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Formatos de resumos em Materiais Acadêmicos: a importância de entender os conceitos das palavras

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Por que é importante conhecer os formatos de resumos em trabalhos científicos e como podem ser desenvolvidos?

Olá, tudo bem? Em nosso post de hoje iremos discutir sobre os processos da pesquisa científica. Como são amplos, hoje iremos nos concentrar nos resumos acadêmicos. Ao longo do post, pretendemos apresentar alguns dos formatos desse tipo de material que podem ser requeridos a depender do contexto no qual está inserido. Assim sendo, embora a sua estrutura possa divergir, a essência permanece a mesma, visto que o objetivo é bastante claro. O resumo é o primeiro contato do pesquisador com o nosso texto. É o mecanismo que fará com que o leitor decida ler o seu texto na íntegra ou não. Para isso, é preciso que alguns elementos essenciais sejam apresentados nesse primeiro momento. Além disso, também temos como objetivo esclarecer ao longo dessa reflexão sobre as escolhas de palavras em uma pesquisa científica, sobretudo sobre a importância dessas palavras em um texto desse tipo.

Conceitos e terminologias que perpassam pela pesquisa científica

Ao longo desse post iremos apresentar alguns conceitos e terminologias importantes sobre processos da pesquisa. Esta falta de conhecimento gera uma série de dúvidas que podem dificultar a execução de certas etapas da pesquisa. Para respondermos a essa questão, iremos partir de uma pergunta: um resumo simples, de até quinhentas palavras, precisa estar referenciado no final dos parágrafos ou essas referências devem ser colocadas apenas no final? No mundo acadêmico, temos uma série de terminologias para cada processo de pesquisa e, desse modo, a execução dessas etapas se torna um processo complexo, sobretudo quando o professor-orientador faz esse requerimento. Um grande exemplo é a própria dissertação. Desde o Ensino Fundamental este tipo de trabalho é requerido, em que o aluno deve desenvolver esse trabalho e argumentar sobre um tema. Entretanto, dissertação carrega diversos significados.

Os sentidos de uma dissertação

O sentido da dissertaçãoFora do contexto da educação básica, a dissertação é o trabalho final requerido em cursos de mestrado. É comum que os cursos stricto sensu de mestrado acadêmico exijam esse tipo de trabalho, porém, alguns mestrados profissionais também dão preferência para este tipo de trabalho. Também queremos destacar o fato de que muitas pessoas passam muito tempo longe da escola e, por consequência, da elaboração desse tipo de trabalho. Há aquelas pessoas que ficam muitos anos trabalhando no cenário corporativo e, desse modo, perdem o contato com esse contexto acadêmico. Ao retornarem para esse contexto, especialmente para o mestrado, acreditam que o tipo de dissertação que está sendo requerido é aquele trabalho que desenvolveu na educação básica. A surpresa advém do fato de que essa pessoa se depara com um processo de pesquisa bastante diferente.

A lógica de pesquisa de uma dissertação

Lógica da pesquisa da dissertaçãoUma dissertação perpassa por um processo de pesquisa, coleta e desenvolvimento das informações de forma profunda. Alguns aspectos essenciais deverão ser pensados por esses pesquisadores. Dentre eles, temos a própria formatação e normatização do trabalho, a necessidade de citar as fontes que estão embasando as nossas ideias, a apresentação de trabalhos anteriores a essa dissertação em eventos científicos, bem como a publicação de artigos sobre esse tema. Surgem daí as primeiras confusões, porque a dissertação que está sendo requerida neste momento não é aquela que estávamos acostumados a desenvolver em outros momentos de nossa formação. Temos, ainda, um outro processo de pesquisa que suscita uma série de dúvidas. Estamos nos referindo ao fichamento. É, em linhas gerais, uma espécie de resumo, porém, apresentamos algumas considerações mais amplas sobre o tema.

Como executar um fichamento sobre uma obra?

Os fichamentos são mecanismos de pesquisa bastante empregados pelos pesquisadores, sobretudo nos momentos iniciais de uma pesquisa. Em um fichamento, podemos tanto apresentar considerações gerais sobre ele como um todo, ou, caso o pesquisador deseje, pode selecionar os capítulos ou partes desse material que são interessantes à pesquisa que está desenvolvendo. Por exemplo, você pode ler um livro ou artigo científico e retirar as informações que lhe interessam nesse momento específico da pesquisa, realizando uma espécie de filtragem das informações. Recomenda-se que os pontos escolhidos dessa obra sejam contrapostos com a visão de outros autores que debatem sobre esse tema a partir de uma outra lógica, com um outro posicionamento. Este é um tipo de fichamento frequentemente requerido no contexto universitário. Os fichamentos na educação básica são diferentes.

Entendendo o conceito de artigo científico e de metodologia

Esse mesmo processo sobre o qual acabamos de conversar também afeta outros tipos de materiais científicos, como é o caso dos artigos. Esteja você no Ensino Médio, na graduação ou na pós-graduação, esse tipo de material pode ser requerido, porém a formatação que ele receberá, bem como o seu nível de maturidade serão diferentes. O mesmo ocorre com as metodologias. Enfim, são terminologias que nos confundem, sobretudo quando ingressamos nesse contexto acadêmico e ainda estamos aprendendo como funciona. A metodologia gera uma série de embates, visto que podem ser compreendidas e executadas de formas múltiplas. Por exemplo, o professor pode pedir para que o seu aluno desenvolva a pesquisa a partir da abordagem quantitativa e ele pode entender outra coisa. São diversas as palavras que podem gerar confusões diversas sobre a execução das etapas da pesquisa científica.

As terminologias na pesquisa científica

As palavras relacionadas à metodologia científica, no sentido literal, podem ser confundidas de formas muito amplas. Os seus significados e os próprios comandos dessas metodologias apontam para compreensões igualmente múltiplas. Outro elemento que influencia nesse processo de compreensão está ligado ao nível acadêmico em que você se encontra nesse momento, pois, conforme você progride nessa cátedra, a maturidade surge de uma forma natural, e, com isso, você conseguirá interpretar esses mecanismos de pesquisa de uma forma mais certeira, o que tornará o andamento desta pesquisa mais positivo e fluido. Além disso, o núcleo em que você se encontra nesse momento também irá interferir nesse processo de compreensão. A instituição possui seus diversos núcleos, sendo que ela e esses núcleos funcionam de formas diferentes.

Os núcleos de pesquisa

Iremos utilizar como exemplo para essa conversa a Pontifícia Universidade Católica, mais conhecida como PUC. Nessa instituição, são oferecidos, na modalidade stricto sensu, diversos cursos de mestrado e doutorado. Além disso, cada um desses programas possuem os seus próprios professores, que integram linhas de pesquisa diversas. Esses professores e coordenadores acabam empregando uma linguagem semelhante, própria àquele contexto. Essa especificidade acaba fazendo com que cada programa tenha uma personalidade. No caso de programas que ainda são muito novos, os professores ainda estão se adaptando a essa linguagem. Os processos de pesquisa, portanto, passam a ser compreendidos de formas muito diferentes a depender do núcleo em que esses alunos se encontram. Essas divergências também podem acometer os programas mais tradicionais.

As influências às quais a pesquisa científica se sujeita

As influências da pesquisa científicaA pesquisa científica, bem como entendimento dos seus processos, são influenciados pelas exigências da instituição da qual faz parte, do programa/linha de pesquisa, do núcleo/grupo de pesquisa e do orientador. Dentre as palavras que recebem uma série de significados diferentes em razão dessas múltiplas influências temos o estado da arte. Há, de fato, uma compreensão geral acerca do que é o estado da arte, porém, há as especificidades que fazem com que este mecanismo de pesquisa seja compreendido de formas múltiplas. Cada área/professor pode entender o estado da arte de formas bastante divergentes. Há professores que requerem um estado da arte, mas, na verdade, estão esperando que esse aluno apresente uma revisão sistemática sobre esses materiais coletados. Revisão sistemática ao estado da arte são processos de pesquisa bastante diversos. Entender o contexto é essencial antes de executar.

Entendendo o que o professor requer

Entendendo o que o professor necessita Saber o que de fato esse professor está esperando é o grande desafio. Por exemplo, pode ser que o seu orientador peça para que você apresente uma resenha simples. Você pode buscar um modelo na internet, ler os nossos posts e verificar com os outros orientandos o que esse orientador está esperando com essa resenha. Contudo, ao entregar essa resenha, pode ser que o orientador estivesse esperando um outro formato de material científico, como, por exemplo, um artigo. Nesse caso, seria provável que o orientador em questão estivesse esperando que o aluno apresentasse um artigo de revisão da literatura. Entretanto, o orientador havia pedido para que fosse feita uma resenha a partir de autores e materiais por ele selecionados. Assim sendo, para que esse tipo de situação seja evitada e para que você otimize o seu tempo, compreender exatamente o que o orientador está pretendendo é de suma importância.

As múltiplas compreensões no contexto acadêmico

É perfeitamente normal que no universo acadêmico os membros envolvidos entendam a pesquisa científica de formas muito diferentes, o que faz com que as pesquisas sejam executadas de forma múltipla. Essas confusões existem porque os orientadores também já ocuparam o lugar de orientandos, isto é, de pessoas que foram introduzidas nesse meio por outras pessoas, os seus orientadores. Dessa forma, o conhecimento aprendido ao longo de toda a sua formação é reproduzido quando passam a exercer a função de orientadores, sendo que os seus alunos, assim como ele foi influenciado um dia, passam a ser alvos de tais influências. É um processo natural. Os alunos não são formados pelos mesmos professores, sendo que a ênfase em certos tipos de metodologias pode ser muito específica a certos contextos, e, dessa forma, não podem ser vistas como uma regra, já que em certos espaços ao menos são conhecidas.

A sistematização metodológica

Sistematização metodológicaA sistematização metodológica não é algo que os professores sempre souberam. Pelo contrário, é com base na sua experiência que passa a entender essas formas de conduzir uma pesquisa científica. Assim sendo, todo esse conhecimento adquirido com o exercício da função de orientador e com base em sua formação passa a ser repassado para os seus alunos. Com isso, podemos discutir sobre as especificidades relacionadas aos resumos. O resumo de um artigo científico ou de um livro deve ser executado de uma forma diferente. Em primeiro lugar, precisamos identificar que se trata de um resumo logo no título. Na sequência, apresentamos os dados da obra que está sendo resumida. Após, ficha-se o conteúdo desta obra que foi lida. Essa é a primeira possibilidade de resumo. Contudo, o resumo entendido como um fichamento possui algumas especificidades que devem ser exploradas ao longo da sua execução.

Os resumos que fazemos para artigos científicos

Além dos resumos simples sobre uma obra e dos fichamentos, temos, ainda, uma exigência quando elaboramos qualquer tipo de material científico a ser submetido, que é um resumo sistematizado. A primeira especificidade diz respeito à quantidade de palavras que essa produção precisa ter. Geralmente, o resumo possui entre duzentas e cinquenta e trezentas e cinquenta palavras. Enquanto resumo sistematizado, ele desempenha um papel específico, de modo que algumas etapas não podem deixar de ser exploradas. A primeira etapa é justamente a apresentação do contexto do tema que está sendo investigado. Atenha-se à quantidade de linhas, pois há outros elementos que deverão ser desenvolvidos. Todo o seu trabalho – artigo, TCC, dissertação ou tese – deverá ser resumido de forma sistematizada nessas poucas linhas. Pensemos um pouco sobre essa formatação.

A formatação de um resumo acadêmico

O resumo que você irá apresentar em seu TCC, artigo, dissertação ou tese precisa ater-se a alguns pontos específicos. Por exemplo, em primeiro lugar, em poucas linhas, você irá apresentar o contexto do tema que está sendo investigado. Também é crucial que você deixe claro ao leitor qual é o problema de pesquisa que o estudo está levando em consideração, quais são os seus objetivos, qual é a metodologia que embasará o desenvolvimento do estudo e os principais resultados e considerações sobre o estudo em questão. Entretanto, toda essa discussão deve ser feita de forma simples, visto que são poucas linhas. Cada tópico deve ser elaborado, então calcule uma certa quantidade de linhas para cada um deles.

Este resumo irá obedecer a quantidade de palavras que mencionamos, bem como será desenvolvido a partir de um parágrafo único, sem qualquer tipo de espaçamento e sem que sejam empregadas citações, devido a este teor breve da discussão. Contudo, há, ainda, os resumos expandidos, que possuem alguns detalhes a mais em relação ao resumo simples. O resumo expandido, diferentemente do resumo sistematizado, ganha mais detalhamento nesses tópicos que já mencionamos. Com isso, admite-se uma quantidade maior para que esses tópicos sejam explorados com a profundidade que este tipo de resumo exige. Esse tipo de resumo pode ganhar páginas, o que não ocorre com um resumo simples.

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