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Devo entrar em contato com os professores? Quais os problemas que você pode ter? Mestrado

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Em nosso post de hoje iremos discutir sobre algumas variáveis que você deve levar em consideração caso esteja passando por algum tipo de conflito ao longo do seu mestrado. A fim de que esses conflitos sejam evitados, há algo que pode ser feito antes mesmo de ingressar nesse curso, sendo assim, é essencial que você conheça o professor que deseja como orientador antes mesmo de tomar essa decisão.

Também recomendamos que você entre em contato não apenas com um professor, mas com vários, assim como com a própria instituição. É crucial que você entenda como esse universo funciona para que não tenha medo de ingressar nesse mundo, caso seja o seu interesse.

Diante disso, a nossa pauta de hoje foi suscitada por uma questão deixada em nosso canal: me formei fora do país, mas agora desejo fazer um curso no Brasil, como posso procurar por um professor para me ajudar com o pré-projeto? Bom, responderemos essa questão ao longo deste post.

O ingresso na pós-graduação brasileira

Tenha você feito um curso de graduação fora do país e agora queira fazer uma pós-graduação aqui no país, seja esta a sua primeira experiência com esse cenário, há alguns fatores que você deve levar em consideração.

O ingresso na pós-graduação brasileira

Logo, a primeira coisa que você deve pensar é que o diálogo é essencial nesse processo. Não tenha medo de ser indelicado ou rude, tirar as dúvidas é muito importante.

Além disso, há alguns pré-requisitos que você deve conhecer antes de ingressar na pós stricto sensu.

Se você fez o seu curso de graduação fora do país, saiba que terá que validá-lo para que possa prosseguir na cátedra acadêmica. Sendo assim, recomendamos que você verifique junto à instituição de sua preferência se ela aceita diplomas internacionais no nível da graduação, pois, ao contrário, você não conseguirá participar do processo seletivo para o ingresso nesse curso de mestrado. Essas informações podem ser acessadas por meio do próprio edital.

A importância da leitura atenta do edital

A fim de que você saiba quais são os pré-requisitos que deve atender para que possa participar do processo seletivo é fundamental que leia o edital correspondente. Embora hajam pontos de encontro entre os editais das instituições no geral, eles mudam de uma para outra, pois cada uma tem as suas próprias particularidades.

A importância da leitura atenta do edital

Entretanto, é bem comum encontrar neste edital a informação de que para que uma pessoa possa participar de um processo seletivo para ingresso em um mestrado antes terá que ter feito uma graduação reconhecida pelo MEC.

Essa graduação pode ser técnica/tecnóloga, uma licenciatura ou um bacharel. Logo, se a instituição de sua preferência não especifica que esse curso de graduação deve ter sido feito no Brasil, indicamos que você entre em contato com a instituição antes mesmo de se inscrever no processo seletivo.

Dificuldades e desafios em fazer um curso fora do país

É muito comum que os alunos que tenham feito a graduação fora do país tenham que passar por um processo de convalidação de títulos. A convalidação nem sempre é algo fácil porque hoje há diversas instituições no país que ofertam múltiplos cursos, o que dificulta o aceite desse curso feito fora.

Dificuldades e desafios em fazer um curso fora do paísContudo, novamente chamamos a sua atenção para a necessidade de entrar em contato com os professores para que conheça as suas possibilidades.

Às vezes fazer um curso fora do país não é algo tão vantajoso, pois não são raros os casos em que esses cursos deixam lacunas que os cursos brasileiros não têm, o que também pode tornar o ato de convalidar mais complexo.

Além disso, também precisamos chamar a sua atenção para o fato de que o Brasil hoje tem uma série de possibilidades que alguns países não conseguem suprir. Temos em nosso país valores mais razoáveis, assim como há uma acessibilidade maior ao ensino superior.

Desse modo, o ingresso na pós stricto sensu também acaba se tornando algo mais acessível. Entretanto, para aqueles que tenham feito a graduação fora do país, recomendamos que entrem em contato com algum professor que seja capaz de lhe orientar nessas circunstâncias.

Como ingressar na instituição da qual desejo fazer parte?

Existem muitas formas pelas quais você pode ingressar na instituição em que pretende realizar a pós stricto sensu e uma dessas possibilidades se dá por meio dos grupos de pesquisa. As instituições municipais, estaduais ou federais de ensino superior possuem encontros de grupos de pesquisa periódicos nas mais diversas áreas do conhecimento.

Desse modo, uma excelente maneira de se aproximar do professor que deseja como orientador, bem como dos demais alunos e da instituição como um todo, é por meio da participação ativa em tais grupos de estudo. Escolha aquele coordenado pelo seu professor (ou aquele em que ele atua de forma mais ativa).

As instituições de ensino particulares também têm os seus grupos de pesquisa, porém, o ingresso é mais dificultoso, uma vez que não há uma abertura tão grande. Em alguns casos, o professor até permite que você possa frequentar esse grupo, mas as instituições podem barrar, o que não acontece nas universidades públicas.

Todavia, não podemos ignorar o fato de que essa estratégia ainda é uma das mais frequentemente utilizadas, pois ela permite que o aluno conheça melhor a instituição e reflita se ela realmente é a mais adequada.

Os diversos programas de uma mesma instituição

Ao escolher um grupo de pesquisa para frequentar, você deve considerar que cada instituição possui diversos programas de mestrado e doutorado, onde um mesmo programa admite diversas linhas de pesquisa, sendo que elas nada mais são do que linhas de raciocínio que o pesquisador pode escolher para se especializar.

As linhas de pesquisa também apontam os professores ligados a cada uma delas. Nesse sentido, ao escolher uma linha de pesquisa, você deverá entrar em contato com os professores dessa linha específica.

Esse primeiro contato deve ser feito por meio do e-mail. Indicamos que você compartilhe um pouco sobre a sua trajetória acadêmica para que o professor tenha uma primeira noção dos seus interesses de pesquisa, pois, a partir disso, ele irá analisar se é capaz de orientar a sua proposta de pesquisa.

Como abordar o professor?

Como destacamos em outros posts, antes de escolher um professor para orientá-lo, é essencial que você verifique se ele tem disponibilidade para isto. Enviar um e-mail claro, objetivo e respeitoso é o primeiro passo.

Coloque-se à disposição do professor. Seja a partir do e-mail ou de alguma reunião, é essencial que você avalie se os seus interesses de pesquisa estão alinhados ao desse professor, pois, caso ele não esteja disposto a ceder, talvez o mais indicado seja você procurar por um orientador que esteja mais alinhado a sua linha de raciocínio, pois assim evitará problemas futuros em relação a perspectivas opostas.

O que devo evidenciar para o meu professor?

A maior parte dos professores costuma responder aos e-mails e solicitações de orientação. Contudo, há algumas questões que devem ser evidenciadas ainda nesse primeiro contato. A primeira coisa que deve ficar clara diz respeito aos seus interesses de pesquisa.

Se você conseguir demonstrar os motivos que o levaram a escolher por esta linha de pesquisa, melhor será. Entretanto, antes mesmo de enviar esse e-mail, sobretudo para evitar problemas de orientação no futuro, recomendamos que tome alguns cuidados. Como mencionamos, cada linha de pesquisa abarca uma ampla gama de professores.

Embora a priori você tenha se identificado com algum, o mais indicado é que você acesse o Currículo Lattes de cada um dos professores antes de enviar os e-mails. Além disso, envie apenas para aqueles que realmente trabalham com a mesma linha de raciocínio que você almeja.

O que analisar no Currículo Lattes de um professor?

A melhor forma de escolher um professor que realmente esteja disposto a orientar esse tema é escolher por aquele que tem interesses próximos. Você pode obter essa resposta ao analisar os últimos artigos publicados por ele em periódicos científicos, os últimos trabalhos orientados no nível da pós-graduação stricto sensu e as últimas bancas das quais participou.

Pensemos em um exemplo prático. Suponhamos que você esteja procurando por um professor que tenha interesse na área de cultura organizacional. Se o seu tema não se encaixa nessa linha específica, dificilmente conseguirá chamar a atenção desse professor, a não ser que a sua proposta de alguma forma toque na temática, nesse caso, da cultura organizacional.

Se o tema foge bastante daquilo que o professor trabalha, as chances dele responder ao seu e-mail são bastante baixas. O Currículo Lattes é o seu principal aliado nesse processo de pesquisa.

A importância de conhecer como esse professor orienta

Se você não tem acesso às pessoas que foram orientadas por esse professor, a melhor forma de saber como ele trabalha, além de analisar os artigos publicados nos últimos anos, é a observação dos trabalhos orientados nos últimos anos, pois, dessa forma, você saberá quais são os conceitos, teorias e metodologias com os quais esse professor tem trabalhado nesse momento em específico.

A fim de que você possa saber se o seu tema pode interessar o professor, analise quais foram os temas desses últimos trabalhos orientados, pois, assim, você terá uma noção prévia dos assuntos que têm intrigado esse orientador nesse contexto.

Digamos que o professor que você deseja como orientador esteja investigando a população quilombola de uma região x de nosso país. Digamos, também, que todos os trabalhos orientados seguem essa mesma linha.

Qualquer tema que desvie dessa temática poderá ser rejeitado!

Os temas amplos e específicos

O Lattes nos permite enxergar quais são os professores que trabalham com temas mais amplos e multidisciplinares e aqueles que orientam apenas temáticas (ou uma temática apenas) específicas.

No caso de professores que trabalham com temas específicos será mais difícil que você consiga negociar um tema que fuja desse escopo junto ao orientador que almeja. Entretanto, mesmo no caso de professores que trabalham com temas mais amplos, alguns cuidados devem ser tomados.

Não é porque esses temas são amplos que esse professor aceitará qualquer proposta. A Biopolítica, por exemplo, é um tema bastante amplo, mas pode ser que o seu professor trabalhe com conceitos específicos desse campo.

Nesse sentido, essas variáveis devem ser levadas em consideração antes que a decisão seja tomada. O e-mail deve ser enviado apenas se a sua linha de pesquisa/tema estiver de acordo com o almejado pelo professor.

Compreenda as informações essenciais sobre esse orientador/instituição

Antes que você tome a decisão, é muito importante que se informe quanto a alguns fatores fundamentais, como é o caso, por exemplo, da quantidade de vagas que esse orientador tem para aquele processo seletivo específico. Também é importante que você tenha claro em mente qual é a média de candidato para cada vaga.

Todos esses fatores devem ser levados em consideração para que você tenha chances reais de ingresso nessa instituição de sua preferência, bem como chances reais de ser orientado pelo professor escolhido.

Um outro fator que você deve considerar no caso do ingresso em uma instituição privada é que você pode receber bolsas para custear as mensalidades desse curso, o que o torna gratuito.

Nesse sentido, acreditamos que é pertinente que foquemos na lógica de funcionamento dessas bolsas, que é o último fator que você deve considerar ao escolher pela instituição, linha de pesquisa e professor.

Fazer um curso de mestrado gratuito é possível?

Sim. No caso das instituições de ensino públicas, nenhuma mensalidade será cobrada. No caso das privadas, você ingressa nesse curso o custeando, porém, após seis meses de curso, pode solicitar uma bolsa-taxa.

Ou seja, a cada seis meses você pode concorrer a uma modalidade de bolsas. Contudo, tome cuidado: se a bolsa que você solicitar for a bolsa-taxa, o valor poderá ser utilizado tão somente para o pagamento das mensalidades, independentemente da agência de fomento.

Como o valor liberado é exatamente aquele de sua mensalidade, não sobrará qualquer dinheiro. Entretanto, até conseguir essa bolsa, terá que custear o curso, então indicamos que você guarde uma certa quantia, sendo esta suficiente para os primeiros seis meses. São raros os casos de alunos que conseguem ingressar em uma instituição privada já com bolsa. Nesse sentido, se preparar para não ter surpresas é o melhor caminho.

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