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O que é grau acadêmico e como isso influencia a vida de um pesquisador?

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Quais são os elementos que caracterizam o grau acadêmico de um pesquisador em processo de formação? De que modo o pesquisador pode começar a se preparar nessa jornada importante?Quais são os elementos que caracterizam o grau acadêmico de um pesquisador em processo de formação? De que modo o pesquisador pode começar a se preparar nessa jornada importante?

Olá, tudo bem? Em nosso post de hoje iremos discutir sobre uma questão que afeta os nossos pesquisadores das mais diversas formas. Estamos nos referindo ao grau acadêmico (ou aos níveis acadêmicos associados a um dado pesquisador). Nesse sentido, ao longo da conversa de hoje, temos como objetivo esclarecer o que é o grau acadêmico, os tipos que pode assumir, quais são as diferenças e se existe um que é melhor ou pior do que o outro. Também diremos qual é o maior grau que um acadêmico pode alcançar. A primeira coisa que você precisa saber sobre isso é que o grau acadêmico é uma questão ligada apenas ao mundo acadêmico. Ele inicia na educação básica (Ensino Fundamental e Médio) e perpassa pela graduação e pós-graduação. O grau acadêmico não é algo que está relacionado com a inteligência de uma pessoa (como mais ou menos intelectual). Ele não pode ser acionado para classificar as pessoas dessa forma.

Todas as pessoas se interessam pela academia?

Não. Pode ser que o interesse dessa pessoa não seja o de atuar nesse cenário e, assim, o grau acadêmico não pode ser aplicado. Um sujeito nem sempre pleiteia um título de mestre e/ou doutor ou mesmo de especialista. É o caso de pessoas que têm uma vida que não condiz com o mundo acadêmico. Nesse sentido, deve ficar claro que o grau acadêmico não está ligado com a intelectualidade. Ele está ligado tão somente aos degraus da escada percorridos por um acadêmico. Com isso, podemos discutir sobre a cátedra acadêmica. A partir disso, podemos discutir sobre os graus percorridos por essa pessoa. Tudo se inicia com a educação básica. A criança, ao ingressar na escola, está escalando o primeiro degrau. Tudo começa com o Ensino Infantil. Após alguns anos nesse ensino, ele progride para o Ensino Fundamental I para aperfeiçoar o conhecimento primário obtido.

O Ensino Fundamental I e II e o MédioO Ensino Fundamental I e II e o Médio

O aluno, após adquirir os conhecimentos básicos, progride para o Ensino Fundamental I e, quando esse conhecimento se torna suficiente, ingressa para o II, já na pré-adolescência. Não excluímos aqui as pessoas que por motivos diversos adentram no Ensino Fundamental ou Médio já adultos. O aluno sai do Ensino Fundamental II e vai para o Ensino Médio no início de sua adolescência. O Ensino Fundamental II vai até o nono ano (antiga oitava série). No Ensino Médio, pode realizar esse curso atrelado a um Ensino Técnico. O Ensino Médio faz com que o aluno tenha acesso aos conteúdos das principais áreas do conhecimento, divididas em disciplinas. Contudo, quando se soma esse ensino ao Técnico, irá adquirir conhecimentos, competências, habilidades e técnicas específicas à área técnica que escolheu para se aperfeiçoar. Entretanto, sobre o Ensino Técnico, queremos chamar a sua atenção para algumas questões.

O grau técnico em diferentes níveis e a graduação brasileira

O curso técnico realizado junto ao Ensino Médio não é o mesmo daquele ofertado no nível da graduação. Após terminar o seu curso de Ensino Médio, o aluno adentra na graduação. É o primeiro nível de ensino superior que um aluno pode fazer. No Brasil, há três modalidades de ensino superior. Contudo, independentemente do formato, todos eles estão ligados ao ensino superior. O primeiro deles é a graduação técnica. Há, também, os cursos de licenciatura, em que o aluno é preparado para lecionar nos ensinos Fundamental II e Médio, e os bacharelados. Os cursos técnicos costumam ter uma menor duração, pois preparam os alunos para o ingresso imediato no mercado após o Ensino Médio. A formação irá capacitar ao exercício técnico em uma área específica, como o técnico em Recursos Humanos, Logística e em áreas específicas do sistema judiciário brasileiro, como Mediação de Conflitos.

Os eixos da licenciatura e do bachareladoOs eixos da licenciatura e do bacharelado

Assim como o formato técnico, aqui temos cursos de graduação. Capacitam ao exercício de uma profissão. Como mencionamos no outro tópico, os cursos de licenciatura capacitam o aluno ao exercício da docência no ensino básico. Essa capacitação está ligada ao ensino de certas disciplinas, como Português (Letras), Matemática, Física, Química, Biologia, História, Filosofia etc. O mesmo não acontece com os bacharelados, pois os alunos são capacitados ao exercício prático da profissão. Adquirem competências e habilidades para trabalharem no mercado, porém, a formação oferecida é mais ampla em relação aos cursos técnicos. Por exemplo, uma pessoa licenciada em Química, pode exercer a docência. Entretanto, se essa pessoa também é um bacharel, poderá atuar nos laboratórios e nas salas de aula. Os cursos mais tradicionais, ainda hoje, são os bacharelados.

Quais são os cursos de bacharelado mais procurados?

Os cursos de bacharelado possuem um grande reconhecimento social e isso é refletido na busca por esses cursos nos vestibulares. Os mais procurados são Medicina, as Engenharias, Direito e outros. São cursos que levam mais tempo para serem concluídos, uma vez que o aluno tem contato com conhecimentos e competências gerais. Enquanto o técnico em Mediação de Conflitos é graduado para atuar nesse contexto específico, o mesmo não se aplica ao aluno bacharel em Direito. Ele estará apto atuar em várias áreas do Direito, não apenas no setor da Mediação. Para que possa atuar como advogado e, porventura, exercer outros cargos, precisará prestar a prova e ser aprovado pela Ordem dos Advogados Brasileiros (OAB). Após isso, ele pode buscar por uma profissionalização mais específica, concentrada em uma ou mais áreas do Direito. As três opções são cursos de graduação.

O que fazer após o término de um curso de graduação?O que fazer após o término de um curso de graduação?

Após o término desse curso, o aluno tem algumas opções que irão direcionar a sua carreira para um campo específico. Adentramos, aqui, no leque da pós-graduação. Ele é muito amplo. Há o eixo da pós-graduação lato sensu, isto é, os cursos livres, as especializações, e os cursos de pós-graduação stricto sensu, os mestrados e doutorados. Eles possuem características diferentes. A pós lato sensu, por ser livre, é mais flexível. São cursos voltados para aqueles que querem atuar no mercado, em um setor específico, logo, precisam de competências específicas. Suponhamos que você tenha feito um curso de licenciatura em Pedagogia e decidiu fazer um curso de especialização em Neuropsicopedagogia. O objetivo é atender crianças em um consultório. O mesmo vale para quem fez um curso de bacharel em Direito, mas deseja atuar em um setor específico, como, por exemplo, na esfera do Direito em Família. Essa pós é ideal.

Características dos cursos de pós lato sensu

Como o intuito é inserir essas pessoas rapidamente no mercado, bem como em um setor específico que está precisando de profissionais com competências e habilidades específicas que serão ali adquiridas, não costumam durar muito tempo. Diversas instituições têm oferecido esse tipo de curso, pois é uma demanda do mercado. Dessa forma, o ingresso nesses programas é simples e sem muita burocracia. Você se inscreve e participa por um período breve desse programa para adquirir competências e habilidades mais específicas. Você pode fazer quantas quiser (o mesmo vale para a graduação e a pós stricto sensu, você pode fazer quantos cursos quiser). Entretanto, ao sair desse curso de graduação, você pode não ter o interesse em ser um especialista. Quais são as opções? Se você não deseja atuar no mercado (ou apenas nele), pode escolher a carreira de pesquisador. A pós stricto sensu é a melhor opção.

Elementos que qualificam um pesquisador

Se o seu interesse é o de ser pesquisador, a carreira acadêmica é a mais indicada. Aqui, você não irá migrar para o grau da especialização, mas sim para o acadêmico. É essencial que fique claro que você não precisa ser um especialista para ingressar em um curso de mestrado ou de doutorado. Você pode sair desse curso de graduação e decidir ser um acadêmico, ou seja, um mestre e/ou doutor e, com isso, um professor universitário. Você estará envolvido com o universo da pesquisa e da sala de aula, mas no ensino superior. É um profissional que, a todo o momento, precisará pesquisar e ensinar a todo o momento. Assim sendo, ao sair de um curso de graduação, você ingressará em um mestrado. Ele é o primeiro nível da pós stricto sensu que irá lhe capacitar para ser um pesquisador e professor universitário. Diante disso, é preciso que pensemos na postura exigida daqueles que optam por esse tipo de carreira.

A adesão a uma postura mais ativa

Desde a educação infantil até a pós lato sensu, o aluno é acostumado apenas a absorver o conhecimento. Apenas produz materiais para que possa obter uma nota específica, o que não ocorre no stricto sensu. Em outras palavras, você terá que abandonar essa postura passiva, apenas de absorção, para que seja um sujeito ativo, produtor de conhecimento. Você terá que ler, questionar e produzir resultados a partir dessas leituras a todo o momento. Irá aprender como se faz uma pesquisa, como coletar, tratar e analisar dados, dentre outras atividades relacionadas ao mundo da pesquisa. Nos outros níveis, você terá acesso ao universo da pesquisa, porém de uma forma muito mais reduzida, visto que os materiais são produzidos para obter uma nota. Um curso de mestrado costuma durar, em média, vinte e quatro meses, sendo o mínimo dezoito meses, sendo esse período estendido, no máximo, por trinta meses.

Quais as atividades desempenhadas pelo aluno do stricto sensu?

Seja no mestrado ou no doutorado, trata-se de um aluno que terá que ler e pesquisar muito e a todo o momento. Não são raros os casos de alunos que relatam que tudo o que não leram ao longo de toda a sua vida foi lido no período de seis meses. Há o caso de uma pessoa que conhecemos que acorda às quatro da manhã e vai dormir à meia-noite para dar conta de todos os seus compromissos acadêmicos, profissionais e pessoais ao longo dessa jornada diária. São pessoas que a todo o momento têm que pensar, refletir e compartilhar os resultados dessas leituras. Esse é o primeiro grau que irá lhe tornar apto ao exercício da pesquisa. Algumas instituições de ensino superior admitem professores especialistas em seu quadro de funcionários, porém, é mais comum que optem pelos mestres e doutores. Para que possa concluir esse curso e progredir para o doutorado, terá que entregar e ter aprovada a dissertação.

O que você precisa saber sobre um curso de doutorado?O que você precisa saber sobre um curso de doutorado?

Após concluir o seu curso de mestrado no período indicado e ter a sua dissertação aprovada e, com isso, o título de mestre, poderá ingressar em um curso de doutorado. Na nossa sociedade impera-se a ideia de que certos profissionais, como médicos e advogados, são doutores, na verdade, é preciso obter esse título para que possa receber o equivalente a ele na universidade. Doutor, então, é quem faz um doutorado e tem a sua tese de doutorado aprovada. Chamar os médicos e advogados dessa forma é uma mentalidade herdada dos tempos do Brasil República e que se mantém forte no imaginário coletivo até hoje. Entretanto, o que você precisa manter claro em mente é que esse tipo de curso habilita uma pessoa para que seja reconhecida como doutora na academia. O doutorado, então, está dentro da cátedra acadêmica que nós percorremos ao longo de nossa jornada educacional.

As características de um curso de doutorado

A fim de que um aluno esteja apto a ingressar em um curso de doutorado, ele deve escalar todos os degraus anteriores da cátedra acadêmica. Dessa forma, primeiramente, este deve cursar uma graduação, seja ela um bacharelado ou uma licenciatura. Também terá que realizar um curso de mestrado e ter aprovada a sua dissertação. O doutorado não é algo diferente do phD. Trata-se de um termo do inglês que qualifica um acadêmico como doutor nos Estados Unidos. Os nossos phD’s, no Brasil, são os doutores em alguma área específica. Como ressaltamos, ele terá que ser aprovado como mestre, ingressar no doutorado e obter a aprovação de sua tese de doutorado. Além disso, o phD aponta para os doutores na área da Filosofia. Aqui, os doutores podem ser de diversas áreas, desde as mais teóricas até as mais práticas. Todos são doutores.

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