental ainda não fazem parte do cotidiano da grande maioria dos alunos, provavelmente pela defasagem na formação dos professores, bem como na importância ou na falta dela a respeito dos assuntos relacionados ao meio ambiente. Sendo assim recomenda-se um estudo mais aprofundado a respeito da presença destes temas e assuntos na escola de Ensino Médio, com vista a esclarecer o porquê essas temáticas não estão presentes nas disciplinas, nas atividades, nos conteúdos, enfim no cotidiano da escola de Ensino Médio.

6. REFERÊNCIAS

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[1] Mestrando em Desenvolvimento Rural Sustentável pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste, Especialização em Educação Física Escolar pela mesma Instituição, Licenciado em Educação Física pela mesma Instituição.

[2] Acadêmica do curso de Artes Visuais.

[3] Orientador. Pós-Doutor em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS. Doutor em Teologia (Área: Religião e Educação) pela Escola Superior de Teologia (2004). Mestre em Educação nas Ciências (Área Filosofia) pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (1998). Bacharel em Teologia pela Escola Superior de Teologia (1989).

Enviado: Setembro, 2020.

Aprovado: Outubro, 2020.

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Antônio Marcos Diniz

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