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Você pensa em ser um professor universitário? Como é a vida de um professor universitário em nosso país?

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Em nosso post de hoje iremos discutir sobre uma questão crucial para todos aqueles que veem a carreira acadêmica como uma oportunidade de se consolidar em um certo contexto, o universitário.

Há uma série de cuidados que esse profissional deve tomar todos os dias e é sobre essas questões que iremos refletir ao longo dessa conversa. É uma carreira viável para todas as pessoas, desde que haja planejamento e estratégia.

Logo, você que está pensando em seguir a carreira acadêmica, pode ser que você deverá se atentar ao fato de que será um professor universitário. Diante das muitas universidades, é preciso que você saiba como funciona a rotina desses professores e como conseguem ingressar. A rotina é um dos principais aspectos que você deve considerar antes de tomar a decisão quanto a fazer parte desse meio, que é repleto de desafios.

As variáveis da carreira de professor universitário

A primeira coisa que você deve saber é se essa carreira é viável para si mesmo. A fim de que você possa tomar essa decisão, iremos apresentar algumas variáveis. A primeira delas é que um professor universitário trabalha a partir de diversos tipos de contrato.

Nesse contexto, o professor universitário pode trabalhar tanto a partir da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) quanto por outras formas. Pode ser Pessoa Jurídica ou, ainda, ter contrato por tempo limitado ou no esquema hora-aula.

Assim sendo, você pode ser contratado a partir dessas múltiplas formas. Além disso, você precisa saber que o esquema de contratação de um docente de graduação não é o mesmo de um que integra a pós-graduação.

O professor de pós que atua no lato sensu e no stricto sensu também é contratado a partir de regimes distintos. Nesse contexto, é pertinente reiterar que esses professores possuem características diferenciadas.

Contexto de atuação de um professor universitário

Existem diferentes cenários de atuação para o professor universitário, e cada um deles se encontra atrelado a características específicas. Desse modo, é importante que você leve essas características em consideração antes de decidir em qual desses cenários deseja atuar.

Contexto de atuação de um professor universitário

No Brasil, é comum que receba por hora-aula. Diante disso, é pertinente que você saiba que o professor de graduação costuma dividir o seu tempo para que possa lecionar em diversos lugares.

Há o caso, também, daqueles que estão ligados ao mundo profissional, mas também desejam lecionar, e, dessa forma, dividem o tempo para que possam exercer as duas atividades. Nesse sentido, é comum encontrar um professor que não atue apenas no cenário universitário.

A união entre o mundo acadêmico e profissional

Professores que transitam entre o contexto acadêmico e profissional lidam com uma série de desafios. Embora essa seja uma realidade de muitos professores, é mais comum para aqueles que atuam no lato sensu. São professores que atuam nas especializações, de modo que podem lecionar e trabalhar no mundo corporativo ao mesmo tempo.

São professores que fecham contrato para lecionarem em um curso/disciplina específicos e por um tempo determinado. Assim sendo, ele contribui com esse programa lato sensu por um momento específico.

Como atuam em cursos livres, podem desempenhar outros tipos de atividades, como uma forma de complementar a renda, por exemplo. Dessa forma, geralmente esses são profissionais com uma mentalidade mais prática, diferentemente dos professores de programas stricto sensu que inclui o mestrado e o doutorado.

Os professores de mestrado e doutorado

A fim de que você possa lecionar em uma instituição, esta irá analisar se você apresenta as características exigidas por aquele cenário de atuação. Dessa forma, pensemos em quais são as características exigidas dos professores que lecionam em cursos de mestrado e doutorado.

Os professores de mestrado e doutorado

Esses profissionais estão ligados a outros tipos de características, sendo a mais predominante a sua inclinação para a pesquisa.

Nesse sentido, as instituições que estão preocupadas com a preservação dessas características acadêmicas buscam por profissionais fortemente inclinados para a pesquisa.

Essa é uma situação que não é tão predominante nos cursos de graduação e pós lato sensu, visto que esses cursos são mais dinâmicos e, dessa forma, estão mais inclinados para as demandas do mercado.

As atividades exigidas de um pesquisador

O perfil dos professores que estão envolvidos com as áreas mestrado e doutorado assumem características diferentes, logo, lecionam em locais típicos de seus perfis. Os professores que lecionam nessas áreas precisam se preocupar com as atividades científicas, como, por exemplo, com a publicação de artigos e a participação em congressos científicos.

As atividades exigidas de um pesquisador

São docentes que precisam participar frequentemente de bancas e de outras atividades relacionadas à produção e divulgação científica. Também é necessário orientar alunos, seja na graduação, seja na pós stricto sensu.

Assim, se você está pensando em lecionar nesse contexto, deverá ter as características exigidas a um pesquisador, pois a CAPES cada vez mais tem cobrado de seus acadêmicos o engajamento com a ciência, ou seja, se você realmente deseja fazer parte eixo do mestrado e do doutorado terá que que se adequar a essas exigências e executar todas as atividades que foram mencionadas.

Os diferentes tipos de regimes de contratação

Como já foi mencionado, o tipo de regime de contratação pode variar de acordo com a instituição. Há uma série de questões envolvidas, mas, geralmente, os docentes costumam trabalhar a partir do esquema hora-aula.

Se ele ingressar como professor assistente, poucas horas semanais serão dedicadas a essa instituição específica. Há o caso daqueles que fazem contratos de vinte horas semanais ou, ainda, podem firmar um contrato de quarenta horas semanais. A esse regime damos o nome de integral. Desse modo, devemos pensar em como as instituições têm se organizado a esse respeito.

Como as instituições têm se organizado?

No eixo da graduação, quem delimita as regras é o Ministério da Educação (MEC). Se o MEC apontar que essa instituição precisa ter em seu quadro de funcionários uma quantidade x de professores especialistas, y de mestres, z de doutores, tais regras devem ser seguidas.

Além disso, aponta-se se essa dedicação deve ser exclusiva, ou seja, integral ou reduzida. As instituições partem das regras do próprio MEC para direcionar os regimes de contratação dos professores.

Assim, os professores de regime exclusivo costumam ser mais exigidos por essa universidade, pois têm que lidar com atividades para além da sala de aula, incorporando características administrativas como assumir a coordenação de um curso, interpretar as normas do MEC e outras questões. Entretanto, isso não ocorre somente no eixo da graduação, a pós stricto sensu também vai apresentar suas próprias exigências.

As exigências administrativas e da pós stricto sensu

No eixo da pós stricto sensu, as exigências também são diversas. No lato sensu, a quantidade de professores é mais flexível. Todavia, no eixo do stricto sensu, todas as normas são delimitadas por meio da CAPES.

O órgão realiza uma avaliação quadrienal e frisa quantos professores fixos e flexíveis que o programa deve possuir e os tipos de regime. Nesse contexto, o professor com regime exclusivo tem que se ater, além das atividades relacionadas a sala de aula, a um grupo de pesquisa.

Orientar os alunos também é um aspecto levado em consideração e que influencia no salário. Além disso, características administrativas devem ser desenvolvidas em virtude das demandas dos programas de pós stricto sensu. Em virtude de aspectos, como, por exemplo, cortes de bolsas, os professores têm que se envolver cada vez mais com questões diversas.

Assim, algumas atividades a serem realizadas envolvem a produção de materiais científicos diversos, envolvimento com grupos de pesquisa, a participação em eventos, dentre outras. Logo, diante das possibilidades, é preciso que você pense na carreira que melhor se adequa ao seu perfil.

A busca pela carreira adequada

Se você é um profissional de mercado, mas deseja fazer parte desse universo acadêmico, talvez lecionar no âmbito da pós lato sensu ou em um curso de graduação seja o mais indicado para o seu perfil de docente. Há muitos professores que optam por se manter em um curso de graduação para que se mantenham atualizados (ou na pós lato sensu).

A busca pela carreira adequada

Muitos docentes escolhem permanecer no eixo da graduação porque não querem perder o seu vínculo com o mercado de trabalho e desejam integrá-lo à sua prática docente.

Entretanto, é nosso dever chamar a sua atenção para o fato de que, independentemente do seu grau de envolvimento com a academia, você precisará estar sempre atualizado quanto às demandas. Muitos que escolhem permanecer nesse eixo são beneficiados, pois é uma forma de sempre saber quais são as novidades.

O stricto sensu e as filosofias de pensamento

Embora a pós-graduação stricto sensu também trabalhe com essa questão de se manter atualizado com as novidades, acreditamos que devemos deixar claro que ela possui características essencialmente ligadas às atividades de pesquisa, logo, a cada dia, você precisará se adaptar a essas exigências para que possa construir uma carreira sólida.

Também há alguns aspectos quanto à própria história e filosofia das universidades brasileiras que você terá que compreender para que possa se adaptar melhor a esse mundo que é cheio de particularidades.

Posto isso, é nosso dever reiterar que a filosofia de pensamento dos eixos stricto e lato sensu é diferente, pois, de um lado, a ciência se desenvolve de maneira mais lenta e, por outro, a praticidade impera nos estudos e na própria gestão desses cursos.

Dessa forma, a fim de ajudar você a tomar uma decisão mais assertiva, convidamos-lhe a refletir sobre a dinâmica com a qual mais se identifica, o que torna relevante que você saiba como funciona o processo de planejamento de aulas.

O processo de planejamento de aulas

Essa é uma questão muito relativa e, dessa forma, tudo depende do contexto no qual você irá atuar. Em relação ao professor de graduação, o mais comum é que sejam atribuídas algumas disciplinas antes do início do semestre.

O processo de planejamento de aulasHá um conteúdo programático que ele deve ensinar aos seus alunos ao longo da disciplina em questão.

A fim de que ele possa lecionar sem grandes problemas na graduação, deverá se ater às regras do próprio MEC.

O MEC estabelece o conteúdo programático com o qual o docente terá que trabalhar ao longo do semestre. Todavia, no âmbito da pós lato sensu e stricto sensu, esse universo começa a se abrir um pouco mais, visto que se trata de um cenário mais dinâmico e flexível.

O planejamento de aulas no lato sensu

No lato sensu, o professor possui um pouco mais de autonomia e controle sobre as suas aulas, pois o direcionamento desse professor é outro. Assim, ela tem como objetivo qualificar pessoas para que estejam aptas a ingressar no mercado de trabalho contemporâneo. Dessa forma, é de suma importância que, caso você queira atuar nessa área, esteja aberto a compreender esse cenário mais a fundo, bem como as suas exigências.

Pois o lato sensu irá exigir que você esteja atualizado e preparado para oferecer e trabalhar com seus aos seus alunos questões atuais, associando isso a um conteúdo pragmático, de forma que possa fazer seu aluno se interessar e querer aprender mais sobre a área acadêmica. Por outro lado, as aulas no stricto sensu tem suas próprias características.

O planejamento de aulas no stricto sensu

O professor de stricto sensu possui uma dinâmica diferenciada de trabalho, uma vez que possui muito mais flexibilidade. Ele pode definir o seu conteúdo pragmático antes que ele seja submetido a CAPES e costuma dar apenas uma aula por semana, entretanto, essas aulas são mais extensas que as aulas comuns, podendo ter duração de 3 a 5 horas.

Esse tempo maior de aula permite mais tempo de reflexão, o que faz com que cada professor adote uma estratégia diferente de aula. A maioria deles adotam a leitura de textos em sala de aula para que possam discutir e construir novas ideias em cima das ideias apresentadas.

A intenção por trás desse tipo de exercício é fazer com que o aluno desenvolva uma maior autonomia em sua busca pelo conhecimento, pois, nos cursos de mestrado e doutorado, espera-se que o aluno possa contribuir com o conhecimento, enquanto papel do professor é de ajudar a lapidar e aumentar esse conhecimento.

Logo, tendo apresentado esses aspectos, cabe a você decidir se deseja seguir essa carreira, a de professor universitário!

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