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Faculdade Pública ou Particular: qual a melhor opção?

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Investir em uma faculdade pública ou privada?

Olá, tudo bem? Em nossa conversa de hoje iremos retomar uma temática que propomos recentemente: fazer uma faculdade pública ou privada?

Na conversa anterior, discutimos sobre alguns pontos importantes, como, por exemplo, sobre as conhecidas bolsas-balcão, específicas às universidades privadas, e, ainda, refletimos sobre os mais diversos tipos de cursos de graduação, como é o caso dos cursos técnicos ou de licenciatura e/ou bacharelado.

Contudo, hoje iremos discutir sobre um forte estigma que existe em nossa sociedade: de que universidades públicas são melhores do que as privadas.

Você perceberá, nessa conversa, que ambas as possibilidades possuem os seus benefícios e malefícios e o que é melhor para você hoje, pode não ser tão interessante num futuro próximo.

Há que se considerar, ainda, a situação financeira, uma vez que é, querendo ou não, um fator decisivo nesse momento.

Acabei o Ensino Médio, e agora?

Acabei o Ensino Médio, e agora?

É muito comum que a dúvida entre fazer ou não uma graduação e que tipo de curso perpassa a mente dos alunos que acabaram de sair do Ensino Médio, e, também, daqueles que desejam voltar a estudar, ingressando no primeiro pilar da educação superior, que é a graduação.

Como já conversamos sobre as três modalidades (cursos técnicos com inclinação para a educação superior e os cursos da modalidade de licenciatura e/ou bacharelado), hoje iremos nos concentrar em outras variáveis que poderão responder a essa pergunta: é mais interessante procurar por uma universidade gratuita ou privada?

Atenção: quando você ouvir falar de educação superior, faculdade ou universidade, mantenha em mente que todos esses termos são sinônimos para os cursos de graduação.

É importante retomar, também, que para que você possa exercer uma profissão é essencial que você ingresse nessa educação superior.

Por que decidir por pagar ou não pela universidade é algo complexo?

Por que decidir por pagar ou não pela universidade é algo complexo?

Muitas pessoas já têm muito claro em mente que um tipo de universidade é melhor do que outro, e, dessa forma, essa questão é bastante complexa e precisa ser respondida com a devida cautela.

A primeira coisa que você precisa manter em mente é que o que é certo/apropriado para você pode não ser para outra pessoa, e, desse modo, um tipo de instituição se encaixa melhor em um perfil de alunos do que em outros.

Nesse sentido, podemos destacar o primeiro ponto de nossa conversa de hoje.

Não existe algo “errado”, existe o que melhor se encaixa em sua realidade.

Assim sendo, tenha muito claro em mente que as universidades públicas atendem a um certo perfil de estudantes.

Outra coisa que não poderíamos deixar de apontar, também, é que a demanda oferecida pelas universidades públicas não consegue contemplar todos os interessados.

São variáveis a serem consideradas.

O deslocamento para outras cidades

O deslocamento para outras cidades

É muito comum que os alunos que passam nas universidades públicas tenham que se deslocar para outras cidades, sendo muito comum que grande parte desses se mudem, inclusive, de estado.

Existem situações com as quais os possíveis alunos lidam que podem impedir esse deslocamento, pois é muito difícil, por exemplo, que um aluno que possui uma família consiga se deslocar com toda essa família para a nova cidade, o que pode inviabilizar esse tipo de instituição para ele.

Existem cursos que possuem pouca demanda de oferta, e, assim, podem ser oferecidos em uma único estado ou em poucos estados.

Assim sendo, é preciso que se mantenha em mente que o deslocamento para a nova cidade será necessário, o que implica uma mudança brusca de hábitos e de rotina, o que não ocorre quando se faz um curso em uma universidade privada, pois a quantidade de vagas oferecidas é maior, bem como os seus polos.

O dinheiro e o tempo a serem investidos

O dinheiro e o tempo a serem investidos

Outras duas variáveis que também devem ser consideradas, junto com o deslocamento para a nova cidade, é o dinheiro e o tempo disponíveis para serem investidos no novo curso.

Algumas pessoas ainda são muito jovens e dependentes dos pais quando ingressam na universidade, e, com isso, dependem da verba oferecida pelos pais para que consigam se manter na nova cidade.

Há, também, a questão do tempo.

Sobretudo para pessoas que ingressam na universidade e já possuem um trabalho, isto é, uma verba para custear os custos da vida universitária, deparam-se com um novo entrave: conciliar a graduação com o trabalho.

Esse é um dos maiores desafios, pois há diversas disciplinas a serem cumpridas, e, com isso, vários trabalhos a serem desenvolvidos.

Assim sendo, dar conta dessa carga da vida universitária pode ser mais fácil quando há um cronograma.

Os pólos de uma mesma universidade

É muito comum que as universidades públicas sejam bastante grandes, e, com isso, concentram-se em diferentes polos.

Esses polos, por sua vez, espalham-se por todo o interior do estado.

No caso de São Paulo, por exemplo, há a Universidade de São Paulo, contudo, embora grande parte dos cursos se concentram na capital paulista, outra gama espalha-se pelas cidades do interior.

O mesmo acontece na maioria dos estados.

Mesmo com essa expansão, não são todas as cidades desse estado (ou regiões) que são contempladas com uma universidade pública, o que faz com que as instituições privadas sejam mais viáveis para uma parcela expressiva de nossos alunos que desejam ingressar no ensino superior.

Há casos, inclusive, em que a melhor opção acaba sendo os cursos na modalidade de ensino à distância (EAD), sobretudo para as pessoas que precisam conciliar o trabalho com o ensino superior.

Cuidados que alunos do interior precisam tomar

Uma outra questão que julgamos pertinente está relacionada com a particularidade da oferta do ensino superior em cidades do interior.

A depender do curso por você escolhido, as chances de conseguir se estabelecer com a profissão escolhida são bastante pequenas, uma vez que a cidade que você reside não contempla uma grande gama de profissionais dessa área, e, dessa forma, caso deseje permanecer nessa cidade, é preciso que você se atenha a essas características para que não se frustrar depois.

Caso você não tenha problemas em expandir o seu campo de atuação e se permita mudar para uma cidade com mais demanda para a sua área, isso não será um problema no futuro.

Nesse contexto, é de suma importância que esses aspectos sejam colocados na balança antes que uma decisão seja tomada, sobretudo no caso de pessoas que estão saindo do Ensino Médio agora, que ainda estão muito eufóricos.

A falta de campo para atuar

A euforia é algo que pode nos motivar a tomar decisões de forma bastante impulsiva, e, assim, podemos acabar escolhendo por um curso que não possui demanda em sua cidade.

Caso você tenha um forte vínculo com a sua família e caso possua dificuldade para se desvincular da cidade, sair dela, definitivamente, pode ser difícil.

Caso você queira permanecer, é muito importante que no momento da escolha, você já tenha muito claro em mente que precisa escolher um curso que seja abrangido pela demanda da sua cidade.

Além da questão do vínculo familiar, muitos dos pais não conseguem bancar os seus filhos, e, com isso, caso ele não possua uma fonte de verba, acaba tendo que abrir mão dessa universidade por não conseguir bancar os custos da vida universitária, desde alimentação e moradia até aqueles relacionados aos xérox, livros e outros instrumentos que variam de acordo com cada área.

Escolhi pela instituição pública, e agora?

Depois de analisar todas as variáveis que elencamos, é, mais do que isso, depois de se visualizar nessa profissão, é preciso que pensemos em um segundo conjunto de fatores que serão cruciais para responder à nossa pergunta de hoje.

Estamos nos referindo à quantidade de vagas.

A demanda para todos os cursos nas universidades públicas não costuma ser tão grande quanto nas instituições privadas, o que faz com que a competição seja bastante acirrada.

Como as quantidades ofertadas pelas universidades públicas ainda é bastante baixa, algumas pessoas levam anos até que consigam ingressar nesses espaços.

Em razão disso, o ingresso nesses espaços pode não ocorrer imediatamente após o término do Ensino Médio, sobretudo em cursos em que a concorrência é bastante expressiva, como é o caso dos cursos das Ciências Médicas, das Engenharias e do Direito, embora todos os cursos tenham vagas limitadas.

As vagas nas instituições de ensino privada

As vagas nas instituições de ensino privada

Essa situação que acabamos de apresentar não se aplica ao contexto privado, uma vez que, geralmente, essas universidades oferecem mais vagas em relação às públicas, o que faz com que uma gama maior de alunos seja contemplada.

O mercado privado que oferece cursos à nível superior cresceu muito nos últimos anos, e, desse modo, a procura também aumentou, sendo por isso que, a cada ano, novos cursos podem ser oferecidos, a depender da demanda de mercado.

Há que se considerar, também, que, no contexto privado, há aquelas instituições que são muito tradicionais e tendem a se destacar, como é o caso da PUC e da Mackenzie.

Essas instituições são, inclusive, centenárias, e, com isso, possuem uma reputação bastante positiva, o que faz com que os alunos continuem apostando nelas, assim como nas públicas.

O ingresso nas instituições privadas é mais fácil?

O ingresso nas universidades privadas é naturalmente mais fácil, porque a oferta de vagas é necessária para contemplar a demanda de alunos interessados.

Diferentemente das universidades públicas, existe muita oferta, e, com isso, uma demanda maior nos mais diversos cursos.

Com isso, a demanda acaba sendo menor do que a oferta.

Como a oferta é maior, o ingresso acaba sendo mais flexível, sobretudo porque com essa expansão, várias pessoas acabam financiando esses cursos, o que os tornam um pouco mais acessíveis, pois é um investimento bastante caro e inviável para a maioria das pessoas.

Caso esteja em dúvida, procure se informar sobre esses financiamentos.

Há um último estigma sobre o qual precisamos conversar: muitas pessoas acreditam que as instituições privadas são mais fáceis do que as públicas, mas essa ideia não é verdadeira e é sobre ela que conversaremos agora.

Por que as pessoas acham que as universidades privadas são fáceis?

A primeira coisa que você precisa manter em mente é que as instituições particulares, por razões culturais, possuem uma inclinação mercadológica, e, com isso, os alunos acabam tendo como objetivo o ingresso no mercado de trabalho após o término desses cursos de graduação, sendo mais comum, no caso das universidades públicas, que esses alunos permaneçam na universidade, desenvolvendo pesquisas à nível de mestrado e doutorado.

Embora a pós-graduação privada tenha crescido, também, a pesquisa científica é incentivada desde a graduação nas universidades públicas.

Nesse sentido, é pertinente destacar que é papel das instituições públicas capacitar, direcionar e orientar o aluno para que ele siga a carreira acadêmica até o último nível da pós-graduação.

Assim sendo, é muito comum que esses alunos não estejam tão preocupados com a prática profissional, mas sim com a pesquisa científica.

As exigências da universidade pública

Outro elemento que diferencia os dois tipos de universidades é que nas instituições públicas há algumas cobranças que existem, sim, no contexto privado, mas são mais comuns na esfera acadêmica pública.

Dentre essas exigências temos a publicação massiva e contínua de artigos científicos desde a graduação e a participação em eventos científicos de uma ou mais áreas que abarcam esse curso.

Os trabalhos finais também possuem certas peculiaridades, sobretudo em termos de quantidade de páginas.

Assim sendo, percebemos que esse tipo de instituição valoriza as práticas que são capazes de introduzir esse aluno no contexto da pesquisa científica.

Contudo, no contexto privado, a inclinação é outra: a maior preocupação, tanto dos discentes quanto dos docentes, é com o preparo para ingresso no mercado de trabalho.

Com isso, as habilidades e competências desenvolvidas durante a graduação são próprias para essa atuação profissional, o que acaba deixando a prática da pesquisa como algo secundário, uma vez que alguns alunos até possuem contato com esse tipo de experiência, mas o foco é o ingresso imediato no mercado de trabalho após o término desse curso.

A partir dessas considerações, gostaríamos de enfatizar que essas características direcionam o aluno para uma ênfase, e, dessa forma, a depender dos seus objetivos, um tipo de universidade pode ser mais interessante.

Se você é uma pessoa muito prática e que prefere o contexto corporativo ao acadêmico, talvez o mais interessante seja investir na graduação privada.

Há bolsas que podem te isentar na íntegra do pagamento das mensalidades ou pode, também, financiar o curso.

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