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Por que existem diferentes tipos de curso (TCC)?

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Quais são os elementos que você deve levar em consideração ao elaborar um TCC? Existem diferentes tipos de TCC? Quais são os cuidados que devem ser tomados nesse processo?Quais são os elementos que você deve levar em consideração ao elaborar um TCC? Existem diferentes tipos de TCC? Quais são os cuidados que devem ser tomados nesse processo?

Olá, tudo bem? Em nosso post de hoje iremos discutir sobre os tipos de TCC que você pode fazer ao longo de sua formação. Como temos enfatizado ao longo de nossas discussões, a nossa academia tem passado por uma série de mudanças em sua forma de compreensão de trabalhos acadêmicos. Não é algo que tem afetado apenas os TCC sobre os quais iremos conversar hoje, mas outros tipos de trabalhos finais exigidos em nossos cursos de pós-graduação stricto sensu, isto é, em nossos mestrados e doutorados acadêmicos. Por muito tempo, esses trabalhos finais eram mais extensos, de modo que hoje têm assumido um formato mais reduzido, pois tem-se entendido que trabalhos mais curtos têm chances mais altas de chegarem até quem realmente precisa ter acesso a esse conhecimento, que é a sociedade laica. É por conta dessa necessidade que esses trabalhos têm passado por um processo contínuo de reconfiguração. 

O que você precisa saber sobre os Trabalhos de Conclusão de Curso?

Embora tenhamos chamado a sua atenção para o fato de que isto não afeta apenas este tipo de trabalho, hoje iremos dar foco nele. Muitos têm se questionado se existe mais de um tipo de TCC e em quais casos eles podem ser solicitados. É sobre isso que iremos discutir hoje. Antes de qualquer coisa, devemos esclarecer como esse tipo de trabalho tem sido concebido e quais são os casos em que costumam ser solicitados com mais frequência. Pensemos um pouco sobre a própria definição desse termo. Como ele indica, é um trabalho que desenvolvemos nos últimos momentos de um curso, sendo defendido no último ano. Este tipo de trabalho é exigido para que você seja avaliado por um grupo de professores. São eles que decidirão se você está apto para concluir esse curso. É por essa finalidade que ele recebe esse nome. Todo final de curso no nível da graduação exige que algum tipo de trabalho seja apresentado.

Por que os trabalhos finais devem ser exigidos?Por que os trabalhos finais devem ser exigidos?

Seja na graduação ou na pós-graduação, um trabalho final é exigido, porém, eles se diferenciam porque estão ligados a níveis de compreensão e escrita diferentes. O trabalho final de curso no nível da graduação é o TCC. Contudo, a pós-graduação lato sensu, isto é, a que nos prepara para o exercício prático da profissão em um dado setor do mercado, também solicita esse tipo de trabalho. Entretanto, nem sempre esse trabalho no lato sensu é denominado dessa forma. Já na pós-graduação stricto sensu, isto é, no nível do mestrado, um outro tipo de trabalho é solicitado. Estamos nos referindo às conhecidas dissertações de mestrado. Já no outro nível, o doutorado, teremos que elaborar uma tese. Entretanto, hoje, temos os cursos de mestrado e doutorado profissionais. Lá, trabalhos mais práticos são exigidos. Contudo, o que devemos enfatizar aqui é que a nomenclatura pode mudar, mas a finalidade é a mesma.

As variações nas nomenclaturas dos trabalhos finais

Os trabalhos que mencionamos são os mais exigidos pelos programas, mas já vimos alguns programas que têm nominado esses trabalhos finais de outras formas. Entretanto, hoje iremos focar nos trabalhos exigidos no nível da graduação e, em certos casos, na pós lato sensu. Aqueles que procuram por um curso de especialização, da mesma forma que os alunos que ainda estão na graduação, podem se deparar com essa exigência nos momentos finais do curso. Apenas para retomar brevemente, podemos definir o TCC como um tipo de trabalho final que irá avaliar a sua competência na área de formação escolhida. É uma forma de reiterar que você tem as competências e habilidades necessárias, bem como é uma forma de atestar que durante esse tempo específico fez esse curso de graduação ou pós lato sensu. Contudo, como ressaltamos na introdução, há diversos tipos de TCC. Pensemos um pouco sobre essas tipologias.

Por que existem diversos tipos de TCC?Por que existem diversos tipos de TCC?

Afirmamos que existe mais de um tipo de TCC, porque nem o Ministério da Educação (MEC) e nem a CAPES apresentam um modelo único para que esse trabalho seja elaborado. Apenas há alguns critérios mínimos que devem ser atendidos nos dois contextos. Não existe, portanto, uma norma específica, apenas algumas indicações para que esse trabalho atinja uma certa qualidade indicada para aquele nível (de graduado ou especialista). Há alguns critérios metodológicos que devem ser atendidos, bem como as indicações da própria instituição, sendo que essas mudam de uma instituição para outra. A coordenação dessa instituição pode apontar certos requisitos mínimos que para aquela instituição devem ser respeitados, porém, não há como não se ater aos requisitos do próprio MEC. Também precisamos discutir um pouco sobre a estrutura desses materiais.

Qual é a estrutura de uma Monografia?

Antigamente e, na verdade, até mesmo hoje em dia em algumas instituições, a maior parte dos TCC costumavam pender para discussões mais aplicadas e práticas. Também é preciso que apontemos que até alguns anos atrás esse tipo de trabalho era denominado de Monografia. A Monografia, como o próprio termo já indica, significa uma “única grafia” ou uma “única escrita”. A tradução do termo também compreende esse processo de “união de grafias”. Nesse tipo de trabalho, o aluno, para que conseguisse se formar, tinha que fazer uma pesquisa profunda sobre um certo tema de seu interesse, escolhido junto ao professor responsável pela disciplina. Nesse sentido, a partir de três capítulos, o aluno teria que dissertar sobre esse tema específico. Contudo, esse tipo de trabalho foi reconfigurado porque nos últimos vinte anos temos experienciado uma série de situações que fizeram com que ela fosse revisto.

As mudanças na academia

Como passamos a sermos bombardeados com uma ampla gama de informações, o tipo de trabalho final exigido teve que ser revisto. Há vinte, trinta e até mesmo quarenta anos atrás era muito difícil ter fácil acesso às informações, o que hoje já não é mais uma realidade. Se você for a uma biblioteca dessas grandes universidades, como é o caso da Universidade de São Paulo, encontrará muitos trabalhos finais que foram datilografados. A demanda naquele momento era a produção de materiais teóricos para que houvesse a divulgação do conhecimento. Todavia, com a chegada da internet nas casas das mais diversas pessoas, a comunicação foi aperfeiçoada, logo, tudo passou a chegar até essas pessoas com mais rapidez. Criou-se uma série de bases de dados e repositórios que reuniram diversas informações científicas, bem como tornou-se muito comum a publicação de artigos científicos nas revistas indexadas nessas bases de dados.

A expansão do conhecimentoA expansão do conhecimento

As Monografias, de certa forma, caíram em desuso, uma vez que, como mencionamos, os trabalhos eram muito mais teóricos, porém, a sociedade precisa de um conhecimento mais prático quanto aos mais diversos assuntos, surgindo, assim, um outro tipo de trabalho final, os TCC, que são mais aplicados. Hoje, temos diversos materiais teóricos e com uma qualidade muito maior, de modo que as demandas hoje são outras. Assim sendo, passou-se a levantar uma outra bandeira, a da praticidade, de modo que a maior parte dos cursos passaram por um processo de reconfiguração quanto a esse trabalho final. O termo Monografia foi substituído pelo TCC justamente para apontar essa mudança de lógica, isto é, a substituição dos trabalhos mais teóricos por aqueles mais pragmáticos, isto é, aplicados. Nesse sentido, precisamos pensar um pouco mais nos aspectos que configuram esses trabalhos mais aplicados.

Quais são os elementos que caracterizam os trabalhos aplicados?

Os trabalhos aplicados têm uma outra finalidade. Contudo, mesmo com a substituição do termo, percebeu-se que a forma como estavam sendo desenvolvidos era a mesma daquela exigida às Monografias, isto é, os trabalhos ainda eram muito teóricos e extensos, com cerca de oitenta páginas ou mais. Muitos desses TCC tinham o tamanho de uma dissertação de mestrado, entre cem e cento e vinte páginas. Também é preciso que chamemos a sua atenção para o fato de que algumas instituições ainda se referenciam a esse trabalho final como Monografia e há aquelas que ainda preferem esses trabalhos mais extensos, porém, é uma lógica que tem sido revista nos mais diversos cenários. Todavia, diversas delas chegaram a conclusão de que as pessoas não têm tempo para lerem esses trabalhos mais extensos. Além disso, hoje, somos abastecidos com diversas informações a todo o momento, logo, é preciso mudar de estratégia.

O fluxo de construção do conhecimento hoje

Hoje, estima-se que a cada quinze segundos um novo artigo científico seja publicado em todo o mundo, de modo que há um grande volume de informações, logo, é impossível ler todos os materiais. Enquanto dialogamos nesta conversa, centenas de materiais estão sendo produzidos e/ou divulgados nos mais diversos contextos. São materiais muito ricos e profundos e, além disso, são produzidos por mestres e doutores especializados em suas áreas de interesse. Acadêmicos diversos têm contribuído para com o fortalecimento de nossa ciência, de modo que desde alunos de graduação até doutores e pós-doutores produzem a cada dia para que tenhamos acesso a esse conhecimento. Alguns estudiosos têm apontado que vivemos em uma contínua pandemia das informações, denominada de infodemia, uma vez que somos “atacados” por essas informações a cada dia e nem sempre sabemos como lidar com todos esses dados.

A mudança de lógica nas instituições

Em virtude dessa situação sobre a qual estamos chamando a sua atenção, diversas instituições têm entendido que não faz mais sentido a produção de materiais que não são lidos, sobretudo por serem muito extensos. Além do fato de que materiais desse tipo não são muito lidos, não é uma prática muito sustentável, uma vez que diversas folhas serão impressas e, muitas vezes, o aluno terá que gastar recursos próprios para que o material seja impresso. Para as instituições, também não é estratégico, pois, para que os TCC sejam armazenados, é preciso que haja um banco de dados robusto que permita a reunião desses materiais, o que não é algo muito barato. Contudo, o principal problema é que as pessoas não querem mais ler trabalhos desse tipo, por motivos diversos. Assim, gasta-se uma fortuna com um banco de dados que ao menos tem sido acessado pelas pessoas. Riscos de invasões também são muito comuns.

O uso de artigos científicos como alternativaO uso de artigos científicos como alternativa

As instituições que já emanciparam e estão preocupadas com essa adaptação à nova realidade têm adotado uma nova estratégia. Esses materiais científicos extensos têm sido substituídos por trabalhos mais curtos, mas que possuem a mesma qualidade. Estamos nos referindo a um tipo de trabalho que a cada dia ganha mais popularidade, os famosos artigos científicos. Nesse sentido, há uma mudança na própria estrutura do trabalho final a ser feito por esse aluno de graduação, de pós lato sensu e, em certos casos, até mesmo no stricto sensu. Assim, os trabalhos mais extensos, com mais de oitenta páginas, têm sido substituídos pelos artigos, uma vez que esses têm, no máximo, trinta páginas. O aluno ou um grupo de alunos são incentivados a realizarem uma pesquisa profunda sobre um dado assunto. Este estudo, na maior parte dos casos, é aplicado. Visa solucionar uma demanda muito urgente da sociedade.

A estrutura dos artigos científicos como trabalho final

A fim de que a nova proposta seja colocada em prática, o aluno ou um grupo de alunos são incentivados a realizarem um estudo aplicado, como, por exemplo, uma revisão sistemática, bibliográfica ou bibliométrica. Estudos de caso, pesquisas de campo e outras pesquisas aplicadas também são comuns. É uma forma de incentivar essas pessoas a terem pelo menos um artigo publicado ao longo de sua formação. É algo muito interessante, sobretudo para aqueles que almejam uma carreira acadêmica, uma vez que isso conta muito no currículo. A publicação de um artigo científico faz com que a imagem desse aluno enquanto pesquisador seja aprimorada. É uma forma que permite que esse aluno tenha o primeiro contato com a pesquisa. Além disso, o estímulo à publicação faz com que o MEC veja essa instituição com olhos mais positivos, o que pode elevar a sua nota.

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