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Como Escolher A Pós-graduação Certa? – Dicas Para Não Errar No Momento Da Escolha De Um Curso

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Cuidados que devemos tomar ao escolhermos um curso de pós-graduação

Cuidados que devemos tomar ao escolhermos um curso de pós-graduaçãoOlá, tudo bem? Em nosso post de hoje iremos apresentar algumas dicas para que você não erre ao escolher um curso de pós-graduação. Iremos apresentar algumas variáveis que devem ser levadas em consideração. Existem alguns aspectos que são fundamentais para que você escolha o seu curso. O primeiro deles é saber se essa instituição na qual deseja ingressar irá ajudá-lo a melhorar o seu capital intelectual no sentido prático. É importante que você tenha claro em mente se essa pós-graduação irá contribuir para que você se torne um profissional melhor. Assim sendo, é preciso que você saiba, também, que, hoje, existem duas formas de pós-graduação. A primeira delas é a stricto sensu. Essa pós-graduação está ligada ao oferecimento de cursos de mestrado e doutorado. A segunda é a lato sensu é oferecer cursos de especialização de forma livre. A lógica seguida pelas duas é um pouco diferente.

A lógica do stricto sensu e do lato sensu

A lógica do stricto sensu e do lato sensuO que muda entre os dois tipos de pós-graduação é que ao término do seu curso de mestrado ou doutorado, você receberá o título de mestre ou doutor. Por outro lado, ao fazer um curso no sentido lato sensu, ao término, obterá o título de especialista. A fim de que você compreenda melhor esse universo é preciso que você saiba que a dinâmica dos cursos de lato sensu não é muito diferente da graduação. Há matérias específicas e professores que irão ministrar essas aulas específicas. Ao longo da execução dessas matérias, você será avaliado, como na graduação. Os alunos no lato sensu são mais receptores do conhecimento. Desse modo, você irá receber esse conhecimento, atender as exigências dos professores dessas disciplinas (são necessidades da própria grade curricular) e, ao final, pode ser solicitada a entrega de um trabalho final, que, geralmente, é um artigo, TCC ou monografia.

Os formatos da pós-graduação no sentido lato sensu

A pós-graduação lato sensu opera a partir de uma série de formatos diferentes. Esse curso pode ser na forma presencial ou à distância (EAD). As aulas são realizadas com base em horários fixos tanto na modalidade à distância (EAD), quanto na forma presencial ou, ainda, de forma híbrida, parte desse ensino é presente na graduação. Esses horários são estabelecidos com base nas disciplinas propostas pela base curricular, uma vez que todas devem ser oferecidas. Entretanto, essas aulas não são diárias, como na graduação. A semelhança diz respeito ao atendimento no decorrer do curso dessas matérias específicas, porém, essas aulas podem ser semanais, quinzenais ou mensais, a depender da lógica da instituição. Com isso, é preciso que entendamos um pouco sobre as exigências. Suponhamos que você esteja em uma pós em Neurociência, essas aulas podem ser, por exemplo, aos sábados.

As aulas em uma pós lato sensu

No lato sensu, a frequência (dia e horário) é mais flexível. A instituição responsável possui uma grade curricular a ser seguida de forma estrita, porém, como as aulas se darão pode ser formulada de acordo com as necessidades da turma. O aluno, então, é mais passivo no que toca à recepção do conhecimento. As pós-graduações lato sensu possuem formas de ingresso que são muito mais simples. Basta se inscrever e apresentar os documentos que comprovem a sua graduação. A seleção não é rígida. Assim, basta decidir pelo tipo de curso que serve melhor a você neste momento. Análise a grade e se é preciso fazer algum investimento. Feitas essas considerações, podemos falar sobre o tempo desses cursos. Já vimos cursos que duram cerca de seis meses, um ano, um ano e meio ou dois anos. Cada instituição adota a sua própria regra e cada curso tem a sua própria dinâmica.

O MEC precisa aprovar a pós lato sensu?

O MEC precisa aprovar a pós lato sensu?No contexto do lato sensu, não necessariamente o MEC precisa autorizar esses cursos. É o MEC quem avalia e aprova a existência dos cursos de graduação e pós-graduação (por meio da CAPES) no sentido stricto sensu. Essa isenção para os cursos de pós lato sensu se dá em razão do fato de que para que um curso possa existir é preciso que apresente-se uma série de documentos. Dentre eles, temos a grade curricular que deve ser aprovada pelo MEC. Além disso, o MEC também permite que apenas uma demanda específica de alunos seja contemplada em um primeiro momento. Como o lato sensu é uma pós muito dinâmica, é importante que entendamos os motivos que fazem com que esse processo de regulação não seja tão comum. Para isso, é necessário entender a relação da pós lato sensu com o cenário corporativo. Há alguns fatores que fazem com que esse registro do MEC acabe sendo dispensável.

Por que a regulação do lato sensu não é tão comum?

O SAP é algo que influencia diretamente nessa questão. Trata-se de uma ferramenta que opera a partir de módulos específicos. Como trata-se de módulos muito dinâmicos, de nada adiantará submeter essa grade curricular ao MEC, visto que atende a outros tipos de interesses. Esses módulos sofrem alterações constantes. Assim sendo, não haveria tempo hábil para que o MEC aprovasse esse módulo, porque não em muito tempo ele já estaria desatualizado, pois a dinâmica do SAP é muito mais rápida do que a do MEC. Há certas pós-graduações que são altamente dinâmicas. Cursos que atendem as demandas do Google Adwords são exemplos. Esses cursos são curtos, momentâneos e específicos. Servem para este momento e daqui a quatro, cinco ou seis meses podem estar desatualizados. Dessa forma, o curso perde a sua utilidade.

Existem pós-graduações reconhecidas pelo MEC?

Embora não seja um objetivo tão comum, existem, sim, instituições que oferecem cursos de pós-graduação no sentido latu sensu e que são regularizados e aprovados pelo MEC. Contudo, não é o caso dos cursos que possuem essa dinâmica mais acelerada. Em geral, cursos mais clássicos costumam ser os mais comuns de serem regularizados nesta modalidade de pós-graduação. Dentre essas áreas mais clássicas podemos mencionar a Neurociência, a Neuropsicopedagogia ou áreas específicas dos recursos humanos. Esses cursos costumam ser reconhecidos pelo MEC pois a grade curricular permite esse reconhecimento. Os cursos que nascem de demandas muito específicas e momentâneas não conseguem esse reconhecimento e esse também não é o objetivo. Todo esse universo diz respeito à pós-graduação no sentido livre. Pode fazer quantas quiser e mais de uma ao mesmo tempo, caso consiga.

A pós-graduação no sentido stricto sensu: mestrados e doutorados

Quando nos referimos aos cursos de mestrado e doutorado a dinâmica é outra. A primeira coisa que você precisa manter em mente sobre o mestrado e doutorado, especialmente no caso do mestrado, que é o primeiro nível, em que desejamos nos tornar mestres, é que é uma área que apenas será produtiva para você caso tenha interesse em pesquisa e docência, isto é, em lecionar e pesquisar no ensino superior. Não necessariamente estará pensando em sua atuação prática enquanto profissional. O mestrado e o doutorado ajudam o aluno a consolidar-se como um cientista-pesquisador e como um docente. Diferentemente da lógica do lato sensu, no stricto sensu você deixa de ser um sujeito passivo, que apenas recebe o conhecimento. Você é um sujeito ativo e precisa pesquisar. Caminhará sempre a partir de uma via de mão dupla. Assim, precisará atender algumas exigências.

As atividades acadêmicas do stricto sensu

As atividades acadêmicas do stricto sensu

Ao adentrar em um mestrado ou doutorado precisará realizar algumas atividades essenciais, que, na verdade, são obrigatórias. Essas atividades aparecem na forma de créditos acadêmicos a serem cumpridos ao longo do mestrado ou doutorado. Parte deles podem ser eliminados com o cumprimento de disciplinas. Essas disciplinas não são como na pós-graduação livre. Essas aulas, em geral, são semelhantes à palestras e seminários e as discussões são bastante densas. Os professores esperam que você se posicione nessas aulas. É comum que ao final de cada disciplina você tenha que apresentar um seminário e/ou um artigo científico sobre um dos tópicos que foi debatido ao longo da disciplina e ele precisa ter a ver com a sua pesquisa atual de mestrado ou doutorado. Adentramos no mestrado tendo muito claro em mente que precisaremos desenvolver uma dissertação.

A dissertação em um curso de mestrado

Hoje, em média, as dissertações costumam ter de cem a cento e vinte páginas. É um trabalho longo e que demanda tempo para ser desenvolvido. Além disso, nesta dissertação, precisa haver, obrigatoriamente, uma discussão teórica sobre o seu objeto de pesquisa. Em alguns casos precisa-se, também, da aplicação prática ou da análise do objeto em questão. A metodologia também é essencial. Com isso, percebemos que não apresenta-se, nesse nível, um trabalho simples, como no lato sensu. Esse trabalho é mais profundo pois entende-se que agora você desempenha a função de pesquisador. O trabalho, para que seja desenvolvido, precisará de uma orientação. Como cada instituição/professor trabalha de uma forma, você precisará se adaptar a esta linguagem/contexto. Questões como metodologia, problema de pesquisa, justificativa, estado da arte e tema estão ligadas a essa orientação.

A importância do aprofundamento teórico

Como o mestrado é o primeiro nível da pesquisa, é nesse momento que aprendemos a como elaborar discussões teóricas de forma mais profunda e embasada em uma literatura. Para chegar a esse aprofundamento, você terá que fazer tanto disciplinas obrigatórias quanto optativas. Chamamos esse processo de créditos acadêmicos. Pode ser que você tenha que cumprir trinta créditos em disciplinas. Desse modo, em algum momento entre esses vinte e quatro meses que tem para fazer o mestrado, esta carga relacionada às disciplinas precisará ser eliminada. É você que irá se organizar para cumprir esses créditos em um momento que seja ideal para você. Algo interessante é que você possuirá mais flexibilidade para escolher as disciplinas que deseja cursar e que tenham a ver com o seu tema de pesquisa. Contudo, esses créditos também precisarão ser eliminados de outras formas.

Outros tipos de créditos acadêmicos

Além da frequência e aprovação em uma carga específica de disciplinas, precisará eliminar esses créditos em eventos típicos da sua área que são realizados anualmente. Além disso, é muito provável que você seja cobrado para publicar materiais científicos diversos, pois é uma forma de demonstrar como a sua pesquisa tem sido realizada. É um compromisso com a transparência da pesquisa científica. Como pesquisador, você precisa ter essa consciência de que deve divulgar o conhecimento e, para isso, precisa desenvolver competências e habilidades para tal. É um processo gradativo, afinal, a escrita acadêmica também precisa ser aprendida. A linguagem é mais rigorosa, uma vez que as afirmações sempre precisam ser embasadas em autores e em seus conceitos e teorias. A sua dissertação irá passar por dois tipos de avaliações antes que seja aprovada e publicada, logo, a profundidade deve ser prioridade máxima.

A qualificação e a defesa da dissertação

A qualificação e a defesa da dissertação

Até o fim do seu mestrado, você irá passar por uma qualificação e uma defesa. Para chegar à qualificação, que é o primeiro momento, irá desenvolver o seu trabalho de acordo com as orientações, sugestões e exigências do seu orientador. Para tecer as suas considerações, precisará partir de um problema de pesquisa, de certos objetivos, de uma metodologia e a partir de uma ou mais teorias. Além disso, a depender de como o seu orientador trabalho, poderá ter que desenvolver um estado da arte. Em certo momento desse desenvolvimento você apresentará esse trabalho a uma banca. Essa banca é composta por, pelo menos, três doutores. Esses membros da banca irão apontar os pontos que precisam ser aperfeiçoados. Após atender as sugestões, o trabalho final será apresentado a essa ou a uma nova banca.

Essa banca pode ou não aprovar o seu material. Com isso, percebemos que os dois tipos de pós-graduações possuem objetivos muito específicos. Se o seu objetivo é ser pesquisador e professor de instituições de ensino superior, um curso de mestrado e/ou doutorado stricto sensu será muito mais produtivo. Para isso, é preciso que você mantenha claro em mente que precisará atender a uma demanda diferenciada para que obtenha o título de mestre ou doutor. Por outro lado, se você deseja se tornar um profissional mais atrativo para a empresa, um curso lato sensu será muito mais eficiente. O processo seletivo do mestrado stricto sensu é diferente. Para ingressar, precisará entender o que pede o edital, apresentar um projeto de pesquisa (na maior parte dos casos), escolher uma linha de pesquisa e passar por uma entrevista.

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