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Diferenças entre currículo Lattes e ORCID? Posso incluir artigos não publicados no currículo Lattes?

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Neste post iremos discutir sobre duas principais plataformas online que integram o universo científico, sendo uma nacional, o currículo Lattes, e uma internacional, o ORCID.

Sendo assim, a primeira coisa que precisamos destacar sobre essas duas ferramentas é que elas são essenciais para que você saiba tudo o que precisa sobre a carreira de qualquer pesquisador, seja ele brasileiro ou estrangeiro.

No caso de o pesquisador em questão ser brasileiro, embora ele possa ter cadastro nas duas plataformas, o mais recomendado é que você procure pelas informações que precisa no currículo Lattes.

Além disso, o Lattes lista mais informações sobre esse pesquisador do que o ORCID, visto que, em virtude das demandas postas pelos próprios acadêmicos, a plataforma tem sido aperfeiçoada ao longo dos anos.

Como definir o currículo Lattes?

Quando nos referimos ao currículo Lattes, estamos nos referindo a um currículo acadêmico. As produções ali registradas, que hoje são as mais diversas, estão ligadas à ciência brasileira.

Cumpre destacar, também, que a própria plataforma é brasileira, criada e administrada pelo CNPq. Acessando o site, que, na verdade, é a plataforma que integra esse currículo, você conseguirá visualizar todos os dados sobre as produções dos pesquisadores ali presentes. Pode ser definido, ainda, como um grande banco de dados que integra currículos.

Todos os dados sobre a sua formação acadêmica devem ser registrados, como graduação, mestrado, doutorado e outros, e, no caso de haver pesquisas, os dados sobre elas são essenciais, pois o Lattes é uma das ferramentas mais utilizadas pelo meio acadêmico, e é por meio dele que aqueles interessados em ingressar nesse mercado conseguem se apresentar.

As produções acadêmicas, participação em eventos científicos, palestras, cursos e minicursos ministrados, orientações, consultorias e produções artísticas também podem ser registradas ali.

Todo tipo produção intelectual, envolvendo as acadêmicas e as artísticas, podem ser registradas na plataforma!

Qual a importância do Lattes?

Se você tem o desejo de participar do mundo acadêmico e de se consolidar nesse contexto, saiba que essa ferramenta será crucial e, na verdade, uma exigência da qual não poderá se desvincular.

Qual a importância do LattesO currículo Lattes serve como um meio de expor todo o seu trabalho e atividades para os profissionais que fazem parte desse mercado.

Por isso, tudo aquilo que pode revelar a sua produção intelectual e a sua inclinação acadêmica ao longo dos anos deve ser mencionado para que aqueles que acessam o seu currículo saiba quais são os seus interesses.

Embora seja mais requerido no contexto acadêmico, já vimos alguns editais de concursos públicos gerais requerendo a apresentação do Lattes. Logo, se você precisar de um currículo rápido, depois de cadastrado, você pode imprimir sempre que quiser.

A visibilidade do currículo Lattes

Toda e qualquer pessoa pode acessar o Lattes a partir do momento em que ele se encontra disponível na plataforma.

Desse modo, podemos visualizar melhor quais são as redes de relacionamento firmadas por esse pesquisador, qual é a sua formação acadêmica e em qual momento se encontra, quais foram as pesquisas desenvolvidas, os artigos publicados e eventos frequentados etc.

A visibilidade do currículo Lattes

Com isso, temos uma visão global acerca do cenário de atuação desse pesquisador.

É um banco de dados brasileiro, e, como tal, reúne currículos dos nossos pesquisadores.

Essa ferramenta permite que pesquisemos desde alunos do ensino médio até doutores. Contudo, temos, ainda, uma outra ferramenta que localiza os pesquisadores.

Conhecendo o ORCID e as suas diferenças em comparação com ao Lattes

Uma outra ferramenta que localiza um pesquisador é o ORCID. Trata-se de uma ferramenta de uso internacional que visa facilitar a identificação dos pesquisadores por meio de um código numérico de dezesseis dígitos.

Dessa forma, mesmo que você possa ouvir as pessoas pronunciando essa sigla de formas diferentes, saiba que apesar das escolhas linguísticas, o sentido é o mesmo.

Nesse contexto, as diferenças mais notáveis entre o currículo Lattes e o ORCID são em relação às estruturas das plataformas, uma vez que o Lattes é mais amplo que o ORCID, visto que há mais campos que podem ser preenchidos acerca de sua produção acadêmica.

Ao passo que, no ORCID, você pode preencher as informações sobre a sua produção de forma manual, porém, ele irá, também, localizar na web as produções realizadas por você, mesmo que não tenham sido registradas lá.

O que o ORCID mensura?

O ORCID, além de localizar as suas produções na web, procura, ainda, quais são as produções que estão sendo citadas, e, ainda, identifica o que estão falando sobre você. Como a ferramenta é internacional, essa varredura não leva em consideração apenas o Brasil, mas todo o globo.

Esta ferramenta tem se popularizado cada vez mais porque as instituições de ensino brasileiras, a partir dos seus programas de pós-graduação, têm requerido aos alunos a apresentação tanto do Lattes como do ORCID.

Logo, assim como o Lattes, em um primeiro momento, você cria o ORCID e insere todas as informações sobre as suas produções atuais, de modo que depois, ele irá alimentar o seu currículo com informações que encontrar na rede, o que vai mensurar a sua atuação no meio acadêmico.

O que o ORCID mensura

Ele mapeia a sua atuação na rede e se os seus artigos estão sendo citados, isto é, se você possui impacto.

Contudo, tanto o ORCID quanto o Lattes possuem algumas limitações.

Quais são as limitações do ORCID e do Lattes?

Diferentemente do Lattes, o ORCID não considera todos os tipos de produções intelectuais realizadas por um pesquisador. Como o Lattes está ligado às métricas e parâmetros nacionais, essas inclusões estão ligadas às exigências postas pelos órgãos nacionais que os administram, o que não ocorre com o ORCID, já que é internacional.

Por esse motivo, o Lattes é uma plataforma em língua brasileira, alimentada e atualizada pelo CNPq. O Lattes ainda não realiza essa mensuração de forma automática, como o ORCID, o que demanda um trabalho maior por parte do pesquisador no que toca à atualização.

No ORCID, após a criação, ele atualiza, até uma certa parte, de forma automática, visto que realiza uma varredura na web para verificar a sua atuação. Logo, ambas são bases de dados acadêmicas, mas funcionam de formas diferentes.

Por que essas ferramentas são importantes hoje?

Antigamente, as ferramentas de identificação de um pesquisador não eram tão necessárias. Alguns poucos anos atrás, o Lattes era requerido, porém, não de forma massiva e corriqueira como é hoje, inclusive em contextos para além do acadêmico.

Além da criação do Lattes hoje ser obrigatória para todos aqueles relacionados com o mundo da pesquisa e da docência, a sua atualização frequente também é obrigatória. Hoje em dia o ORCID tem sido exigido com muita frequência, e, nesse ritmo, acreditamos que irá se popularizar tanto quanto o Lattes.

Ele começou a ser utilizado porque evita alguns problemas relacionados aos nomes dos pesquisadores, de modo que facilita a identificação.

Além disso, por ser uma ferramenta de uso internacional, ele ajuda na divulgação das pesquisas. Por esse motivo ele vem se mostrando como um grande diferencial para aqueles que estão ou pretendem ingressar no meio acadêmico.

Entretanto, uma outra questão nos foi colocada e que julgamos pertinente à essa discussão é: um artigo científico que ainda não foi publicado, mas já foi submetido a uma revista, pode ou não ser referenciado nessas plataformas? Há algumas variáveis que você deve levar em consideração sobre essa inclusão?

Posso incluir um material que ainda não foi publicado no currículo Lattes?

A discussão que iremos fazer neste momento, na verdade, pode ser aplicada a qualquer área de pesquisa e contexto de atuação, seja ele acadêmico ou não. Em todo e qualquer âmbito, apenas mencionamos algo que já foi concluído e que pode ser acessado.

Apenas o resultado final pode ser registrado, independentemente do tipo de produção intelectual que está sendo desenvolvida.

Um pesquisador, durante toda a sua trajetória acadêmica, irá desenvolver centenas de materiais científicos, porém, nem todos eles são publicados e podem ser acessados pelas pessoas em geral.

É fato, também, que grande parte desses materiais ao menos serão publicados, visto que alguns são apontamentos e reflexões iniciais sobre um fenômeno que após mais leituras podem ganhar uma maior maturidade, de modo que essa produção inicial acaba ficando guardada.

O contato com o conhecimento faz com que produzamos muitos textos, entretanto, nem todos os textos são publicados.

Quando um material científico pode ser registrado?

A finalidade de um material apenas é atingida quando o pesquisador deseja torná-lo público, e, para isso, precisa submeter o material a uma revista científica, e, caso ele seja aprovado, pode ser registrado, e, por consequência, citado.

Assim sendo, você apenas poderá registrar esse artigo científico no Lattes após a revista científica aprová-lo para publicação, sendo que esse processo pode levar meses. Na plataforma Lattes há o ícone “artigos enviados/submetidos”.

Isso significa que o artigo em questão foi enviado à revista e que ele se encontra no prelo. Entretanto, até o artigo científico adquirir esse caráter, leva tempo, visto que a aprovação não vem de forma instantânea.

Um artigo científico passa por uma série de fases até que seja, de fato, aprovado e publicado, portanto, para ser citado. Iremos recuperar essas fases para que você tenha em mente o que faz com que ele venha ser aprovado.

As fases que integram a avaliação de um artigo científico

Após o seu artigo ser submetido à revista, uma série de avaliações serão realizadas. Em primeiro lugar, realiza-se a verificação do plágio, pois apenas artigos inéditos podem ser aprovados e publicados, sendo que, se de alguma forma esse artigo, que contém plágio de uma pesquisa que já foi divulgada anteriormente, vier a ser publicado, a revista e os autores podem ser punidos.

Avalia-se, ainda, se esse artigo está de acordo com as normas da revista, assim como a redação e a aderência à norma padrão da língua portuguesa.

E, tem-se, por fim, a avaliação por pares, em que se verifica se o conteúdo apresentado é coerente e pertinente para a sociedade atual na qual vivemos. Eventualmente, esse artigo pode ser aprovado, aprovado com alterações ou rejeitado.

Contudo, essa resposta acompanha um parecer. Para que o artigo seja aprovado no caso de receber apontamentos, é de suma importância que o autor atenda às sugestões antes de reenviar o artigo para uma nova análise.

Posso enviar o mesmo material para avaliação em mais de uma revista?

Algo que também julgamos pertinente destacar é que um artigo pode ser encaminhado apenas a uma revista por vez.

Posso enviar o mesmo material para avaliação em mais de uma revistaEnquanto espera pelo parecer você não poderá enviar esse mesmo artigo para ser avaliado em uma outra revista, pois ao fazê-lo, você prática um processo antiético e imoral.

Tendo em vista que não é certo que duas revistas avaliem um mesmo material, pois elas podem, inclusive, serem punidas, uma vez que apenas materiais inéditos podem ser publicados.

Além disso, o pesquisador que tem essa prática pode construir uma visão negativa sobre si e as suas produções.

Se esse artigo for aprovado em dois lugares ao mesmo tempo, é muito provável que ele venha a ser acusado de plágio, pois perdeu o seu ineditismo.

Esta prática gera sérios problemas legais, pois ao submeter um artigo a uma revista científica você assina um documento de que está abrindo mão da exclusividade desse conteúdo.

A perda da exclusividade de um pesquisador

Ao assinar o documento da declaração de conteúdo, que é disponibilizado já no momento da submissão do artigo científico à revista, você está abrindo mão da autoria deste material, visto que ele passará a pertencer à revista em questão e não mais a você. O conteúdo passa, portanto, a ser de domínio público.

As pessoas que irão ter acesso a esse material também estarão ligadas a certas exigências, e, assim, caso desejem fazer uso do seu material, ele precisará ser citado, senão serão acusadas de plágio pelo uso indevido do artigo em questão.

O artigo continua a ser seu, porém, você não tem mais a exclusividade deste material, visto que ele é público e pode ser citado por todos. A partir do momento em que esse artigo passa a ser de domínio público, todos podem pesquisá-lo, encontrá-lo e citá-lo.

A perda da exclusividade de um pesquisador

Assim sendo, suponhamos que ao enviar seu material para duas revistas científicas diferentes e ele seja aprovado nas duas, você terá um problema, pois você terá fornecido o direito à exclusividade às duas, ou seja, esse material não será exclusivo para nenhuma delas.

Portanto, busque encaminhar o material a uma revista por vez e já deixe registrado no Lattes, pois essa estratégia funciona, inclusive, como uma forma de controlar os artigos que já foram submetidos.

Contudo, atenha-se ao campo dos artigos enviados, pois o registro na aba dos artigos publicados pode ser feito apenas quando ele for aprovado.

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