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O pesquisador é obrigado a ter vínculo com grupos de pesquisa?

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Na universidade devo procurar por um grupo de pesquisa para fazer parte? Compreendendo como funcionam os vínculos na academia

Olá, tudo bem? Em nosso post de hoje voltaremos a nossa atenção para uma pauta de suma importância quando discutimos sobre a organização da academia, que, na verdade, está ligada ao comportamento esperado em um pesquisador considerado como engajado e comprometido com a ciência. Após ingressarmos em um programa, sobretudo de pós-graduação, precisamos cumprir algumas exigências que, em sua maioria, estão ligadas aos conhecidos créditos acadêmicos. Contudo, o nosso tema de hoje não está cem por cento ligado aos créditos acadêmicos. Estamos nos referindo aos vínculos acadêmicos. Embora fazer parte de um grupo de pesquisa não seja considerado como algo obrigatório, quem o faz, sem dúvida, consegue destacar-se muito mais em relação àqueles que não integram nenhum. Em razão desse cenário, hoje iremos apresentar algumas dicas para que você venha a integrar tais grupos.

Características  gerais ligadas a minha atuação enquanto pesquisador

Dentre os aspectos que caracterizam e consolidam a imagem do pesquisador, temos o seu engajamento com a pesquisa científica que pode ser concretizado de inúmeras formas. A pauta surgiu em razão da seguinte dúvida: o pesquisador é obrigado a se credenciar/associar a um grupo ou núcleo de pesquisa? A primeira coisa que precisamos levar em consideração sobre o cadastro de um pesquisador junto a um grupo, núcleo ou centro de pesquisa é que a resposta irá variar a depender do nível de pesquisa no qual você se encontra hoje. Se você está se referindo a um profissional que atua nas universidades enquanto docente, seja ele um professor da graduação ou de um programa de mestrado ou doutorado, temos um cenário de pesquisador. Por outro lado, se você está matriculado em um curso de mestrado ou doutorado, por si só você já está sendo considerado como um pesquisador por estar fazendo pesquisa.

Quando me torno um pesquisador?

A partir do momento em que você está desenvolvendo uma dissertação de mestrado ou uma tese de doutorado, você já está em contato com a carreira de pesquisador. Agora imagine a seguinte situação: suponhamos que você já tenha saído desse curso de mestrado ou de doutorado ou, até mesmo, da graduação. O cenário é outro. Se você finalizou a graduação e quer continuar com a pesquisa, você não necessariamente precisará se vincular a um grupo, núcleo ou centro de pesquisa para que possa dar sequência às suas investigações. Entretanto, precisamos pensar em uma questão: qual é a finalidade/objetivo em desenvolver essa pesquisa. Dentre as questões que precisamos nos questionar, é preciso que reflitamos se, em termos acadêmicos, temos a devida maturidade. É preciso que você seja honesto e reconheça se consegue desenvolver a pesquisa de forma autônoma e se conhece o panorama acadêmico.

Reconheça as suas necessidades e limitações

Reconheça as suas necessidades e limitações

Ser honesto e reconhecer que você precisa de alguém para lhe introduzir nesse cenário é um ponto a ser considerado, visto que nem todos os orientadores estão dispostos a isso. Retomando a nossa pergunta original, se você precisa de alguém para explicar como funciona o universo acadêmico, fazer parte de um grupo de pesquisa é uma estratégia bastante positiva. Os benefícios são suscitados em virtude do fato de que você poderá compartilhar com todos o que está fazendo e vice e versa. Contudo, há, ainda, uma outra possibilidade relacionada ao exercício/atuação da prática de pesquisa com a qual você pode contar. Estamos nos referindo aos profissionais que, por algum motivo, resolvem ingressar nesse novo contexto. É, portanto, um profissional que deseja ser reconhecido como pesquisador ou, ao menos, ter contato com a prática de pesquisa. O interesse pela pesquisa impulsiona essa procura por um programa.

Agregando o contexto de trabalho à pesquisa científica

Esse perfil de pesquisadores que acabamos de apresentar são pessoas que fazem parte de um outro cenário, sendo ele o contexto corporativo, porém, a integração entre esses dois universos é muito benéfica e tem sido impulsionada cada vez mais. Assim sendo, esses pesquisadores costumam trazer o seu próprio contexto de trabalho para o universo da pesquisa. Pensemos em um exemplo prático. Suponhamos que você seja um profissional na área da Educação Física e que em sua prática enquanto profissional da academia ou enquanto docente acabe percebendo um certo problema, fenômeno ou situação que deve ser investigado. Essa situação-problema deve ser atual, urgente e relevante para o mundo atual no qual vivemos. Uma situação que poderia ser observada seria a integração de uma criança com algum tipo de problema/distúrbio em alguma atividade que a coloque em contato com outras perguntas.

As possibilidades de investigação em uma pesquisa

As possibilidades de investigação em uma pesquisa

Em uma pesquisa científica, há algumas possibilidades de pesquisa com as quais você pode contar para trabalhar com os diversos aspectos que perpassam um assunto, área e linha de pesquisa, contudo, para que qualquer faceta desse tema possa ser desenvolvido, é preciso que você conheça a metodologia científica e a coloque em prática. A metodologia é crucial para que você consiga desenvolver essa pesquisa de uma forma “limpa”, clara e precisa. Ela permite que você compreenda como funciona a pesquisa sistematizada e como deve agir no caso de precisar submeter a pesquisa ao comitê de ética. É preciso ter alguns respaldos. Além disso, é preciso que a pessoa que deseja atuar como pesquisador compreenda que é uma atividade diferente da sala de aula e das consultas a pacientes. No caso deste último, para investigar os pacientes é preciso considerar as alterações relacionadas a algum aspecto a ser investigado.

Desenvolvendo a pesquisa científica

Levando em consideração o exemplo aqui apresentado, suponhamos que você queria aplicar o teste do DASS-21 para identificar a depressão e a ansiedade numa dada amostra. A partir da aplicação do teste, este pode ser contraposto com a análise dos prontuários. É interessante avaliar o quanto esse percentual aumentou em um período específico, o que implica realizar um recorte temporal para a pesquisa. Alguns aspectos devem ser levados em consideração, como o N de pacientes, dentre outros aspectos. Com isso, torna-se válido reiterar que essas são algumas das questões que você deve levar em consideração. Caso você seja um pesquisador que trabalha de forma mais autônoma, esses elementos-chave devem ser incorporados a sua prática de pesquisa. Por esse motivo, fazer parte de um grupo de pesquisa é algo muito benéfico para a sua carreira. Além disso, há uma outra situação sobre a qual precisamos conversar.

O futuro de um pesquisador

O futuro de um pesquisador

Suponhamos que você já tenha encerrado o seu ciclo de pesquisa, principalmente no eixo da graduação, mas pensa em voltar no futuro e realizar um curso de mestrado e/ou de doutorado. Há alguns aspectos que podem impulsionar a sua carreira e ajudá-lo a compreender de uma forma muito mais efetiva o universo da pesquisa. Dentre as estratégias, precisamos chamar a sua atenção para a importância da criação de uma rede sólida de contatos. Você pode entrar em contato com professores que fazem parte desses programas e apresentar o seu tema para que esses professores avaliem se possuem condições para orientarem o seu estudo. Por isso, esse contato prévio é essencial. A construção de parcerias é muito importante quando o pesquisador deseja consolidar a sua imagem nesse universo. Firmar parcerias com as pessoas que integram o cenário corporativo também é algo que pode enriquecer muito os estudos.

As parcerias como uma forma de enriquecer as pesquisas

As parcerias como uma forma de enriquecer as pesquisas

Firmando vínculos com pessoas que fazem parte de cenários diversos, muitos aspectos realmente relevantes passam a ser debatidos por meio das pesquisas no momento certo, visto que essas pessoas estão em campo e sabem o que essas áreas, em termos práticos, realmente necessitam nesse momento. Se você faz parte do campo profissional e tem interesse em ingressar em um curso de mestrado ou de doutorado, saiba que você é muito importante e necessário. Entretanto, há algumas peculiaridades, como a necessidade de pesquisar aquilo com o que você já trabalha no seu dia a dia. O núcleo de pesquisa que você precisará integrar deve estar relacionado com o seu campo de trabalho. Entre em contato com a instituição, compreenda o que eles estão investigando, quais são os interesses, quais são os autores e perspectiva teórica considerados, projetos em andamento, dentre outros aspectos.

A prática da pesquisa tem um fim?

Um pesquisador que realmente leva a pesquisa a sério nunca deixará de ter a pesquisa como uma prática. O pesquisador é uma constante, isto é, um pesquisador “de alma”. Quem é, de fato, pesquisador, sempre estará procurando por um novo problema a ser investigado e, se possível, solucionado. É um processo natural e é feito o tempo todo, de uma forma muito espontânea, não sendo algo que conseguimos controlar. Ficamos o tempo todo questionando o mundo que nos cerca e procurando argumentos para embasar as nossas ponderações. Buscamos, sempre, por soluções ou, ao menos, respostas, e, ainda, procuramos compreender como trabalhar de uma melhor forma. Assim sendo, torna-se pertinente reiterar que sim, a pesquisa pode ser, de fato, o trabalho de uma pessoa. Dentre as possibilidades, tem-se a realização de um curso de mestrado e doutorado e a continuidade da atuação docente.

O que é a inclinação acadêmica?

Para que o pesquisador consiga se consolidar nessa carreira, é preciso que ele tenha aquilo que designamos de “inclinação acadêmica”. Assim sendo, cabe, ao pesquisador, desenvolver as competências e habilidades necessárias para que consiga desenvolver a pesquisa científica da forma correta e com qualidade. Contudo, há uma outra forma para que a pesquisa seja um hábito em sua carreira. Tem-se, dentre elas, a entrada em uma empresa que conta com um departamento de pesquisa, o que propicia que você desenvolva a prática da pesquisa em um outro tipo de contexto. Independentemente da sua área, você pode trabalhar pesquisando. Há empresas que direcionam essas pessoas para a área da pesquisa. Por outro lado, se você trabalha na área do mercado, há empresas especializadas em pesquisas de mercado e de marketing em que você pode executar esse tipo de atividade. A atuação é bastante ampla.

As possibilidades amplas da pesquisa científica

O contato com a pesquisa científica faz com que você possa trabalhar nos mais diversos cenários, visto que as possibilidades são amplas. Não há um único protocolo ou caminho que você pode seguir para que seja considerado como um pesquisador. As pessoas que se identificam com esse tipo de prática podem ser pesquisadoras em qualquer área/contexto de atuação. Se você deseja saber como procurar pelos grupos de pesquisa e como eles funcionam, não deixe de consultar os nossos posts anteriores. Esses grupos de discussões são muito interessantes, e, para ingressar neles, basta enviar um e-mail para conhecer o professor responsável e para saber como pode fazer parte. Além de conhecer esse universo, ficará por dentro dos eventos e congressos em sua área e sobre os assuntos que têm sido debatidos com mais frequência em sua linha de pesquisa/campo de atuação.

Os grupos de pesquisa em diversas áreas do conhecimento

Os grupos de pesquisa em diversas áreas do conhecimento

Toda e qualquer área do conhecimento possuem assuntos que são pertinentes e que devem ser pesquisados ao longo dos anos. Surgem, da pesquisa científica, as ambições, respostas e soluções para os problemas, demandas e fenômenos que afetam a sociedade na qual vivemos diariamente de forma direta ou indireta. É da pesquisa como um todo que surgem as soluções para as situações que nos afligem constantemente, porém, para que seja possível chegar a tais soluções, é preciso que antes sejam feitas pesquisas minuciosas. São as pesquisas que fazem com que nós, enquanto sociedade, repensemos o mundo ao nosso redor. Passamos, ainda, a trabalhar de uma forma muito mais humana.

Algo que deve ficar bastante claro quando discutimos sobre a pesquisa científica é que não é possível que a sociedade seja desenvolvida sem que pesquisas sejam feitas, pois são desses estudos que surgem as respostas e soluções para os diversos problemas que enfrentamos. Não há conscientização sem que haja pesquisa, e, para isso, precisamos de pessoas que estejam comprometidas com o desenvolvimento desses estudos. Contudo, é preciso que a pessoa seja inclinada para a pesquisa para que os seus trabalhos possam contribuir de forma efetiva para com a sociedade na qual vivemos. Tudo deve ser refletido, contestado e repensado, mas, para isso, precisamos do contato com o conhecimento.

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